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segunda-feira, 15 de abril de 2019

Euroleague Basketball: uma Liga milionária (332.5 milhões)

"A Euroliga é a segunda melhor Liga de Clubes de Basquetebol profissional a nível mundial (depois da NBA). Por motivos de marketing, é designada por “Turkish Airlines Euroleague”. Nela participam as melhores equipas europeias pertencentes aos seguintes países: Espanha (Real Madrid, Barcelona, Baskonia Vitoria e Gran Canaria), Turquia (Fenerbahce, Anadolu e Darussafaka de Istambul), Rússia (CSKA e Khimki de Moscovo), Grécia (Olympiacos Pireu e Panathinaikos Atenas), Itália (0limpia Milão), Israel (Maccabi Tel Aviv), Alemanha (Bayern Munique), Lituânia (Zalgiris Kaunas) e Montenegro (Buducnost Podorica).
Desde o momento em que começou a ter como principal patrocinador a companhia de aviação “Turkish Airlines” conseguiu, progressivamente, valorizar o nível desportivo da competição e a consequente melhoria do espectáculo desportivo. As receitas dos jogos cresceram, significativamente, o que permitiu melhorar a qualidade e capacidade das instalações desportivas. Embora o número de lugares sentados disponíveis para o público, em cada instalação desportiva seja, à partida, um importante factor no aumento das receitas em termos de bilheteira, foi de fundamental importância fazer uma boa promoção do espectáculo desportivo para que a rentabilização da capacidade dos lugares disponíveis se concretizasse. Cada equipa tem um patrocinador principal inserido na designação regulamentar do clube, nos equipamentos desportivos e na publicidade estática nos recintos onde actuam. E o círculo virtuoso do sucesso da Euroliga foi fechado com o surgimento de novos patrocinadores e mais transmissões televisivas tanto a nível local como internacional. 

Capacidade das instalações desportivas/assistência aos jogos.
Os clubes que tiveram maiores assistências no conjunto dos 15 encontros efectuados em casa (na fase regular) e, por consequência, as melhores médias de espectadores por jogo na condição de visitado, face a uma maior eficácia na rentabilização da capacidade da instalação desportiva que utilizaram:
- 1º Zalgiris Kaunas (Zalgirio Arena/Capacidade: 15.000 lugares) (Assistencia total: 221.048/média: 14.737 espetadores);
- 2º Panathinaikos Atenas (Olympic Sports Center/Capacidade: 18.989 lugares) (Assistência total: 182.291/média: 12.153 espectadores);
- 3º Baskonia Vitoria (Fernado Buesa Arena/Capacidade 15.504 lugares) (Assistência total: 163.933/média: 10.929 espectadores);
- 4º Maccabi Tel Aviv (Menora Mivtachim Arena/Capacidade: 11.060 lugares) Assistência total: 157.826/média: 10.522 espectadores);
- 5º Fenerbahce Istambul (Ulker Sports Arena/Capacidade: 13.059 lugares) (Assistência total: 157.391/média: 10.493 espectadores);
- 6º Real Madrid (WiZink Center/Capacidade: 15.000 lugares) (Assistência total: 145.547/média: 9.703 espectadores);
- 7º Olimpia Milão (Mediolanum Forum/Capacidade: 12.700 lugares) (Assistência total: 127.402/média: 8.493 espectadores);
- 8º Olympiacos Pireu (Peace and Friendship Stadium/Capacidade: 12.000 lugares) (Assistência total: 122.906/média: 8.194 espectadores);
- 9º CSKA Moscovo (Megasport Arena/Capacidade: 13.344 lugares) (Assistência total: 108.605/média: 7.240 espectadores);
- 10º Anadolu Istambul (Sinam Erdem Dome/Capacidade: 16.000 lugares) (Assistência total: 103.120/média: 6.875 espectadores);
- 11º FC Barcelona (Palau Blaugrana/Capacidade: 7.585 lugares) (Assistência total: 84.704/média: 5.647 espetadores);
- 12º Khimki Moscovo (Mytishchi Arena/Capacidade: 7.280 lugares) (Assistência total: 82.529/média: 5.502 espectadores);
- 13º Gran Canaria (Gran Canaria Arena/Capacidade: 11.500 lugares) (Assistência total: 72.348/média: 4.823 espectadores);
- 14º Buducnost Podorica (Moraca Sports Center/Capacidade: 6.000 lugares) (Assistência total: 71.877/média: 4.792 espectadores);
- 15º Bayern Munique (Audi Dome/Capacidade: 6.700 lugares) (Assistência total: 66.359/média: 4.424 espectadores);
- 16º Darussafaka Istambul (Wolkswagen Arena/Capacidade: 5.240 lugares) (Assistência total: 40.372/média: 2.691 espectadores).

