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sábado, 18 de abril de 2020

Benefício do infractor

"Que não se deixam os emblemas mais cumpridores cair no conto do vigário. É sempre mal aceite pelos adeptos mais correctos.

Nesta fase em que se desconhece se haverá, ou não, possibilidade de terminar o campeonato nacional e, caso se consiga terminar, se será com adeptos ou com estádios à porta fechada, nesta fase de nenhuma certeza, tenho para mim uma como definitiva, este campeonato não terá nenhum interesse desportivo. O prolongamento da época só tem razões de natureza económica e financeira. Neste momento, não se discute nada de desportivo, nem se vê algum interesse desportivo neste campeonato. Tudo o que se discute é financeiro, tudo são interesses (diga-se que legítimos e importantes) para salvar as contas de um negócio que, como outros geridos com menos solidez, atravessa uma crise séria.
Este pandemia, por pouca simpático que seja escrevê-lo, até veio justificar a incúria de gestão de muitos emblemas, a necessidade de intervenção externa de outros tantos e justificará incumprimentos que já estavam escritos nas estrelas de outros tantos. Esta pandemia pode ser uma derrota de quem cumpre e uma vitória de quem já não o iria fazer qualquer que fossem as circunstâncias.
Em linguagem desportiva, estamos num caso de benefício do infractor, o que, diga-se, é sempre mal aceite por parte dos adeptos mais correctos. Que não se deixem os emblemas mais cumpridores cair no conto do vigário, que vêm disfarçados de preocupações com o negócio. Nós sabemos quais foram os negócios que deram origem a alguns destes problemas, que não devem ser pagos por quem não lhes deu origem.
Numa entrevista dada esta semana ao Telejornal da RTP, D. Manuel Clemente, respondendo de forma simples a perguntas complexas (características própria dos sábios), dizia de uma forma singular que estas crises trazem sempre «ganhos de humidade». São esses que temos que contabilizar para o futuro. E também no futebol e no desporto, sob pena de se ter apreendido pouco.
Uma reflexão final sobre as posições de alguns adeptos, tomadas há pouco tempo, vistas à luz da actual realidade: alguém critica hoje a venda de João Félix por €120 milhões no verão passado e acha que seria melhor esperar mais um ano? Alguém hoje pensa que Frederico Varandas fez mal em vender Bruno Fernandes em Janeiro por €55 milhões? Bem me parecia... Liderar é tomar decisões, não é tentar ganhar o Euromilhões depois de saber os números."

Sílvio Cervan, in A Bola

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