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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

O futebol deve ser mais do que aquilo...

"No último sábado, em Setúbal, o futebol português, por culpa própria, sujeitou-se a uma noite deprimente, de embaraço colectivo

A doença do plantel sadino colocou em evidência as maleitas de que sofre o futebol português, onde a autoregulação se mostra escassa e insuficiente, abrindo portas ao oportunismo e à casuística. Louve-se o esforço de Pedro Proença para encontrar (em vão, como se viu...) uma saída digna para o problema. Mas é preciso mais, é necessário um impulso que dê à Direcção da Liga o poder de decidir em casos extraordinários como aquele que acabámos de presenciar. O V. Setúbal - Sporting do último sábado fica como uma nódoa na temporada 2019/2020.

Pedro Ribeiro já não é treinador do B-SAD. Aos 34 anos vai muito bem a tempo de devolver a sua carreira aos trilhos da honorabilidade, explicando, de uma vez por todas, não só o que aconteceu no túnel do Estádio Nacional, como ainda qual o comportamento que lhe foi sugerido e ainda o que terá dito em sede de inquérito. Se o fizer, ajudará a despoluir várias zonas pantanosas do nosso futebol. Porque, convenhamos, nunca se percebeu muito bem porque gritou alto e bom som que tinha levado um soco e depois remeteu-se a um silêncio comprometido.

Bruno Fernandes, além de grande jogador, possui uma tremenda resiliência. Só assim se entende que mantenha gelo nas veias e rendimento elevado, mesmo na constância de diligência nada discretas quanto à sua transferência. Com o derby à porta, subsistem dúvidas quanto ao local onde estará na noite de sexta-feira, se no relvado de Alvalade, se já em Manchester. Tanta indefinição, também não é fácil de gerir para Jorge Silas, como não foi para Keizer. Mas, de algum tempo a esta parte, a palavra fácil não entra no léxico leonino.

A prestação da Selecção Nacional de andebol no Europeu da Noruega é um raio de luz que ilumina um caminho a maior parte das vezes sombrio, das modalidades colectivas portugueses futebol (e derivados, à parte), tendo em conta ainda a fraca expressão internacional do hóquei em patins. O triunfo sobre a França merecia uma estrofe nos Lusíadas, e a confirmação de autoridade e classe contra a Bósnia elevou esta geração ao ponto mais alto de desporto nacional. E que ninguém ouse falar em sorte. Sorte desta dá muito trabalho. Parabéns!

Ás
Paulo Pereira
O seleccionador nacional de andebol é o rosto do sucesso luso em terras na Noruega, onde foi conseguido o apuramento para a segunda fase, a expensas da França, hexacampeã mundial (1995, 2001, 2009, 2011, 2015, 2017). A um grupo excelente de jogadores, Paulo Pereira deu a solidariedade que faz com que o mundo pule e avance.

Duque
Josep Bartolomeu
O Barcelona está a comportar-se como um clube de bairro (sem ofensa para estes) no processo de despedimento de Ernesto Valverde. Ainda o técnico com contrato caminha sobre o fio da navalha e já é sujeito à humilhação de convites recusados por Xavi e Koeman. O mundo-cão (sem ofensa para estes) do futebol...

Duque
Frederico Varandas
O presidente do Sporting não esteve à altura dos pergaminhos do clube no tratamento da crise com o Vitória de Setúbal. A vida não está fácil, os pontos fazem muita falta, mas há momentos em que mais do que parecer, é preciso ser. E, perante esse desafio, não passou da vulgaridade. Faltou-lhe grandeza.
(...)

A batalha de Alésia nunca existiu!
Na capa do 'L'Equipe' do último sábado (na sexta anunciara o jogo na primeira página), nem uma linha para o Portugal, 28 - França, 25 do Europeu de andebol. Derrotados pelos romanos em Alésia, em 52 AC, os gauleses de Astérix passaram a vida a negar esse facto. Não é o mesmo, mas a ideia é essa...

'Live Fast, Die Young'
Paulo Gonçalves, natural de Esposende, 40 anos, foi a 25.ª fatalidade do Dakar e o 20.º motard a perder a vida nessa competição que cruza o desporto automóvel com a aventura radical e que, depois de África e América do Sul, anda agora pelas areias da península arábica. Portugal perde uma referência, presença habitual no top ten do Dakar, onde foi segundo em 2015, o campeão do Mundo de Rally Cross em 2013. 'Live Fast, Die Young', numa versão lusitana de 'o perigo é a minha profissão'. Que descanse agora em paz, no céu dos campeões..."

José Manuel Delgado, in A Bola

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