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Galardões Cosme Damião 2025
5 minutos: Galardões... e Seleção!
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Entre Bielsa, Mujica e Pavlidis
Noite de Gala
Carregamos em nós o sonho do regresso ao Inferno
BolaTV: Entrevista - Pepa

sexta-feira, 21 de março de 2025

Galardões Cosme Damião 2025

Vencedores: Jogador do Ano: Otamendi
Jogadora do Ano: Lúcia Alves
Revelação Futebol: Carreras
Revelação Modalidades: Zé Miranda
Homenagem: Adolfo Calisto
Formação: Futebol, sub-15, sub-16 e sub-17
Atleta de Alta Competição: Ana Catarina
Casa do Benfica: Reguengos de Monsaraz
Projeto: CFT (Centro de Formação de Futebol)
Fundação: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Parceiro: Adidas
Inovação: APP Adeptos
Modalidades: Futsal feminino
Mérito e Dedicação: Shéu Han
Treinador do Ano: Norberto Alves
Carreira: Simões



"É com enorme honra e emoção que me dirijo a todos vós, nesta noite especial em que celebramos mais um ano de História e conquistas. Hoje celebramos o Benfica e agraciamos atletas, treinadores, equipas e projetos que nos fizeram sonhar e vibrar ao longo dos últimos 12 meses. Homenageamos, com orgulho, aqueles que mais se distinguiram ao serviço do nosso Clube. O maior clube do mundo. O que desperta uma paixão e uma dedicação inigualáveis em milhões de adeptos espalhados pelos quatro cantos do planeta. E, com indisfarçável vaidade, num espírito de enorme gratidão e reconhecimento, evocamos as nossas antigas glórias, aqueles que ajudaram a construir a História grandiosa do nosso Sport Lisboa e Benfica"
"O Benfica está de parabéns! Todos os nomeados estão de parabéns. Não foi fácil escolher os distinguidos desta noite porque, ao longo do último ano, foram muitos os títulos conquistados e inúmeros os atletas e equipas que se notabilizaram. Pese embora fique a mágoa de não termos conseguido o tão almejado 39, nos últimos 12 meses conquistámos 52 títulos coletivos, em seniores masculinos e femininos, no futebol e nas mais diversas modalidades. Sim, verdade, 52 títulos. Uma salva de palmas para todos os que contribuíram para este notável historial"
"Que a cada ano que passa, mais equipas e atletas justifiquem a honra de um Galardão Cosme Damião. E que continuemos, assim, com dedicação e paixão, a engrandecer o nome do Sport Lisboa e Benfica", vincou. "Este ano ficará marcado por dois feitos históricos, sobretudo tendo em consideração a dimensão do nosso país: atingimos a extraordinária marca dos 400 mil sócios e tornámo-nos no clube com mais associados do mundo. Um claro sinal da vitalidade do Benfica, da sua dimensão global e da sua grandiosidade. Que ninguém tenha dúvidas: a alma do Benfica são os seus sócios. São todos aqueles que, com paixão e compromisso, fazem crescer o Clube a cada dia, tornando-o mais forte e mais pujante"
"O ano ficará igualmente marcado pela aprovação dos novos Estatutos do Clube. Um marco fundamental na nossa História. Uma revisão que mereceu uma votação ampla e favorável, o que lhe confere uma inequívoca legitimidade. Trata-se de um passo decisivo no caminho da modernidade, no reforço do associativismo, para um Benfica mais preparado para os desafios vindouros. Um processo que deve ser motivo de orgulho para todos os Benfiquistas, pela enorme participação, pela transparência e pelo espírito democrático que presidiu a todas as discussões. Um processo que nos deixou, enquanto Clube, mais sólidos e mais coesos"
"O Sport Lisboa e Benfica encerra em si uma grandeza e uma vocação global e terá sempre de se assumir como um dos grandes da Europa, com estatuto e pergaminhos para disputar os grandes palcos internacionais. Importa, para isso, que o Clube, a par desta natural ambição de vencer, caminhe de mãos dadas com uma situação económico-financeiro robusta e equilibrada, que lhe permita fazer face a novos e constantes desafios bem como aos necessários investimentos no reforço da competitividade das suas equipas. E, neste plano, gostaria de deixar uma palavra de grande confiança a todos os Benfiquistas. As contas semestrais que recentemente apresentámos, do Clube e da SAD, em conjunto com a qualidade competitiva dos nossos plantéis e demais projetos desportivos, permitem-nos encarar o futuro de uma forma tranquila e serena, mas extremamente ambiciosa"
"Como referi, hoje celebramos o Benfica. Mas reafirmamos igualmente o nosso compromisso para com o clube que amamos. Se conquistámos já muito, e é verdade que conquistámos, não nos podemos acomodar com as vitórias alcançadas. Esta nossa Gala Cosme Damião é também o momento importante para projetarmos o futuro. Conquistado um troféu, importa, a partir desse momento, olhar única e exclusivamente para aquilo que podemos conquistar a seguir. Importa manter o foco e o compromisso para alcançar mais vitórias e mais conquistas. Importa perceber, a cada momento, a enorme responsabilidade que significa representar este clube. Um clube que nasceu para vencer. Para conquistar títulos. A nossa matriz genética, a nossa História, assim o exige. Gostaria, por isso, de deixar bem vincado este ponto: reforçar a ambição que se exige a todos aqueles que representam o Benfica, dentro e fora do campo. Não como algo imposto, mas sim como algo que cada um de nós deve compreender, interpretar e sentir de forma completamente natural. Porque Ser Benfica é um privilégio, mas também uma enorme responsabilidade. Envergar o Manto Sagrado é sinónimo de compromisso absoluto. É sinónimo de respeito por todos os ases que nos honraram no passado"
 "Entramos agora na reta final das épocas desportivas. Exigência máxima. Foco total. E obrigação de tudo fazermos para ganhar, para continuar a engrandecer este enorme clube. Esta é e deverá ser sempre a nossa missão"
"Nesta cerimónia de entrega dos Galardões Cosme Damião, celebramos também a imensa alma benfiquista e a nossa responsabilidade social. Gostaria, por isso, de destacar o trabalho notável da Fundação Benfica, que nos enche de orgulho e engrandece o nome do nosso clube. Quero evidenciar igualmente o papel fundamental das Casas do Benfica, verdadeiros embaixadores de benfiquismo, que fortalecem a nossa ligação a Portugal e ao mundo. É com grande satisfação que assinalo também o trabalho desenvolvido pelo Museu Benfica – Cosme Damião, que neste ano atingiu a bela marca de um milhão de visitantes, consolidando-se como uma referência incontornável no panorama cultural nacional. De igual forma, não posso deixar de realçar o contributo dos nossos parceiros, peças fundamentais no sucesso do Benfica, tal como, acredito, o Benfica também o é para o sucesso de quem caminha ao nosso lado. Uma palavra, ainda, de enorme reconhecimento a todos os colaboradores do Clube. Profissionais extraordinários que, com dedicação e paixão, trabalham diariamente para que o Benfica seja cada vez maior e mais glorioso"
"Deixo propositadamente para o fim uma importante e merecida referência para o que nos é de mais fundamental: os sócios e adeptos do Benfica. O Benfica é de todos vós, sócios do Sport Lisboa e Benfica. É difícil exprimir por palavras o quanto o vosso apoio, o apoio de todos os sócios e adeptos – constante, incondicional e apaixonado –, representa para as nossas equipas. E por isso não me canso de o dizer: juntos estaremos sempre mais perto da glória. Juntos venceremos e conquistaremos ainda mais. Juntos seremos melhores. Juntos continuaremos a elevar o nome do Sport Lisboa e Benfica. Continuem com o Benfica, lado a lado, nesta caminhada que acreditamos ser de sucesso. Juntos por mais títulos, juntos por mais conquistas. A todos e a cada um de vós, o nosso reconhecido agradecimento. Obrigado. Vivam os Benfiquistas! Viva o Sport Lisboa e Benfica!"

