quinta-feira, 17 de abril de 2025
Benfica: quem diria
"Ninguém diria. De uma goleada histórica num clássico fora de portas, a uma desilusão caseira, poucos dias passados. A tendência no rescaldo destes fenómenos é culpar a eventual euforia que resulta de uma vitória desejada e marcante, para um soluço seguinte, frente a um adversário mais modesto e cujas principais guerras são mesmo outras. Mas não me pareceu o caso. A entrada do Benfica foi forte, como se impunha, empurrada pelo ambiente positivo que chegava das bancadas. Muitos remates, mas novamente pouco acerto, que foi retardando o golo e segurou a boa estrutura visitante. Os minutos corriam e a ansiedade era visível e crescente. A impaciência da equipa percebia-se.
Do outro lado, um adversário exemplarmente preparado, motivado e com poucas quebras durante o jogo. A equipa confirmou aquilo que Vasco Seabra tinha adiantado na antevisão: mostrar personalidade com bola e tentar complicar. Nem mais. Um Benfica já mais precipitado e em visível esforço, acabou por finalmente abrir a contagem, já no decurso da segunda parte. Kokçu correspondia com brilho finalizador ao trabalho artístico de Carreras e ao serviço elegante de Aursnes. O mais difícil parecia feito. Mas não.
Na sequência de um infeliz episódio, o empate chegaria para confundir o cenário. Mesmo com a revisão do lance, o árbitro decidiu manter o que o seu olho clínico julgava ter visto. Voltar atrás afetaria o ego do senhor? Uma decisão bizarra que contraria a imagem do lance: uma cabeça atingida, que afinal provoca um derrube (!). Alguém entende a lógica? Nessa altura, com pouco tempo pela frente, a urgência e o estado de alerta ganhavam nova dimensão. Mesmo com o segundo golo de Pavlidis, com a influência posicional de Belotti, o controlo da equipa nunca se restabeleceu. A respiração não deixou de ser ofegante até ao empate final, bem construído pelos visitantes em ataque rápido.
Vitória no Dragão e empate inesperado em plena Luz, já lá vão. O intervalo é razoável até ao próximo desafio. Tempo para recuperar, animar as tropas e preparar o novo embate. Contra: mesmo falhando o árbitro, fica o curto proveito dos muitos remates efetuados e o desperdício de duas vantagens contra o Arouca e em casa. A favor: estádio cheio, Araújo a tempo inteiro e Pavlidis outra vez.
Herdeiros
Custou mas foi — a sucessão convincente de Grimaldo. Carreras é agora o lateral residente, depois de algum tempo de emancipação e conquista dos adeptos mais desconfiados. No passado mês de março, o lateral do Benfica foi justamente eleito o melhor defesa da nossa Liga. Longe vão os tempos em que defesas eram defesas e em que, por exemplo, os guarda-redes brilhavam só pela segurança das suas mãos. Hoje, novos ventos sopram diferenças e tendências. Voltando aos laterais, os mais valorizados são agora aqueles que se distinguem pelo seu talento ofensivo. Capacidade defensiva, logo se vê.
Por isso, no atual futebol dito moderno, continuam a ver-se repetidamente erros defensivos que arrepiam e contrariam os mais básicos princípios de quem defende. Por intuição, pela intervenção do treinador ou pelas duas razões, Carreras consegue ser uma positiva exceção. A maneira como fecha dentro, ajudando o central esquerdo, a contenção que normalmente respeita e os apoios que o ajudam a reagir, fazem dele melhor defesa do que foi Grimaldo. Mais alto, mais jovem e mais rápido que o seu antecessor e com capacidade extra para central, que já provou. Grimaldo, por seu lado, tem clara vantagem na decisiva capacidade de assistir e rematar. Os números que acumula, época após época, fazem dele um dos laterais ofensivos mais influentes da atualidade
Como entrar
Do último clássico muito se disse e debateu, como é tradicional. Para além das sempre variadas opiniões, ficam também alguns dados estatísticos, uns mais estranhos ou mais interessantes que outros. Neste patamar numérico de rescaldo, figura o jogador que mais faltas cometeu no importante duelo: Gonçalo Borges, o veloz ala do FC Porto, foi surpreendentemente (?) o interveniente mais faltoso do jogo. Faz sentido que alguém que só jogou 26 minutos e ainda por cima avançado, seja o tal? Estranho ou nem por isso? Há coisas em futebol que não têm tanta lógica. Outras que, como esta, parecem não ter, mas que, pensando bem, têm alguma...
Estar no banco de suplentes provoca normalmente diferentes reações, dependendo da natureza mais tolerante ou impaciente do jogador. Um verdadeiro mundo de vários estados de espírito possíveis: revoltado, amuado e stressado ou animado, conformado e empenhado. Concluindo: a tensão acumulada no banco e o querer fazer muito em pouco tempo resulta, em muitos casos, na precipitação que leva às tais faltas e cartões."
Bernardo Silva e Rúben Neves: não esperem mais
"Uma vez que o futebol português não consegue reter talento, talvez não seja má ideia os clubes fazerem um esforço financeiro um pouco maior e um apelo ao coração para que jogadores da valia e qualidade de Bernardo Silva ou Rúben Neves voltem às origens para dar algum destaque à nossa Liga. Isso é mais fácil dizer (ou escrever, na circunstância) do que concretizar, mas são dois exemplos de futebolistas que saíram com o claro desejo de regressar. Nunca o esconderam ao longo dos anos em que, legitimamente, engordaram as contas bancárias. Cada cêntimo que ganharam foi por mérito, talento e sacrifício.
A ligação aos clubes que os projetaram faz parte de um certo romance que o futebol perdeu quando se globalizou, ou, dito de outra forma, quando os magnatas passaram a mandar em clubes e Ligas que no plano desportivo e financeiro já eram atraentes. Sim, também estou a falar da Arábia Saudita. Um desfile de craques, muitos deles longe de estarem em final de carreira, que criaram um efeito mediático a uma escala incrível, colocando essa parte do mundo no mapa das televisões. Só mesmo pelo coração Bernardo Silva ou Rúben Neves podem voltar, quando ambos são ainda unidades plenas de vitalidade nos seus clubes e na Seleção Nacional.
Quanto mais adiarem o regresso, menos possibilidades terão de cumprir a promessa de não fazer da nossa Liga um ponto de repouso para terminar as carreiras. Não é isso que se pretende, ainda que Portugal tenha ficado muito grato a Pepe quando decidiu voltar ao FC Porto e terminar o seu ciclo na Seleção Nacional com níveis competitivos que deixaram saudades."
O impacto das estratégias comerciais nos equipamentos desportivos
"Uma das discussões mais emotivas sobre futebol prende-se com a evolução do futebol enquanto desporto, em contraste com o futebol como negócio.
Dentro da lógica do futebol-negócio, sobressai, desde logo, a ideia da identidade de um clube de futebol, que entendo ir muito além dos resultados em campo ou do número de títulos conquistados.
A identidade de um clube está profundamente enraizada na sua história, nos seus valores fundacionais, nos seus adeptos e, inevitavelmente, na sua imagem visual. No entanto, nos tempos mais recentes, esta identidade tem sido constantemente posta à prova por um fenómeno cada vez mais notório: a incessante alteração dos equipamentos desportivos a cada época desportiva, impulsionada unicamente por uma lógica comercial.
Os clubes têm o equipamento principal, dois ou três equipamentos alternativos, para além das edições especiais ou comemorativas, às quais se somam, ainda, edições especiais de colaboração com outras marcas não ligadas ao desporto.
Todos os anos, os principais clubes europeus e mundiais apresentam novos equipamentos, muitas vezes afastando-se significativamente das cores e dos designs que historicamente os caracterizam.
Esta mudança frequente não é um acaso, mas antes um reflexo de um mercado altamente lucrativo. As marcas desportivas, que celebram contratos milionários com os clubes, impõem a necessidade de uma renovação constante dos equipamentos para estimular a venda de merchandising.
Os adeptos, tomados por uma paixão inabalável pelos seus emblemas, são frequentemente levados a adquirir as novas camisolas, contribuindo assim para a perpetuação deste ciclo comercial. Para além dos equipamentos de jogo, também os equipamentos de treino são já alvo de renovação permanente.
No entanto, se olharmos para os clubes que são patrocinados pelas maiores marcas desportivas, vemos que, ultimamente, os designs variam muito pouco de equipa para equipa. Não raras vezes, o que marca a diferença é somente o logótipo dos patrocinadores na frente e nas mangas das camisolas.
Posto isto, uma questão fundamental impõe-se: até que ponto esta estratégia pode acabar por comprometer a identidade de um clube?
Quando um clube que historicamente tem uma paleta de cores bem definida passa a adotar equipamentos alternativos em tons completamente diferentes, não estará a fragilizar a sua própria imagem junto do público e dos seus adeptos?
A camisola de um clube não é apenas um pedaço de tecido; é um símbolo que une gerações, que carrega memórias e que reforça a identidade coletiva de toda uma massa adepta.
