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terça-feira, 7 de maio de 2019

Não jogaram contra o dinheiro - jogaram contra a alma!

"O Tottenham voltou a uma meia-final da Liga dos Campeões. A última, e única até agora, disputou-se frente ao Benfica. A imprensa inglesa dava preços a todos os jogadores encarnados. Valiam fortunas. Mas...

'Quem diria que o destino faria isto connosco?', disse Mauricio Pochettino após o apuramento do Tottenham para a meia-final da Liga dos Campeões à conta do Manchester City.
Surpresa? Sim. E drama também, num jogo monstruoso que fica para a história.
E fica, também, para a história  do Benfica. Ah! Pois... Passaram-se, entretanto, 57 anos!
Na época de 1961-62, o Tottenham fez um caminho duro até às meias-finais da então chamada Taça dos Campeões Europeus: Gornik Zabrze (Polónia) - 2-4 e 8-1; Feyenoord (Holanda) - 3-1 e 1-1; Dukla de Praga (Checoslováquia) - 0-1 e 4-1.
Seguia-se o Benfica. Primeira mão na Luz.
As coisas piavam agora mais fino.
Grandes equipas, vejam só: Costa Pereira; Mário João, Germano, Cruz e Ângelo; Mário Coluna e Cavém; José Augusto, Eusébio, Águas e Simões, do lado dos encarnados; Billy Brown; Henry, Norman, Baker e White; Toni Marchi e Dave McKay; Blanchflower, Tommy Smith, Cliff Jones e Jimmy Greaves.
Logo aos 5 minutos, António Simões fazia o 1-0. Depois foi a vez de José Augusto, aos 19. Bobby Smith reduziu já na segunda parte: 54 minutos, dez minutos mais tarde José Augusto repunha a vantagem que o Benfica levou para uma noite fantástica em Londres.
O que sonhavam os ingleses com uma final dos campeões! Algo que lhes era vedado.
Já contei aqui esta história, uma vez qualquer, se calhar, mas eu conto aqui tantas histórias. Ou tento contá-las, com a vossa bendita paciência de leitores amáveis.
Quando o campeão da Europa aterrou na capital do Império Britânico naquele mês de Abril de 1962, a manchete do Daily Sketch dizia: 'Benfica! Oh! Meet the Lisbon Milionaires...' E depois a foto de cada um dos jogadores benfiquistas, todos com o seu preço. Faço logo o câmbio da época e dou exemplos:
Costa Pereira, 3600 contos; Cruz, 4000; Coluna, 6800; Ângelo, 2400; José Águas, 8000; José Augusto, 8000; Germano, 6400; Eusébio, 20000 contos!!!
Ufa!
Digo-vos mais: terá sido esse o grande erro dos engravatados ingleses - pensavam que iam jogar contra dinheiro, mas iam jogar contra a alma!
Uma libra esterlina valia 84$00, calculem.
Não haveria, certamente, equipa mais valiosa em todo o mundo. Era coisa para pagar todo o palácio de Buckingham mais o trono da rainha.
E Eusébio, embora valesse mais do dobro de qualquer um dos seus companheiros, era dado pela imprensa inglesa como certo no Real Madrid. E na Juventus. E no Inter! Os tablóides da Grande Ilha para lá da Mancha foram sempre de disparar em toda as direcções.



O Benfica era de outro mundo
Tottenham Hotspurs: fundado em 1882, é um dos grandes do futebol inglês, um dos grandes conquistadores da Taça de Inglaterra, apesar de contar apenas com dois títulos de campeão; primeira equipa britânica a ganhar uma competição europeia (a Taça das Taças, em 1963), viveu durante a década de 60 o seu período de maior fulgor.
Danny Blanchflower e Dave MacKay; Cliff Jones e John White. Acima de todos, Jimmy Greaves!
Houve quem se atrevesse a chamar-lhe o 'Pelé de Inglaterra'. Nasceu em 1940, jogou no Chelsea, passou fugazmente pelo Milan antes de se instalar no Tottenham ao qual custou a módica quantia de 99999 libras (o manager, Bill Nicholson, não quis criar-lhe a acrescida responsabilidade de ser o primeiro jogador inglês a custar 100 mil libras), terminaria a carreira no West Ham martirizado por problemas com o álcool.
Quando o Benfica entrou em White Hart Lane, o Tottenham Hotspurs exibia aquela montra aterradora de golos em casa de que vos falei no início - oito golos ao Gornik Zabrze, quatro aos grande Dukla de Praga. Um ano mais tarde venceria o Atlético de Madrid na final da Taças das Taças por... apenas 5-1!!!
Se, em Lisboa, o Benfica foi emocionante, em Londres encantou os exigentes adeptos britênicos: logo aos 15 minutos marcou um golo, por Águas, como quem entra preparado para tudo e mais alguma coisa. Em seguida gelou o inferno, um adversário revoltado e de um público à beira do fanatismo. A derrota por 1-2 garantia-lhe a sua segunda final consecutiva.
Bella Gutmann dissera antes do jogo de Lisboa: 'O difícil, para o Benfica, não será vencer o Real Madrid na final, mas sim eliminar o Tottenham. Na final, os espanhóis não terão a mínima chance de nos vencerem. Mesmo que o Real chegasse ao fim da primeira parte a ganhar por 2-0'.
Eusébio não marcou golos aos ingleses. Todavia, mais uma vez, Londres fora palco de uma das suas soberbas interpretações desse jogo que os britânicos tinham inventado mas já não dominavam. Marcado com dureza e até violência pelo escocês MacKay, foi a figura exaltante da valentia. Sairia ovacionado. Os ingleses, em pé, reconheciam os campeões como tal."