5 minutos: Galardões... e Seleção!

Terceiro Anel: Bola ao Centro #117 - Quem erra assim arrisca-se a ver navios!

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Zero: Tema do Dia - Os desafios de Fernando Gomes no COP

Zero: Saudade - S03E28 - «Tinha 29 anos, pensei que estava morto para o futebol e fui para o Benfica» | Parte 1

Entre Bielsa, Mujica e Pavlidis


"Pavlidis está, agora, a gozar os louros dos golos marcados, mas foi sempre o mesmo desde que chegou e não entrou por atalhos para chegar aonde queria

O prazer de ler e ouvir José Pepe Mujica, antigo presidente do Uruguai agora às portas da morte com cancro do esófago, ajudou-me a ultrapassar várias madrugadas sem sono e conduziu-me incontáveis reflexões, profundas ou superficiais.
Há na simplicidade, elegância e beleza das ideias do treinador argentino Marcelo Bielsa muitas semelhanças. São dois pensadores que obrigam qualquer um a parar, olhar para dentro e fora de nós e a pensar. Já vamos tendo pouco tempo para isso. Por isso, tropeçar neles, inesperadamente, numa entrevista ou numa conferência de Imprensa, é sempre uma oportunidade para nos enriquecermos.
Vem isto a propósito — talvez melhor fosse dizer a despropóstito — de Pavlidis, agora a gozar os louros dos golos marcados e a admiração dos benfiquistas.
A história do avançado grego é, como a de muitas de nós, feita de sacrifício e sem o conforto do privilégio. Não mostrou, em criança, grande pinta para ser jogador, ninguém lhe augurou, como reconheceu um dos primeiros treinadores dele numa recente entrevista à publicação reader.gr, um grande futuro nos campos, foi um produto do trabalho e dedicação, não se abateu quando foi viver com os pais para a Alemanha, manteve sempre a confiança de que triunfaria e custou-lhe a acreditar que tinha marcado três golos ao Barcelona na Liga dos Campeões.
Pavlidis também não teve um começo fácil no Benfica, atravessou jejuns forçados sem marcar golos, os maiores e mais desafiantes da carreira, e, no entanto, quem o viu jogar também nele sempre viu o espírito de quem não desiste perante as adversidades. Tem 26 anos e a pele grossa de quem já muito viveu e de quem sabe o que não pode faltar para termos sucesso.
Não há muito tempo lembrei-me de uma conferência de Imprensa de Bielsa, nem me lembro bem que clube treinava, isso importa pouco ao caso. Dizia ele que não nos deveríamos preocupar quando o nosso trabalho não é recompensado como deveria ser, afinal a injustiça é comum. Já deveremos ficar preocupados, defende Bielsa, quando se premeia algo que não é bom, por isso mostrar a todos que um atalho serve para alcançar um objetivo. E isso é prejudical a todos. Conseguimos identificar-nos todos com isto nas nossas vidas, não é sequer preciso fazer um grande esforço.
Na pré-época, Pavlidis desatou a marcar golos. E, por essa altura, muitos, nos quais me incluo, atalharam com preguiça para logo sugerir, sem sequer parar e refletir, que o Benfica poderia ter mesmo acertado na contratação de um avançado. Passados estes meses todos já serão poucos, mesmo correndo o risco de me voltar a atirar para fora de pé, a duvidar que Pavlidis é mesmo avançado para o Benfica e para ter custado €18 milhões.
O que, pelo menos, está à vista de todos é que Pavlidis foi sempre o mesmo desde que chegou e que não entrou em atalhos para chegar aonde queria. Terá mudado, provavelmente, a forma como olhamos para ele. Como poderia dizer Pepe Mujica, derrotados são aqueles que baixam os braços e se entregam. Também poderia dizer Pepe Mujica que não se vive de recordações, que se vive do futuro. Isto servirá tão bem a Pavlidis como a nós.
A glória de um goleador pode ser efémera, ninguém pode viver apenas do que fez. Vinte golos não são coisa pouca e o Benfica precisará sempre de mais golos de Pavlidis para ser campeão."