A perda de identidade visual pode ter consequências que transcendem a mera estranheza dos adeptos perante um novo equipamento. Num contexto de crescente globalização do futebol — e de entrada de novos investidores, grandes grupos económicos ou até mesmo Estados no capital social dos clubes — a descaracterização de um clube pode facilitar a sua alienação a entidades externas que não partilham dos valores nem da história da instituição. Se a identidade visual de um clube se tornar volátil e submissa às imposições comerciais, qual será o próximo passo? A mudança de nome, de emblema, de localização?
Não sou purista nem quero impor um qualquer saudosismo irracional ou um bloqueio à modernização do futebol. A evolução é necessária, mas não pode dar-se a qualquer custo. Os clubes devem tentar encontrar um equilíbrio entre a necessidade de gerar receitas e a preservação da sua identidade.
Isso pode passar, por exemplo, por garantir que os equipamentos principais mantêm coerência histórica, permitindo alguma criatividade apenas nas edições especiais/comemorativas. Mais importante ainda, os adeptos devem ter um papel ativo nesta discussão, pois são eles os verdadeiros guardiões da identidade dos clubes.
Se o futebol é realmente o jogo do povo, então a voz desse mesmo povo deve ser ouvida e respeitada. A tradição e a identidade de um clube não podem ser reféns de estratégias comerciais desenfreadas. Caso contrário, arriscamo-nos a transformar os clubes em meras franquias descartáveis, nas quais os adeptos deixam de se reconhecer e identificar. E quando isso acontece, o que resta do futebol que apaixonou gerações?"
Relatório de Atividades do TAD (III)
"Terminamos esta semana com a análise do relatório de atividades do Conselho de Arbitragem Desportiva, órgão do TAD, referente a 2024, bem como o relatório e contas do Conselho Diretivo do TAD, analisando, agora, a tipologia de casos que têm vindo a ser submetidos a esta instância.
A maioria das ações arbitrais foi interposta por pessoas coletivas, num total de 45, ou seja 63,4%, por pessoas singulares foram apresentadas 23 ações, representado 32,4%, sendo que três ações (aproximadamente 4%) foram apresentadas conjuntamente por pessoas singulares e coletivas, mantendo o padrão da estratificação face a anos anteriores.
A atividade arbitral envolveu diversas modalidades desportivas, com o futebol, nas suas várias disciplinas, seja no âmbito dos poderes de regulamentação, organização, direção, disciplina ou relações económicas e laborais a representar aproximadamente 84,5% do universo dos litígios submetidos à jurisdição do TAD.
Em 2024 não se registou qualquer solicitação do Serviço de Consulta, apesar de vários agentes e entidades terem pretendido a emissão de pareceres, pretensão inviabilizada por não terem enquadramento no rol a que se refere o artigo 33.º, n.º 1 da Lei do TAD. Também não deu entrada qualquer pedido no âmbito do Serviço de Mediação.
Confirmando a tendência dos últimos anos, verificou-se predomínio do uso de meios eletrónicos no relacionamento com o TAD, tendo sido só recebidos processos em suporte físico do Tribunal Central Administrativo Sul no quadro dos recursos das decisões arbitrais via artigo 8.º da Lei do TAD, cimentando a lógica de desmaterializar, automatizar e desintermediar."
Eu vi Mourinho no pelado do Avenida
"Vi-o jogar de chuteiras calçadas no duro pelado do Avenida. Eu era um dos alucinados que, de uma forma quase ritualista, se divertia com outros «artistas» a ver os jogos das reservas do Rio Ave, uma cena pré-Liga dos Últimos, mas próxima na sua excentricidade existencial.
O mítico Campo da Avenida não se limita a uma era a que posso chamar de Mourinho(s). Passa, por exemplo, pela recordação da célebre invasão de campo numa tarde em que o adversário era o Aliados de Lordelo. Ou pela emoção de uma incrível subida à principal competição do futebol português, após uma liguilha que ficará para sempre na minha memória.
Tantos e tantos momentos de Realismo Mágico à moda de Jorge Luís Borges.
Mas voltemos a Mourinho. Quem diria que o jovem que acompanhava o seu Pai e Mister desse Rio Ave - era comum vê-los no Ramon, restaurante hoje encerrado, mas em cujas paredes se encontram muitos segredos do Futebol Nacional dessa era - haveria de chegar onde chegou?
As tertúlias organizadas por João Malheiro poderiam acontecer durante vários dias e noites. São muitas as histórias, mas o foco desta edição da Oitava é mesmo a fabulosa matéria do The Daily Telegraph intitulada «We are still the special ones» que juntou 20 anos mais tarde Terry, Lampard e o Special One, evocando o primeiro título do meu clube britânico, após cinco décadas sem vencer.
São muitas as cenas que o trio recorda: Mourinho lembra as conversas com Abramovich e o então todo poderoso Peter Kenyon. E um pormenor delicioso: revela ter estado em Stamford Bridge, já finalista com o FC Porto em 2004, a espiar o Chelsea-Mónaco e levar com uma «entrada de carrinho».
Esse primeiro contacto com um fã não correu bem. O homem deu-lhe as «boas vindas» com um sonoro «não o queremos aqui, gostamos de Ranieri!».
A pré-época em Seattle é recordada por Lampard e os primeiros «mind games, métodos e dons de adivinho» - que eram no fundo o exaustivo estudo científico do adversário - deixaram o Balneário desde logo rendido aos métodos completamente desconhecidos pelo plantel.
Terry recorda as mensagens coladas nas paredes e em particular um jogo com o Bolton, onde Mourinho define desde logo o Título.
Uma outra memória, o jogo com o Celtic em Los Angeles. Aí, Mourinho definiu sem dúvidas Terry como o seu capitão e Lampard como maestro e vice-capitão, obrigando o central a um discurso de balneário, o seu primeiro.
Rui Faria não é esquecido neste tsunami de memórias, que inclui um treino onde as crianças dos jogadores participaram livremente, criando uma ideia de família que seria simbolizada pela forma como a vitória sobre o Blackburn foi celebrada.
Petr Cech defendeu um penálti, Robben sofreu uma fratura. Mourinho recorda que se fosse hoje, com os Football Babies (explica ao jornalista Matt Law que se refere a jogadores, árbitros e VAR ), esse jogo teria terminado com sete jogadores do Blackburn.
No final, Mourinho mandou os seus «Gladiadores» darem uma volta ao campo em tronco nu (nem todos o fizeram) para mostrarem o físico e simbolizarem a Mind frame do seu Chelsea num terreno enlameado e com uma arbitragem que permitiu uma dureza inaudita.
Mourinho, Terry e Lampard contam outras histórias nesta espantosa matéria do Daily Telegraph, mas o apito final pertenceu a Terry que anunciou a todo o volume: «Ele é mesmo Especial!»"
Excelência Organizativa e um Investimento de Retorno Incalculável
"A Federação de Patinagem de Portugal (FPP) tem demonstrado uma capacidade organizativa de excelência, tornando o país num palco privilegiado para grandes competições internacionais. Nos últimos quatro anos, Portugal recebeu eventos como a Taça da Europa (2021), as World Series (2022), o Europeu de Show e Precisão (2023) e o Campeonato da Europa de Patinagem Artística (2024), consolidando a sua posição de destaque na modalidade.
Além da patinagem artística, o país também foi anfitrião de importantes competições noutras disciplinas. Em 2021, organizou o Campeonato da Europa de Seniores de Hóquei em Patins, tanto no setor feminino, como masculino, bem como os Campeonatos da Europa de Sub-19 e Sub-17 masculinos. No mesmo ano, a patinagem de velocidade teve o Campeonato da Europa de Juvenis, Juniores e Seniores em solo português, reforçando o compromisso do país com o desenvolvimento da patinagem em todas as suas vertentes.
O impacto destas competições vai muito além do domínio desportivo. A nível económico, o retorno gerado supera largamente os custos envolvidos, dinamizando setores como a hotelaria, a restauração e o comércio local. Cada evento atrai milhares de pessoas, que movimentam as cidades anfitriãs e contribuem para o crescimento regional. Paralelamente, a exposição mediática fortalece a imagem de Portugal como um destino de excelência para o desporto e para o turismo, posicionando-nos como uma referência internacional na organização de eventos da patinagem.
A qualidade da organização tem sido amplamente reconhecida, refletindo a experiência e competência da FPP. Portugal assume-se como um verdadeiro embaixador do bem receber, garantindo que cada evento é mais do que uma competição, mas sim uma oportunidade para promover a modalidade e o país. A aposta nestes eventos não deve ser vista como um custo, mas como um investimento estratégico, cujos benefícios são incalculáveis. A excelência dos nossos atletas, aliada à capacidade organizativa demonstrada, garante um futuro promissor para a patinagem portuguesa."
Esports World Cup: uma Miragem de 70 milhões
"A manchete ecoou por todo o mundo dos esports como um trovão: 70 milhões de dólares em prémios para a Esports World Cup. A maior competição de clubes de esports de todos os tempos, prometendo revolucionar o cenário competitivo. No entanto, por detrás do brilho ofuscante deste montante astronómico, esconde-se uma estratégia falaciosa que, em vez de nutrir a base do ecossistema, corre o risco de criar um fosso intransponível e insustentável.