Orçamento dos clubes
Os orçamentos dos clubes (época de 2018/19), em função das diversas receitas/despesas previstas foi o seguinte: 1º Real Madrid (orçamento: 42 milhões Eur.); 2º Barcelona (36 milhões); 3º CSKA Moscovo (36 milhões); 4º Fenerbahce Istambul (30 milhões); 5º Olimpia Milão (25 milhões); 6º Khimki Moscovo (24 milhões); 7º Maccabi Tel Aviv (23 milhões); 8º Bayern Munique (20 milhões); 9º Anadolu Efes (18 milhões); 10º Baskonia Vitoria (16 milhões); 11º Olympiacos Pireu (15 milhões); 12º Panathinaikos Atenas (15 milhões); 13º Zalgiris Kaunas (10,7 milhões); 14º Gran Canaria (10 milhões): 15º Darussafaka Istambul (6 milhões); 16º Buducnost Podorica (5,8 milhões). 
A verba global dos 16 clubes atinge um valor na ordem dos 332,5 milhões de euros, a melhor de sempre, pelo que faz concorrência a outras ligas profissionais de desportos colectivos espalhadas por esse mundo fora.

1.º Fase/Regular
Entretanto, a fase regular da prova (30 jornadas) teve o seu início em 11 de Outubro de 2018, na qual todas as equipas jogaram entre si a duas voltas (casa e fora) e terminou a 5 de Abril de 2019. Foi um esforço notável se atendermos a que todas as equipas também competiram aos fins de semana nas provas nacionais. Após esta maratona de jogos, ficaram apuradas para a fase seguinte (playoffs) as oito formações melhor classificadas nesta 1ª fase da prova. A classificação desta fase inicial (30 jornadas) parece estar, de algum modo, sintonizada com a verba salarial disponibilizada por cada clube para o recrutamento de jogadores, embora existam alguns excepções como se pode verificar. 

Classificação/Salários
1º - Fenerbahce (25 vitórias/5 derrotas) (salários: 18 milhões euros);
2ª – CSKA Moscovo (24 vitórias/6 derrotas) (18 milhões);
3º - Real Madrid (22 vitórias/8 derrotas) (31 milhões);
4º - Anadolu Istambul (20 vitórias/10 derrotas) (12 milhões);
5º - Barcelona (18 vitórias/12 derrotas) (27 milhões);
6º - Panathinaikos Atenas (16 vitórias/14 derrotas) (10 milhões);
7º - Baskonia Vitória (15 vitórias/15 derrotas) (9 milhões);
8º - Zalgiris Kaunas (15 vitórias/15 derrotas) (7,4 milhões);
9º - Olympiacos Pireu (15 vitórias/15 derrotas) (10 milhões);
10º - Maccabi Tel Aviv (14 vitórias/16 derrotas) (10 milhões);
11º - Bayern Munique (14 vitórias/16 derrotas) (10 milhões);
12º - Olimpia Milão (14 vitórias/16 derrotas) (12 milhões);
13º - Khimki Moscovo (9 vitórias/21 derrotas) (14 milhões);
14º - Gran Canaria (8 vitórias/22 derrotas) (5,6 milhões);
15º - Buducnost Podorica (6 vitórias/24 derrotas) (3,5 milhões);
16º - Darussafaka Istambul (5 vitórias/25 derrotas) (4 milhões).

Jogadores com melhores contratos
Para se ter a noção dos valores que envolvem a contratação de alguns jogadores profissionais, ao nível da Euroliga, apresentamos a listagem, que é do conhecimento público, dos 10 jogadores mais bem pagos:
- 1º – Alexey Shved (Khimki Moscovo) 4 milhões dólares;
2º - Nando de Colo (CSKA Moscovo) 2.780.000 $;
3º – Nick Calathes (Panathinaikos Atenas) 2.550.000 $;
4º – Sergio Rodriguez (CSKA Moscovo) 2.550.000 $;
5º – Jan Vesely (Fenerbahce Istambul) 2.430.000 $;
6º – Sergio Llull (Real Madrid) 2.200.000 $;
7º – Chris Singleton (FC Barcelona) 1.900.000 $;
8º – Mike James (Olimpia Milão) 1.800.000 $;
9º – Shane Larkin (Anadolu Efes) 1.700.000 $;
10º – Joffrey Lauvergne (Fenerbahce Istambul) 1.700.000 $.

