"Condicionamento do árbitro na semana anterior; violência e intimidação constantes desde as bancadas, com cuspidelas, arremesso de isqueiros, moedas e bolas de golfe, além dos tradicionais cânticos insultuosos; reiteradas provocações dos jogadores em campo, com entradas violentas e simulação de agressões; reacções acaloradas a cada lance, quer no relvado, quer no banco, procurando desestabilizar e desconcentrar a equipa adversária. Tudo isto se viu, uma vez mais, em Braga. Tudo isto configura um autêntico manual de como ganhar um jogo fora das quatro linhas. Tudo isto passou, uma vez mais, impune.
Não é preciso ser muito imaginativo para perceber a que fonte foi o Sp. Braga beber esta forma de actuar. Pode dizer-se que aprendeu depressa, pois, na verdade, o clima que cria a cada visita do Benfica só encontra paralelo no estádio daquele que é o seu principal aliado, e, ao que parece, sua referência espiritual.
Uns, tal como outros, não jogam futebol. Jogam ódio, jogam sentimentos de inferioridade, jogam complexos provincianos, e, sejamos justos, sabem-no fazer na perfeição.
Choca-me particularmente o que se passa nas bancadas. Não se trata de atitudes individuais. É sim uma cultura de clube, arquitectada e interpretada por gente sem nível. É algo que nada tem a ver com desporto, e a que urge pôr fim. Há seguramente adeptos do Sp. Braga (bem como do FC Porto), que não se revêem neste tipo de atitudes. Lamentavelmente não tenho a certeza de que ainda os possamos tomar como regra. Mais do que um problema futebolístico, há aqui um problema social, cultural e de polícia.
A comunicação social não está isenta de culpas. Por medo ou subserviência, confunde isenção com branqueamento, e continua a tratar como entidades de bem, clubes que, mau grado a sua história, se assemelham hoje a bandos odientos de párias e malfeitores. Será preciso que uma bola de golfe atinja mortalmente um jogador para que isto termine? A cada deslocação ao norte, vou perdendo a esperança que as coisas se modifiquem de outro modo."
Não é preciso ser muito imaginativo para perceber a que fonte foi o Sp. Braga beber esta forma de actuar. Pode dizer-se que aprendeu depressa, pois, na verdade, o clima que cria a cada visita do Benfica só encontra paralelo no estádio daquele que é o seu principal aliado, e, ao que parece, sua referência espiritual.
Uns, tal como outros, não jogam futebol. Jogam ódio, jogam sentimentos de inferioridade, jogam complexos provincianos, e, sejamos justos, sabem-no fazer na perfeição.
Choca-me particularmente o que se passa nas bancadas. Não se trata de atitudes individuais. É sim uma cultura de clube, arquitectada e interpretada por gente sem nível. É algo que nada tem a ver com desporto, e a que urge pôr fim. Há seguramente adeptos do Sp. Braga (bem como do FC Porto), que não se revêem neste tipo de atitudes. Lamentavelmente não tenho a certeza de que ainda os possamos tomar como regra. Mais do que um problema futebolístico, há aqui um problema social, cultural e de polícia.
A comunicação social não está isenta de culpas. Por medo ou subserviência, confunde isenção com branqueamento, e continua a tratar como entidades de bem, clubes que, mau grado a sua história, se assemelham hoje a bandos odientos de párias e malfeitores. Será preciso que uma bola de golfe atinja mortalmente um jogador para que isto termine? A cada deslocação ao norte, vou perdendo a esperança que as coisas se modifiquem de outro modo."
Luís Fialho, in O Benfica
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