Esta injeção massiva de capital concentra-se, de forma quase exclusiva, no pináculo da pirâmide competitiva: o 1% dos clubes e atletas profissionais que já detêm a maior parte dos recursos. Enquanto a promessa de riqueza extrema paira sobre estes poucos eleitos, a vasta maioria dos clubes amadores e semi-profissionais, os verdadeiros alicerces do desenvolvimento dos esports, permanece na sombra, sem qualquer perspetiva real de aceder a esta torrente de dinheiro.
Estamos a assistir à criação de elites, um modelo que dificilmente se concilia com os valores de um ecossistema desportivo saudável e vibrante. Como poderão os talentos emergentes, os clubes que dedicam tempo e esforço a formar novos jogadores, competir num cenário onde a disparidade de recursos é tão gritante? A Esports World Cup, com a sua concentração de prémios no topo, corre o risco de asfixiar o crescimento orgânico e a diversidade competitiva que sempre caracterizaram os esports.
Mesmo para os clubes de topo, esta dependência de uma única competição de proporções gigantescas acarreta riscos significativos a longo prazo. O desporto, intrinsecamente, é incerto. Vitórias e derrotas fazem parte do seu ADN. Hoje, um clube pode ostentar uma constelação de talentos e arrecadar milhões; amanhã, uma má fase, mudanças de jogadores ou a ascensão de um rival podem inverter a situação. Se o modelo financeiro de um clube se baseia quase exclusivamente no sucesso nesta única competição, a sua queda do sistema de acesso pode significar a sua ruína, tornando a recuperação financeira uma miragem distante. Estamos, perigosamente, a replicar os erros da Liga dos Campeões no futebol, onde a concentração de riqueza nos poucos da frente ameaça a sustentabilidade do futebol como um todo.
Um Desenvolvimento Desequilibrado: o foco exclusivo na Arábia Saudita
Como já alertámos em artigos anteriores, este investimento aparentemente colossal no ecossistema global dos esports revela-se, sob um olhar mais atento, um projeto de desenvolvimento nacional em larga escala, centrado num único país: a Arábia Saudita. Todo o investimento em infraestruturas de ponta, em programas de formação e na acumulação de conhecimento especializado, todo o valor que está a ser gerado, está a ser concentrado num único território.
À medida que mais e mais clubes se tornam dependentes, senão totalmente, desta competição financiada pela Arábia Saudita (uma dependência que para muitos já é uma realidade), surgem questões prementes sobre a integridade desportiva e o bem-estar a longo prazo dos atletas e clubes. Que garantias temos de que a verdade desportiva será sempre a prioridade máxima? Como assegurar que o apoio aos atletas e clubes não se torne refém de interesses geopolíticos ou económicos de um único país?
A centralização de poder e recursos desta magnitude levanta sérias dúvidas sobre a sustentabilidade e a equidade do ecossistema global dos esports. Ao invés de um crescimento orgânico e distribuído, corremos o risco de criar um sistema onde o destino de grande parte do cenário competitivo está umbilicalmente ligado às decisões e prioridades de uma única nação.
A urgência de estratégias nacionais e continentais robustas
A verdadeira solução para um ecossistema de esports próspero e resiliente reside no desenvolvimento de estratégias desportivas independentes e autónomas em cada país e a nível continental. É imperativo investir na criação de competições locais, regionais e nacionais fortes, que sirvam de base para o desenvolvimento de talentos e clubes. Estas estruturas de base garantem uma maior diversidade competitiva, oferecem oportunidades a um leque mais vasto de participantes e promovem um crescimento orgânico e sustentável.
A dependência excessiva de uma única competição global, por mais lucrativa que pareça a curto prazo, é um erro estratégico com potenciais consequências devastadoras para a saúde a longo prazo dos esports. A Europa, com a sua rica história de inovação e os seus talentosos atletas, tem a responsabilidade de trilhar o seu próprio caminho, investindo nas suas próprias infraestruturas, nos seus próprios talentos e nas suas próprias competições. Só assim poderemos garantir um futuro vibrante e equitativo para os esports, onde o sucesso seja fruto do mérito desportivo e do investimento na base, e não da dependência de um único e potencialmente instável pilar financeiro."
quarta-feira, 16 de abril de 2025
A subir...
Benfica 4 - 1 Estoril
Goleada, confirmando as melhorias nesta 2.ª volta... Marcámos dois golos cedo, e aos 21' um jogador do Estoril foi expulso... e o jogo ficou decidido!
Subimos ao 3.º lugar, mas na última jornada temos o confronto com os Campeões de Torres Vedras...
Recordo que ainda falta disputar a Taça Revelação, e a classificação final decidirá o emparelhamento, onde até este Estoril poderá ser o nosso adversário na 1.ª ronda!
Com a VARdade nos enganam
"Longe vão os tempos em que o VAR era tido por muitos como uma refrescante novidade, talvez a fundamental mudança necessária a um futebol envolto em desconfiança. Os anos passaram e o VAR — ideia esplendorosa se mantida no campo teórico em que devia ter permanecido — conseguiu o desfecho mais provável: acrescentou uma camada de suspeição a um processo já de si pouco fiável. Tudo somado, o VAR deu-nos mais ângulos de câmara para constatarmos que tudo ficou essencialmente na mesma.
A tecnologia tem destas coisas. Compraram o hardware com pompa e circunstância, mas esqueceram-se de atualizar o software da arbitragem para incluir competência, transparência ou um critério de decisão que desarmasse qualquer dúvida e descansasse a maioria dos adeptos. Se o leitor chega a esta passagem do texto convicto da utilidade do VAR tal como o conhecemos, isso é aquilo a que a arbitragem chama um lance de interpretação, com a diferença de que neste caso não teremos de aguardar 10 minutos enquanto alguém procura forma de justificar uma decisão errada.
Por lance de interpretação entenda-se um recurso linguístico utilizado para explicar aos plebeus (nós) que aquilo que estamos a ver não possui características objetivas. Como tal, o lance pode levar a conclusões diametralmente opostas segundo as quais aquilo que para mim é amarelo poderá ser cinzento aos olhos de outra pessoa. Para alguns é a magia do futebol. Eu vejo nisso uma morte lenta.
Acontece por vezes que alguns lances de interpretação são de tal forma flagrantes que toda a gente concorda que uma coisa amarela não pode mesmo ser cinzenta, ou que várias coisas amarelas não são definitivamente cinzentas, nem mesmo quando alguns dos que ajuizam são cinzentos desde pequeninos. É extraordinário e aconteceu este fim de semana na liga portuguesa, com uma sequência de decisões erradas que poderão determinar o vencedor de um troféu que garante uma premiação direta, por via da Liga dos Campeões, na ordem das dezenas de milhões de euros, e uma valorização dos ativos envolvidos nessa conquista, cujo impacto pode salvar ou destruir uma política desportiva e os seus responsáveis. Coisa pouca.
A successão de decisões inexplicáveis deste fim de semana acontece, por improvável coincidência, depois de uma mão cheia de outras que bafejaram a mesma equipa presa por pontas e contribuíram de forma decisiva para que, à data em que escrevo este texto, a poucas semanas do fim da época, essa equipa continue na Taça de Portugal e permaneça em primeiro lugar no campeonato. O mistério adensa-se quando notamos que tudo isto acontece depois de os responsáveis por essa equipa, nomeadamente o seu treinador e o presidente, terem utilizado os meios de comunicação ao dispor para um choro convulsivo destinado a restaurar a justiça nas decisões arbitrais, assim equilibrando a balança em seu favor.
A estratégia foi bem sucedida, tal é o rol de coincidências infelizes a que vamos assistindo. Surpreendentemente, descobrimos que o principal reforço do Sporting nesta recta final da temporada não passou os últimos meses lesionado. Afinal esteve sempre apto, à espera que o chamassem para ir a jogo.
Aqui chegados, há uma conclusão a tirar: o VAR perdeu toda e qualquer réstia de credibilidade para aquilo que falta deste campeonato ou dos próximos. É um instrumento entregue às mesmas suspeições de sempre, alicerçadas num misto de incompetência e protagonismo que se impõe ao jogo jogado. O problema irá agravar-se de forma profunda se as entidades responsáveis não fizerem um esforço profundo para a reabilitação.
E o momento para começar é agora. Desconheço se esse desígnio guia as novas lideranças da Liga e da FPF, mas aproveito os novos recomeços para sugerir uma coisa simples: instalada a mais que legítima desconfiança no VAR e em árbitros de campo que rejeitam as evidências, tornem as próximas semanais mais reputáveis. Em primeiro lugar, reconheçam em tempo útil os erros clamorosos cometidos pelos árbitros ao longo das últimas semanas. Em segundo lugar, nomeiem equipas de arbitragem estrangeiras, seguramente mais imunes às circunstâncias internas.
