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quinta-feira, 27 de março de 2025

Favoritismo aflitivo


"Um jogo vibrante aquele que se viu na Liga das Nações, frente a uma destemida Dinamarca. Impressionam os diferentes momentos que um mesmo jogo pode conhecer, balançando entre uma qualificação portuguesa prevista e uma realidade aflitiva. A eliminatória era incerta, tremida por uma derrota fora, que de positiva só teve mesmo a magreza do resultado adverso. Portugal entrou desta vez forte, mas rapidamente o cenário se equilibrou e complicou.
Trincão, já o jogo ia longo, depois de muitas emoções e condimentos vários, acabou por ser o elemento decisivo no duelo final. Com direito a pouco tempo, rentabilizou-o decisivamente, tornando-se o homem do jogo. Mesmo sabendo que hoje a Seleção é representada por um lote de jogadores cuja categoria é enorme e de difícil acesso, era de senso comum ver Trincão entre o lote regular dos eleitos.
Colega preferido de Gyokeres, o avançado português será neste momento dos dianteiros nacionais com maior dimensão. Não sendo fixo nem referência, é daqueles que aparecem para decidir, mas que nunca estão para serem marcados. Mostra-se pela agressividade da rápida progressão com bola, pelo drible e rara capacidade de remate que define resultados. Ele e Bernardo Silva, dois esquerdinos de exceção, foram os expoentes maiores deste triunfo mais suado do que o resultado. No caso do ex-jogador do Benfica, a distinção resulta do admirável labor e humildade coletiva que consegue juntar aos seus conhecidos recursos técnicos. Bernardo Silva é um excelente exemplo de maturidade de um atleta diferente.
Um dos jogadores portugueses em especial destaque foi também, na minha opinião, Rúben Dias. Implicado diretamente num golo adversário, a sua reação imediata foi a expressão imperturbável de um grande jogador. Sem mãos na cabeça ou semblante sofredor, olhou em frente e arrancou para um jogo de verdadeiro líder.

Opções e dúvidas
Antes do jogo, Ronaldo lembraria e bem, que as seleções e os jogadores se reúnem pontualmente e que tal não permite coordenações táticas como nos clubes. Esta questão leva-me para a escolha dos dois centrais que jogaram na Dinamarca. É aconselhável estrear uma dupla de centrais, base de qualquer defesa, num jogo fora e de previsível dificuldade?
Sobre o jogo destaco ainda os seguintes pontos:
— Juntar três médios de perfil marcadamente técnico, poderá ser arriscado, face a adversários fortes e que exigem poder físico e equilíbrio defensivo;
— O segundo poste nos cantos contra, foi alvo da Dinamarca. Um golo e uma oportunidade adversária, surgiram nessa zona, entregue somente a Bernardo Silva;
— A via aberta promovida por Martínez entre a bancada e a titularidade e vice-versa, de alguns jogadores, sendo legítima, é original mas estranha.

Eu ou eu
A pausa para as seleções trouxe a público o regresso de Courtois aos convocados belgas. Lembro que o mesmo tinha recusado integrar a sua seleção, por divergências com o anterior selecionador. Se esta podia ser uma boa notícia para os respetivos adeptos, não o foi para o guarda-redes que vinha sendo titular, Koen Casteels, que decidiu, agora ele, recusar ser convocado.
Concorrência é normal, mas este caso imagino que se explique também pela relação ou rivalidade pouco pacífica que já existia entre os dois. As seleções, como sabemos, vivem uma realidade específica. Os treinadores selecionam e decidem quem joga ou quem se senta à espera de uma oportunidade. Os escolhidos são normalmente titulares nos seus clubes e os estatutos respetivos são medidos pela grandeza dos clubes onde jogam. Notar que no seu regresso, Courtois ficou no banco, o que se compreende em função da sua ausência voluntária e do confronto com o anterior treinador.

A imperial vénia
António Simões, histórico do Benfica, aproveitando a justa homenagem que lhe foi feita na última gala Cosme Damião, recuperou a curiosa origem do ritual da vénia, única em Portugal, saudação habitual da equipa do Benfica aos seus adeptos.
No longínquo 1970, numa digressão ao Japão e para o espanto geral face ao rígido protocolo japonês, os Príncipes Herdeiros desceram ao relvado para cumprimentar os jogadores do Benfica. O normal era o inverso. Os atletas é que eram obrigados a ir venerar os herdeiros do Imperador! Tal rara consideração explica o porquê da adoção do costume oriental, seguido e respeitado até hoje.
A estreia da famosa vénia em Portugal, seria no mesmo ano, frente à CUF do Barreiro.
Inclinar o corpo é então, a forma de cumprimento mais tradicional do Japão desde o século VIII.
Foram muitas as vezes que fiz a vénia, sem saber a história invulgar que a iniciou, até agora. É, portanto, este especial gesto de respeito e humildade, que os atletas fazem aos adeptos benfiquistas, simbólico agradecimento do apoio que vem contribuindo para uma gloriosa história de sucesso."

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