"Ninguém percebeu nada do que se passou naqueles poucos minutos na Choupana em outubro, mas quando se olha para lá dos resultados, facilmente se percebe que foi fora de casa que o Benfica passou por piores momentos na Liga, o último dos quais nas Aves. A exceção é o bom jogo do Vitória de Guimarães na Luz, onde até o FC Porto sofreu um resultado com 40 anos.
O futebol do Benfica melhorou, mas ainda não estabilizou. Bruno Lage encontrou um onze, não se sabendo ainda se iniciou nas Aves um processo de rotação ou se essas mudanças que aplicou na equipa titular foram episódio que dificilmente vamos ainda ver.
Apesar dessa estabilidade no onze não há ainda uma consistência nas exibições, mais visível no tipo de desafio que os encarnados enfrentam nesta quinta-feira.
Já o escrevi antes e se volto ao argumento é porque o Benfica ainda não encontrou solução para algo que me parece cada vez mais evidente, pela sua recorrência.
Foi isso que, por fim, derrubou Schmidt e foi isso que retirou algum momento ao Benfica nesta fase. Lage encontrou alguns caminhos para a felicidade - o mais evidente frente ao At. Madrid que, ironicamente, se perdeu no nevoeiro que atirou o confronto com o Nacional para um dezembro congestionado no reino das águias.
Ninguém percebeu nada do que se passou naqueles poucos minutos na Choupana em outubro, mas quando se olha para lá dos resultados, facilmente se percebe que foi fora de casa que o Benfica passou por piores momentos na Liga, o último dos quais nas Aves. A exceção é o bom jogo do Vitória de Guimarães na Luz, onde até o FC Porto sofreu um resultado com mais de 40 anos.
Tudo o que ronda esta deslocação à Madeira e à Choupana em particular já é de si uma adversidade: um duelo fora de calendário, a aterragem no Funchal, os requisitos com uma ficha de jogo que pode ser alterada mas só até certo ponto, uma partida que ainda parece um jogo total, mas que tem menos de 90 minutos para se resolver e até o facto de haver uma maior preocupação geral com o tempo previsível do que o onze provável.
Lage tem de uma forma ou outra dado soluções à equipa. Errou na estratégia em Munique, terá aprendido com isso e também terá pensado nas substituições que fez nas Aves. Ali o Benfica sofreu e acabou com um empate amargo, apesar do toque a reunir que o capitão Nico Otamendi deu antes da partida.
Talvez esteja a faltar essa parte nesta equação: os jogadores.
Talvez seja preciso mentalizarem-se que para os adeptos é mais, ou pelo menos tão, importante ganhar na Choupana numa tarde de quinta-feira para a Liga como é em Turim numa noite europeia frente à Juventus.
O Benfica tem muita Liga em jogo no que resta do tempo com o Nacional. Não pelos pontos, pois aí haverá margem para recuperar, mas pelo que pode tornar-se como equipa, se os jogadores deixarem de se sentir incómodos em campo de cada vez que visitam outro estádio na Liga."
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