Se esta proposta parece extremista e uma desqualificação dos árbitros portugueses, não é porque quem escreve isto seja dado a extremismos. É porque os árbitros portugueses se colocaram nesta situação. E é por isso que as palavras oficiais do clube deveriam ter sido mais duras. É possível reconhecer que o nosso clube já foi beneficiado por decisões de arbitragem sem que nos comportemos como cadastrados que não somos. É importante que se seja mais incisivo e representativo do sentimento dos adeptos, porque são eles que representamos. É fundamental que se exija maior rigor e correção nas decisões quando estas se tornam tão escandalosamente enviesadas, se possível sem parecer que estamos a pedir por favor. Digo isto independentemente de acreditar que a direção, a equipa técnica e os jogadores farão tudo dentro de campo para nos dar a felicidade dos dois títulos em disputa até final da época.
Nisto, há quem gabe a coragem dos árbitros e apouque os atores principais. Munidos de um cinismo assinalável, tentam resumir a contenda a insuficiências do jogo jogado — esse que, já percebemos, poderá não garantir a vantagem num final previsto em photo finish. No entretanto, enquanto alguns nos tratam por tolos, deixou de ser certo para o comum adepto de futebol que as pessoas nomeadas semanalmente para apitar jogos em Portugal saibam traçar linhas paralelas à linha de cabeceira ou que tenham a objetividade e a competência necessárias para medir rigorosamente meia dúzia de centímetros de uma posição irregular que nenhum outro ser humano conseguiria descortinar. Coisa pouca.
O pressuposto do velho novo advento da tecnologia na arbitragem era o mesmo que já tinha falido no futebol português. A relação dos adeptos com uma nova forma de burocracia baseava-se na confiança, num sentido partilhado de que as decisões melhorariam com o VAR. Uma espécie de arco-íris em modo vai ficar tudo bem, só que não. Na verdade, o benefício da dúvida dado pelos adeptos foi desperdiçado de forma grosseira e o último fim de semana tornou evidente quem mais sairá beneficiado pelos erros cometidos, porque infelizmente nada se pode fazer em relação aos pontos já conquistados. Resta aceitar, mas aceitar o quê? Que a vida é mesmo assim e não podemos confiar na arbitragem, acenando resignadamente com a cabeça perante a influência direta na potencial decisão de um campeonato e respetivo acesso direto à Liga dos Campeões? Pergunto isto, porque o inverso — confiar sem reservas — pelo caminho se tornou impossível.
Não espero que a minha recomendação de árbitros estrangeiros seja bem recebida, mas aqui fica um repto cansado. Será da mais elementar prudência que, a partir daqui, com duas equipas no primeiro lugar em igualdade pontual a cinco jornadas do final, os responsáveis pela integridade das competições façam todos os possíveis para que, no final, possamos dar os parabéns à melhor equipa e à que mais tem feito para conquistar o primeiro lugar, e não à que chorou mais oportunamente. Aquilo que fizeram até agora não chega. Em rigor, dispenso ouvir o árbitro falar ao microfone enquanto insulta a minha inteligência. Fazê-lo sob um pretenso manto de coragem é, isso sim, um exercício de maquilhagem. Não nos enganem com essa verdade."
O VAR e a suspeição
"A vitória do Sporting nos Açores e o empate do Benfica na Luz fez com que durasse apenas uma semana a liderança isolada do Benfica no campeonato. Depois do jogo com o FC Porto em que a capacidade de finalização esteve irrepreensível, voltámos a ter uma performance abaixo do que seria de esperar. O Benfica criou volume de jogo ofensivo suficiente para que o resultado pudesse ser mais dilatado.
Lembro-me de Bruno Lage dizer que o campeonato seria decidido pelos resultados de 1-0 e, apesar de concordar, não sei se é pelo mesmo motivo. As vitórias pela margem mínima expõem sempre a equipa em vantagem no marcador à perda de pontos por um qualquer lance fortuito em que sofram um golo do qual depois podem não ter tempo para recuperar.
Importa portanto identificar e corrigir estes défices na finalização. O Benfica tem jogado a toda a largura do terreno, cria volume por dentro e por fora, mas quando o faz por fora, os cruzamentos são quase todos feitos sem critério e a bola acaba quase sempre nos pés ou na cabeça (ou até nas mãos) do adversário. Para além de Kökçü, mais ninguém tem conseguido ameaçar a baliza adversária na meia distância.
Ao mesmo tempo, custa perceber que o Benfica, em casa, a ganhar por 2-1 nos descontos, não consiga segurar a bola e fazer andar o relógio. O Arouca passou a pressionar alto e mais uma vez o Benfica mostrou muita dificuldade em manter a posse de bola, algo, aliás, que esteve presente durante todo o jogo. Apesar de só ter estado em vantagem durante 19 minutos do jogo – ou seja, teria de passar o resto sempre em cima do adversário para procurar a vantagem – apenas teve 56% da posse de bola. Contra o Arouca. Em casa.
Dito isto e com todas as mea culpas devidas, é difícil não falar de um dos principais protagonistas do jogo: António Nobre. Uma das razões pelas quais sempre tive reservas acerca da introdução do VAR foi porque considero que traz mais suspeição ao futebol. Antes, quando um árbitro errava, teríamos sempre de dar o benefício da dúvida. A jogada foi muito rápida, a visão estava obstruída, a decisão tem de ser tomada numa fração de segundo. Mas com VAR, qual a desculpa para os erros grosseiros como vimos esta semana nos Açores e no domingo na Luz? António Nobre conseguiu um raro consenso: o dos 7 analistas de arbitragem dos diários desportivos ao que se juntou Luís Godinho, no VAR, que considerou o erro na marcação do penalty de Otamendi suficientemente claro e grosseiro para merecer a chamada do árbitro para mudar a decisão.
António Nobre viu o que todos nós vimos e decidiu manter o erro. Tal como o VAR nos Açores viu a carga de Quaresma sobre Matheus Pereira também unanimemente considerada faltosa por todos os analistas e decidiu fechar os olhos. Por isso pergunto: com VAR, qual a desculpa para estas decisões? Nenhuma. Erram porque querem. Só falta saber porque querem errar."
O autocontrolo e os erros não forçados
"Depois de um jogo competente para a Taça, no regresso à Liga e a casa, o Benfica teve uma tarde desastrosa e cujas consequências só saberemos lá mais para o final de maio. Do jogo fica a ideia de dois pontos muito mal perdidos depois de 100 minutos em que mostrou ansiedade a mais e cabeça a menos, com muitos altos e baixos durante um 90 minutos que nunca conseguiu controlar. Começando bem, criando oportunidades suficientes para resolver o jogo na primeira parte, ainda que revelando sempre ansiedade no último passe ou cruzamento que não se justificava, no início da segunda deixou o Arouca acreditar, criar oportunidades de golo que Trubin salvou, e mesmo após inaugurar o marcador, que parecia ser o mais difícil, continuou a dar espaço ao Arouca, consentiu (?!) o empate e, mesmo depois de ter recuperado vantagem, não mostrou o autocontrolo necessário para estar a salvo dos erros não forçados que imperaram neste jogo e, num lance difícil de compreender, aos 95 minutos de um jogo tão importante, tentou fazer o terceiro golo quando o essencial era mesmo evitar o segundo… Este jogo, estes pontos perdidos e esta jornada podem vir a ser marcantes na decisão do campeonato e os erros não forçados poderão ter uma importância decisiva. Percebemos de forma dolorosa que nestas cinco jornadas que faltam temos de evitar esses erros não forçados para impedir que outros possam influenciar o desfecho dos nossos jogos, pelo menos dos nossos jogos, pois já se percebeu que há outros erros, esperemos que também não forçados, que não podemos evitar e que também eles são decisivos."
O 'entretenimento' que ocupa as nossas mentes
"1. Andamos entretidos. Entretidos com a bola e com a política, com a forma como lidamos com as exigências quotidianas, com as peripécias que vão acontecendo por cá e no resto do mundo. Andamos entretidos com tudo e mais alguma coisa, porque de facto estes são tempos estranhos que requerem distância da dura realidade. O entretenimento, esse é o possível.
Discutimos penáltis bem ou mal assinalados, prejuízos ou benefícios, desonestidades ou inclinações. Como sempre, os lances de futebol ocupam parte importante desse distração, porque têm efeito placebo: libertam a raiva acumulada sem recurso a medicação prescrita. São o escape perfeito para extravasar emoções e ignorar a dureza da vida. Neste universo cabe quase tudo. Cabem excessos e ofensas recorrentes, cabem insinuações e acusações constantes, cabem até ameaças privadas muito graves.
Há na bolha do futebol uma espécie de carta branca para a pequena criminalidade, para a delinquência de ocasião. Algumas vezes é potenciada por quem é infeliz nas suas funções, outras — a maioria — por opiniões e comentários enviesados ou publicações incendiárias.
Tudo é desculpado, tudo é normalizado, porque é só bola e na bola a punição ainda é uma exceção. Sem prejuízo das razões técnicas que possam assistir a quem legitimamente reinvidica mais verdade desportiva, é quase sempre na forma que perdem os fundamentos: o argumento pode fazer sentido, mas a exteriorização da mensagem nem sempre é a melhor.
E isso torna-se mais evidente por esta altura, a do aperto das contas. Quando não se consegue atingir objetivos em em dezenas de jogos, torna-se urgente apertar a malha nos poucos que faltam. É cultural, é habitual, é transversal, é mais do mesmo e, como se diz por cá, já ninguém leva a mal.