Noite de Gala


"Esta edição da BNews é dedicada a vários temas da atualidade benfiquista.

1. Marco alcançado
Renato Sanches, formado no Benfica, atingiu 50 jogos oficiais de águia ao peito.

2. Gala Benfica 121 anos
Realiza-se nesta noite, na Aula Magna em Lisboa, a Gala dos 121 anos do Sport Lisboa e Benfica, na qual serão revelados os vencedores dos Galardões Cosme Damião. O evento, com início agendado para as 21h00, tem transmissão em direto na BTV.

3. Agenda para sexta-feira
Em futsal, o Benfica recebe o Leões Porto Salvo às 21h00. Em voleibol, visita à Ala Nun'Álvares às 20h00.

4. Dois títulos em disputa
A Taça de Portugal de basquetebol decide-se no próximo fim de semana em Matosinhos, com as equipas masculina e feminina do Benfica presentes nas respetivas final four. Nas meias-finais, agendadas para sábado, a equipa masculina defronta o FC Porto às 16h00. E a equipa feminina mede forças com o GDESSA às 11h00.

5. Contributo internacional
Seis atletas do Benfica estiveram em ação pela seleção feminina de futsal.

6. O sonho do João
Uma iniciativa conjunta da Fundação Benfica e da equipa masculina de basquetebol do Benfica.

7. Dia do Pai
Veja as melhores imagens de uma iniciativa que juntou jovens da Benfica Escola de Futebol e os seus pais numa sessão de treino.

8. A não perder
Sábado, às 18h00, há Benfica-Sporting em futebol no feminino no Estádio da Luz a contar para os quartos de final da Taça de Portugal."

Carregamos em nós o sonho do regresso ao Inferno


"Como qualquer jovem adulto benfiquista, cresci a ouvir falar de uma figura quase mitológica chamada Luz, que tinha poderes quase sobrenaturais de se transformar num inferno para quem nela ousasse desafiar as papoilas saltitantes.
No imaginário contado pelos mais velhos ou visionado nas velhinhas cassetes VHS, essa imponente obra, criada pela resiliência dos benfiquistas, erguia-se perante os maiores astros do futebol, assistindo, pelos olhos dos 120 mil que a compunham, às maiores conquistas da nossa gloriosa história. Relatos não faltam na história da mais imponente obra do benfiquismo, mas falta transportar para a nova e moderna estrutura, que chamam de estádio do Sport Lisboa e Benfica, a chama de um templo que nunca se deveria ter apagado.
A velha Luz despediu-se muitas vezes despida, sem chama, sem arte e sem glória. A nova Luz trouxe uma ambição renovada na reconstrução de um gigante que passara 10 anos a lutar pela sobrevivência contra aqueles que apenas o queriam desmantelado. Com ela, voltaram os títulos, as noites gloriosas da Champions e os artistas, acrescidos das luzes, do Farol, dos smartphones, das redes sociais e das leis restritivas para os adeptos, que alteraram a realidade do que, até então, mais não era do que um sonho de menino: ver os seus ídolos a poucos metros de distância.
O ambiente na Luz em contexto de jogo tem sido um dos temas mais debatidos na realidade benfiquista. O clube conseguiu algo que poucos imaginavam há alguns anos: a Luz tem lotação praticamente esgotada em todos os jogos, as receitas de match day estão em máximos históricos, num país distante da realidade económica de outras geografias, e a taxa de ocupação média coloca o Benfica a nadar num lago exclusivo de tubarões.
Chegados a este ponto, combatida a abstenção, que foi real durante muitas épocas, e com a procura em claro crescimento, urge lançar para discussão o ambiente que outrora era ensurdecedor e contagiante, mas que se tornou quase teatral. Este tema terá de ser discutido sob dois prismas indissociáveis: o Benfica e o sócio/adepto do Benfica.
O Benfica deverá:
• Liderar o processo de reversão das leis restritivas aos adeptos, como os setores limitados e a proibição de bandeiras com tamanho 1x1, faixas, tambores e outros objetos de apoio à equipa. Com a legislação vigente, perdem-se a cor, o som e a magia de um estádio de futebol, privando a Catedral da Luz de espetáculos memoráveis que, hoje em dia, apenas podemos ver noutras latitudes. O argumento utilizado da prevenção da violência no desporto não faz o mínimo sentido, nem os próprios dados analíticos demonstram qualquer relação causa-efeito.
• Ser interlocutor com os grupos organizados de adeptos (GOA), fazendo-os perceber a sua importância como líderes do apoio no estádio e apelando à única razão da sua existência: o Sport Lisboa e Benfica. Sobre este tema, muito haveria para escrever, mas vou-me cingir ao que está escrito no nosso emblema: “E Pluribus Unum”, expressão latina que é o lema do nosso clube e que devemos preservar e aplicar na tentativa de darmos o máximo contributo para o sucesso das nossas equipas. Esta parceria é, na minha opinião, um trigger fundamental para rapidamente melhorar o ambiente, que chega a ser sepulcral no nosso estádio.
Ao mesmo tempo, os sócios e adeptos do Benfica devem consciencializar-se de que, em todos os dias, devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para engrandecer o clube e que, em dia de jogo, podemos dar um apoio importante, fazendo com que a nossa equipa entre sempre a ganhar, quer na Luz, quer em todos os estádios onde se desloca. O Benfica é a razão irracional da nossa paixão.
Com estas e outras ações, que deverão ser desenvolvidas em estreita colaboração com os seus adeptos, podemos ter de volta aquele que muitos ainda chamam de Inferno, mas que, muitas vezes, mais parece uma sala de espetáculos insípida e descaracterizada.
Como disse o grande Carlos Mozer:
"Quando fomos entrar em campo, aquilo foi um estrondo tremendo e, quando olhei para trás, só estava eu dentro do campo. Os meus colegas estavam todos em baixo, na saída do túnel, e eu chamava-os, mas eles não queriam vir e diziam-me:
- Calma Mozer que isto vai acalmar.
E eu falei:
- Aqui não vai acalmar nada, isto aqui é o inferno da Luz!”
Não nos pudemos resignar à realidade vigente sem nada fazer para a alterar. Recuperemos juntos o nosso Inferno da Luz!
Viva o Glorioso!
Viva o Sport Lisboa e Benfica!"

