Últimas indefectivações

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Domingos e o 'parceiro' Mendes

"Luís Filipe Vieira mostrou um grande à vontade na entrevista na TVI. São já muitos anos de mediatismo que lhe permitem aliar o profundo conhecimento dos dossiers a um registo intimista, que soube desenvolver, e que acaba por passar bem na televisão. Por tudo, a noite correu bem ao presidente do Benfica e os sócios e adeptos do clube da Luz receberam mensagem que lhes agrada.
Tivesse o discurso pró-Seixal sido debitado numa circunstância em que os encarnados não fossem campeões há 14 anos e o nível de aceitação teria sido outro. Porém, quando o objectivo é o tetra, é evidente que este é o registo mais apropriado...
Da conversa e do que disse Vieira emerge desde já um vencedor: Domingos Soares de Oliveira, CEO da SAD e claramente o número dois da hierarquia encarnada, elogiado em múltiplas ocasiões, e de facto uma pedra basilar da reconstrução encarnada. De registar a forma como se referiu a Jorge Mendes, «um parceiro nosso», uma abordagem que deve ter deixado boa gente preocupada e que revela que a relação com a Gestifute não é para esconder e sobrevive à luz do dia.
Depois, uma convicção tremenda na formação, expressa em 2012, em A BOLA, quando disse sonhar com «um Benfica made in Seixal». É por aí que quer ir e percebeu-se a amargura que o assalta quando os nomes de Cancelo e Bernardo Silva vêm à conversa...
Quanto a Jorge Jesus, entre a vontade de dar encerrada a matéria e a tentação de nunca deixar e dar uma alfinetadas, manteve-se sóbrio, mas reprimido. Quem se der ao trabalho de ir às entrelinhas perceberá que ainda há ali pano para mangas na polémica.
Em relação a treinadores, Rui Vitória forever, porque é campeão e porque é capaz de planificar a médio prazo (ao contrário de vocês sabem quem...).
Outro tema candente, Luisão, foi abordado sem uma resposta conclusiva. Porque Filipe Vieira não pode dizer mais do que disse. O capitão continuará a mandar no balneário mas isso não lhe garante lugar no onze. Sensibilidade para Rui Vitória gerir. Se quis sair ou se quiserem que saísse, serão contas de outro rosário, para juntar a todas as outras em que Luisão, por vontade própria, esteve com um pé fora.
Claramente a não querer abrir frentes de batalha com os rivais (para discutir o negócio até com o Diabo se senta), Vieira marcou posição de força quanto à arbitragem, lembrando queixas que diz ter a propósito de um certo juiz.
Depois de duas horas de conversa, única dúvida a pairar prendeu-se com resolução da posição oito. Nenhuma das soluções pós-Renato pareceu convivente.
O futuro dirá o resto..."

José Manuel Delgado, in A Bola

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