2. Esta nossa necessidade de entretenimento não é exclusiva da bola. Ultimamente já nos tínhamos entretido com perturbações à governação do país. Já nos tínhamos também entretido ao assistir ao esforço de uns para prejudicar deliberadamente o que seria o melhor para todos. Se o problema é não ter assunto para discutir, que não seja por isso. Nós tratamos.
Lá fora, a coisa tem outro nível em dimensão e malícia: milhares de inocentes (sobretudo jovens, crianças e bebés) continuam a ser assassinados barbaramente, sem que a comunidade internacional consiga fazer mais do que apenas condenar veemente. A esse propósito, não deixa de ser curioso registar a pressa com que alguns condenam ferozmente alguns desses crimes (os que ocorrem em Gaza, por exemplo), mas depois engolem bolas de silêncio quando se espera que apontem o dedo a outros cometidos noutras paragens. Pelos vistos, há inocentes de primeira e inocentes de segunda. É tramado o amarramento ideológico, não é? Retira independência, castra autonomia e anula a coerência, o que deve criar um dilema moral tremendo para quem se permite morar nesse colete de forças. Dica: não tenham medo de estar do lado certo da barricada, sobretudo quando esse é óbvio para todos. A valentia é sempre maior que a covardia.
3. Essa liberdade, a de nos expressarmos sem reservas sobre o que entendemos estar certo ou errado, é a que serve de mote para este último ponto: no passado sábado, um jogo de futsal do escalão de juvenis da AF Porto, terminou como têm terminado tantos esta época: à pancadaria. Um adepto decidiu invadir a quadra e agredir o suspeito do costume (sim, o árbitro), obrigando-o a assistência médica hospitalar.
Depois foi o caos habitual, com violência generalizada dentro e fora do recinto de jogo. Está a circular um vídeo com cerca de dois minutos que vale a pena ver. A partida colocou frente a frente CCD ORDEM e AC Alfenense. Por esta altura, é já redundante repetir os apelos à contenção ou pedir a quem de direito mais firmeza na condenação pública.
É também redundante esperar mais músculo na abordagem direta a este flagelo. Vamos acompanhando a coisa semana a semana, sabendo que a dúvida não é saber se vai acontecer de novo, é só tentar adivinhar onde, sobre quem e com que consequências. Palpites?"
Emirates
Soaring high with @SLBenfica on matchday in Lisbon. 🦅🔴⚪ pic.twitter.com/WOTbV0AIDt
— Emirates (@emirates) April 14, 2025
Matéria e espírito
"1. As emoções do futebol alimentaram-se de muitas coisas à volta das quatro linhas, e um desses 'alimentos' é, certamente, a inconstância dos estádios de espírito. Ninguém escapa à voracidade dos estados de espírito, que, citando Herman José, são 'como os interruptores, que ou estão para baixo, ou estão para cima'. Para nós, benfiquistas, esta foi semana de interruptores 'para cima' em função dos resultados da última jornada do Campeonato.
2. Ninguém nos pode censurar por termos ficado contentes. E normal, porque a cada jornada que passa vai-se aproximado a linha da meta, a continuar a ganhar é a receita. Mas não devemos permitir a nós mesmo que a sensatez e o bom senso se transmutem em optimismos patetas, em validades, em certezas absolutas.
3. E também não devemos permitir que, de fora, queiram agora atribuir ao Benfica o estatuto de candidato 'principal' de concorrente 'favorito' ao título. Esforcemo-nos para que esses atributos concedidos ao nosso rival ainda antes de arrancar a temporada oficial de 2024/25, não se 'descolem' do atual 2.º classificado da tabela. Recusemos as teorias do Campeonato resolvido a 6 jornadas do fim. Decididamente, não nos alinhemos pelas fanfarronices extemporâneas agregadas noutros territórios que não são os nossos.
4. O Benfica não apregoa nada de nada a pouco mais de um mês do fecho da época, porque o Benfica não vive de pregões nem de pregoeiros. Na realidade - e a história prova-o -, o Benfica só quer ser Benfica e só sabe ser Benfica. O resto é ruído.
5. Tristíssimo comportamento do novel presidente do FC Porto nos dias que antecederam o clássico. Provocações gratuitas ao Benfica, apelos a ambientes bafientos, desconsiderações que se revelariam fatais - 'claro que é o jogo da época para o FC Porto' -, para tudo lhe terminar em amargura mais do que merecida e numa série de atitudes insólitos que, decerto, lhe terão custado sérios danos na sua reputação perante os adeptos do seu clube. Temos pena? Nenhuma.
6. Vangelis Pavlidis e Nicolás Otamendi foram as grandes figuras do Benfica no jogo do último fim de semana. Aliás, não foram grandes, foram superiores a tudo e a todos. Grandes foram os outros todos que estiveram em campo e os outros todos que estiveram nas bancadas a apoiar. Um espectáculo.
7. No domingo, todos à Luz. 'Todos' não caberíamos, é certo, mas este 'todos' é força de expressão. O Benfica precisa do apoio de todos no domingo no jogo com o Arouca, e por isso lá estarão os que estiverem e os que não estiverem. Matéria a espírito. Carrega, Benfica!"
Leonor Pinhão, in O Benfica
O Benfica na Taça Davis
"Portugal participou em 37 edições desta prova de ténis para seleções, contando com cinco benfiquistas em seis ocasiões
Reconhece-se a Taça Davis como a maior prova desportiva internacional realizada anualmente, disputada por seleções nacionais de ténis desde 1900. Portugal estreou-se em 1925, e o Benfica, 30 anos depois, sendo pentacampeãs nacional, teve atletas seleccionadas pela primeira vez.
Carlos Figueira, Pedro de Vasconcelos, António Azevedo Gomes e David Cohen foram os primeiros nomes sugeridos, embora os dois primeiros não tenham sido selecionados. Foi Cohen o primeiro a entrar em campo, em 30 de Abril de 1955, em Monsanto, frente ao checoslovaco olimpicamente medalhado Zabrodsky.
Portugal voltou a participar na Taça da Davis em 1963, com Cohen e Azevedo Gomes na seleção, contra o Luxemburgo (V 3-2), David Cohen seria suplente não utilizado na eliminatória seguinte, frente à Noruega (D 0-5), mas seria o único benfiquista a representar Portugal em Oslo, no ano seguinte.
Em 1974, apesar de não ter jogado, Azevedo Gomes foi o capitão, em Abril, frente à Irlanda (V(4-1), e contra a França (D 0-5), já depois da Revolução, em Maio.
Com a inauguração dos muito ansiados campos de ténis, a secção cresceu, apesar de só voltar a dar a sua cor à seleção portuguesa na Taça Davis em 1989, frente ao Senegal, com João Cunha e Solva, tricampeão nacional. Sotero Rebelo foi selecionado, mas não alinhou.
o Senegalês Yahiya Doumba, número 1 do ténis africano, desconsiderou os portugueses e profetizou a derrota lusa por 5-0. Portugal venceria por 5-0, com um único set cedido ao Senegal. A eliminatória seguinte decorreu nos Países Baixos (D 1-4), em Best, onde a única partida foi ganha por João Cunha e Silva.
A última edição da Taça Davis que contou com tenista benfiquistas foi em 1990, com Bernardo Mota, que não jogou, e João Cunha e Silva, novamente campeão e considerado o melhor tenista português. Portugal superou o Gana (V 5-0) na 1.ª eliminatória, enfrentando um enorme calor em Acra. Cunha e Silva jogou com uma ferida aberta num pé desde o primeiro dia, mas não deixou de se impor.
A seguir defrontou-se a URSS (D 1-4), em Kiev, onde os problemas persistiram: campo em mau estado, escorregadios e com buracos, e problemas de alimentação, considerada desadequada, e sobretudo a água mineral, gaseificada naquele país.
João Cunha e Silva protagonizou o último jogo, no dia 6 de Maio de 1990, frente a Andrey Cherkasov. O Benfica não voltaria a ter tenistas selecionados para a Taça Davis, e a secção encarnada encerraria atividade em 1993, deixando um rasto histórico que pode ver na área 3 - Orgulho Eclético, do Museu Benfica - Cosme Damião."
Pedro S. Amorim, in O Benfica
O som do silêncio
"É tão bom não ouvi-los. E aqueles e aquelas que não ouvimos nesta semana vêm de tantos quadrantes... Começamos logo pelos rivais do Norte, atropelados por duas vezes nesta época. Depois, continuamos com os rivais da 2.ª Circular, levados ao colo pelos especialistas e que, no momento em que perdem a liderança do Campeonato, mostram bem o que valem. Já o treinador não presta, a direção-maravilha é um flop, e até os jogadores perderam qualidade. Sem penáltis, a coisa fica mais difícil, como mostra a estatística. O silêncio continua com quem queria dispensar o nosso capitão, apressar a saída de Bruno Lage e da sua equipa técnica, e atacar Rui Costa desde o início da temporada. Não deve ter sido um fim de semana fácil para quem duvidou de Pavlidis. Provavelmente passaram estes dias a ouvir Chariots of Fire, de Vangelis, em modo de repetição, porque a realidade realmente os atropelou.
