Últimas indefectivações

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Vermelhão: Reação...

Benfica 5 - 0 Rio Ave


Recordo que na 1.ª passagem pelo Benfica, Bruno Lage não conseguiu 'reagir' a uma derrota (injusta diga-se!) no Dragay, após uma sequência de vitórias ao nível do melhor de sempre na história do Benfica, a 'onda' alterou-se, e acabámos por produzir uma das piores sequências de sempre na história do Benfica, até ao seu despedimento!

Era importantíssimo, hoje, a equipa reagir...  e a equipa reagiu! É verdade que o adversário acabou por 'ajudar', apresentando-se frágil, mas a equipa mostrou que queria dar uma reposta, do 1 minuto ao último! Aliás, com uma sequência de jogos complicada, com pouco tempo de descanso nas próximas semanas, após assegurar a vitória, poderíamos ter baixado linhas, mas não o fizemos. Notou-se claramente uma fome de todos os jogadores em continuar a pressionar e a procurar mais golos...

A única alteração foi entrada do Beste para o lugar do Tino. Injusto para o Tino, que tem jogado bem, mas 'lógico' tendo em conta o mais que provável 'autocarro' de Vila do Conde! E assim, acabámos por jogar, creio que pela primeira vez, com a ex-dupla do Feyenoord: Aursnes/Kokçu!

O golo cedo, acabou por 'matar' a partida, após o segundo o Rio Ave já parecia ter desistido, e com o 3.º antes do intervalo, os 3 pontos estavam mais que entregues! Mas como já escrevi antes: o Benfica não geriu. O Benfica continuou à procura de mais!

Com o Feyenoord o Akturkoglu já tinha jogado alguns minutos atrás do ponta de lança, e inclusive foi assim que marcou o golo, mas hoje mesmo sem 'deslumbrar' fez um hat-trick!!! Vou esperar para ver, contra um adversário mais complicado, com marcações mais agressivas, como será a produção do jovem Mágico, naquela posição... principalmente, o jogo entre-linhas, recepção, passe... e a 'não perda' de bolas nas rotações!

O Beste entrou bem... Jogou em alguns momentos como 2.º defesa esquerdo, como o Akturkoglu tinha jogado com o Atlético de Madrid, 'empurrando o Carreras 'quase' para Central, dando mais segurança à nossa linha atrasada! Falta-lhe alguma capacidade no um-para-um, mas cruza e passa bem... e a sua disciplina tática, permite a outros jogadores do 11, maior liberdade!

O Pavlidis voltou a ser bastante aplaudido, mesmo desperdiçando alguns golos... Os benfiquistas reconheceram o seu trabalho em prol do coletivo, mas em frente da baliza, está claramente sem confiança!


Este novo Carreras, menos ofensivo, está a convencer todos! Suspeito que com o António a jogar ao seu lado, poderá ter mais 'liberdade' para subir...


Mesmo assim, pessoalmente, o meu MVP foi o Aursnes: jogão! A recuperar, a pressionar, a dar ordens, e ainda a aparecer em zonas adiantadas a desequilibrar!


Cabral a entrar novamente muito bem... o Amdouni também e o Schjelderup finalmente a marcar, algo que precisava! Parece que 'ultrapassou' o Rollheiser nas opções!


O Renato voltou a ter alguns momentos, aparentemente sem nova recaída! E em relação aos minutos do Feyenoord, pareceu-me mais agressivo! A primeira 'vitória' do Renato será conseguir jogar com regularidade sem lesões, mas o 2.º teste, será a recuperação da agressividade nos duelos, algo que só poderá acontecer, com jogos, com a auto-confiança a subir...!!!


Inacreditável como num jogo, pacífico, o Moedinhas conseguiu decidir tantas vezes contra o Benfica! Inacreditável como o Panzo não foi Expulso... Inacreditável como o Trinco Turco do Rio Ave não levou um único Amarelo, quando devia ter sido expulso por acumulação, várias vezes!!! No lance do penalty, a bola bate no queixo do defesa, e depois vai ao braço... agora, o braço está 'aberto', pessoalmente até acho que estes lances não deviam ser penalty, mas o critério utilizado no Tugão, diz que isto é penalty... Exceto se for a favor do Benfica!!!


Agora, temos Taça da Liga, contra um Santa Clara muito motivado, que está a jogar bem. O Lage vai seguramente fazer rotação, o que vai tornar esta partida, perigosa! Os jogadores menos utilizados têm menos ritmo e menos rotinas, portanto tudo poderá acontecer... Acredito que o António vai jogar, o Kaboré também deverá ser titular, tal como o Samu na baliza! O Tino deverá voltar, provavelmente com o Aursnes ou o Renato! Schjelderup depois de hoje, deverá também jogar, provavelmente com o Cabral e o Amdouni no onze também!

Vitória nas Caxinas!

Caxinas 3 - 4 Benfica

Jogo complicado, decidido por um ex-Caxinas, perto do final... depois duma vantagem inicial de 0-2, não ter sido suficiente para o Benfica gerir a partida! Isto contra um excelente adversário, que tem no seu plantel muitos jovens (com muito futuro) com ligação ao Benfica...
Recordo que o ano passado, perdemos nas Caxinas!