Afonso de Melo, in O Benfica

Um goleador elegante

"Rogério destacava-se pela sua elegância dentro e fora das quatro linhas

Rogério Lantres de Carvalho 'nasceu para jogar a bola, pois viu a luz nem meio futebolista e em casa de futebolistas'. Deu os seus primeiros passos no futebol no Chelas FC, clube que o seu pai ajudara a fundar e onde o seu irmão era considerado um dos melhores jogadores. Esteve perto de ingressar no Sporting, mas foi no Benfica que o avançado viria a fazer grande parte da sua carreira.
Em 1942/43, por 26 contos, deu-se a sua transferência do Chelas FC para o clube encarnado. Estreou-se com 19 anos, revelando logo a sua veia goleadora. Desde então, Rogério foi um elemento fundamental nas conquistas, assumindo-se como um dos melhores marcadores da equipa.
Entre os colegas ganharia a alcunha de 'Pipi', por se vestir de forma sempre elegante. Mas dentro de campo, Rogério também tinha um estilo inconfundível, era um jogador completo de grandes recursos técnicos.
Em 1949/50, o Benfica viveria uma das suas épocas de ouro com a vitória na Taça Latina, a sua primeira conquista internacional. Ficaria na memória de todos a imagem de Rogério a erguer bem alto e troféu. Quando chegou à cabina com a Taça Latina nas mãos, um jornalista perguntou-lhe: 'Porque foi recebê-la se não era o capitão? Não sei explicar... com o entusiasmo e a invasão do público, todos perdemos a cabeça. Senti-me empurrado e, quando deu por mim, estava na tribuna diante do Ministro. Foi o momento mais feliz da minha carreira!'. Foi uma honra inesperada, mas merecida, 'pois o genial jogador produziu nesse jogo um esforço enorme, em que pôs toda a magnífica subtileza do seu futebol maravilhoso'.
Mas os grandes feitos de Rogério estão sobretudo ligados à Taça de Portugal. Tornou-se no jogador com mais golos marcados em finais da prova rainha, um total de 15! A final de 1952, frente ao Sporting (v 5-4) foi memorável, rubricou um fantástico hat-trick, marcando o golo da vitória a 15 segundos do fim!
Em 1954, com a aposta na profissionalização do futebol, optou por não deixar o seu emprego de vendedor de automóveis e sair do Clube, após 12 épocas e 10 títulos conquistados.
Rogério foi, sem dúvida, 'um caso à parte pela exuberância técnica de que deu mostras ao longo da sua carreira, pelo seu estilo elegante, pela beleza das suas fintas, pela maneira ímpar como cobria o esférico, pelos seus «toque» de cabeça a colocar a bola no sítio devido, pela fulgurância do seu pontapé, pelos seus passes medidos com matemática precisão'. Uma verdadeira lenda do futebol benfiquista!
Saiba mais sobre este jogador fora de série na área 23 - Inesquecíveis do Museu Benfica - Cosme Damião."

Ana Filipa Simões, in O Benfica

Benfiquismo (MXLXXIII)

Ao trabalho...!!!

Benfica FM - com o outro Pedro Ribeiro!

Lixívia 32

Tabela Anti-Lixívia
Benfica..... 81 (-7) = 88
Corruptos.. 79 (+27) = 52
Sporting... 73 (+21) = 52


Jornada estranhamente 'calma', mas longe de ter sido imaculada!!!

