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quarta-feira, 1 de junho de 2016

Falar de justiça mas bem devagarinho

"Todos sabemos como é lenta a justiça em Portugal. E o futebol deu-nos dois exemplos bem claros nos últimos dias. A federação chegou ontem a acordo no caso Olympic... 19 anos depois do início do diferendo. É obra. Já o caso Mateus conheceu uma decisão favorável ao Gil Vicente condenado à descida na secretaria em 2006. Passaram 10 anos! Pior, a ordem do tribunal não vai ser acatada por Liga e federação, recorrendo esta novamente às instâncias judiciais, o que deve atirar a resolução do triste episódio lá para as calendas gregas. Todas estas decisões, lentidão e incompetência têm custos enormes. Neste caso para o futebol nacional - a FPF tem já aprovisionada uma verba para fazer face a uma derrota esperada no imbróglio Gil-Belenenses -, mas também para o país. As dificuldades em conseguir decisões céleres na justiça são uma das principais razões para que o investimento estrangeiro em Portugal não abunde. Como arriscar capital a sério em negócios num país em que se as coisas correm mal nunca mais há decisões? Pois.
Benfica e FC Porto apresentaram contas negativas. O Sporting deve estar aí a rebentar. Infelizmente futebol português e prejuízos são palavras muitas vezes lidas na mesma frase. É difícil a vida dos presidentes dos grandes, entre a vontade de conquistar títulos e agradar aos adeptos e tentar o equilíbrio financeiro. São muitas as promessas de contenção, mas depois, na hora da verdade, lá vêm os aumentos de massa salarial, de prémios ou ainda de investimento em contratações. Obviamente, uns e outros vão no próximo exercício minorar os estragos com as vendas. Mas em Portugal continua a gastar-se demasiado num desporto sem mercado para tanto. Daí também a nossa capacidade para lutarmos com alguns da Europa mais rica. Um dia alguém pagará a factura. Até lá, siga."

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