Ganhar


"O Benfica recebe o Rio Ave, hoje às 18h00, no Estádio da Luz. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Somar três pontos
O treinador do Benfica, Bruno Lage, afirma: "Temos de reagir e fazer um grande jogo. Essa é a nossa determinação, e senti muita energia no treino."

2. Mística a Dois
Os 50 jogos de águia ao peito de Arthur Cabral foram o mote para uma conversa do avançado brasileiro com a glória do Benfica Rui Águas.

3. Revisão dos Estatutos
Depois de aprovada a proposta global única de revisão dos Estatutos do Sport Lisboa e Benfica, prosseguem os trabalhos na especialidade. O presidente da Mesa da Assembleia Geral do Clube, José Pereira da Costa, em declarações à BTV, faz o ponto de situação: "O nosso compromisso com os sócios do Benfica é este: vamos votar a segunda parte da proposta o mais depressa possível. Há um trabalho que já está feito que facilita em muito o processo deliberativo, que é o processo explicativo das propostas que estão a ser objeto de votação ou de alteração."

4. Título no judo
A equipa feminina de judo do Benfica sagrou-se campeã nacional.

5. Prestígio
Filipa Patão é uma das nomeadas, pela UEFA e France Football, para treinadora do ano na Bola de Ouro 2024.

6. Inspiradoras nas seleções
No particular entre Espanha e Canadá (1-1), Marie Alidou inaugurou o marcador e a estreante Cristina Prieto repôs a igualdade. Catarina Amado, Carole Costa, Andreia Norton e Andreia Faria atuaram por Portugal na vitória no Azerbaijão.

7. Resultados
Em andebol, o Benfica ganhou ao Belenenses no Restelo por 26-35. Em basquetebol, triunfo na Madeira, por 83-87, ante o Galomar. Frente ao Castêlo da Maia na Luz, a equipa de voleibel do Benfica venceu por 3-0. A equipa B de futebol teve um desaire caseiro com o Tondela (1-3). E os Sub-15 foram mais fortes no reduto do Belenenses (1-3). Em râguebi, os encarnados saíram vitoriosos no duelo com o CR São Miguel (12-28). Nesta manhã, os Sub-17 ganharam, por 2-3, no campo do Sporting.
Quanto à vertente feminina, no futsal, vitória, por 6-0, frente ao UA Povoense; em hóquei em patins, triunfo, por 0-4, no rinque da APAC Tojal; e, no polo aquático, sucesso na visita ao CA Pacense (9-23).

8. Jogos do dia
Às 18h00, o Benfica recebe o Rio Ave no Estádio da Luz a contar para a 9.ª jornada do Campeonato Nacional. No mesmo horário, a equipa feminina de basquetebol do Benfica visita o GDESSA. Passada meia hora começa, no Pavilhão João Rocha, o dérbi de voleibol no feminino entre Benfica e Sporting. Às 20h00, em futsal, o Benfica desloca-se ao Caxinas.

9. Protagonista
O hoquista João Rodrigues é o entrevistado da semana.

10. Formar mais
Os elementos do plantel Sub-23 do Benfica participaram numa ação de formação sobre Educação Financeira realizada no Benfica Campus.

11. Juntos pelos animais
Uma iniciativa da Fundação Benfica e da Benfica Escola de Futebol do Estádio.

12. Casa Benfica Toronto
Esta embaixada do benfiquismo celebrou 55 anos e a BTV esteve presente."

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - Até quando dura a lua-de-mel de Amorim?

Regras 'especiais'!

De escândalo em escândalo

Zero: Ponto Final - Romeu Ribeiro

O tabuleiro de xadrez para 2025


"O ano de 2024 ficou marcado pelas eleições do FC Porto. Só os mais distraídos é que devem ter ficado surpreendidos com o resultado final das eleições azuis e brancas. É cada mais percetível uma preocupação crescente com a gestão que é feita fora dos relvados.
O aumento da exigência por parte dos adeptos assusta muita gente que não está habituada a ser colocada em causa. A queda do ex-presidente do FC Porto, o mais titulado de sempre, com apenas 20 por cento dos votos a seu favor, é um exemplo claro da vontade de mudança da parte do universo portista. Este desejo de alteração teve a ver com a forma pouco transparente, descuidada e até amadora com que os destinos da FC Porto SAD vinham sendo geridos.
Complementarmente, a ausência de explicações em torno do aumento do passivo, da crescente alavancagem ou das antecipações constantes das receitas futuras, foram motivos que fizeram com que os sócios quisessem uma rutura com o passado. Nos próximos meses deveremos conhecer mais pormenores sobre a gestão que foi feita, até porque está em curso uma auditoria forense, que tem como objetivo clarificar os adeptos e, em simultâneo, perceber o motivo pelo qual, financeiramente, a SAD do Porto se encontra num estado de enormes dificuldades financeiras.
Será que nas eleições do Benfica os adeptos encarnados irão querer cortar com o passado como aconteceu no FC Porto? E na FPF, o que vai ser mais importante na altura de definir o próximo presidente, o caminho que o futebol português deve seguir ou os interesses de cada um individualmente?