Vejamos: na Luz o Félix está 'quase' isolado e um defesa do Portimonense em carrinho corta a bola, e derruba o João. Parece que o primeiro toque é na bola, mas não é possível ter a certeza...; no Jamor, um defesa do Belenenses corta a bola, e na sequência derruba o avançado do Sporting: unanimemente, 'todos' dizem que o penalty foi bem marcado, pois mesmo quando o defesa toca primeiro na bola, isso não impede de cometer falta!!!!
Critérios...
Aliás existe outra jogada, no final da 1.ª parte, que não deu golo porque o Ody fez uma grande defesa: o Félix perde a bola e dá contra-ataque aos Algarvios! O jogador do Portimonense quando 'tira' a bola ao Félix, toca primeiro na bola, mas no 'segundo' movimento, derruba o Félix no pé de apoio (para mim falta, aliás 'mais' falta do que o penalty no Jamor, porque o 2.º movimento é claro!), se por acaso tem sido golo: alguém acredita que o VAR anularia o golo, por falta no início da jogada?!!!!
Mesmo assim, o maior erro, foi a não marcação de uma falta sobre o Rafa, quando este se isolava... e ainda não tinha a bola!!!

Veja-se a expulsão do guarda-redes do Belenenses: para mim é falta, e o Vermelho é bem mostrado... mas não existe contacto!!! Porque o Raphinha 'saltou' por cima do Muriel!!! Repito, para mim é falta... mas agora imagine-se uma jogada destas com um avançado do Benfica: tenho a certeza que seria considerado por todos como 'simulação' do nosso avançado!!!

Para mim o único grande erro da jornada, foi a não expulsão do Herrera, que acabou por levar Amarelo, quando devia ter levado Vermelho...
O penalty também é engraçado ter sido o Vasco Santos (VAR) a chamar a atenção ao lance!!! Pois, o que aconteceu foi um tentativa falhada do defesa do Aves, em jogar a bola de cabeça, e depois atabalhoadamente, quando tentou proteger-se do contacto com o avançado Corrupto, 'levantou' o braço imprudentemente...
Também não deixou de ser engraçado a forma como o Macron não marcou um falta na meia-lua dos Corruptos, feita pelo Manafá de forma mais do evidente!!! Tudo isto, porque segundos antes não tinha marcado uma falta sobre o Soares (fora da área), mas que parecia dentro!!!


Mas últimas jornadas, 'parece' que os apitadeitos estão com mais 'medo' de ficarem 'marcados' com a 'carga' de terem decidido o campeonato de forma 'ilegal'!!! Mais vale tarde do que nunca...
Mas para a semana, em Vila do Conde, com o mais que provável Jorge Sousa, é preciso ter muito cuidado, muito mesmo...