Jogadores mais eficientes (MPV) por jornada e mensalmente
Através de um sistema de valorização pontual dos jogadores, específico da Euroliga, foram sendo eleitos os MVP em cada jornada, assim como, o melhor jogador da prova em cada mês decorrente da fase regular. MVP por Jornada:
1ª jornada - Jan Vesely (34 de valorização) Fenebarhce;
2ª - Nikola Milutinov (33) Olympiacos / Anthony Randolph (33) R. Madrid;
3ª - Scottie Wilbekin (30) Maccabi / Rodrigue Beaubois (30) Anadolu;
4ª - Nando de Colo (27) CSKA;
5ª - Gustavo Ayon (30) R. Madrid;
6ª - Cory Higgins (28) CSKA;
7ª – Eulis Baez (32) G.Canaria;
8ª - Alexey Shved (30) khimki ;
9ª - Alexey Shved (32) Khimki;
10ª - Jach LeDay (42) Olympiacos;
11ª - Gustavo Ayon (34) R.Madrid;
12ª - Derrick Williams (35) Bayern;
13ª - Nikola Milutinov (36) Olympiacos;
14ª - Vassilis Spanoulis (31) Olympiacos;
15ª - Johnny O´Bryant (44) Maccabi;
16ª – Nikola Milutinov (41) Olympiacos;
17ª – Kostas Papanikolaou (31) Olympiacos;
18ª – Marcelo Huertas (29) Baskonia;
19ª – Will Clyburn (27) CSKA;
20ª - Angelo Cloiaro (33) Maccabi;
21ª – Nando de Colo (38) CSKA;
22ª – krunoslav Simon (34) Anadolu;
23ª – Brandon Davies (34) Zalgiris;
24ª – Ante Tomic (28) Barcelona;
25ª – Shane Larkin (43) Anadolu;
26ª – Mike James (31) Milão;
27ª – Micheal Eric (33) Darussafaka;
28ª -Nick Calathes (39) Panathnaikos;
29ª –Toney Douglas (37) Darussafaka;
30ª – Brandon Davies (34) Zalgiris.

MVP Mensal:
Mês Outubro 2018 (1ª à 4ª semana): Edy Tavares (Real Madrid);
Novembro 2018 (5ª à 10ª semana): Vasilije Micic (Anadolu Istambul);
Dezembro 2018 (11ª à 15ª semana): Jan Vesely (Fenerbahce Istambul);
Janeiro 2019 (16ª à 20ª semana): Alex Tyus (Maccabi Tel Aviv);
Fevereiro 2019 (21ª à 24ª semana): Mike James (Olimpia Milão);
Março 2019 (25ª à 29ª semana): Nick Calathes (Panathinaikos).

Dança dos treinadores
Numa competição desportiva em que o suporte financeiro atinge valores muito elevados e os resultados desportivos levam o seu tempo a aparecer, as substituições dos treinadores (tradicionais chicotadas psicológicas) são a decisão mais fácil e barata para os dirigentes desportivos. Nos últimos tempos, como primeira forma de sacudir a água do capote perante os adeptos do clube e comunicação social, é arranjar um bode expiatório (treinador) para explicar o insucesso desportivo momentâneo. É a opção imediata na tentativa de mudança do rumo dos acontecimentos, sem se aprofundar as verdadeiras causas do que se está a passar na preparação da equipa. Infelizmente, esta irresponsabilidade dos dirigentes desportivos também está a chegar ao basquetebol europeu de alto nível. Vejamos, como exemplo as alterações surgidas durante esta época desportiva (2018-19) na Euroliga:
- Gran Canaria (pré-época) saída Luis Casimiro (Espanha) e entrada Salva Maldonado (Espanha)/(5.Dez.2018) saída Salva Maldonado e entrada de Victor Garcia (Espanha)/(11.Mar.2019) saída de Victor Garcia e entrada de Pedro Martinez (Espanha);
- Darussafaka Istambul (pré-época) saída David Blatt (USA) e entrada Ahmet Caki (Turquia)/(11.Dez.2018) saída Ahmet Caki e entrada Selçuk Emak (Turquia);
- Olympiacos Pireu (pré-época) saída Ioannis Sfairopoulos (Grécia) e entrada David Blatt (USA); - Baskonia Vitoria (16.Nov.2018) saída Pedro Martinez (Espanha) e entrada Velimir Perasovic (Croácia);
- Maccabi Tel Aviv (18.Nov.2018) saída Neven Spahija (Croácia) e entrada Ioannis Sfairopoulos (Grécia); - Panathinaikos Atenas (20.Dez.2019) saída Xavi Pascual (Espanha) e entrada Rick Pitino (USA);
- Buducnost Poderica (29.Dez.2018) saída Alexander Dzikic (Sérvia) e entrada Jasmin Repesa (Croácia); - Khimki Moscovo (21.Jan.2019) saída Georgios Bartzokas (Grécia) e entrada Rimas Kurtinaitis (Lituânia).
Os treinadores que mantiveram os seus postos de trabalho durante a época regular foram aqueles que classificaram as suas equipas para os playoffs ou que estiveram muito perto de o conseguir: Zelijko Obradovic (Fenerbahce), Dimitrios Itoudis (CSKA), Pablo Laso (Real Madrid), Ergin Ataman (Anadolu), Svetislav Pesic (Barcelona), Sarunas Jasikevicius (Zalgiris), Simone Pianigiani (Milão) e Dejan Radonjic (Bayern).