A entrevista de Frederico Varandas
O presidente do Sporting deu uma entrevista na qual abordou questões que lhe foram colocadas de forma direta, como é normal. A primeira conclusão que retiro da entrevista é que Frederico Varandas está mais confortável a comunicar. A segunda é que não hesitou em tentar tirar proveito do contexto atual, dizendo o que os seus adeptos queriam que dissesse. Embora tenha uma opinião, não me parece que faça sentido que o presidente do Sporting tenha de falar sobre os casos ou as acusações dos rivais.
O que defendo é que os presidentes devem, acima de tudo, falar do que controlam, que são os seus clubes, e defender sempre os interesses da instituição que presidem. No futuro se algo vier a ser provado, aí sim, podem ou devem ter uma tomada de posição pública. O que me parece é que, muitas vezes, para tirar proveito de uma oportunidade, e para ficarem bem com os seus adeptos, os líderes esquecem-se que estão todos no mesmo barco. Se o Benfica vier a ser condenado, o Benfica será o maior prejudicado, mas todos os outros também o serão por arrasto.
A imagem do futebol português ficará manchada. Não estou com isto a dizer que não se deva fazer justiça, bem pelo contrário. A justiça terá de fazer o seu caminho e apurar os factos. O que pretendo realçar é que os líderes devem ter a perspicácia de falarem do que controlam e de realçarem e valorizarem os valores que estão inerentes ao desporto e cada uma das instituições que lideram. As comparações acabarão por ser feitas pelos adeptos ou outros agentes.
Também é importante não esquecer que todos os clubes têm telhados de vidro. O importante é fazer com que certos modos operandi do passado não se repitam no presente e no futuro, sobretudo nos clubes que cada um lidera. Como ficou provado nas eleições do FC Porto, nos dias de hoje, as vitórias não são o único fator de avaliação de uma administração.
Sinceramente, acredito que um dos objetivos da entrevista de Frederico Varandas foi o de se posicionar e ganhar destaque como a face da mudança do futebol português. Por que é que isto tem importância? Porque no próximo ano há eleições para a FPF. Com esta tomada de posição, e o constante reforço dos valores com que lidera o Sporting (e com os quais concordo a 100 por cento), o presidente do Sporting pretende ganhar influência nos desafios que o futebol português tem pela frente.

Eleições da FPF
Todos percebemos a importância do ano de 2025 para o futebol em Portugal. As eleições na FPF são um dos eventos que irão marcar o ano desportivo. Com a organização conjunta do Mundial em 2030, muitos serão os desafios que a federação irá ter. Existem vários caminhos possíveis. Deve-se continuar o trabalho que tem vindo a ser feito? Cortar por completo com o passado? Ou dar sequência ao (bom) trabalho que tem sido realizado, mas com algumas alterações que tornem tudo mais transparente?
Neste primeiro jogo de xadrez, Nuno Lobo apresentou-se, falando várias vezes de Pedro Proença, que ainda não deu esse passo publicamente. O processo eleitoral está centralizado nas associações de classe, associações distritais e clubes profissionais. Como romântico do futebol, o que gostava é que cada um tomasse a sua decisão com base naquilo que for melhor para o futebol português. Gostava que as eleições ficassem marcadas por um tom positivo, onde se apresentassem propostas, projetos e a visão de cada candidato. Porém, temo que nada disto se irá passar.
Espero estar enganado, mas tenho a sensação de que iremos ter uma campanha eleitoral virada para as acusações e para o condicionamento daqueles que têm o poder de decidir o futuro da FPF. O que desejo é que os decisores não decidam com base em promessas, mas em convicções e que os futuros quadros da FPF sejam compostos por competência e não por promessas para ganharem votos. Neste ponto, poderá ser interessante que cada um dos candidatos apresente quais serão as pessoas que vão fazer parte da sua equipa diretiva.
Por fim, isto ficará ainda mais confuso caso Pedro Proença confirme a sua candidatura à FPF, deixando a Liga de clubes sem líder, numa fase determinante que corresponde à negociação da centralização dos direitos de TV. A acontecer, esta poderá ser mais uma oportunidade para os clubes demonstrarem qual o caminho que pretendem que a Liga siga: o da continuidade da profissionalização e de uma maior autonomia das decisões ou continuarem a ser os clubes a decidir em causa própria.
É nestes temas que os presidentes das grandes instituições devem dar a sua opinião e apontar o caminho certo, que deverá passar por ter uma Liga cada vez mais independente e que possa tomar decisões para o bem do futebol português, focando-se no crescimento coletivo, na valorização da marca da Liga e não na vertente individual.

Artur Jorge
Está a fazer uma grande época no Brasil, ao leme do Botafogo. Está com um pé na final da Taça dos Libertadores, depois de vencer na primeira mão das meias-finais o Peñarol, por 5-0. Está também a liderar o Brasileirão."