Anexo(I):
Benfica
1.ª-Guimarães(c), V(3-2), Pinheiro(Sousa), Nada a assinalar
2.ª-Boavista(f), V(0-2), Mota(Malheiro), Nada a assinalar
3.ª-Sporting(c), E(1-1), Godinho(Sousa), Prejudicados, (2-1), (-2 pontos)
4.ª-Nacional(f), V(0-4), Veríssimo(Xistra), Prejudicados, Beneficiados, (0-7), Sem influência no resultado
5.ª-Aves(c), V(2-0), Rui Costa(Paixão), Prejudicados, (3-0), Sem influência no resultado
6.ª-Chaves(f), E(2-2), Capela(Esteves), Prejudicados, (1-3), (-2 pontos)
7.ª-Corruptos(c), V(1-0), Veríssimo(Sousa), Prejudicados, (2-0), Sem influência no resultado
8.ª-Belenenses(f), D(2-0), Soares Dias (V. Ferreira), Prejudicados, (1-0), Impossível contabilizar
9.ª-Moreirense(c), D(1-3), Almeida(Esteves), Prejudicados, (3-3), (-1 ponto)
10.ª-Tondela(f), V(1-3), Pinheiro(Nobre), Prejudicados, (1-4), Sem influência no resultado
11.ª-Feirense(c), V(4-0), Rui Costa(Mota), Prejudicados, (5-0), Sem influência no resultado
12.ª-Setúbal(f), V(0-1), Xistra(Sousa), Prejudicados, (0-2), Sem influência no resultado
13.ª-Marítimo(f), V(0-1), Pinheiro(Nobre), Prejudicados, Sem influência no resultado
14.ª-Braga(c), V(6-2), Soares Dias(Esteves), Prejudicados, (7-2), Sem influência no resultado
15.ª-Portimonense(f), D(2-0), Mota(Nobre), Prejudicados, Sem influência no resultado
16.ª-Rio Ave(c), V(4-2), Godinho(Sousa), Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado
17.ª-Santa Clara(f), V(0-2), Capela(Rui Costa), Prejudicados, Beneficiados, (0-3), Sem influência no resultado
18.ª-Guimarães(f), V(0-1), Martins(Vasco Santos), Prejudicados, Sem influência no resultado
19.ª-Boavista(c), V(5-1), Rui Costa(Esteves), Prejudicados, (6-1), Sem influência no resultado
20.ª-Sporting(f), V(2-4), Soares Dias(Pinheiro), Prejudicados, (1-6), Sem influência no resultado
21.ª-Nacional(c), V(10-0), Almeida(Pinto), Nada a assinalar
22.ª-Aves(f), V(0-3), Miguel(V. Ferreira), Nada a assinalar
23.ª-Chaves(c), V(4-0), Mota(Esteves), Prejudicados, (6-0), Sem influência no resultado
24.ª-Corruptos(f), V(1-2), Sousa(Martins), Prejudicados, (0-3), Sem influência no resultado
25.ª-Belenenses(c), E(2-2), Capela(Malheiro), Prejudicados, (3-1), (-2 pontos)
26.ª-Moreirense(f), V(0-4), Almeida(Pinheiro), Prejudicados, Sem influência no resultado
27.ª-Tondela(c), V(1-0), Xistra(Malheiro), Prejudicados, (4-0), Sem influência no resultado
28.ª-Feirense(f), V(1-4), Pinheiro(Paixão), Prejudicados, (1-5), Sem influência no resultado
29.ª-Setúbal(c), V(4-2), Rui Costa(V. Santos), Prejudicados, (5-1), Sem influência no resultado
30.ª-Marítimo(c), V(6-0), Godinho(Esteves), Prejudicados, Sem influência no resultado
31.ª-Braga(f), V(1-4), Martins(Pinheiro), Nada a analisar
32.ª-Portimonense(c), V(5-1), Soares Dias(Godinho), Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-Chaves(c), V(5-0), Almeida(Vasco Santos), Beneficiados, Impossível contabilizar
2.ª-Belenenses(f), V(2-3), Xistra(Capela), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Guimarães(c), D(2-3), Veríssimo(Paixão), Beneficiados, Sem influência no resultado
4.ª-Moreirense(c), V(3-0), Malheiro(L. Ferreira), Beneficiados, Impossível contabilizar
5.ª-Setúbal(f), V(0-2), Manuel Oliveira(Vasco Santos), Beneficiados, Impossível contabilizar
6.ª-Tondela(c), V(1-0), Godinho(Malheiro), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
7.ª-Benfica(f), D(1-0), Veríssimo(Sousa), Beneficiados, (2-0), Sem influência no resultado
8.ª-Feirense(c), V(2-0), Rui Oliveira(Vasco Santos), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
9.ª-Marítimo(f), V(0-2), Xistra(Sousa), Beneficiados, Sem influência no resultado
10.ª-Braga(c), V(1-0), Soares Dias(L. Ferreira), Beneficiados, (+2 pontos)
11.ª-Boavista(f), V(0-1), Hugo Miguel(Veríssimo), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
12.ª-Portimonense(c), V(4-1), Mota(Pinheiro), Beneficiados, (1-2), (+3 pontos)
13.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Godinho(Esteves), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
14.ª-Rio Ave(c), V(2-1), Martins(Malheiro), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
15.ª-Aves(f), V(0-1), Pinheiro(Soares), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
16.ª-Nacional(c), V(3-1), Rui Costa(Vasco Santos), Beneficiados, Impossível contabilizar
17.ª-Sporting(f), E(0-0), Miguel(Martins), Prejudicados, Impossível contabilizar
18.ª-Chaves(f), V(1-4), Almeida(Godinho), Nada a assinalar
19.ª-Belenenses(c), V(3-0), Godinho(L. Ferreira), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
20.ª-Guimarães(f), E(0-0), Rui Costa(Rui Oliveira), Beneficiados, Impossível contabilizar
21.ª-Moreirense(f), E(1-1), Sousa(L. Ferreira), Beneficiados, (2-0), (+ 1 ponto)
22.ª-Setúbal(c), V(2-0), Almeida(Rui Oliveira), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
23.ª-Tondela(f), V(0-3), Godinho(Xistra), Nada a assinalar
24.ª-Benfica(c), D(1-2), Sousa(Martins), Beneficiados, (0-3), Sem influência no resultado
25.ª-Feirense(f), V(1-2), Soares Dias(Vasco Santos), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
26.ª-Marítimo(c), V(3-0), Capela(Esteves), Beneficiados, (2-0), Impossível contabilizar
27.ª-Braga(f), V(2-3), Sousa(Nobre), Beneficiados, (3-2), (+3 pontos)
28.ª-Boavista(c), V(2-0), Rui Costa(Esteves), Beneficiados, (1-0), Impossível contabilizar
29.ª-Portimonense(f), V(0-3), Veríssimo(Godinho), Beneficiados, (0-2), Sem influência de contabilizar
30.ª-Santa Clara(c), V(1-0), M. Oliveira(L. Ferreira), Nada a assinalar
31.ª-Rio Ave(f), E(2-2), Soares Dias(Esteves), Prejudicados, Beneficiados, (3-3), Impossível contabilizar
32.ª-Aves(v), V(4-0), Miguel(V. Santos), Beneficiados, Sem influência no resultado

