Últimas indefectivações

domingo, 11 de dezembro de 2011

Maldição?

"Em 2004/05, na ressaca da conquista do título, o Benfica perde a final da Taça de Portugal para o V. Setúbal, depois de estar a vencer desde os minutos iniciais. Em 2005/06 é eliminado em casa pelo V. Guimarães, com um golo irregular. Em 2006/07, sai da Taça na Póvoa do Varzim, sem brio, perante um adversário da segunda divisão. Em 2007/08 perde em Alvalade (5-3), nas meias-finais, quando a meio da segunda parte vencia por 0-2. Em 2008/09 é eliminado nos penáltis, em Matosinhos, após uma das muitas arbitragens desastrosas de Olegário Benquerença. Em 2009/10 volta a perder em casa com o V. Guimarães (única derrota na Luz em toda a época), ficando uma vez mais arredado da prova. Em 2010/11, uma dramática derrota caseira diante do FC Porto (1-3) impede-o de chegar à final, depois de um brilhante, mas inútil, triunfo no Dragão. Agora, no Funchal, nova eliminação na Taça, novamente depois de estar em vantagem, e com o jogo aparentemente controlado.

Há oito temporadas que o Benfica não levanta uma Taça de Portugal, e há sete que não chega sequer à final. Passaram entretanto pelo clube Giovanni Trappatoni, Ronald Koeman, Fernando Santos, Chalana e Quique Flores. Temos agora Jorge Jesus. Nenhum deles conseguiu terminar uma época em festa, com a consagração do Jamor. Todos eles saíram da Taça em circunstâncias dramáticas ou, no mínimo, estranhas. Se não é maldição, parece. Como não sou supersticioso, tento encontrar, tanto explicação racional para todos estes sucessivos desaires. E a única que me ocorre é uma certa ligeireza com que por vezes a competição tem sido encarada. Sem o brilho da Champions League, sem a revelância do Campeonato, a Taça talvez nem sempre tenha sido objecto central da atenção de jogadores e técnicos. Algum azar complementa o triste quadro.

O que é certo é que estamos fora desta prova, e, assim sendo, a aposta nas restantes tem de ser total. Perdemos uma preciosa almofada para o final da época. Temos, pois, de conquistar a época."


Luís Fialho, in O Benfica

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