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segunda-feira, 25 de março de 2019

Conteúdo e qualidade numa modalidade desportiva - que relação?

"1.ª Parte
O sucesso de uma modalidade desportiva mede-se pela capacidade de:
1 – Atrair público à instalação desportiva, isto é, levar ao consumo do evento/jogo de basquetebol (ou outra modalidade) por parte de adeptos e fans e a capacidade de os tornar promotores da marca.
Este é o verdadeiro propósito de uma marca (organização que gere a competição), que tem um produto para vender (evento/jogo), que, neste caso, é de uma modalidade desportiva, o basquetebol. 
As modalidades desportivas estão inseridas na designada indústria desportiva, a que eu gosto de juntar a palavra espectáculo, sendo que assim a expressão fica a ser indústria desportiva e do espectáculo.
2 – Atrair o interesse dos diferentes meios de comunicação social (jornais, rádios e televisão) para divulgar a informação do jogo/evento ou individualidades da modalidade desportiva junto dos seus leitores, ouvintes ou espectadores televisivos, devido ao sucesso que a modalidade evidencia, levando a pensar que o produto é capaz de gerar audiências e, como tal, permita justificar o espaço que lhe é dedicado.
3 - Apoio das marcas patrocinadoras como forma de promover os seus produtos, devido à exposição que a modalidade possui junto do público consumidor que lhes interessa (o target de cada marca), através de diferentes meios de comunicação.
4 - Um quadro competitivo interessante, dinâmico e onde o equilíbrio e a incerteza do resultado sejam uma constante de acordo com os princípios do marketing desportivo.
Assim, podemos afirmar sem hesitações que sem público (adeptos e fans) nas bancadas não é possível considerar uma modalidade desportiva como uma modalidade de sucesso.
Qual é então o problema do basquetebol para atrair público, adeptos e fans?
Tudo começa com uma análise e um diagnóstico correto e eficaz a que deverá corresponder um plano estratégico que envolva, especialmente, os dirigentes e os treinadores, unindo-os à volta de uma visão, submetendo-os a um alinhamento de procedimentos e uma finalidade na gestão das diversas áreas do basquetebol.
E estes dois agentes da modalidade porquê?
Porque são eles que estão no centro das decisões! Uns tomam as decisões referentes à área da gestão desportiva e os outros tomam decisões na área do jogo, nomeadamente na gestão do grupo de trabalho (equipa), tendo ambos grande impacto no produto final que é o jogo de basquetebol.
É por isso que precisamos de dirigentes com uma visão clara daquilo que deve ser a competição/espectáculo de basquetebol e que compreendam nitidamente aquilo que o público (adeptos e fans) querem ver. E de treinadores que compreendam e escolham modelos de jogo que promovam aquilo que o basquetebol significa: espectáculo. Ou seja, modelos de jogo que permitam captar o interesse do público (adeptos e fans), comunicação social e patrocinadores, sem descurar aquilo que todos ambicionam que é a vitória.
O basquetebol sempre foi sinónimo de espectáculo e um bom exemplo são os Harlem Globetrotter. Quantas pessoas conhecem os nomes dos seus jogadores? Eu diria que muito poucos ou quase ninguém, mas isso não impede que o público se desloque ao pavilhão para ver um espectáculo de entretimento através do jogo de basquetebol, tendo-se tornado numa marca de referência.
Podíamos colocar a mesma questão noutras áreas.
Qual a razão das pessoas verem um filme, uma série de televisão, um documentário ou um debate?
A resposta é simples. Porque o conteúdo é interessante e a comunicação à volta destes produtos desperta o interesse dos consumidores.
Nesta matéria, qual é o ponto da situação do basquetebol português?"

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