Sporting
1.ª-Moreirense(f), V(1-3), Martins(Miguel), Nada assinalar
2.ª-Setúbal(c), V(2-1), Manuel Oliveira(L. Ferreira), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Benfica(f), E(1-1), Godinho(Sousa), Beneficiados, (2-1), (+1 ponto)
4.ª-Feirense(c), V(1-0), Rui Oliveira(Esteves), Beneficiados, (1-1), (+ 2 pontos)
5.ª-Braga(f), D(1-0), Soares Dias(Veríssimo), Beneficiados, Sem influência no resultado
6.ª-Marítimo(c), V(2-0), Almeida(Sousa), Beneficiados, (1-0), Impossível contabilizar
7.ª-Portimonense(f), D(4-2), Miguel(L. Ferreira), Nada a assinalar
8.ª-Boavista(c), V(3-0), Xistra(L. Ferreira), Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
9.ª-Santa Clara(f), V(1-2), Mota(V. Ferreira), Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)
10.ª-Chaves(c), V(2-1), Martins(M. Oliveira), Beneficiados, (0-1), (+3 pontos)
11.ª-Rio Ave(f), V(1-3), Xistra(Malheiro), Beneficiados, Prejudicados, (2-3), Impossível contabilizar
12.ª-Aves(c), V(4-1), V. Ferreira(L. Ferreira), Beneficiados, (4-3), Impossível contabilizar
13.ª-Nacional(c), V(5-2), Veríssimo(Miguel), Beneficiados, Prejudicados, (3-2), Impossível contabilizar
14.ª-Guimarães(f), D(1-0), Godinho(Sousa), Nada a assinalar
15.ª-Belenenses(c), V(2-1), Capela(Esteves), Beneficiados, Impossível contabilizar
16.ª-Tondela(f), D(2-1), Almeida(Malheiro), Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
17.ª-Corruptos(c), E(0-0), Miguel(Martins), Beneficiados, Impossível de contabilizar
18.ª-Moreirense(c), V(2-1), Rui Costa(Capela), Beneficiados, (1-2), (+3 pontos)
19.ª-Setúbal(f), E(1-1), Malheiro(V. Santos), Nada a assinalar
20.ª-Benfica(c), D(2-4), Soares Dias(Pinheiro), Beneficiados, (1-6), Sem influência no resultado
21.ª-Feirense(f), V(1-3), Mota(Esteves), Prejudicados, Beneficiados, (2-3), Impossível contabilizar
22.ª-Braga(c), V(3-0), Sousa(Martins), Prejudicados, Sem influência no resultado
23.ª-Marítimo(f), E(0-0), Martins(Rui Oliveira), Beneficiados, Impossível contabilizar
24.ª-Portimonense(c), V(3-1), Capela(Esteves), Beneficiados, (3-2), Impossível contabilizar
25.ª-Boavista(f), V(1-2), Pinheiro(Rui Oliveira), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
26.ª-Santa Clara(c), V(1-0), M. Oliveira(L. Ferreira), Nada a assinalar
27.ª-Chaves(f), V(1-3), Mota(V. Santos), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
28.ª-Rio Ave(c), V(3-0), Godinho(V. Santos), Nada a assinalar
29.ª-Aves(f), V(1-3), Soares Dias(Capela), Beneficiados, (2-3), Impossível contabilizar
30.ª-Nacional(f), V(0-1), Xistra(Rui Costa), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
31.ª-Guimarães(c), (2-0), Rui Costa(V. Santos), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
32.ª-Belenenses(f), V(1-8), Capela(L. Ferreira), Nada a assinalar

