Últimas indefectivações

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Obviamente, não me demito!

"Bruno de Carvalho não deseja continuar com Jorge Jesus no comando técnico da equipa de futebol. Manifestou essa ideia ao treinador, deixando em aberto a possibilidade de ainda o vir a suspender antes da final da Taça de Portugal e de lhe levantar um processo disciplinar para despedimento com justa causa.
Não é surpresa. A coexistência entre presidente e treinador tornou-se impossível, desde o preciso momento em que o treinador ficou do lado dos jogadores, quando estes foram atacados na sua dignidade profissional.
Os que conhecem a realidade do futebol saberão, porém, que não restava alternativa a Jesus, porque nenhum treinador pode ser líder de uma equipa que atraiçoa e a verdade é que o resultado da atitude do treinador se reflectiu, até ao jogo da Madeira, num inegável espírito de unidade e no sucesso de todo o grupo.
Nestas circunstâncias conhecidas, a estratégia da nota de culpa poderia ser vista como uma mera arquitectura de tesouraria e, como tal, a administração leonina sabe que corre sérios riscos e deverá ser devidamente ponderada para que o Sporting não acabe duramente penalizado.
Certo é que só muito contrariado Bruno de Carvalho terá Jesus no banco do Jamor, com possibilidade de terminar a época como responsável pela conquista de um importante troféu. E também é certo que, neste ponto, muito dificilmente haverá retorno. No final do extenso folhetim, que já tem muitos capítulos, ou Bruno de Carvalho demite o treinador do Sporting ou demite-se a si próprio, algo que a personalidade egocêntrica do presidente leonino nunca consentirá."

Vítor Serpa, in A Bola

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