BolaTV: Entrevista - Pepa

João Almeida 'bota lume', mas depois... apaga-se


"Português saiu da Paris-Nice com empolgante triunfo em etapa e uma... gripe. Uma vitória, que lhe é escassa para as corridas já disputadas esta temporada (19) e a ambição com que as enfrentou

João Almeida saiu da Paris-Nice com uma vitória em etapa e uma... gripe. Depois de empolgante triunfo ao quarto dia, superando a estrela Jonas Vingegaard, o português não voltou a estar nem perto de mais sucessos e foi baixando de rendimento e na classificação para terminar a Corrida ao Sol (bastante fria e chuvosa) em modesta sexta posição. De menos, para quem ambicionava, no mínimo, o pódio. O corredor disse que adoecera nos últimos dias, e por esse motivo, assim com justificação, não conseguiu manter o nível do desempenho.
Uma vitória, que lhe é escassa para as corridas disputadas esta temporada (19) e a ambição com que as enfrentou. Almeida tem talento e equipa para mais do que já conquistou em 2025. Apontado ao triunfo à geral na Volta à Comunidade Valenciana, deixou-o fugir em apenas 500 metros, com mérito do adversário (Santiago Buitrago), mas também lapso, por distração, próprio.
De permeio, com a participação, sem pressão, na Clássica da Figueira (16.º), João Almeida esteve na Volta ao Algarve outra vez a visar a vitória, mas foi só, tanto à geral, como na etapa da Fóia.
E se nesta última, ao concedê-la a jovem companheiro de equipa, pode até ser-lhe elogiosa, na luta pela camisola amarela, erro na gestão de esforço no contrarrelógio decisivo (perdeu demasiados 40 s em 17,5 km planos, para recuperá-los em 2,5 km do Alto do Malhão), que deve partilhado, em grande parte, com o diretor desportivo, por não o ter orientado a partir do carro de apoio, fê-lo desperdiçar outro êxito que estava bem seu ao alcance."

DAZN: F1 - Antevisão - China...

Zero: Afunda - S05E48 - Os círculos de candidatos

quinta-feira, 20 de março de 2025

Dia do Pai - uma homenagem muito especial!

Dia do Pai - Roger...

Vermelejos!!!

Filhos e Pais !!!

Delibašić...

O Cantinho Benfiquista #203 - Faltam 9 Finais

Kanal: Carrega...