Anexo(II):
Benfica:
Pinheiro: 4 + 3 = 7
Sousa: 1 + 5 = 6
Esteves: 0 + 6 = 6
Rui Costa: 4 + 1 = 5
Soares Dias: 4 + 0 = 4
Godinho: 3 + 1 = 4
Mota: 3 + 1 = 4
Almeida: 3 + 0 = 3
Capela: 3 + 0 = 3
Xistra: 2 + 1 = 3
Martins: 2 + 1 = 3
Nobre: 0 + 3 = 3
Malheiro: 0 + 3 = 3
V. Ferreira: 0 + 2 = 2
Paixão: 0 + 2 = 2
V. Santos: 0 + 2 = 2
Veríssimo: 1 + 0 = 1
Miguel: 1 + 0 = 1
Pinto: 0 + 1 = 1

Corruptos:
Godinho: 4 + 2 = 6
V. Santos: 0 + 6 = 6
Sousa: 3 + 2 = 5
L. Ferreira: 0 + 5 = 5
Esteves: 0 + 5 = 5
Veríssimo: 3 + 1 = 4
Soares Dias: 3 + 0 = 3
Almeida: 3 + 0 = 3
Rui Costa: 3 + 0 = 3
Miguel: 3 + 0 = 3
Capela: 2 + 1 = 3
Xistra: 2 + 1 = 3
Malheiro: 1 + 2 = 3
Rui Oliveira: 1 + 2 = 3
M. Oliveira: 2 + 0 = 2
Martins: 1 + 1 = 2
Mota: 1 + 0 = 1
Paixão: 0 + 1 = 1
Pinheiro: 0 + 1 = 1
Nobre: 0 + 1 = 1

Sporting:
L. Ferreira0 + 6 = 6
Martins: 3 + 2 = 5
Capela: 3 + 2 = 5
Sousa: 1 + 4 = 5
Miguel: 2 + 2 = 4
V. Santos: 0 + 4 = 4
Soares Dias: 3 + 0 = 3
Godinho: 3 + 0 = 3
Mota: 3 + 0 = 3
Xistra: 3 + 0 = 3
Pinheiro: 2 + 1 = 3
Malheiro: 1 + 2 = 3
Rui Oliveira: 1 + 2 = 3
Esteves: 0 + 3 = 3
M. Oliveira: 2 + 1 = 3
Rui Costa: 2 + 1 = 3
Almeida: 2 + 0 = 2
V. Ferreira: 1 + 1 = 2
Veríssimo: 1 + 1 = 2
Épocas anteriores:

Emoções ao vivo...

Novo recorde na história dos dérbis

"Pela décima época consecutiva, o Benfica vai acabar a Liga à frente do Sporting. Em 85 edições, o resultado do dérbi vai em 56-29...

A trigésima segunda jornada da edição 2018/2019 da Liga definiu que o Benfica vai acabar a prova à frente do Sporting, algo que acontece, pela primeira vez, em dez temporadas seguidas. O anterior recorde reportava-se ao período entre 1985/1986 e 1993/1994, nove campeonatos, que coincidiram, grosso modo, com o período, para os leões, entre o fim do Rochismo e o advento do Roquetismo.
É impossível olhar para os números desta secular rivalidade e não constatar a importância de Eusébio da Silva Ferreira na forma como o Benfica descolou dos eternos rivais. Até Eusébio chegar à Luz (1960/1961), a igualdade era total, o Benfica tinha ficado à frente do Sporting em 13 campeonatos e os leões tinham superado as águias também em 13 ocasiões. Durante as 15 épocas em que o pantera negra esteve no Benfica, 11 campeonatos foram para a Luz e quatro para Alvalade, o que dá 73,3% para o Benfica e 26,7% para o Sporting. A dinâmica dos anos-Eusébio manteve-se, no contexto Benfica - Sporting, até aos dias de hoje. Depois do king abandonar a Luz, o Benfica ficou à frente do Sporting 32 vezes, sendo superado em doze, o que dá 72,7% para as águias e 27,3% para os leões.
Mas se quisermos olhar os números da maior rivalidade do futebol português à luz do 25 de Abril, os resultados são elucidativos.
Com a revolução dos cravos, dois factos vieram a alterar a face do futebol em Portugal: a lógica do poder democratizou-se, acabando a rotatividade entre Benfica e Sporting e Belenenses para a presidência da FPF; e deu-se o fim da lei da opção, o que permitiu uma nova relação laboral entre clubes e jogadores. O FC Porto foi o mais ágil a reagir a estas novas circunstâncias, e o Sporting o que teve mais dificuldade. No duelo particular com o Benfica, até ao 25 de Abril a taxa de sucesso do Sporting era de 42,5% contra 57,5% do rival. De 1974 ao dia de hoje, os leões baixaram para 26,7% e as águias subiram para 73,3%. Resumindo, e especialmente para quem gosta de olhar os números pelo prisma da história, havia uma realidade até à chegada de Eusébio e outra a partir desse momento.
O que aconteceu ao Benfica com Eusébio da Silva Ferreira, não foi uma mera evolução competitiva, mas sim um salto quântico, que projectou o clube para o mundo, um fenómeno muito semelhante ao que sucedeu com Johan Cruyff no Ajax e com Pelé no Santos.

