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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

A mais-valia da Liga das Nações

" se joga a Liga das Nações. Uma nova competição de selecções organizada pela UEFA (a primeira em quase 60 anos), concebida para substituir as datas FIFA até agora preenchidas por jogos particulares, que visa o aumento de receitas e um maior interesse dos adeptos nas partidas das suas selecções. Além disso, surge aqui o atractivo de haver mais uma prova para se tentar conquistar e uma via alternativa para se garantir uma qualificação para o próximo Europeu de Futebol, que se disputa em 2020.
A criação desta nova prova teve dedo português. É bom lembrar. Foi o director-geral da FPF, Tiago Craveiro, que em 2014 começou a pensar e a trabalhar na ideia, pouco tempo depois mesmo apresentada aos responsáveis máximos do futebol europeu. A UEFA recebeu bem a proposta e convidou as principais federações europeias para discutir o assunto. E apesar das várias reticências e críticas apontadas por alguns países (Alemanha, Holanda ou Espanha, por exemplo), o projecto foi mesmo para a frente.
No fundo, esta ideia de dividir as 55 selecções em 4 divisões, fazendo com que as principais selecções joguem entre si, permitiu atrair o interesse das televisões. Jogos como Alemanha-França ou Portugal-Itália, por exemplo, valem mais se tiverem um carácter oficial, em vez de serem meramente partidas particulares em que se dão oportunidades a jogadores menos utilizados. E a verdade é que a venda dos direitos da competição veio mesmo a gerar receitas de milhões para a UEFA.
E mesmo para as selecções mais fracas, nas Ligas B, C, D, esta é uma excelente oportunidade para gerarem receitas e ganharem rotinas internacionais com adversários do mesmo nível competitivo, sempre com a ambição de subir de patamar. Ainda ontem a UEFA anunciou um aumento de prémios da Liga das Nações na casa dos 50%, com o prémio de participação na Liga A, onde Portugal está presente, a crescer de 1,5 para 2,25 milhões de euros.
A Liga das Nações, goste-se ou não do formato da competição, acaba por ser uma óptima ideia, porque eleva a fasquia competitiva para todas as selecções, durante uma fase que, no passado, sempre foi de maior descompressão, com imensos jogos amigáveis pelo meio. Os adeptos passam assim a ter a oportunidade de ver as suas selecções a disputarem mais jogos oficiais, perante equipas de exigência máxima, existindo a possibilidade de conquistar uma nova competição e adquirir uma segunda oportunidade de qualificação para os principais torneios internacionais. Assim, a cada ano ímpar, surge um novo campeão, que se juntará aos vencedores do Mundial e do Euro nos anos pares. 
Fernando Santos já salientou que para os seleccionadores esta prova acaba por ser bem-vinda porque permite avaliar os jogadores num cenário mais realista e exigente, o que ajuda a perceber ainda melhor que papel podem desempenhar pelas suas selecções. Por seu lado, para os clubes, o facto de existirem ainda mais jogos oficiais de selecções acaba ser visto, talvez, de forma mais negativa, já que os seus atletas acabarão por ter um maior nível de desgaste físico do que acontecia até aqui.
Resta saber também como é que as federações vão encarar a competição. Vão usar os melhores atletas ou aproveitar a Liga das Nações para rodar novos atletas? Temos observado casos distintos. O grande desafio da prova será a sua competitividade e a qualidade dos espectáculos que conseguir gerar. Se isso for garantido, o seu sucesso estará mais próximo.

O Craque – Génio do Oriente
Comandado dentro de campo por um pequeno talento japonês, o Portimonense foi protagonista de um fenómeno raro: marcar 4 golos a um grande do nosso futebol na liga. Shoya Nakajima já tinha mostrado valor na temporada transacta, com 10 golos e 10 assistências. Este ano já leva 4 golos e 3 assistências, afirmando-se como um dos jogadores mais influentes do campeonato. Leitura de jogo acima da média, remate fácil e muita velocidade. Qualidades que fazem dele um activo desportivo e financeiro muito importante para a equipa de Portimão.

A Jogada – Clássico pobre na nota artística
O Benfica ganhou o clássico com o FC Porto e foi o grande vencedor da jornada, conquistando pontos às outras equipas do top 5 da liga. Um jogo com raras oportunidades de golo, muitas faltas (44) e inúmeras perdas de bolas (221) indicia que as equipas se tentaram anular e que dificilmente conseguiram ter espaço para criar. Acabou por ser um pormenor, numa desorientação da defesa portista, que fez a diferença a favor dos encarnados. Vitória justa, pela eficácia e vontade que o Benfica demonstrou na 2.ª parte. Mas face à qualidade dos intervenientes, este jogo podia e devia ter sido muito melhor.

A Dúvida – Chaves em modo duplo na Taça
O mundo do futebol por vezes gera situações bizarras. Na Liga Europa, o Leipzig e o Salzburg, clubes que são propriedade da uma mesma empresa, foram sorteados no mesmo grupo e já se defrontaram entre si, um tema que tem gerado polémica. E em Portugal temos o insólito de duas formações do Desp. Chaves terem marcado presença no sorteio da Taça de Portugal: a equipa principal e a equipa satélite. O próprio clube flaviense mostrou-se surpreendido com esta realidade, que as regras possibilitam, ao contrário do que acontece às equipas B. Faz sentido que assim aconteça?"

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