2º Fase/playoffs
As oito equipas melhor classificadas da fase regular, Fenerbahce, CSKA, Real Madrid, Anadolu, Barcelona, Panathinaikos, Baskonia e Zalgiris ficaram apuradas para os playoffs que serão disputados por eliminatórias à melhor de cinco jogos. O emparelhamento das equipas é feito de acordo com a classificação registada na 1ª fase da prova: (1º - 8º) (2º - 7º) (3º - 6º) (4º - 5º).
Os melhores classificados efectuam os dois primeiros encontros em casa, os dois seguintes fora e o quinto e último, para desempate, novamente em casa. As datas previstas para os playoffs são 16 e 17, 18 e 19, 23 e 24, 25 e 26 de Abril e, se necessário, em 1 de Maio.
- 1º Fenerbahce Istanbul --- 8º Zalgiris Kaunas
- 2º CSKA Moscovo --- 7º Baskonia Vitória
- 3º Real Madrid --- 6º Panathinaikos Atenas
- 4º Anadolu Istambul --- 5º FC Barcelona

Final Four – Cidade de Vitória (Espanha)
Este ano a derradeira fase (Final Four) vai ser realizada, de 17 a 19 de Maio, na cidade de Vitória (Espanha), no recinto da equipa do Baskonia (Fernando Buesa Arena), que tem uma capacidade para 15.504 espetadores. As quatro equipas vencedoras do playoff ficarão apuradas para participar na Final Four que vai decidir o vencedor da Euroliga.

Prémios Monetários
Durante a fase regular é atribuído aos clubes um prémio de 40.000 euros por cada vitória. Os quatro clubes que vencerem as eliminatórias do playoff receberão um prémio de 70.000 euros. Na Final Four é atribuído ao 1º classificado uma verba de 1 milhão de euros, o outro finalista receberá um prémio de 500.000 euros, o terceiro classificado é contemplado com 300.000 euros e o último terá direito a uma verba de 150.000 euros.

Arbitragem
A exemplo dos jogadores que criaram há algum tempo a sua associação (Euroleague Players Association) os árbitros também seguiram o mesmo caminho e, no início da actual época desportiva, constituiram a “Union of Euroleague Basketball Officials”. A “UEBO” foi registada oficialmente em Espanha, como uma associação independente, tendo como principal missão apoiar, representar e unir os árbitros na sua valorização pessoal e no crescimento da Euroleague Basketball. A direcção eleita é constituída por Sasa Pukl/Presidente (Eslovénia); Luigi Lamonica/1º Vice (Itália); Daniel Hierrezuelo/2º Vice (Espanha); Christos Chritodoulou/Tesoureiro (Grécia); Sreten Radovic/Secretário (Croácia); Ilija Belosevic (Sérvia); Olegs Latisevs (Letónia); Robert Lottermoser (Alemanha) e Boris Rhyzyk (Ucrânia).
Felizmente para o basquetebol nacional temos sido representados através da arbitragem, nas duas mais importantes competições de clubes da Europa (Euroliga e Eurocup), por dois consagrados juízes internacionais que muito têm prestigiado a modalidade e o desporto português. Esta afirmação baseia-se no facto de Fernando Rocha já ter dirigido, nestes últimos anos, um número significativo de jogos: 24 Euroliga/8 Eurocup (2015-16), 29 Euroliga/5 Eurocup (2016-17), 25 Euroliga/3 Eurocup (2017-18) e já ter actuado na Final Four da Euroliga. Esta época (2018/19) também arbitrou 24 jogos da Euroliga e 6 da Eurocup estando, ainda, nomeado para dirigir o 3º encontro (finalíssima) do playoff final da Eurocup entre as equipas do Valencia e do Alba de Berlim. Por sua vez, Sérgio Silva, dirigiu 11 jogos na Euroliga/12 Eurocup (2016-17), 12 encontros na Euroliga/8 na Eurocup (2017-18) e esta época (2018-19) arbitrou 9 jogos da Euroliga e 11 da Eurocup. Entendemos que o currículo dos dois juízes lusitanos, um mais experiente nestas andanças e outro mais jovem mas muito promissor, são uma prova efectiva do seu inegável valor e prestígio internacional, na medida em que actuam nas duas melhores competições profissionais de clubes do mundo, logo a seguir à NBA."

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