(...)
Ás
António Salvador
O SC Braga tornou-se ontem campeão nacional de futebol feminino, numa altura em que o beautiful game jogado por elas está em grande expansão na Europa. Trata-se de uma aposta ganha pelo presidente dos arsenalistas, que está de parabéns, assim como técnicos e jogadoras, que derrotaram concorrência fortíssima.

Duque
FC Porto
Depois de uma vitória clara sobre o Aves, fazer os jogadores do FC Porto andar de claque em claque, de baraço ao pescoço, qual Egas Moniz, deu uma imagem de terceiro-mundismo. Herrera, de megafone em punho, a pedir desculpa, foi redutor para o clube, humilhante para os jogadores e devastador para o treinador.

Casillas, provável adeus às redes; Iker, olá à vida!
«O Iker Casillas vai conseguir voltar a fazer a sua vida normal, mas não praticará desporto a nível profissional»
Juan Antonio Corbalán, Cardiologista
Juan Antonio Corbalán, cardiologista de 64 anos, é um homem  do desporto, 177 vezes internacional pelo basquetebol de Espanha e com uma carreira de 17 anos no Real Madrid. Por isso, quanto a Casillas, conhece como ninguém a circunstância do desportista e a condição da doença. O que disse deve preparar-nos para o adeus de Casillas às redes. E para o olá de Iker à vida...

Respeito pelo futebol
A Universidade de Wolverhampton concedeu a Nuno Espírito Santo o título de 'Doutor Honoris Causa', numa cerimónia que decorreu no centro do relvado do estádio Molineux, antes do jogo com o Fulham. O vice-reitor Geoff Layer disse, na circunstância, que era «um prazer prestar reconhecimento a um líder que trouxe o orgulho à cidade e inspiração aos nossos alunos». O homenageado afirmou: «O desporto pode mudar vidas e temos obrigação de ser um exemplo para a sociedade». Palavras de circunstância, apenas? Não, muito longe disso. O que aconteceu em Wolverhampton foi resultado do respeito que existe em Inglaterra pelo futebol e por quem o pratica. Porque, lá como cá, quem quer ser respeitada, tem de ser dar ao respeito. Por isso é que uns são e os outros não...

Barcelona C deu bónus ao Celta de Vigo...
O Barcelona, já campeão e a pensar em Liverpool onde discutirá a presença na final da Champions, foi a Vigo com uma equipa C e perdeu. Sorte do Celta, azar dos outros que lutam pela permanência. Valverde, técnico do Barça, fez o que devia. O resto? Como diria Manuel José, o futebol é isso mesmo..."

José Manuel Delgado, in A Bola

Tanto que sofrem as águias a voar

"O Benfica tem, agora, uma maneira muito estranha e sofrida de lutar pela cada vez maior proximidade do título. Tão estranha e tão sofrida que foram vários os adeptos que sentiram o coração algo desgovernado, como a equipa. É difícil de explicar pelas habituais análises técnico-tácticas, mas parece que as onze águias que Bruno Lage põe voar no início, não sabem o caminho para casa, fazem, por isso, largos círculos sobre a cabeça estonteada dos adeptos e não vislumbram nem rotas, nem pontos de chegada.
É preciso que, lá em baixo, o mar se altere e, no ar, soprem ventos contra difíceis de ultrapassar, para que, de repente, as águias descubram a saída do seu próprio labirinto e, fortes e velozes, cheguem, enfim, ao destino.
Foi assim em Braga; foi assim, este último sábado, na Luz. A verdade é que, para os benfiquistas, o final feliz dessas histórias, não os liberta de uma enorme ansiedade, nem de uma legítima pergunta: e se nas duas etapas que faltam, as águias, de tão nervosas, ainda se perderem pelo caminho?
O FC Porto, para não ter mais desilusões do que aquelas que tem tido, nem quer acreditar que isso possa acontecer, mas, pelo sim pelo não, de forma bem mais sólida e coerente, lá percorre o seu caminho.
Contas concretas: em circunstâncias normais, o Benfica precisa de fazer quatro pontos nas duas últimas jornadas, sem ter de jogar nenhum dérbi ou clássico, pareceria uma mera formalidade. Mas já se percebeu que não será assim. Há uma instabilidade emocional latente e, embora a equipa tenha vindo a reagir a tempo de a resolver, deixa natural receio e inquietação entre os seus."

