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domingo, 30 de março de 2025

Gil Vicente-Benfica, 0-3 Voo de águia muito competente para lá da capacidade do galo...


"O Benfica foi a Barcelos acertar o calendário, e não só: apanhou o Sporting na frente, e mostrou que aprendeu com o susto mais recente, em Vila do Conde. Equipa de Bruno Lage não deu qualquer chance ao Gil Vicente.

As vitórias valem todas três pontos, mas há ganhar e ganhar. Por exemplo, o Benfica triunfou muito justamente, aliás, em Vila do Conde, mas depois de ter o jogo na mão decidiu ‘meter’ a equipa de Petit na disputa da partida, e acabou a suar as estopinhas para não deixar pontos nas margens do rio Ave. Em Barcelos, nas margens do Cávado, a conversa foi outra: os encarnados foram autoritários de fio a pavio, tiveram o controlo das operações, assumindo a responsabilidade que o favoritismo frente a um adversário com menos meios lhes conferia, e cedo se percebeu que se a equipa de Bruno Lage não tivesse nenhum assomo de desleixo, ia regressar à Luz com três pontos fundamentais na luta pelo título.

FÓRMULA APRIMORADA
Frente a um Gil Vicente, orientado por César Peixoto, que representou ‘galos’ e ‘águias’, armado num 4x2x3x1 que muitas vezes, especialmente quando Amdouni trocava com Aursnes e ia dar apoio mais próximo a Belotti, se transformava em 5x4x1 com o recuo de Bamba para terceiro central, deixando as despesas do ataque (?) a Pablo, o Benfica repetiu uma fórmula que vai aprimorando, independentemente dos onze escolhidos para irem a jogo.
Bruno Lage tem a defesa definida (e Tomás Araújo, o que se passa (?), porque sem Bah, Dahl ainda vai ter de mostrar credenciais na lateral direita, em jogos mais exigentes), aposta num meio campo em que Florentino é o trinco (que infantilidade o ‘amarelo’ que viu aos 90+2!) e Kokçu baixa para se tornar no playmaker – curiosamente, desde que está em Portugal, nunca se tinha visto ao internacional turco tanta disponibilidade para trabalhar defensivamente – da equipa; à frente desta dupla, três jogadores com uma capacidade de permuta muito grande, Aursnes, Amdouni e Bruma, que estão bem entrosados com a necessidade de recuperar a bola depressa através de pressão alta, ficando desta feita o posto mais avançado a cargo de Andrea Belotti, o ‘gallo’, que não deixou de faturar numa cidade em que o galo é rei.
Qual foi, então, a diferença deste Benfica para outros ‘benficas’ que sofreram para vencer e deixaram, até, desnecessariamente, pontos em várias latitudes? A resposta é simples, como todas as coisas profundas: a equipa de Lage manteve-se concentrada durante todo o jogo, decidiu não meter folga em algumas fases da partida, e colocou sob ameaça permanente o Gil Vicente, que cada vez que se afoitava, percebia que deixava adversários entre linhas que assustavam, de imediato, as redes de Andrew. Foi da tática? Não. Foi da estratégia? Não. Foi, sobretudo, de uma atitude séria, vestida de intensidade, que fez parecer fácil o que noutras alturas foi um Adamastor.

USAR O PLANTEL
Mais uma coisa deve ser dita em relação ao Benfica: Bruno Lage tem à disposição um plantel rico (embora claramente penalizado pelas lesões de Bah e Manu), e tem sabido utilizá-lo. Vejam-se, por exemplos, as substituições que realizou em Barcelos, quando para se manter no controlo das operações refrescou o ataque com Di María, Akturkoglu e Pavlidis (um luxo), aproveitando ainda para compactar o meio-campo com Renato Sanches. Perante a exigência de uma temporada que já colocou muitos minutos nas pernas dos jogadores (Otamendi, em Barcelos, teve um jogo de repouso ativo, para os padrões que são habituais, enquanto que António Silva mostrou estar a crescer em confiança), o técnico encarnado não se fixou num número limitado de ‘fiéis’ e tem sabido manejar o plantel, que agora volta a ter Di María. Daíq ue seja legítimo perguntar que pplanos tem Lage para El Fideo? Usá-lo nas partes finais dos jogos, quando a sua frescura pode ser uma vantagem suplementar, ou dar-lhe a titularidade, sabendo-se que este sistema em que o Benfica joga passa muito pela pressão alta, que exige do ponto de vista físico muito aos jogadores. Os jogos que se seguem darão resposta a esta dúvida existencial.

SENTIDO ÚNICO
Quanto ao jogo, que teve numa cabeçada de Pablo, aos seis minutos que Trubin defendeu bem e que foi a exceção que confirmou a regra, pode falar-se, ‘mutatis mutandis’. De um ‘samba de uma nota só’, uma partida de sentido único que teve como única surpresa o magro 0-1 qua se verificava ao intervalo, da autoria de Aursnes, após obra de autor de Bruma, uma tremenda aquisição dos encarnados no mercado de inverno.
O segundo tempo trouxe mais do mesmo, e o 0-2, por Belotti após assistência de António Silva, apenas confirmou a superioridade flagrante dos forasteiros. César Peixoto jogou o que tinha, refrescou o meio-campo com Fujimoto e o ataque com Carlos Eduardo, teve até alguns momentos em que a sua equipa conseguiu trocar a bola com maior intencionalidade, mas à medida que os minutos passavam o Gil Vicente foi deixando de acreditar que era possível espremer algum ponto daquele jogo e a toda de superioridade encarnada não só se manteve como ainda terminou com uma cereja no topo de bolo, quando Ángel Di María, dos onze metros, fixou o ‘placard’ em 0-3. Vitória sem contestação de uma equipa que encontrou a tecla certa para ser mais competitiva. Como dizia Marco Silva em entrevista a A Bola, «pressão alta, pouco espaço entre setores e grande intensidade.» Simples, não é?"

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