Temos equipa para fazer a dobra


"Há muito que «levantar a cabeça e pensar no próximo jogo» se tornou uma máxima repetida no desporto, mas nunca como agora me pareceu tão importante. Não fui confirmar as estatísticas, mas a sensação que tenho é a mesma que tem sido manifestada por muitos treinadores quando se queixam de não ter tempo efetivo para treinar. Às vezes parece uma desculpa mal amanhada para ganhar o tempo que não se tem junto de direções e adeptos, e talvez seja em alguns casos, mas o facto é que o corrupio de jogos é mesmo real e o tempo de qualidade se tem tornado cada vez mais escasso. Num futebol tão mercantilizado, o tempo é a única coisa que não conseguimos comprar ou vender no mercado de transferências, e a nova economia da atenção irá agudizar o problema, com o consumo de futebol reduzido gradualmente a micromomentos que produzem ídolos superficiais e escondem muitos heróis do quotidiano.
Para o Benfica, de quem se espera tudo, e que continuava em todas as frentes até há poucos dias, a época traduziu-se em séries infindáveis de partidas de elevada importância, umas após as outras, com pouco mais de 72 horas a separar um jogo do outro, um teste à competência e ao endurance de um plantel com alguma profundidade e muita qualidade em potência. Sobre este assunto, acho que é devida uma palavra ao treinador do Benfica, pelo desempenho que tem tido e pelo desafio que abraçou num momento em que muito poucos quiseram arriscar. A Bruno Lage deve exigir-se tudo, e o próprio saberá disso, ou não fosse ele benfiquista. Mas podemos juntar a esta exigência saudável uma certa dose de apreço por estarmos a chegar a abril em condições de vencer três troféus esta época, apesar de um planeamento desportivo errático e lacónico, sem uma liderança clara e com processos de decisão bastante opacos. Bruno Lage tem sabido operar nestas circunstâncias.
Não foi perfeito em todas as decisões, mas tem conseguido utilizar as armas ao dispor para garantir quase sempre um resultado positivo e até encontrar novas soluções. Sim, continuamos a criar muitas ocasiões de golo que esbarram em problemas de finalização, mas foi esta mesma equipa que ajudou Pavlidis a reencontrar o caminho da baliza. E este não é o único exemplo. Até arrisco dizer que é um traço dominante do atual plantel.
Não me parece que vençamos frequentemente pela enorme consistência de cada um dos jogadores disponíveis, mas antes pela capacidade que temos de ir trabalhando com os seus altos e baixos. É verdade que Kokçu nem sempre decide bem, mas as decisões acertadas que tem tomado criam muitas das ocasiões de golo da equipa. É verdade que Akturkoglu tem estado longe do nível exibicional demonstrado quando chegou a Portugal, mas também é verdade que foi ele quem no último domingo entrou para decidir o jogo, mais um, e é verdade que os números produzidos pelo jogador turco fazem desta uma das melhores épocas da sua carreira, numa liga portuguesa que, sendo de segunda divisão, é ainda assim superior ao futebol praticado na Turquia. No entretanto, em dias menos bons de um ou de outro, apareceram Schjelderup, Barreiro e outros. Não é o plantel que a maioria de nós idealizaria, mas tem levado água ao moinho, mostrando uma capacidade interessante para fazer a dobra a quem esteve menos bem ou fora por lesão.
Talvez a melhor definição deste estado de alma em movimento de acordeão possa ser observada no papel de Di María e no modo como muitos adeptos reagiram à sua presença e à sua ausência. Um Di María saudável é sempre um dos melhores, senão o melhor jogador deste plantel. Decide jogos e fá-lo sempre recorrendo a uma apetência estética que é a única forma que conhece. É um dos favoritos da maioria e sabe disso, motivo pelo qual ninguém, começando pelo próprio, imagina um Di María no banco.
Por outro lado, com a lesão do argentino, a equipa foi obrigada a procurar outras formas de chegar à baliza adversária. Perdeu alguma dessa dimensão estética que o próprio Lage preconiza, mas não perdeu capacidade de marcar golos e ganhar jogos. No entretanto, ganhou força uma corrente segundo a qual a equipa do Benfica até joga melhor sem ele, um contrassenso apenas admissível até Di María voltar a estar em condições de jogar. Tudo isto acontece por um bom motivo. A culpa deste acordeão é de uma equipa que tem sabido fazer a dobra.
Conhecendo o plantel, não me espantou muito que tivéssemos encontrado finalmente o nosso limite numa eliminatória da Liga dos Campeões ensanduichada entre jogos da Liga e da Taça de Portugal. Aceito perfeitamente as competições internas e quero que o meu clube as vença, mas não consigo evitar alguma irritação romântica perante a necessidade de conjugar jogos de dimensão nacional, muitas vezes pobres, com o tipo de palcos em que o Benfica devia atuar mais vezes e com ambições mais legítimas.
Em Barcelona, alguns jogadores nucleares acusaram cansaço frente a um adversário que não perdoa, e acabámos manietados por uma equipa que, sendo global e individualmente superior, pareceu ao alcance do Benfica nos primeiros dois jogos que fizéramos contra eles. Houve um jogador que me chamou a atenção, pela negativa. Florentino, um dos melhores centrocampistas da Champions, fez uma exibição apagada em Barcelona, longe do epíteto de polvo que lhe foi justamente atribuído.
Dias depois, somou-lhe um erro incaracterístico em Vila do Conde que quase nos custou dois pontos. Se é motivo para alarme? É motivo para toda a gente continuar em alerta, mas fundamentalmente continuarmos a apoiar esta equipa sem hesitação. Nem estes dois jogos definem a qualidade de Florentino, para mim um dos melhores deste plantel? nem tudo dependerá dele. Acredito que os colegas, como até aqui, saberão ir fazendo a dobra.
O Benfica tem demonstrado ser a melhor equipa em Portugal, mesmo com as suas inconsistências. Não diria que esta equipa me enche as medidas, mas tem dado algum conforto pela capacidade de responder a diferentes momentos dos jogos realizados. Quanto ao teste final, que comprovará de forma impiedosa se o trabalho de equipa técnica e jogadores foi ou não realizado de forma competente, acontecerá nos próximos dois meses e meio. A minha avaliação nessa altura será tão resultadista quanto a do leitor, mas penso que é possível tirar algumas conclusões parciais, e essas são estruturalmente positivas. Chegamos a esta fase da época com maturidade competitiva e sentido coletivo suficientes para acreditar que isto nos vai sorrir."

Benfica: de volta à realidade


"Esfregar os olhos e voltar à realidade. Tão simples quanto isso. É tempo de virar a página e pensar no título e na Taça de Portugal, os importantes troféus em disputa.
O Benfica apareceu em Vila do Conde renovado e sem ponta de frustração europeia, atacando um jogo previsivelmente difícil sem hesitar. Pressão alta, ritmo forte e a bola a rondar a baliza do Rio Ave, ameaçando entrar em repetidas ocasiões. Os regressos de Carreras e Bruma deram vida nova ao lado esquerdo, para onde a influência atacante da equipa derivou. Amdouni, voltando ao onze, foi outra aposta ganha, contracenando com Aursnes entre a direita e o apoio a Pavlidis.
A primeira parte foi surpreendentemente boa e rápida, mesmo depois de um exigente jogo europeu e terá sido das melhores da época. As oportunidades sucediam-se, mas nada parecia capaz de mexer o resultado. Até que, cá vai disto, terá pensado Kokçu, honrando a sua condição de atirador de longa distância. Magnífico o golo do turco, misturando potência com perícia, na conta certa. Um recurso valioso, o remate à distância, para quem defronta defesas recuadas e que abriria finalmente a contagem, quando já se temiam cenários recentes de muito investir e pouco colher. A segunda parte começava com novo golo, que espelhava melhor o domínio exercido.
Porém, ninguém previa o que viria depois. Um livre frontal, resultante de falta talvez escusada, reduziu a diferença. Logo depois, um excesso de pouco zelo em zona proibida, ofereceu o empate. O caldo parecia entornado... Há já algumas semanas assinalei aqui que os golos muitas vezes sofrem-se aos pares, e em pouco tempo, tal o efeito que provocam, moralizando quem marca e afetando quem sofre. Num instante a situação inverteu-se e com substituições frescas, ainda feitas de acordo com o contexto anterior positivo. A verdade é que, mais uma vez, valeu que quem entrou fê-lo a todo o gás. Pouco tempo passado o irrequieto Belotti encaminhava o ataque, descobrindo Aursnes, que por sua vez libertou Akturkoglu na área para marcar. Um golo que reequilibrou a equipa e que valeu uma justa mas sofrida vitória.