Real-Barça: para ganhar assim é preciso coragem


"Hans-Dieter Flick entrou sem medo com o Barcelona no estádio do grande rival e conseguiu uma goleada e um murro no estômago do madridismo, ainda inchado com o título de campeão europeu

Que grande clássico no Bernabéu! Que coragem de Flick! O alemão passou por tempos complicados ao comando da Mannschaft e, mesmo assim, aterrou com uma confiança inesgotável e impensável no Camp Nou, onde soube respeitar a filosofia e a identidade do clube, e o viveiro eterno de La Masia, e reagir com pensamentos positivos às más notícias que lhe apareceram no ainda curto trajeto na Catalunha.
A certa altura, perdeu Ter Stegen, o seu número 1 e guarda-redes de classe mundial – talvez mesmo o melhor da atualidade – , com uma lesão grave. Ontem, foi Iñaki Peña quem fez defesas incríveis, ao nível do antecessor. E os problemas não se ficaram por aí. Christensen foi traído pelo tendão de Aquiles e Ronald Araújo e Eric García pelos músculos, porém terão sido poucos os que se lembraram deles, com tantos cortes de qualidade assinados por Koundé, o miúdo Cubarsí, Iñigo Martínez e Baldé. Os quatro subiram sem medo – e Flick também não o teve – até à linha de meio-campo e atraíram, jogada após jogada, Mbappé para a teia do fora de jogo, levando-o ao desespero. Já o lateral-esquerdo contribuiu ainda com muitos raides pelo seu flanco e a assistência para o segundo golo culé.
No meio-campo, Fermín e Casadó tiveram o apoio de Pedri. Três médios de 21 anos, que lutaram como leões até ao momento em que se tornaram superiores e destroçaram o rival. O passe do segundo para o 0-1 é delicioso, uma verdadeira obra de arte. Dani Olmo, De Jong e Gavi estavam no banco, entraram depois.
Ficou 0-4 e todavia, já depois do bis, Lewandowski atirou ao poste e desperdiçou outra bola por cima, tal como Raphinha, que teve também o segundo golo no pé direito. O resultado diante do campeão europeu poderia ter sido ainda mais memorável, mesmo que a festa não deva adormecer tão cedo por toda a Catalunha.
É verdade que a filosofia de Flick não diferia assim tanto daquela que o esperava, embora obviamente a uma outra dimensão. Se bem se recordam, e por muito surpreendente que tenha sido então e ainda o seja, Tiago Dantas foi contratado para o Bayern precisamente devido à qualidade técnica que via no jovem médio. Ou seja, o técnico sempre apontou para a posse, inspirando-se naturalmente em Guardiola na sua passagem pela Alemanha, mas também em Joachim Low, de quem foi adjunto na primeira passagem pela seleção.
Ainda é demasiado cedo, contudo Flick tem aos seus pés, até ver, a nação catalã."

domingo, 27 de outubro de 2024

Campeãs Nacionais de Judo


Mesmo sem a Rochele (grávida), vencemos a prova coletiva, com a eterna Telma a vencer o combate decisivo!

Boa forma...


Belenenses 26 - 35 Benfica
13-22


Curiosamente, a 'ovelha negra' das modalidades de pavilhão masculinas, neste momento parece ser a mais convincente! Internamente e na Europa!

Hoje, sem o Borges, nova vitória clara sem espinhas...

Vitória na Madeira...


Galomar 83 - 87 Benfica
27-14, 19-18, 13-35, 24-20


Partida referente à 1.ª jornada, entretanto adiada... As vitórias são sempre boas, mas jogámos mal! Foi praticamente o Stone 'contra o mundo'!!! E o Stone até esteve mal nos 3 pontos, senão até poderia ter chegado aos 50 pontos!!!!!

Demasiados Turnovers, sem Ressaltos, com vários jogadores com uma aversão fundamentalista contra o cesto... foi mesmo uma vitória caída do céu!!!

A única boa notícia, foi mesmo o regresso do Broussard... Ainda falta o Rorie.

Vitória rápida...


Benfica 3 - 0 Castêlo Maia
25-18, 25-18, 25-17


Nova vitória, dando rotinas e minutos às contratações...

Derrota, com mais uma expulsão!


Benfica 1 - 3 Tondela


Jogo decidido em 4 minutos: o Benfica a ganhar, e em 4 minutos, o Tondela empata, o Kiko é expulso e na sequência do Livre, sofremos o 1-2, e jogo acabou!

Jogámos bem 11 para 11, marcámos um bom golo, estávamos a ser competitivos, mas com 10 a perder, mantivemos a atitude, mas não deu...

Gostei da ambição, nota-se claramente que os jogadores querem o título da II Liga. Hoje podíamos ter chegado á liderança, mas ainda vamos a tempo...

Antevisão...

BI: Antevisão - Rio Ave...

RND - Tamos Juntos...

