"Pouco mais de 19 anos separam Rodrigo Mora e Angel Di María Enquanto o argentino vive o ocaso da sua sensacional carreira, o portista inicia um percurso que promete ser tão ou mais brilhante. Sabemos que, mais cedo ou mais tarde, Mora, será seduzido por campeonatos mais atrativos e um contrato chorudo. Como aconteceu com Di María, quando chegou ao Benfica muito novo.
Este fenómeno reflete tanto uma fraqueza como uma força do futebol português: por um lado, perdemos jogadores que atraem público aos estádios e elevam o interesse pela nossa Liga; por outro, continuamos a revelar futebolistas de qualidade ímpar. Um olhar pelos campeonatos de sub-17, sub-19 e pela Liga Revelação tranquiliza qualquer cético: há mais Moras e Angelitos a surgir. E não apenas talentos nascidos em Portugal.
O nosso país combina uma formação de excelência com uma prospeção de nível mundial, sendo hoje uma verdadeira referência no desenvolvimento de jogadores. No entanto, a realidade é esta: trabalhamos para os Chelseas e PSGs desta vida. Assim que um talento como Geovany Quenda desponta, é capturado pelos milhões gerados por clubes de maior dimensão. E o mesmo acontecerá, inevitavelmente, com Mora. É aproveitar enquanto cá estão (Quenda estará mais um ano, cedido) e esperar que a fábrica continue a produzir com esta qualidade e requinte, porque quanto ao resto, não há esperança que o futebol português segure os seus diamantes. Para isso, era preciso olhar em frente, em vez de olhar para o lado..."
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