"Por cá, não há boxing day. O boxing é outro, ora protagonizado nas redes sociais e não só. Este ano, o boxing day inglês brindou-nos com grandes jogos. Derrotas do surpreendente líder Leicester, desastres do Arsenal e do Man. United, empate do Chelsea com novo técnico e a 2 pontos da linha de água. Dois dias depois, nova jornada. Só mesmo na Inglaterra, onde escasseia o lugar para fitas, espertezas e saloices. Assim sim: viva o futebol!
Por cá, o ano acaba com a excitante Taça da Liga. A tal que é aparentemente desprezada por FCP e SCP, enquanto não a ganharem. A corrida ao ouro televisivo aí está em todo o seu esplendor, o ano termina com uma invejável distinção internacional para as estruturas de formação do SLB.
E, para começar o novo ano, com matéria para informar, especular e discutir, lá vem mais um mês de bons retornos para os intermediários do futebol. Compra-se e vende-se a retalho e por atacado, a pronto pagamento e por fatias, spot e no mercado de futuros, por generoso empréstimo e por cedência parcial do passe, que não do atleta.
2016, ano de Europeu, agora tão democratizado que quase só lá faltam as Ilhas Féroe e o renegado Platini (finalmente...). Pena ser em França, onde não costumamos ser felizes, ainda que levando Eliseu. Por falar em Eliseu, falta a Holanda apesar de Hollande lá estar. E também não haverá árbitros portugueses. Alguém se admira por isso?
Em 2016, prevejo que se escrevam tratados sobre a bola na mão e a mão na bola, assim como a arte de cotovelar e de se fingir cotovelado ou com dor de cotovelo. Talvez assunto para uma próxima crónica."
Bagão Félix, in A Bola
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