Emoção e Proximidade: reflexões e dicas sobre a Comunicação do Benfica


"A Comunicação é absolutamente essencial para o sucesso de projetos, empresas e associações. E para que ela funcione é fundamental que haja condições para que isso aconteça. Primeiro, é importante ter uma estratégia: quais são os objetivos e públicos-alvo a alcançar? Que meios (humanos e técnicos) temos para desenvolver o trabalho? A planificação (com ajustes que se podem/devem ir fazendo ao longo do tempo) é exequível?
Trabalho na Comunicação há alguns anos e posso assegurar que se estas condições não estiverem reunidas, será muito mais difícil alcançar o que se pretende. Também é preciso ter em linha de conta que a Comunicação é um processo, que leva tempo, e que, por vezes, pode implicar a criação de hábitos junto do público que se quer alcançar. Por isso, repito: a palavra-chave é estratégia. É definir um rumo e perceber como se quer chegar lá.
Não trabalho no mundo do futebol, mas sei que é um universo muito específico e nem sempre fácil. E, obviamente, que um clube como o nosso tem inúmeros desafios e potencialidades nessa área. A Comunicação do clube (do nosso ou de qualquer outro) é o reflexo dele mesmo, da sua orientação. Nessa medida, lamento informar, mas o panorama do Benfica não é muito animador. Tem alguns momentos muito bons, outros nem por isso. É demasiado ativo em algumas circunstâncias, e omisso quando deveria ser mais interventivo. Há ótimos profissionais no clube, mas será que há um rumo? Eles têm meios? Sentem-se motivados? Têm espaço para poder inovar?
O que se pretende com este texto é estimular a discussão sobre o assunto, apresentando algumas dicas e ideias. Algumas serão mais exequíveis, outras nem por isso. Umas serão boas, outras nem por isso. E não há problema com isso. Acredito que é da discussão que surgem as melhores ideias. Vamos por partes:

DIVERSIFICAÇÃO
Os canais de comunicação são tantos e tão vastos que não costuma ser boa política apostar as fichas todas em poucas plataformas. É preciso escolher aquelas que mais nos interessam e definir uma estratégia e forma de trabalhar em cada uma delas. Estar no Twitch não é o mesmo que estar no TikTok; fazer conteúdos na BTV não pode ser o mesmo escrever para o jornal do clube, por exemplo. Devemos apostar em diversificar o máximo possível, numa lógica de complementaridade entre plataformas e conteúdos: uma entrevista na BTV pode ter uma versão mais curta aí e depois ser disponibilizada integralmente num podcast do clube, por exemplo.
Dependendo dos públicos, e se pensamos em internacionalizar a marca Benfica, a criação de conteúdos/contas em redes sociais noutros idiomas tem de ser trabalhada. O que é que o Benfica faz no sentido de cativar os filhos dos emigrantes portugueses que quase não falam português, mas que falam alemão ou francês? Fará sentido apostar no mandarim, árabe ou noutros idiomas associados a mercados emergentes?
A aposta em podcasts, um formato mais pessoal e acessível, devia ser uma realidade. Não é preciso inventar a roda: entrevistem atletas, metam os adeptos a falar com glórias do clube, divulgar as secções mais "escondidas"... Há muito potencial a explorar.
E se falamos em podcasts, também devíamos falar na rádio. Aos anos que ouvimos falar numa rádio do clube. Defendo que devemos avançar: é bem mais barato do que fazer televisão e é talvez o meio tradicional que melhor se adaptou ao digital, nomeadamente às redes sociais. A rádio também seria a melhor forma de chegar a todo o país, país esse que não é todo igual: Lisboa não é o mesmo que Bragança, Guarda ou os Açores. E em muitos destes territórios, cada vez mais despidos de gente, a rádio ainda é um fator de proximidade. Isto para não falar dos países de expressão portuguesa, nomeadamente dos africanos, onde a rádio ainda desempenha um papel de grande relevância social.
Relativamente ao jornal do Clube, confesso que é onde tenho mais dúvidas. A tiragem do jornal é de 8000 exemplares, num clube com quase 400 mil sócios: há aqui qualquer coisa quando não está certa. O jornal faz parte da história e do ADN do clube, tendo sido essencial para o crescimento da sua massa adepta, mas temos de perceber como podemos fazê-lo crescer. Passar a fazer uma edição mensal? Continuar a ser semanal mas com conteúdos mais intemporais/históricos? Fazer o jornal online, acessível a todos, e ir publicando revistas periódicas (trimestralmente?) com conteúdo de grande qualidade? Não podemos deixar cair o jornal, mas temos de o repensar.