UM QUASE GOLO
O recente duelo madrileno para a Liga dos Campeões ilustra bem como tudo pode acontecer da marca dos onze metros. Vinícius Júnior, considerado por muitos um dos melhores da atualidade, nem na baliza acertou, quando dispôs do momento que podia ter resolvido a eliminatória. Sorte e competência técnica ou azar e desacerto? Tudo é possível quando se depende de uma só ação técnica e de um único segundo.
A conversão ou falhanço de um penálti é um tema frequentemente falado, mas pouco explicado. O momento mais crítico está no pé e no controlo mental daquele que é responsabilizado para converter o que todos consideram um quase golo. A falada competência ajuda, mas está muito longe de ser tudo...Julián Álvarez, outro excelente avançado, foi igualmente protagonista no mesmo desempate, mas por razões diferentes. A anulação polémica do seu penálti, por ter escorregado e ao que parece tocado duas vezes na bola, promete durar.
Mas ainda houve mais: diz-se que o futebol é momento e Ancelotti expressou isso mesmo com uma substituição de última hora. Decidiu poupar o antes designado Endrick, escolhendo Rudiger, cujos talentos nada combinam entre si. A experiência e descaramento do central alemão ganharam, na cabeça do treinador, ao potencial, talvez inibido pelo momento, do prodígio brasileiro. Foi então Rudiger o autor do mais atabalhoado remate da noite, mas ironicamente o que valeu a vitória. A bola lá entrou a custo, com a ajuda do poste. Só podia acabar assim, uma noite de desempate invulgar.

GESTÃO DA DOR
As substituições frequentes de Tomás Araújo davam conta, já há algum tempo, de que a sua gestão física era preocupação da equipa técnica responsável. Não conheço exatamente do que sofre, mas mais uma vez volto ao que vivi, curiosamente no ano em que mais golos marquei ao serviço do Benfica. Jogava sempre, mas treinava menos que os meus companheiros, sendo poupado pelo menos na sessão anterior e na seguinte a cada jogo. O obrigatório gelo e o sistemático Voltaren, ajudavam, mas não curavam. A minha tendinite rotuliana haveria de arrastar-se, só interrompida aquando da minha fratura sofrida em Kiev. Afinal nem tudo foi mau nessa noite frente ao Dínamo, porque a longa paragem a que fui obrigado acabou por, pelo menos, curar a lesão anterior. Para grandes males grandes remédios...
Voltando a Tomás Araújo faz todo o sentido que na pausa das seleções nacionais se intensifique o tratamento e se interrompa ou modere o treino. Ocupando ele uma posição fragilizada da equipa, será vital que, na fase decisiva do campeonato, Bruno Lage conte com ele mas em melhor condição."

O prazer de sofrer?


"Sofrer em qualquer caso, assim parece ser este Benfica. Depois de uma eliminatória discutida na Liga dos Campeões frente a um “super-Barcelona,” que foi superior desta vez, há que o reconhecer, o regresso à Liga tinha perigos, pois Vila de Conde nunca foi fácil e as equipas de Petit são sempre competitivas. Mas não foi a chuva, o vento ou o Rio Ave que trouxeram as dificuldades, mas o Benfica, que parece ter prazer em sofrer para ganhar jogos que tinha tornado fáceis.
Depois de uma primeira parte onde só o golaço de Kokçu furou a ineficácia reinante (depois de 10 remates à baliza e 8 oportunidades de golo desperdiçadas?!) e, até à hora de jogo, o domínio e o desperdício foram evidentes, na falta de emoção, o Benfica decidiu animar o jogo e o Rio Ave que, com muita sorte e algum mérito, conseguiu o empate.
Lage, sendo o treinador, está certo ao querer ver o “copo meio cheio” e ao sublinhar a reação às dificuldades, mas agora que o Benfica está a tempo inteiro nas competições nacionais, é bom que mantenha a versão Champions, com foco e concentração nos noventa minutos, pois o calendário é difícil, o adversário parece competitivo e a luta pela permanência promete tornar qualquer jogo exigente, sem esquecer que o campeonato até pode vir a ser decidido pela diferença entre golos marcados e sofridos e aí, ontem, como com o Boavista e o Nacional, o Benfica perdeu uma ótima oportunidade para a reforçar. Que esta pausa permita um recentrar, reorganizar e voltar com toda a força, pois será necessário..."

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Os rumores que vão agitar o mercado nacional

Mata Mata - Bruno Andrade: Histórias do Futebol e a Paixão pelo Jornalismo

Zero: Negócio Mistério - Episódio Especial | Holandeses no Barcelona

Resultados semestrais divulgados


"Nesta edição da BNews, destaque para a divulgação, pela primeira vez, das contas semestrais do Sport Lisboa e Benfica e para a entrevista concedida por Nuno Catarino, vice-presidente do Conselho de Administração da SL Benfica SAD e CFO do Clube, sobre as contas e sobre o plano estratégico da SAD e do Clube.

1. Plano ambicioso
Em entrevista à BTV e ao JN, Nuno Catarino, vice-presidente do Conselho de Administração da SL Benfica SAD e CFO do Clube, revela aspetos estratégicos e objetivos de negócio da SAD e do Clube.
"Chegar aos 500 milhões de receita em 5 anos" é um dos objetivos preconizados.

2. Contas semestrais apresentadas
De forma inédita, o Sport Lisboa e Benfica divulgou os resultados do primeiro semestre do exercício de 2024/25, dos quais sobressai o resultado operacional da atividade isolada do Clube de 6,4 milhões de euros e, com MEP e respetiva influência da atividade da Benfica SAD, de 34,6 milhões de euros. O aumento de 6% das receitas de quotização e a diminuição de 7% dos gastos operacionais são outros dos dados em destaque.

