Últimas indefectivações

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Os traidores repugnam-me, os Radiohead comovem-me

"Cinco anos depois, o regresso dos rapazes de Oxford; um documentário sobre o mundo das apostas desportivas, a série onde se tenta evitar o assassinato de JFK e o Relato

(...)
SLOW MOTION: (...)
«THE BEST OF IT» - de Scott Pearson Eberly
Estive duas vezes em Las Vegas. Cometi uma pequena loucura e gastei cinco dólares numa slot machine. É esta a minha relação com o mundo das apostas: ridícula, inexistente.
Começo assim para chegar onde quero: à Operação Jogo Duplo. A viciação de resultados desportivos é o pior dos flagelos, pelo menos para quem ama o futebol ou outra modalidade qualquer.
Confesso ter até algumas dificuldades em escrever sobre o tema. É tudo demasiado triste, demasiado feio. Não tenho nenhum dedo acusador, não culpo nenhum dos detidos/arguidos antes da Justiça fazer o seu trabalho, apenas reajo com a sensibilidade de quem fez durante quase três décadas parte de vários plantéis de futebol.
Seria fantástico que tudo isto não passasse de erro monstruoso e que a II Liga portuguesa – já nem falo na I Liga, no Campeonato de Portugal ou nos Distritais – fosse um exemplo virginal de pureza e seriedade.
Temo que assim não seja. Quem entra numa burla destas, numa traição a colegas e adeptos, só pode ter um vazio, um buraco, uma tremenda desesperança em si. São atletas/treinadores/dirigentes vencidos pela vida, dispostos praticamente a tudo para arrecadarem uns euros a mais.
Tudo isto me enoja, tudo isto é demasiado repugnante. Não gosto de apostar e nunca traí nenhum colega de equipa. Permitam-se subir ao palanque da moral, por um Play que seja, e mirar com desdenho quem pratica tais actos.
Agentes da corrupção a soldo de interesses de homens de negócios sujos. Ora aí está o grau zero da dignidade.
Numa semana feia, no que ao mundo das apostas e bastidores do futebol diz respeito, vale a pena ver este documentário e acompanhar os desvarios de quatro apostadores: Alan Boston Dvorkis, Alan Dink Denkenson, Lem Banker e Ken The Shrink Weitzner.
Claro que isto não acaba bem.



(...)"

Sem comentários:

Enviar um comentário

A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!