APROVEITAR OPORTUNIDADES
A BTV demonstra que, quando o clube quer, consegue ser inovador. Quando apareceu foi uma pedrada no charco. Contudo, creio que é uma pena que um clube de cariz popular como o nosso seja o único que obriga ao pagamento de uma mensalidade para o podermos ver. Porto e Sporting têm canais abertos. Não haveria possibilidade de ser aberto e depois pagar só para ver os jogos? Ou de ter um preço especial para sócios e adeptos?
Além disso, há outro problema relativamente ao fenómeno televisivo em geral: as pessoas, nomeadamente os mais jovens, veem cada vez menos televisão. Aqui poderia entrar, uma vez mais, a complementaridade com plataformas como o YouTube. Quando há jogos das modalidades ao mesmo tempo dos jogos das equipas de futebol, não se poderiam transmitir no YouTube? Também seria possível utilizar a tv para partilhar mais conteúdos como os descritos anteriormente: entrevistas com jogadores, conversas com glórias do clube, etc.
Aproveitar as oportunidades também implica trabalhar com o que temos em casa, nomeadamente com os atletas. Exemplo disso foi a chegada de Arturkoglu e Kokçu, que trouxeram com eles uma legião de adeptos turcos (que são muitos e muito ativos) para as nossas redes sociais. Os nossos números melhoraram de forma significativa e em pouco tempo: o caminho tem de ser este. O episódio do Arturkoglu e Kokçu, em que o segundo mostra o Seixal ao primeiro, tem 360 mil visualizações! Dos maiores sucessos no nosso canal de YouTube. Mas há outras possibilidades: temos dois campeões do mundo no plantel - não seria possível criar conteúdo para cativar o mundo que fala espanhol? Temos um titular da seleção do Luxemburgo na equipa - não podíamos fazer algo com ele, tendo em conta a enorme comunidade portuguesa que aí vive? Temos um jogador de basquetebol, Trey Drechsel, que tem um canal de YouTube muito interessante - não seria possível criar uma sinergia mais efetiva com ele (ou outros/as) e dar mais visibilidade à secção? No polo aquático, no rugby ou no triatlo não haverá histórias interessantes que merecem ser partilhadas com os benfiquistas?
E o que dizer sobre o streaming? O Benfica criou a BPlay, uma espécie de Netflix benfiquista que era... a pagar. Depois passou a ser grátis, mas os números de aderentes (presumo) não devem ser extraordinários. Creio que não faz muito sentido continuar a apostar no BPlay, com tanta oferta que há no mercado. Não faria mais sentido estabelecer uma parceria com os gigantes? Como o Netflix ou a Amazon Prime? A propósito desta última, um conteúdo como a "Fábrica dos Sonhos" representa um caminho que devemos seguir, que valoriza o clube e o seu capital humano.

CONCLUSÃO
Haveria muito mais a dizer e mais exemplos a apresentar, mas o texto vai longo e não quero massacrar o leitor. Resta-me apenas convidar à reflexão e pedir que não se menospreze a Comunicação. O Benfica tem de ser muito mais do que a bola que entra na baliza ou não. O Benfica deve ser emoção e proximidade; deve ser sentimento de pertença e comunidade. É esse o espírito que se deve cultivar, e que mantém sócios e adeptos mais engajados com o ideal benfiquista.""

A Alma do Benfica: A Paixão dos Nortenhos pelo Glorioso


"Numa altura onde o norte tem um impacto cada vez mais importante na grandiosa história do clube, cabe-me a mim enquanto adepto e sócio do Sport Lisboa e Benfica expressar o sentimento de um benfiquista nortenho, que por vezes é desconhecido e até desvalorizado.
Ser benfiquista no Norte é um acto de paixão e resiliência. É uma escolha que vai muito além da localização geográfica. Quando um benfiquista do Norte se prepara para uma viagem rumo ao Estádio da Luz, sabe que não se trata apenas duma deslocação, é uma peregrinação. Milhares de Benfiquistas entram nos autocarros com destino à catedral, com o propósito de apoiarem o clube que mais amam.
Há algo de especial ao passarmos pelos campos, as serras, e até as estações de serviço a caminho de Lisboa. Carregamos connosco uma paixão que transcende qualquer distância. Aquela sensação de estar na estrada ao lado de outros benfiquistas, partilhando histórias e cânticos, faz com que o destino seja ainda mais especial. A cada quilómetro que passa, aumenta a ansiedade e a emoção de ver o Benfica em campo.
Para os benfiquistas do Norte, jogar fora é como se “jogássemos em casa”, porque os estádios da região são locais que conhecemos bem. Estão mais próximos e são familiares para a maioria dos adeptos. Cada estádio do Norte, de certa forma, acaba por ser uma "extensão" do Estádio da Luz.
Esta devoção não passa despercebida aos jogadores e equipa técnica. O apoio incessante dos adeptos, fora do estádio da Luz, é uma força motivadora que inspira a equipa a dar o seu melhor, pois sabem que, independentemente do local, o Benfica nunca caminhará sozinho.
Mas ser benfiquista no Norte não se resume a ir aos estádios. É estar em comunhão com outros adeptos nas casas do Benfica espalhadas pela região. São estas os pilares do Benfica. É nesses locais que milhares de benfiquistas, independentemente da idade ou do tempo que dedicam ao clube, encontram um espaço onde podem viver essa paixão, onde a camisola vermelha é mais do que uma cor, é um símbolo de união. A cada golo, há abraços, há sorrisos, há celebrações intensas. E mesmo nas derrotas, existe o consolo de saber que, juntos, a paixão pelo Benfica é mais forte do que qualquer resultado.
“Os tontos chamam-lhe torpe”. É carregar uma paixão que muitos podem não entender ou até julgar, mas que, para quem a vive, é genuína. Tal como o orgulho na pronúncia, nas tradições do norte, ser benfiquista na região é uma forma de afirmação, um amor que persiste e resiste, mesmo quando outros não compreendem ou tentam desvalorizar.
É um vínculo que poucos podem explicar, mas que faz parte de quem somos. Porque seja onde for, tu és o meu amor.
Viva o glorioso, viva o Sport Lisboa e Benfica."

