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quarta-feira, 25 de março de 2020

Uma crise nunca vem só

"Os clubes vão conseguir sobreviver e refazer as suas práticas? Nos moldes que vinham praticando até aqui, claro que não.

O futebol nunca mais será o mesmo, nem nas nossas vidas”.
São palavras do técnico de futebol Jesualdo Ferreira a um portal brasileiro, ditadas por uma experiência de muitos anos, que vão inapelavelmente ao encontro de uma verdade que muitos ainda teimarão em não aceitar.
Mas a realidade está ali toda numa simples frase, que nos desperta para um futuro carregado de interrogações.
As mudanças na sociedade, por força de uma pandemia de duração e consequências por enquanto difíceis de prever, abrangem todos os sectores da vida, deles não podendo subtrair-se o Desporto, de forma abrangente e, de modo muito especial, o futebol.
A paralisação registada em diversos países, mas com incidência maior na Europa, está já a tirar o sono a muita gente.
Claro que os adeptos são afectados, mas o mal maior projecta-se sobre clubes e praticantes, aos quais começa a faltar o seu sustento e, pior do que isso, uma perspectiva de futuro sem capacidade para remediar o descalabro que começa a estar cada vez mais à vista e que vai deixar sequelas por muito tempo.
Clubes de portas fechadas, atletas sem saber que rumo dar às suas vidas, competições com barreiras intransponíveis à sua frente, as mais recentes das quais erguidas pela Uefa ao adiar, sine die, as finais europeias dos seus principais torneios que, em princípio, deveriam ter lugar no próximo mês de Maio.
Com este quadro bem à nossa frente, é altura de perguntar como vai ser resolvida a situação de tantos milhares de protagonistas que vivem e dependem do futebol?
Os clubes vão conseguir sobreviver e refazer as suas práticas? Nos moldes que vinham praticando até aqui, claro que não. 
Há, no entanto, algumas situações que se afiguram de mais urgente resolução.
Todos os dias, as notícias nos entram pela casa dentro transportando dramas de jogadores e suas famílias, cuja sobrevivência está a transformar-se num autêntico pesadelo.
Enquanto não é possível ultrapassar esta fase, é pois este o tempo de tanto a Liga de Clubes como a Federação saírem dos seus casulos e acorrerem àqueles que durante muitos anos contribuíram para o abarrotar dos seus cofres."

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