E, no entanto, não ganhámos nada, apenas 3 pontos e a liderança isolada. O 'apenas' terá de levar aspas, porque já tínhamos sido afastados do título nacional pela crítica especializada, sempre tão preocupada em agradar aos amigos do peito.
Temos pena. Ou, melhor, não tenho pena nenhuma. Mantenham-se em silêncio, porque ainda há muito para jogar e para ganhar. Deste lado, nada de euforias, só alegrias, umas atrás das outras, que é o que esperamos. Todos juntos, como celebra o Di Maria, porque, em comunhão, o silêncio dos outros ainda será mais ensurdecedor. E cá estaremos para não os ouvir. De preferência com as mãos a tapar-lhes a cara."
Ricardo Santos, in O Benfica
Da fome ao leve banquete
"Numa altura em que se debatem ideias para melhorar o país, nomeadamente o SNS, não me surpreenderia ver o presidente do Benfica ser convocado para uma audição na Assembleia da República. Afinal, Rui Costa já mostrou que sabe reduzir o tempo de espera melhor do que ninguém. Eu tive de esperar 30 anos, para ver o Benfica marcar 4 golos ao FCP e, depois disso, esperei apenas 147 dias para o ver novamente. A minha geração cresceu e ganhou barba sem ver isto acontecer com os seus próprios olhos e, de repente, há uma nova geração de crianças que já assistiram a uma goleada destas, duas vezes e ainda nem perderam o primeiro dente.
Este agregado total de 8-2 é expressivo, mas, na realidade, sabe a pouco. Tanto na Luz como no Dragão, ambos os resultados foram lisonjeiros para o atual 4.º classificado do Campeonato. Aliás, se em tempos havia uma sensação de impotência para levar a melhor nos confrontos com o FCP, neste último jogo, mesmo com os 3 pontos no bolso, pairava uma sensação de frustração entre os benfiquistas antes de o Otamendi trazer a sobremesa e fechar a conta, colocando alguma justiça no resultado. Digamos que os benfiquistas não ficaram de barriga cheia, mas também não se pode dizer que tenham ficado com fome.
Ainda é cedo para saber se estas duas vitórias categóricas foram casuais ou o início de uma nova era. Mas sei que, agora, os benfiquistas olham para o clássico com outro apetite. Para adoçar o menu desta jornada, o Benfica voltou ao 1.º lugar isolado. Como as coisas mudam, não é? Se não queremos que mudem mais, não podemos abrandar. Soube bem gozar este prato, mas só ficamos plenamente satisfeitos quando garantimos o 39."
Pedro Soares, in O Benfica
No nosso lugar
"Depois da estrepitosa demonstração de força do Benfica no Estádio do Dragão, torna-se difícil não olhar com optimismo para o resto do Campeonato.
Aliás, o optimismo, quando temperado com serenidade, não faz mal a ninguém. A confiança nas capacidades próprias é um factor positivo, que também contribuí para superar obstáculos. E, no caso do futebol, até mesmo a euforia dos adeptos é aceitável, desde que fique à porta do balneário. Contribui para encher estádios e criar um clima de fervoroso apoio em torno da equipa, a chamada 'onda vermelha', que felizmente bem conhecendo, a ajuda a ganhar.
Treinadores e jogadores sabem que há ainda em duro caminho a percorrer. Sabem que só no fim se poderão fazer as contas. Há seis jogos por disputar. Um a um, temos de os vencer.
O que me parece desde já claro é que dispomos do melhor plantel do país, do melhor treinador da Liga, e, consequentemente, somos a melhor equipa. Não dependemos de uma só individualidade. Temos artistas capazes de fazer a diferença, mas sobretudo uma ideia de jogo coletivo, que nos permitiu uma participação ilustre na Liga dos Campeões, vencer a Taça da Liga, estar perto de marcar presença no Jamor e ter recuperado de uma distância considerável até à liderança isolada do Campeonato. Merecemos conquistá-lo.
Aconteça o que acontecer daqui em diante, é justo destacar o trabalho de Bruno Lage. Nem sempre amado pela totalidade dos benfiquistas, demasiadas vezes desconsiderado pela comunicação social, o técnico setubalense, alheio ao ruído, tem feito o seu caminho, e transportado a equipa com ele. Não fez pré-temporada, não escolheu plantel, e chega a meados de Abril com possibilidades de ganhar tudo. Se o Benfica foi campeão, como todos esperamos e desejamos, Bruno Lage será o rosto desse triunfo. Agora, venha o Arouca"!
Luís Fialho, in O Benfica
O que é que o Benfica tem, que faz tão bem?
"Por outras palavras, porque é que o Benfica faz bem? A resposta é fácil para os benfiquistas, que sentem na vida e no dia a dia o bem que o Benfica lhes faz. Mas o Benfica não faz bem apenas aos benfiquistas, tem uma mística e uma força que rasga todas as fronteiras e não se basta nos limites do futebol. Esse, claro está, é fonte de bem.estar, pertença e alegria por si mesmo e é o desporto-rei, que ergueu o Benfica às alturas onde só as águias voam.
Há algo no futebol que, à falta de melhor nome, se convencionou chamar 'poder do jogo' ou, bem mais sonante, como circula nas fundações dos grandes clubes por essa Europa fora, 'power of the game'.
Este poder que existe e que se sente manifesta-se de múltiplas formas. Numa abordagem antropológica, podemos dizer que provém da pertença e da identidade, da integração individual numa entidade coletiva que se afirma a cada partida competindo e medindo forças, perseguindo objetivos, lutando e superando fraqueza. É aqui que entram os clubes e que os maiores de entre os grandes, como o Benfica, ganham uma dimensão emocional gigantesca, tantas vezes verbalizada pelos adeptos como verdadeiro amor. O futebol - e o Benfica, claramente - tem uma história e um património que se legam entre gerações e que se relembram e celebram periodicamente com os seus símbolos, rituais e também com os seus heróis, que são seguidos como ídolos: os jogadores!
Por isso, quando um jogador acarinha uma criança ou dá uma atenção especial alguém, é todo este bem que o Benfica faz que abre sorrisos e aquece corações!"
Jorge Miranda, in O Benfica
terça-feira, 15 de abril de 2025
Lixívia 29
Tabela Anti-Lixívia
Benfica..........69 (-7) = 76
Sporting....... 69 (+5) = 64
Braga.............60 (+1) = 59
Corruptos....59 (+18) = 41
Assalto nos relvados, e lixívia no rescaldo! Nem com os famosos expert's, todos a reconhecerem os erros contra o Benfica e favor do Sporting, o rescaldo é consensual... Com os dois principais jornalecos avençados, a inventarem 'contas' para chegar à conclusão que o Sporting é supostamente o mais prejudicado!!! Tugão máximus, uma autêntica palhaçada!!! Só nesta jornada transformaram uma vantagem de 4 pontos para o Benfica (a 5 jornadas do fim), num empate!!!
Nos Açores, além do pênalti descarado do Quaresma, o Diomandé ainda devia ter sido expulso, após uma cotovelada propositada, que foi censurada no pós-jogo... E o escândalo só não foi maior, porque o AVAR assinalou fora-de-jogo num golo do Sporting, após um Livre inventado, por mais um mergulho do Sueco, que merece o título de novo-Taremi com toda a justiça!!! Isto num jogo com 3 amarelos para o Santa Clara na 1.ª parte...
Na Luz, mais um roubo do Lagarto Ladrão das Caldas! Vi esta espécime pela primeira vez, num derby da equipa B, e desde então nunca me enganou! O apitadeiro da expulsão do Musa (este lance devia ter ficado famoso, como a Expulsão do Nobre e não do Musa!), o apitadeiro que só este ano, em 3 jogos do Benfica, marcou 3 penalty's contra o Benfica, e em todos eles o VAR achou que não existiram...
O homem que foi o VAR num famoso Benfica-Vizela onde o Gonçalo Ramos foi expulso, com duplo-amarelo, após ter sido derrubado na área! Com o Veríssimo em campo (o 'namorado' do Nobre), num lance parecido (não igual), ao lance com o Nico neste jogo...
Com o Vizela, o defesa do Vizela faz um carrinho na direção do Gonçalo, e quando o Ramos faz a finta, cortando para 'dentro', o adversário senta-se na relva, e até se deixa cair para trás para ocupar mais espaço, fazendo clara obstrução, e ainda meteu o braço para impedir o salto do Gonçalo... O Nico, faz um carrinho deitado, onde com cabeça encostada na relva, tenta disputar a bola, tudo isto num carrinho feito para interceptar um potencial cruzamento, e não um carrinho direcionado ao adversário... e com o jogador do Arouca, a fazer um saltinho, com direito a chamada, com os dois pés, à procura do contacto!!!
O não aceitar a revisão do Godinho, foi só para gozar o prato...
No 2.º golo do Arouca, existe dúvidas se existe fora-de-jogo no início do lance, agora a falta sobre o Kokçu é evidente, em dois momentos o Kokçu é empurrado...
