"1. As emoções do futebol alimentaram-se de muitas coisas à volta das quatro linhas, e um desses 'alimentos' é, certamente, a inconstância dos estádios de espírito. Ninguém escapa à voracidade dos estados de espírito, que, citando Herman José, são 'como os interruptores, que ou estão para baixo, ou estão para cima'. Para nós, benfiquistas, esta foi semana de interruptores 'para cima' em função dos resultados da última jornada do Campeonato.
2. Ninguém nos pode censurar por termos ficado contentes. E normal, porque a cada jornada que passa vai-se aproximado a linha da meta, a continuar a ganhar é a receita. Mas não devemos permitir a nós mesmo que a sensatez e o bom senso se transmutem em optimismos patetas, em validades, em certezas absolutas.
3. E também não devemos permitir que, de fora, queiram agora atribuir ao Benfica o estatuto de candidato 'principal' de concorrente 'favorito' ao título. Esforcemo-nos para que esses atributos concedidos ao nosso rival ainda antes de arrancar a temporada oficial de 2024/25, não se 'descolem' do atual 2.º classificado da tabela. Recusemos as teorias do Campeonato resolvido a 6 jornadas do fim. Decididamente, não nos alinhemos pelas fanfarronices extemporâneas agregadas noutros territórios que não são os nossos.
4. O Benfica não apregoa nada de nada a pouco mais de um mês do fecho da época, porque o Benfica não vive de pregões nem de pregoeiros. Na realidade - e a história prova-o -, o Benfica só quer ser Benfica e só sabe ser Benfica. O resto é ruído.
5. Tristíssimo comportamento do novel presidente do FC Porto nos dias que antecederam o clássico. Provocações gratuitas ao Benfica, apelos a ambientes bafientos, desconsiderações que se revelariam fatais - 'claro que é o jogo da época para o FC Porto' -, para tudo lhe terminar em amargura mais do que merecida e numa série de atitudes insólitos que, decerto, lhe terão custado sérios danos na sua reputação perante os adeptos do seu clube. Temos pena? Nenhuma.
6. Vangelis Pavlidis e Nicolás Otamendi foram as grandes figuras do Benfica no jogo do último fim de semana. Aliás, não foram grandes, foram superiores a tudo e a todos. Grandes foram os outros todos que estiveram em campo e os outros todos que estiveram nas bancadas a apoiar. Um espectáculo.
7. No domingo, todos à Luz. 'Todos' não caberíamos, é certo, mas este 'todos' é força de expressão. O Benfica precisa do apoio de todos no domingo no jogo com o Arouca, e por isso lá estarão os que estiverem e os que não estiverem. Matéria a espírito. Carrega, Benfica!"
Leonor Pinhão, in O Benfica
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