Lagartices!

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - Real e Barça, deixem Ronaldo e Messi orgulhosos

Lanças...


O candidato 'inteiro'


"O candidato ideal tem sempre de ser um candidato inteiro. Partamos deste princípio, e tudo será mais fácil.
Um candidato inteiro é o que não (se) divide, o que define um objetivo claro, sem subterfúgios de linguagem ou subtilezas de ações, com a certeza do que quer, como quer, quando quer, onde quer e com quem quer.
É um pouco a regra básica do lead e do corpo da notícia, que qualquer aluno de primeiro ano de licenciatura na área deverá conhecer e aplicar até à exaustão.
Um candidato inteiro tem bagagem. E não apenas a bagagem intelectual e académica, mau grado estas sejam essenciais aos desafios que se lhe podem colocar a qualquer hora ou local. Mas, sobretudo, a bagagem que a experiência lhe confere. A experiência na gestão, mas, sobretudo, na evolução de projetos, nos contactos e redes que vai estabelecendo ao longo da vida pessoal e profissional, da capacidade que os outros lhe reconhecem de ser equilibrado, razoável e agregador.
Ora aí está uma tríade com a qual um candidato inteiro se deve preocupar, desde o primeiro minuto de qualquer sonho ou projeto. O equilíbrio é o que dele fará consensual ou, pelo menos, um buscador permanente de consensos, de interações, de soluções que, podendo não agradar, no mesmo espaço e tempo, a todos os cidadãos e a todas as instituições, serão sempre o resultado da procura, da discussão civilizada e abalizada e da tentativa de melhorar a cada dia, a cada decisão.
O candidato inteiro também terá de ser razoável. E sê-lo é o contrário de populismos fáceis de última hora, de palmadinhas nas costas e promessas incontidas (especialidade bem portuguesa e que nos vai surgindo quase a cada esquina…). Ser razoável é tudo menos isso. É perceber que o caminho para o progresso e para o sucesso se faz a diversos ritmos, com ambição pelas instituições que se defende e não pela variedade e colorido das gravatas que se apertam ao pescoço. Razoável não é ser popular. É trabalhar para tornar os protagonistas das nossas instituições populares, felizes e determinados.
O que nos leva ao terceiro vértice do triângulo. O candidato inteiro terá, fatalmente, de ser agregador. E isso é o quê? É, tão simplesmente, conhecer os cantos à casa, saber as necessidades de cada estrutura a cada momento do seu desenvolvimento, para que este seja respaldado e harmonioso. É determinar objetivos específicos para momentos específicos, trabalhando com todos numa premissa essencial de justiça. Porque justiça não é tratar tudo por igual, a direito, com sorriso de circunstância e garantias apriorísticas que raramente se confirmarão. Justiça é tratar igual o que é igual, e diferente o que é diferente.
E é nesta ampla paleta e conjugação de conceitos, práticas e atitudes que podemos, finalmente, reconhecer o candidato inteiro.
Porque, de facto, tudo deverá fazer sentido. Ele deve conhecer melhor que ninguém os terrenos que pisa e pisará. Decerto será forçado a uma análise de pontos fracos, pontos fortes, problemas e oportunidades. O candidato inteiro não poderá, nunca, ser o dono da bola, o dono do jogo e o dono das regras. Terá de respeitar o passado, adaptar o presente e preparar o futuro, sabendo que, ainda que muito difíceis em todos os momentos, os consensos são sempre a melhor forma de seguir em frente e de granjear prestígio e credibilidade para as instituições.
O candidato inteiro terá, em rigor, de ser uma equipa. De delegar, aproveitando as competências dos seus pares e as experiências e expetativas acumuladas. De partilhar o processo de decisão, reunindo-se do maior número de opiniões e, acima disso, da mais completa consciência dos projetos, das suas valências, das oportunidades que geram e do bem-estar que provocam.
Sim, porque o candidato inteiro terá de ser um jogador de equipa, um capitão que pisca o olho e não franze o sobrolho, que reconhece e se junta ao talento para gerir de forma aberta, horizontal, partilhada e transversal. E que mostra a todos e a todo o tempo os resultados, partilhando sucessos e ultrapassando dificuldades na comunhão de toda a tribo e nunca na solidão de um estribo.
Sejamos suficientemente sonhadores para perceber que ainda poderá haver candidato inteiro em muitas áreas da nossa vida e dos nossos interesses. Afinal, trata-se apenas de servir e de não se servir. Trata-se de reconhecer que o coletivo é sempre mais forte que a soma dos valores individuais, que os processos de decisão são tão mais fáceis quanto mais abrangentes, comungados e participados, que o que de bom foi feito deve ser acarinhado, mantido e estimulado, que as ideias estratégicas devem ser acompanhadas de discussões sérias e abalizadas, que o essencial das instituições são as pessoas que lhes dão forma, seja na medida da sua possibilidade não profissional, seja na agregação de conhecimento e prática do seu núcleo profissional.
Quanto mais sobe o helicóptero, mas nítida e global se torna a visão, mais fantástica é a paisagem, na diversidade que identifica, na pluralidade que é matriz, na integração que é desafio.
Para tudo isso é essencial um candidato inteiro. E inteiro.