Isto depois, duma 1.ª parte, onde mais uma vez, vários Amarelos ficaram no bolso, permitindo o jogo faltoso do adversário!
Em condições normais, depois duma carreira com tantos erros, sempre contra o Benfica, esta osga rasteira seria despromovido ou mesmo irradiado, mas como é costume ainda será promovido...
Se juntarmos os dois 'namorados' Lagartos, Verdíssimo e Nobre, em 5 jogos apitados pelos dois, esta época, o Benfica conquistou 4 pontos!!! Em 15 pontos possíveis, fizemos 4 !!! Todos com erros graves!!! E nesta recta final ainda vamos ter que levar com eles outra vez...
Nos outros dois jogos, nenhum erros grave, mesmo assim destaco a quantidade de vezes que os Corruptos, mergulharam para a piscina à procura de penalty's!!! A cultura do mergulho nos Corruptos é das coisinhas mais nojentas que o desporto pode produzir!!!
Anexos (I):
Benfica
1.ª-Famalicão(f), D(2-0), Veríssimo(Malheiro, H. Coimbra), Prejudicados, (2-1), Impossível contabilizar
5.ª-Santa Clara(c), V(4-1), C. Pereira(Rui Costa, H. Santos), Beneficiados, (3-1), Impossível contabilizar
Sporting
9.ª-Famalicão(f), V(0-3), Veríssimo(Malheiro, G. Vaz Freire), Beneficiados, (1-3), Impossível contabilizar
10.ª-Estrela(c), V(5-1), B. Vieira(J. Gonçalves, A. Carneiro), Beneficiados, (5-4), Impossível contabilizar
24.ª-Estoril(c), V(3-1), H. Carvalho(L. Ferreira, JP Morte), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
25.ª-Casa Pia(f), V(1-3), Malheiro(H. Carvalho, F. Pereira), Beneficiados, (1-2), Impossível contabilizar
26.ª-Famalicão(c), V(3-1), Nogueira(L. Ferreira, N. Manso), Beneficiados, (1-2), Impossível contabilizar
27.ª-Estrela(f), V(0-3), Correia(Rui Oliveira, P. Cunha), Beneficiados, (0-1), Impossível contabilizar
Corruptos
2.ª-Santa Clara(f), V(0-2), Veríssimo(Rui Oliveira, C. Campos), Beneficiados, Impossível contabilizar
15.ª-Moreirense(f), V(0-3), Veríssimo(V. Santos, J. Bessa e Silva), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
24.ª-Arouca(f), V0-2), J. Gonçalves(Godinho, V. Marques), Beneficiados, (0-1), Impossível contabilizar
Braga
15.ª-Santa Clara(f), V(0-2), Martins(J. Gonçalves, C. Campos), Beneficiados, Impossível contabilizar
Anexos(II)
Penalty's (Favor/Contra):
Benfica
12/2
Sporting
13/3
Corruptos
9/6
Braga
5/2
Anexos(III):
Cartões:
A) Expulsões (Favor/Contra)
Minutos (Favor-Contra = Superioridade/Inferioridade):
Benfica
3/0
Minutos:
0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+21+43+0+1+0+0+0-0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0=65 (superioridade)
Sporting
4/5
Minutos:
0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+6+0+0+0+(65+7)+2+0-0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+(1+1)+34+18+0+0+17+0+0+0= 9 (superioridade)
Corruptos
10/1
Minutos:
18+34+55+0+0+0+52+0+0+0+0+0+0+20+0+0+0+0+16+2+(1+1)+1+0+0+49+0+0+0-0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+18+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0=231 (superioridade)
Braga
4/2
Minutos:
0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+20+0+0+77+0+0+0+15+0+81+0+0+0+0+0+0+0-0+0+0+0+41+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+2+0=150 (superioridade)
B) Amarelos / Faltas assinaladas
Contra (antes dos 60m) / Faltas contra - Faltas a favor / Adversários (antes dos 60m)
Benfica
52(26) / 320 - 342 / 69(33)
Sporting
52(19) / 332 - 392 / 86(53)
Corruptos
82(37) / 407 - 431 / 75(45)
Braga
60(24) / 398 - 354 / 77(31)
Anexos (IV):
Com influência (árbitros ou Var's):
Benfica
Nobre - -2
Narciso - -2
J. Gonçalves - -2
Rui Costa - - 2
Godinho - -3
V. Santos - -3
Sporting
Veríssimo - +4
Esteves - +3
Nogueira- +1
Melo - +1
M. Oliveira - +1
Narciso - -2
L. Ferreira - -2
Corruptos
Narciso - +9
V. Santos - +4
Martins - +4
Almeida - +3
B. Costa - +3
Pinheiro - +3
Malheiro - +3
C. Pereira - +2
Veríssimo - +2
Esteves - +2
Nogueira - +1
Braga
Godinho - +2
V. Santos - +2
C. Pereira - +2
Esteves - +2
B. Vieira - +1
M. Oliveira - +1
J. Gonçalves - +1
Veríssimo - -2
Rui Costa - -2
Pinheiro - -2
Narciso - -3
Anexos(V):
Árbitros - Total - (Casa/Fora):
Benfica
Pinheiro - 4 (1/3)
J. Gonçalves - 3 (1/2)
Nogueira - 3 (2/1)
Nobre - 3 (2/1)
C. Pereira - 2 (1/1)
Veríssimo - 2 - (0/2)
Godinho - 2 (1/1)
Malheiro - 2 - (1/1)
Narciso - 2 (1/1)
Vasilica - 1 - (1/0)
Martins - 1 (1/0)
Correia - 1 (0/1)
B. Costa - 1 (1/0)
J. Bessa - 1 (1/0)
H. Carvalho - 1 (1/0)
Sporting
Godinho - 5 - (2/3)
Veríssimo - 4 (2/2)
J. Gonçalves - 3 - (1/2)
Nogueira - 3 (3/0)
Nobre - 2 (1/1)
Pinheiro - 2 (0/2)
C. Pereira - 2 (1/1)
Martins - 1 (0/1)
Baixinho - 1 (1/0)
B. Vieira - 1 (1/0)
Narciso - 1 (0/1)
Vasilica -1 (1/0)
H. Carvalho - 1 (1/0)
Malheiro - 1 (0/1)
Correia - 1 (0/1)
Corruptos
Veríssimo - 5 (1/4)
Pinheiro - 4 (3/1)
Godinho - 3 (0/3)
Nogueira - 2 (1/1)
Narciso - 2 (2/0)
Martins - 2 (0/2)
J. Gonçalves - 2 (1/1)
Malheiro - 2 (1/1)
C. Pereira - 1 - (1/0)
Vasilica - 1 (1/0)
Almeida - 1 (1/0)
David Silva - 1 (1/0)
Correia - 1 (0/1)
Nobre - 1 (1/0)
H. Carvalho - 1 (0/1)
Braga
Godinho - 5 (3/2)
Malheiro - 3 (2/1)
Nobre - 3 (1/2)
C. Pereira - 3 (2/1)
Baixinho - 2 - (1/1)
J. Gonçalves - 2 (1/1)
Veríssimo - 2 (0/2)
Martins - 2 (1/1)
Almeida - 1 (1/0)
Pinheiro - 1 (0/1)
B. Vieira - 1 (1/0)
David Silva - 1 (1/0)
Vasilica - 1 (0/1)
Correia - 1 (0/1)
B. Costa - 1 (1/0)
Anexos(VI):
VAR's - Totais - (Casa/Fora):
Benfica
Martins - 7 (2/5)
V. Santos - 4 (2/2)
Esteves - 3 (2/1)
Rui Oliveira - 2 (1/1)
Correia - 2 (1/1)
Rui Costa - 2 (1/1)
L. Ferreira - 2 (1/1)
Malheiro - 1 (0/1)
Vasillica - 1 (0/1)
M. Oliveira - 1 (1/0)
Melo - 1 (1/0)
Baixinho - 1 (1/0)
Ca. Campos - 1 (1/0)
Godinho - 1 (1/0)
Sporting
Esteves - 6 (3/3)
L. Ferreira - 4 (3/1)
Martins - 3 (2/1)
Malheiro - 3 (0/3)
J. Gonçalves - 2 (1/1)
H. Carvalho - 2 (1/1)
Nobre - 1 (1/0)
Veríssimo - 1 (0/1)
Rui Costa - 1 (1/0)
C. Pereira - 1 (1/0)
Narciso - 1 (0/1)
V. Santos - 1 (0/1)
Melo - 1 (1/0)
M. Oliveira - 1 (0/1)
Rui Oliveira- 1 (0/1)
Corruptos
Martins - 6 (3/3)
Narciso - 5 (4/1)
V. Santos - 3 (1/2)
