"Portugal participou em 37 edições desta prova de ténis para seleções, contando com cinco benfiquistas em seis ocasiões
Reconhece-se a Taça Davis como a maior prova desportiva internacional realizada anualmente, disputada por seleções nacionais de ténis desde 1900. Portugal estreou-se em 1925, e o Benfica, 30 anos depois, sendo pentacampeãs nacional, teve atletas seleccionadas pela primeira vez.
Carlos Figueira, Pedro de Vasconcelos, António Azevedo Gomes e David Cohen foram os primeiros nomes sugeridos, embora os dois primeiros não tenham sido selecionados. Foi Cohen o primeiro a entrar em campo, em 30 de Abril de 1955, em Monsanto, frente ao checoslovaco olimpicamente medalhado Zabrodsky.
Portugal voltou a participar na Taça da Davis em 1963, com Cohen e Azevedo Gomes na seleção, contra o Luxemburgo (V 3-2), David Cohen seria suplente não utilizado na eliminatória seguinte, frente à Noruega (D 0-5), mas seria o único benfiquista a representar Portugal em Oslo, no ano seguinte.
Em 1974, apesar de não ter jogado, Azevedo Gomes foi o capitão, em Abril, frente à Irlanda (V(4-1), e contra a França (D 0-5), já depois da Revolução, em Maio.
Com a inauguração dos muito ansiados campos de ténis, a secção cresceu, apesar de só voltar a dar a sua cor à seleção portuguesa na Taça Davis em 1989, frente ao Senegal, com João Cunha e Solva, tricampeão nacional. Sotero Rebelo foi selecionado, mas não alinhou.
o Senegalês Yahiya Doumba, número 1 do ténis africano, desconsiderou os portugueses e profetizou a derrota lusa por 5-0. Portugal venceria por 5-0, com um único set cedido ao Senegal. A eliminatória seguinte decorreu nos Países Baixos (D 1-4), em Best, onde a única partida foi ganha por João Cunha e Silva.
A última edição da Taça Davis que contou com tenista benfiquistas foi em 1990, com Bernardo Mota, que não jogou, e João Cunha e Silva, novamente campeão e considerado o melhor tenista português. Portugal superou o Gana (V 5-0) na 1.ª eliminatória, enfrentando um enorme calor em Acra. Cunha e Silva jogou com uma ferida aberta num pé desde o primeiro dia, mas não deixou de se impor.
A seguir defrontou-se a URSS (D 1-4), em Kiev, onde os problemas persistiram: campo em mau estado, escorregadios e com buracos, e problemas de alimentação, considerada desadequada, e sobretudo a água mineral, gaseificada naquele país.
João Cunha e Silva protagonizou o último jogo, no dia 6 de Maio de 1990, frente a Andrey Cherkasov. O Benfica não voltaria a ter tenistas selecionados para a Taça Davis, e a secção encarnada encerraria atividade em 1993, deixando um rasto histórico que pode ver na área 3 - Orgulho Eclético, do Museu Benfica - Cosme Damião."
Pedro S. Amorim, in O Benfica
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