3. Treinador do mês
Os treinadores da Liga Betclic elegeram Bruno Lage como o treinador do mês de fevereiro.

4. Distinções
Em votação dos treinadores da Liga Betclic, Pavlidis e Tomás Araújo foram eleitos, respetivamente, avançado e defesa do mês de fevereiro.

5. Renovação de contrato
João Fonseca, defesa-central de 18 anos, prolonga até 2030 a ligação contratual ao Benfica. "Acaba por ser uma renovação da responsabilidade que tenho de continuar a ter e de fazer tudo para conseguir atingir os meus objetivos e os do Clube", afirma.

6. Triunfo no hóquei
O Benfica ganhou por 1-5 na visita ao Riba d'Ave.

7. Dia do Pai
Os filhos de Eusébio, Coluna, Torres, Bento, Chalana e Pietra expressam o seu sentimento de gratidão imensa: "Obrigado, pai, por tudo o que fizeste pelo Benfica!"

8. Galardões Cosme Damião
Está encerrada a votação. Inserido nas comemorações dos 121 anos do Clube, vão ser entregues os Galardões Cosme Damião aos que mais se destacaram no último ano, numa cerimónia agendada para 20 de março, quinta-feira, e que terá como palco a Aula Magna, em Lisboa.

9. Fundação Benfica
"Um dia que ficará gravado na memória", uma ação conjunta da Fundação Benfica e do plantel da equipa masculina de futsal do Benfica.

10. 17.ª Corrida Benfica António Leitão
Estão esgotadas as inscrições para o evento a realizar no próximo fim de semana.

11. Futebol de iniciação
A Benfica Escola de Futebol da Marinha Grande organizou a mais recente jornada da Liga Benfica – Zona Centro, na qual participaram 126 jogadores. E foram vários os Centros de Formação e Treino do Clube em atividade no Benfica Campus, totalizando 205 participantes.

12. Título em análise
As Sub-17 de futsal do Benfica conquistaram o hexacampeonato distrital.

13. Lançamento de caderneta
Veja as melhores imagens do lançamento da caderneta de cromos 2024/25 do futsal benfiquista."

O caminho e o fim da arbitragem no futebol profissional


"Não há muito que se possa dizer em relação ao tema arbitragem que já não tenha sido dito por muitas outras pessoas.
Convém contextualizar: os árbitros são os patinhos feios desde sempre. Foram inventados para tentar dar ordem ao caos que era o jogo jogado sem regras nem limites. A ausência de ordem era compensada pelo prazer puro do jogo, pela liberdade total das peladas desorganizadas, que só terminavam quando anoitecia ou quando o dono da bola ia para casa. Mas o entusiasmo crescente, o aumento do número de praticantes, a fundação de alguns clubes e o início de competições locais criaram a necessidade de introduzir a figura de um vigilante, alguém que zelasse pelo cumprimento de regras básicas.
Daí para cá é o que se sabe. A diferença é que os desmancha-prazeres passaram a ser corruptos e ladrões. Hoje é tudo diferente. A classe está sob constante fogo cruzado, onde cada lance, cada decisão apertada, é esmiuçada frame a frame.
É nesta selva tecnológica que moram aqueles que ainda têm a coragem de abraçar esta carreira. A tal minoria, que assume o risco de fazer, em detrimento da maioria que prefere criticar — vá lá, inscrevam-se, tirem o curso e venham para este lado.
Há duas formas de olharmos para a classe dos árbitros, para o seu papel no futebol: uma mais intrínseca e outra que vem de fora para dentro.
Clubes, adeptos, Imprensa, todos esperam uma única coisa das arbitragens: boas decisões. E isso faz todo o sentido! De facto, o que se pretende é que exista justiça, muito acerto, poucos erros e zero impacto na verdade desportiva. Certíssimo!
Do lado de dentro, do nosso lado, esse objetivo é fundamental, naturalmente, mas o caminho percorrido para lá chegar é ainda mais importante. Não conta só o resultado, mas a forma como ele é alcançado.
Reparem: existem cerca de quatro mil árbitros no ativo em Portugal. Têm idades e personalidades diferentes, experiências e maturidades distintas. Uns têm mais propensão física, outros mais destreza psicológica. Uns são mais emotivos, outros mais pragmáticos. Uns são mais introvertidos, outros mais sociáveis. Uns estão mais motivados, outros apenas conformados.
Gerir tanta gente com tantas sensibilidades, oriundas de realidades sociais e regionais contrastantes, não é fácil. Pior ainda é conseguir afunilar pela qualidade, sem ferir a necessidade de termos árbitros em todos os jogos de todas as competições — e são tantas no País.
O desafio é tremendo mas possível, se aplicado com rigor um plano estratégico de ação, faseado no tempo.
O futebol português, tal como o que se joga em todas as outras ligas do mundo, nunca terá arbitragens perfeitas. Haverá erros, alguns dos quais comprometedores e impactantes. Ontem, no dia anterior, na semana passada e na semana antes dessa isso aconteceu. Aconteceu com decisões dos árbitro e com decisões de jogadores de topo, que redundaram em golos dos adversários. Custa, mas faz parte. É o preço da humanidade.
A boa notícia é que, na arbitragem, é possível atenuar essa falibilidade. Os erros podem diminuir, os acertos podem aumentar e, mais importante, a perceção de credibilidade dos próprios árbitros, a sua imagem e autoridade, pode ser melhorada.
O novo Conselho Nacional de Arbitragem tem em mãos um plano pensado para três ciclos (doze anos), que terá seguramente todo o apoio, em termos de investimento, da Federação Portuguesa de Futebol. Terá por isso todas as condições e meios para criar uma nova arbitragem, um novo modelo de árbitro português, um antes e um depois.
O futebol agradece. Os árbitros também."