L. Ferreira - 2 (0/2)
R. Costa - 2 (1/1)
Esteves - 2 (0/2)
Nogueira - 2 (1/1)
Rui Oliveira - 1 (0/1)
B. Costa - 1 1/0)
Melo - 1 (0/1)
H. Carvalho - 1 (1/0)
Pinheiro - 1 (1/0)
Correia - 1 (0/1)
Godinho - 1 (0/1)
Braga
M. Oliveira - 5 (5/0)
Rui Costa - 4 (3/1)
Esteves - 3 (1/2)
Narciso - 2 (1/1)
Melo - 2 (1/1)
Pinheiro - 2 (0/2)
C. Pereira - 1 (0/1)
Godinho - 1 (1/0)
Nogueira - 1 (0/1)
Rui Oliveira - 1 (1/0)
J. Gonçalves - 1 (0/1)
V. Santos - 1 (0/1)
Martins - 1 (0/1)
B. Costa - 1 (1/0)
Malheiro - 1 (1/0)
Nobre - 1 (0/1)
Mota - 1 (1/0)
Anexos(VII):
AVAR's:
Benfica
H. Ribeiro - 3
I. Pereira - 2
F. Silva - 2
N. Manso - 2
R. Silva - 2
P. Mota - 2
P. Martins - 2
P. Felisberto - 2
A. Dias - 1
H. Coimbra - 1
N. Cunha - 1
P. Felisberto - 2
H. Santos - 1
C. Campos - 1
T. Costa - 1
B. Jesus - 1
P. Brás - 1
C. Campos - 1
J. Pereira - 1
I. Pereira - 1
R. Teixeira - 1
Sporting
G. Vaz Freire - 4
H. Ribeiro - 3
P. Felisberto - 3
P. Brás - 3
A. Carneiro - 2
H. Santos - 2
N. Manso - 2
N. Pereira - 1
N. Pires - 1
J. Bessa Silva - 1
B. Jesus - 1
F. Silva - 1
S. Jesus - 1
D. Moisés - 1
JP Morte - 1
F. Pereira - 1
N. Cunha - 1
Corruptos
J. Bessa Silva - 4
V. Marques - 4
H. Ribeiro - 4
J. Fernandes - 2
N. Manso - 2
J. Pereira - 2
C. Campos - 1
P. Brás - 1
S. Jesus - 1
B. Jesus - 1
F. Pereira - 1
P. Martins - 1
L. Maia - 1
N. Pires - 1
F. Lima - 1
P. Felisberto - 1
G. Vaz Freire - 1
Braga
A. Dias - 3
H. Santos - 3
J. Bessa Silva - 2
P. Brás - 2
V. Marques - 2
L. Maia - 2
Vaz Freire - 2
C. Campos - 2
P. Felisberto - 2
T. Costa - 1
R. Teixeira - 1
P. Ribeiro - 1
F. Silva - 1
J.P. Morte - 1
R. Silva - 1
N. Cunha - 1
N. Pires - 1
J. Fernandes - 1
Anexos(VIII):
Jogos Fora de Casa (árbitros + VAR's)
Benfica
Martins - 0 + 5 = 5
Pinheiro - 3 + 0 = 3
Veríssimo - 2 + 0 = 2
J. Gonçalves - 2 + 0 = 2
Correia - 1 + 1 = 2
Malheiro - 1 + 1 = 2
V. Santos - 0 + 2 = 2
Narciso - 1 + 0 = 1
C. Pereira - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Nogueira - 1 + 0 = 1
Rui Oliveira - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
Vasillica - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Esteves - 0 + 1 = 1
Sporting
Malheiro - 1 + 3 = 4
Godinho - 3 + 0 = 3
J. Gonçalves - 2 + 1 = 3
Veríssimo - 2 + 1 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
Narciso - 1 + 1 = 2
Martins - 1 + 1 = 2
Almeida - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Correia - 1 + 0 = 1
C. Pereira - 1 + 0 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
M. Oliveira - 0 + 1 = 1
H. Carvalho - 0 + 1 = 1
Rui Oliveira - 0 + 1 = 1
Corruptos
Veríssimo - 4 + 0 = 4
Godinho - 3 + 1 = 4
Martins - 1 + 3 = 4
Nogueira - 1 + 1 = 2
V. Santos - 0 + 2 = 2
Esteves - 0 + 2 = 2
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Martins - 1 + 0 = 1
Correia - 1 + 0 = 1
J. Gonçalves - 1 + 0 = 1
Malheiro - 1 + 0 = 1
H. Carvalho - 1 + 0 = 1
Rui Oliveira - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Correia - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Braga
Nobre - 2 + 1 = 3
Pinheiro - 1 + 2 = 3
Veríssimo - 2 + 0 = 2
Godinho - 2 + 0 = 2
Martins - 1 + 1 = 2
C. Pereira - 1 + 1 = 2
J. Gonçalves - 1 + 1 = 2
Rui Costa - 0 + 2 = 2
Esteves - 0 + 2 = 2
Malheiro - 1 + 0 = 1
Baixinho - 1 + 0 = 1
Vasilica - 1 + 0 = 1
Correia - 1 + 0 = 1
B. Costa - 1 + 0 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Nogueira - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Mota - 0 + 1 = 1
Anexos(IX):
Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Martins - 1 + 7 = 8
Pinheiro - 4 + 0 = 4
V. Santos - 0 + 4 = 4
J. Gonçalves - 3 + 0 = 3
Nogueira - 3 + 0 = 3
Nobre - 3 + 0 = 3
Malheiro - 2 + 1 = 3
Godinho - 2 + 1 = 3
Correia - 1 + 2 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
C. Pereira - 2 + 0 = 2
Veríssimo - 2 + 0 = 2
Narciso - 2 + 0 = 2
Vasilica - 1 + 1 = 2
Rui Costa - 0 + 2 = 2
Rui Oliveira - 0 + 2 = 2
L. Ferreira - 0 + 2 = 2
B. Costa - 1 + 0 = 1
Bessa - 1 + 0 = 1
H. Carvalho - 1 + 0 = 1
M. Oliveira - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Baixinho - 0 + 1 = 1
Ca. Campos - 0 + 1 = 1
Sporting
Esteves - 0 + 6 = 6
Godinho - 5 + 0 = 5
Veríssimo - 4 + 1 = 5
J. Gonçalves - 3 + 2 = 5
Martins - 1 + 3 = 4
Malheiro - 1 + 3 = 4
L. Ferreira - 0 + 4 = 4
Nogueira - 3 + 0 = 3
Nobre - 2 + 1 = 3
C. Pereira - 2 + 1 = 3
H. Carvalho - 1 + 2 = 3
Pinheiro - 2 + 0 = 2
Narciso - 1 + 1 = 2
Baixinho - 1 + 0 = 1
B. Vieira - 1 + 0 = 1
Vasilica - 1 + 0 = 1
Correia - 1 + 0 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
M. Oliveira - 0 + 1 = 1
Rui Oliveira - 0 + 1 =1
Corruptos
Martins - 2 + 6 = 8
Narciso - 2 + 5 = 7
Veríssimo - 5 + 0 = 5
Pinheiro - 4 + 1 = 5
Godinho - 3 + 1 = 4
Nogueira - 2 + 2 = 4
V. Santos - 0 + 3 = 3
J. Gonçalves - 2 + 0 = 2
Malheiro - 2 + 0 = 2
Correia - 1 + 1 = 2
H. Carvalho - 1 + 1 = 2
L. Ferreira - 0 + 2 = 2
Rui Costa - 0 + 2 = 2
Esteves - 0 + 2 = 2
C. Pereira - 1 + 0 = 1
Vasilica - 1 + 0 = 1
Almeida - 1 + 0 = 1
David Silva - 1 + 0 = 1
Nobre - 1 + 0 = 1
Rui Oliveira - 0 + 1 = 1
B. Costa - 0 + 1 = 1
Melo - 0 + 1 = 1
Braga
Godinho - 5 + 1 = 6
M. Oliveira - 0 + 5 = 5
C. Pereira - 3 + 1 = 4
Malheiro - 3 + 1 = 4
Nobre - 3 + 1 = 4
Rui Costa - 0 + 4 = 4
J. Gonçalves - 2 + 1 = 3
Martins - 2 + 1 = 3
Pinheiro - 1 + 2 = 3
Esteves - 0 + 3 = 3
Baixinho - 2 + 0 = 2
Veríssimo - 2 + 0 = 2
B. Costa - 1 + 1 = 2
B. Costa - 1 + 1 = 2
Narciso - 0 + 2 = 2
Melo - 0 + 2 = 2
Almeida - 1 + 0 = 1
B. Vieira - 1 + 0 = 1
David Silva - 1 + 0 = 1
Vasilica - 1 + 0 = 1
Correia - 1 + 0 = 1
Nogueira - 0 + 1 = 1
Rui Oliveira - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Mota - 0 + 1 = 1
Anexos(X):
Jornadas anteriores:
Jornada 8 (-1 jogo)
Jornada 9 (-1 jogo)
Jornada 10 (-1 jogo)
Jornada 11 (-1 jogo)
Jornada 12 (-1 jogo)
Jornada 13 (-1 jogo)
Jornada 14 (-1 jogo)
Jornada 15 (+1 jogo)
Jornada 17 (-1 jogo)
Jornada 17 (+1 jogo)
Jornada 24 (-1 jogo)
Jornada 25 (-1 jogo)
Jornada 26 (+1 jogo)
Anexos(XI):
Épocas anteriores:
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