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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Barreira invisível

"Depois de uma temporada em que FC Porto e Benfica faziam dos seus jogos para o campeonato passeios triunfais, este ano ambos os clubes têm tido dificuldades surpreendentes para derrotar adversários mais fracos.
No caso do Benfica, o cenário é, contudo, bem mais preocupante. Às exibições paupérrimas juntam-se perdas de pontos impensáveis para quem quer disputar o título. Com um treinador que não tem uma segunda oportunidade para causar uma primeira impressão e com uma equipa que aparenta ter níveis anímicos muito baixos, o Benfica está a comprometer toda uma época já em Setembro – mesmo tendo “o melhor plantel dos últimos anos”. É evidente que pode empatar com o Belenenses em casa, mas este resultado só é justificável com uma torrente ofensiva esmagadora, várias oportunidades de golo desperdiçadas e muito azar. Um jogo como o de sábado não é compreensível. A falta de qualidade do futebol benfiquista é uma barreira visível. Mas há outras barreiras.
Entre um FC Porto que tem jogado um péssimo futebol e um Benfica que também envergonha tem havido uma diferença. Há uma barreira invisível que, sempre que é necessário, surge para criar dificuldades ao Benfica. Perante a incerteza, há um apito eficaz que empurra o FC Porto para a frente e que não perde uma oportunidade para bloquear o SLB. Se pensarmos bem no que se passou na última jornada, as coisas fazem sentido.
Por um lado, para um grande árbitro um erro é suficiente para condicionar todo um jogo; por outro, os grandes árbitros portugueses partilham a ambição dos melhores jogadores portugueses: brilhar no campeonato espanhol. É uma ambição legítima. Ora, depois da extraordinária arbitragem do Elche-Real Madrid na semana passada, percebe-se que os nossos árbitros se tenham deixado entusiasmar e tenham querido mostrar aos nuestros hermanos que estão à altura do desafio. Com a precisão cirúrgica que Pedro Proença e Jorge Tavares mostraram no fim de semana, nada os impedirá de arbitrar em Espanha."

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