Últimas indefectivações

sábado, 12 de março de 2011

Xtrema

"Tenho a certeza que o António Pedro Vasconcelos não se vai importar com o título da minha crónica, que plagiei do seu último programa no 'Trio de Ataque'. De facto, o xtrema (para os menos atentos, uma conjugação de Xistra+Sistema) parece estar de volta com o objectivo primário de arrumar, definitivamente, o Benfica neste Campeonato. O clima de horror e intimidação que se viveu no pré-jogo de Braga é algo que nos impede de qualificar convenientemente. Luís Filipe Vieira apelidou de 'jagunços' alguns mentecaptos que teimam em continuar a fazer mal ao Futebol português, eu, ao invés, prefiro chamar-lhes 'filhos do sistema', por tudo aquilo que representam e pelas ligações em rede que mantém activa uma célula de combate ao nosso Clube, no Norte do País. Estamos com isto a desculpablizar-nos? Não, claro que não. A minha análise é que o Benfica jogou bem, o suficiente para sair de Braga com mais três pontos e com a 19 vitória consecutiva no bolso, mas estava 'escrito nas estrelas' que a derrota estava iminente. Esta senda vitoriosa amedrontava muita gente, deixava-os inquietos. Colocava em perigo o que estava decidido há muito por certa 'nomenclatura' do Futebol português, - o Benfica não podia ser campeão duas vezes consecutivas - pois isso, poderia colocar em causa a hegemonia (mesmo que falseada) de terceiros. Todos sabemos que quando o Benfica acorda faz estremecer o País. Eles sabem isso. O importante é deixar-nos meio atormentados, com anestesia suficiente que não nos permita reagir convenientemente. Eles bem tentam mas não conseguem calar a nossa voz de revolta e que pugna, sempre, pela razão.
Repito, uma vez mais, que o que se passou em Braga, estava premeditado, ou tudo leva a crer que assim fosse. Carlos Xistra, com os auxiliares de Benquerença, empurrou-nos para fora do Campeonato. A expulsão de Javi Garcia, fruto de uma pressão grosseira e inaceitável do 'banco' do Braga, era algo que nos parecia inevitável. Os foras de jogo que nos impediram ir mais longe, constituíram momentos altos daquela noite memorável. A dualidade de critérios na amostragem de cartões roçou o absurdo e o patético. Ainda hoje me pergunto, como é possível o Braga ter conseguido chegar ao fim do jogo com os 11 elementos em campo? A resposta é fácil e só não vê quem não quer. Razão tinha Jorge Jesus quando disse em conferência de Imprensa que a estrutura do Braga se sentia muito confortável sempre que Xistra era nomeado para os seus jogos. Percebemos porquê. Ao contrário do que outros pensam, ou possam pensar, não andamos a dormir...
Faço sinceros votos para que a nossa prestação na Liga Europa, onde os jogos se costumam decidir dentro das quatro linhas, nos corra de feição e que os franceses do PSG possam sentir na pele, o poderio efectivo de uma grande equipa que põe em pratica um dos melhores 'futebóis' da Europa."
Luís Lemos, in O Benfica

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