Cartão branco
Se nos desportos coletivos a capacidade de união em torno de um objetivo comum é aspeto essencial, quando se fala de modalidades de competição individual é a resiliência, a perseverança, a consistência competitiva para, depois de se chegar aos patamares mais altos, por lá se manter durante anos a fio, que define os verdadeiros campeões.
De há alguns anos a esta parte, o judo terá sido dos desportos que mais evoluíram em Portugal, fruto de um trabalho concertado de organização e método, mas, sobretudo, de talento individual aproveitado ao limite.
Telma Monteiro é o rosto do judo português, sê-lo-á sempre na exata medida dos seus sacrifícios, da sua vontade, do seu talento e do seu sucesso. Uma super-campeã e um exemplo que merece uma vénia.

Cartão amarelo
José Mourinho é único. O caráter pessoal e intransmissível do treinador português de maior sucesso internacional é diretamente proporcional ao seu estigma com os árbitros, mesmo com os de maior prestígio no planeta futebol.
Expulso em Istambul por pretender que fosse assinalada uma grande penalidade a favor do seu Fenerbahçe (no jogo com o Manchester United), Mourinho acabou por cortar nas palavras após o jogo, mas sempre com a ironia característica destes momentos.
Clément Turpin é uma espécie de Mourinho da arbitragem internacional. O juiz francês, apesar de tudo, tem direito ao erro (como o tem o treinador luso). E jogo de competições da UEFA sem polémica não é jogo para o special one…"

A vila mais famosa do mundo


"A propósito da despedida de Léo, em 2016, numa partida entre Santos e Benfica, os clubes da vida do antigo lateral-esquerdo, A BOLA visitou a Vila Belmiro, «a vila mais famosa do mundo», como é chamada no Brasil.
E o fascinante da experiência de fazer uma visita guiada à casa do Santos é a sensação de estar a conhecer o Santiago Bernabéu, a casa do Real Madrid, e o campo pelado de um humilde clube de bairro, ao mesmo tempo.
Como o Bernabéu, a Vila testemunhou um conjunto ímpar de craques — Pelé, acima dos demais, mas também Feitiço, Pepe, Coutinho, Pagão, Dorval, Edu, Toninho Guerreiro, Serginho Chulapa, Giovanni, Robinho, Diego, Neymar ou Ganso — e um vasto catálogo de taças — duas Intercontinentais, três Libertadores, oito edições do Brasileirão, uma Copa do Brasil, cinco torneios Rio-São Paulo e 22 paulistas, fora outros títulos.
Mas, como os campos dos mais humildes clubes de bairro, o Estádio Urbano Caldeira, nome oficial da Vila, não passa, no fundo, de um apertado santuário na Rua Princesa Isabel, por entre prédios residenciais, mercadinhos, botequins, barbeiros e drogarias, de um lado e de outro.
Lá dentro, ao transpor, pé ante pé, o mesmo velho portão ferrugento que Pelé transpôs, a sensação é a de estar a entrar num mundo misterioso, mágico, encantado: numa salinha esquecida, por trás da pilha de equipamentos usados dos juvenis, uma fotografia do Rei, provavelmente original e de valor incalculável; numa despensa perdida, pás, vassouras, esfregões e, pelo meio, uma taça empoeirada conquistada numa noite longínqua qualquer num torneio em Cali, na Colômbia.
Entrar na Vila Belmiro, aliás, é como entrar naquele museu dos filmes À Noite, no Museu em que as obras de arte ganham vida, como Clodoaldo, aquele mesmo que inicia com um par de dribles a jogada magistral do 4-1 do Brasil à Itália na final de 70, e serve de cicerone da imprensa nas visitas guiadas ao estádio. A meio do percurso, salta, em carne e osso, Juary, o herói portista de Viena mas conhecido em Santos como membro da famosa equipa dos Meninos da Vila, a prever, entre risos, uma copiosa derrota encarnada frente ao Peixe em nome do amor ao dragão.
E, no final, o auge da experiência: no botequim em frente, joga às cartas, com mais três amigos, Coutinho, o maior parceiro de Pelé, que viria a falecer três anos depois do jogo de despedida de Léo.
Mas por que razão lembrar agora esta visita à vila mais famosa do mundo? Porque segunda-feira, depois de um inédito ano no degredo da Série B, se os deuses do futebol quiserem, o Santos ganha ao Ituano e a Vila Belmiro regressa à Série A."