As lágrimas dos ‘Pretorianos’


"Bastaram dois dias do julgamento da Operação Pretoriano para se perceber que todos os arguidos são, aos olhos deles, inocentes. De facto, até haver uma decisão da juíza e a sentença transitar em julgado, ninguém é culpado de nada, mas os factos que começam a surgir a público dão-nos uma imagem preocupante sobre o comportamento de uma minoria de adeptos, alguns sem vínculo associativo ao FC Porto, que para manterem os seus privilégios régios e o controlo sobre a venda de bilhetes não hesitava em recorrer à violência verbal e física sobre outros sócios.
Isto acabou com a reformulação do protocolo com as claques feita pela SAD e a implementação de um sistema de venda de ingressos que privilegia os sócios mais assíduos aos jogos da equipa e desce a escada de uma forma lógica até chegar ao sócio que, por diversos motivos, só ocasionalmente vai ao Dragão.
O circo montado à porta do tribunal, com lágrimas, quebras de tensão e a tentativa de driblar as provas, não serve de consolo a quem covarde-mente foi agredido na AG de 13 de novembro de 2023, mas pelo menos abre a estas vítimas a esperança de que a justiça cumpra o seu dever: condene quem merece ser condenado e ilibe quem entende que tenha de ser ilibado.
Até à sentença, o FC Porto nunca viverá a paz que realmente deseja, porque a Operação Pretoriano é um tema que divide a família azul e branca – de um lado os que apoiaram Pinto da Costa, do outro os apoiantes de Villas-Boas. No entanto, não foi nada disso: foi violência pura e gratuita com premeditação e vergonhosas jogadas de bastidores."

Futebol sem adeptos


Fernando Urbano, in A Bola

Justa causa desportiva


"Pacta sunt servada é um brocardo usado no mundo jurídico que significa que os acordos devem ser cumpridos. Tal como acontece na relação entre trabalhador e entidade empregadora, também entre atleta e respetivo clube existe o dever de cumprir os contratos. Por regra, o contrato só pode cessar quando atingir o termo ou, em momento anterior a esse, mediante acordo.
Sem prejuízo deste princípio geral, qualquer das partes pode fazer cessar o contrato de trabalho se algum dos deveres estabelecidos for incumprido. Nesse caso, tem a parte contra a qual o dever foi desrespeitado o direito a fazer cessá-lo com justa causa, sem ter de pagar indemnização à outra parte. Um caso clássico é a falta de pagamento da retribuição, que dá ao trabalhador o direito a resolver o contrato com justa causa; ou um determinado número de faltas injustificadas, que dá ao empregador o direito de cessar a relação contratual sem consequências.
Mas se as partes estiverem sujeitas à aplicação das regras definidas no Regulamento do Estatuto e Transferências dos Jogadores da FIFA, têm ainda de ter em atenção uma especial circunstância de justa causa para o jogador fazer cessar o contrato de trabalho: a justa causa desportiva. Diz o artigo 15 do referido Regulamento, em suma, que um jogador que, durante uma época, tenha jogado em menos de 10% dos jogos oficiais pode fazer cessar o contrato com justa causa desportiva (analisada caso a caso).
Nesta situação, não existirão consequências desportivas para o jogador (embora possa ter de pagar indemnização ao clube), sendo que o recurso a esta possibilidade deve ser exercido 15 dias após o último jogo da época disputado pelo clube pelo qual está registado."

Marta Vieira da Cruz, in A Bola

O repertório de Neymar após o seu retorno ao Brasil: uma análise neurocientífica


"O retorno de Neymar ao Santos levanta questões sobre adaptação, desempenho e riscos físicos. Do ponto de vista da neurociência, sua volta envolve fatores como neuroplasticidade, tomada de decisão, impacto emocional e risco de lesões.

Adaptação e Neuroplasticidade
Após 12 anos fora do Brasil, Neymar retorna a um futebol com características diferentes. No PSG, ele participava de 49,2% das jogadas ofensivas; no Santos, esse número já ultrapassa 60%. O futebol brasileiro exige ajustes cognitivos e motores devido ao ritmo mais físico e menos estruturado. A neuroplasticidade, capacidade do cérebro de se reorganizar, facilita essa transição, mas não é instantânea. Neymar precisa recalibrar sua leitura de jogo, reação a estímulos e dinâmica de equipe.

Tomada de Decisão e Experiência
Aos 32 anos, Neymar tomou em média 1,9 decisão por segundo nos jogos recentes, contra 2,3 nos tempos de Barcelona. Isso indica uma abordagem mais estratégica e menos impulsiva. Sua taxa de passes certos no Santos é de 84,5%, superior aos 80,2% de sua última temporada no PSG. Essa maturidade melhora a eficiência cognitiva, permitindo que ele distribua melhor o jogo sem sobrecarga física.

Pressão e Impacto Emocional 
O retorno ao Brasil gerou um aumento de 37% nas menções a Neymar na mídia esportiva. A expectativa da torcida e da imprensa ativa circuitos neurais do estresse. A amígdala processa essa carga emocional, enquanto o córtex pré-frontal regula impulsividade e controle emocional. Até agora, Neymar converteu essa pressão em desempenho, com 3 gols e 3 assistências em 7 jogos, mas sua resiliência será testada ao longo da temporada.

Lesões e Risco Neuromuscular
Nos últimos três anos, Neymar sofreu 9 lesões que o afastaram por mais de 30 dias cada. Isso alterou seus padrões motores, elevando o risco de novas contusões. Sua recente lesão muscular na coxa esquerda o tirou da seleção e pode indicar sobrecarga. O risco de recorrência em jogadores com histórico similar ultrapassa 60%, exigindo um gerenciamento rigoroso da carga física.

Neymar voltou mais experiente e eficiente, mas sua adaptação não está isenta de desafios. Com 61,1% de aproveitamento do Santos desde sua estreia, sua presença é decisiva, mas o sucesso dessa fase dependerá do equilíbrio entre desempenho técnico, controle emocional e gestão física. Sem isso, o impacto positivo pode ser comprometido pelo histórico de lesões."