Vítor Serpa, in A Bola

Falando de coisas quase mitológicas

"96 golos no campeonato?! 19 golos no campeonato?! 91 golos nos campeonatos?

É quase recorde: 96 golos do Benfica na Liga. A última vez em que os portugueses puderam assistir a tal vendaval ofensivo fora em 1973/74, quando o Sporting treinado por Mário Lino e com jogadores como Yazalde, Damas, Fraguito e Dinis, entre outros, chegaram igualmente aos 96 golos. Mas em apenas 30 jornadas. A diferença, porém, é mínima: 3,20 golos por jogo dos leões, 3,00 para as águias. Claro que Bruno Lage está a marimbar-se em chegar aos 100 golos. Ele quer é ser campeão nacional. Até pode bastar marcar apenas mais um golo para Lage ser campeão: 1-0 ao Rio Ave e 0-0 ao Santa Clara. Ou o inverso. Mas chegar à centena de golos seria quase mitológico 10-0 ao Nacional. Só quatro equipas portuguesas chegaram aos 100 golos na Liga. O Sporting de 1946/47 (123) e de 1948/49 (100) e o Benfica de 1963/64 (103) e de 1972/73 (101). Os encarnados cavalgam numa avalancha de golos na Liga: 4-1 ao Feirense, 4-2 ao V. Setúbal, 6-0 ao Marítimo, 4-1 ao SC Braga e 5-1 ao Portimonense. Nada menos de 23 em meros cinco jogos. Impossível aproximar-se dos 123 golos dos cinco violinos, difícil atingir os 103 do Benfica dos anos 60, mas perfeitamente acessível chegar aos três dígitos. Quem tem Seferovic (21 golos na liga), Rafa (15), João Félix(13), Pizzi(12) e Jonas(11) pode sonhar com algo quase mitológico.
(...)
Não menos quase mitológica é a tarefade Fernando Santos na Liga das Nações. O povo pede um quarteto de luxo na frente: o melhor português de sempre (Cristiano Ronaldo), o segundo português da actualidade (Bernardo Silva), o melhor jogador da Liga portuguesa (Bruno Fernandes), a maior esperança portuguesa dos últimos anos (João Félix). Porém, entre aquilo que o povo pode e as ideias do seleccionador nacional poderá haver grande diferença. Este quarteto de luxo marcou nada menos de 91 golos está época pelos respectivos clubes: Bruno Fernandes (31), Ronaldo (29), João Félix (18) e Bernardo Silva (13). Mas quem defenderá se este quarteto jogar junto de início? O melhor mesmo é pensarmos que este quarteto se transformará num trio."

Rogério Azevedo, in A Bola

As claques, a formação e o futsal

"As claques forum um 'mostro' criado pelos clubes quando achavam que delas precisavam, vá lá saber-se porquê

«Quem é o Fernando Madureira para se comportar como o dono não oficial do FC Porto?» Talvez a pergunta colocada nas páginas de A Bola por Miguel Sousa Tavares poucos dias depois do destemperado comportamento do líder dos SuperDragões no final do encontro com o Rio Ave fosse, apenas, retórica. Mas o que se passou após o final da partida com o Aves, em pleno Estádio do Dragão - de onde a equipa de futebol saiu com uma goleada que mantém as esperanças no título e a claque oficial do FC Porto com uma vitória inequívoca no braço de ferro com técnicos e jogadores, forçados a voltar ao relvado 15 minutos depois de o terem abandonado sem lhes passarem cartão para acalmarem a contestação - deve, porventura, motivar uma reflexão mais profunda. Não sobre o caso de Fernando Madureira e dos SuperDragões em concreto - esse é um problema que a Direcção do FC Porto terá de resolver, se entender que há, de facto, alguma coisa para resolver -, mas sobre a importância que as claques de uma forma geral (em especial a dos princípios clubes) ganharam nos últimos anos em Portugal.
Discutir se as claques devem ser legalizadas ou não é, percebe-se, redutor. O problema é mais profundo e mostra como em Portugal teimamos em andar em contramão com o que de melhor se faz lá fora, onde os grupos organizados de adeptos (oficiais ou não) vão, por força de um futebol cada vez mais virado para o espectáculo, perdendo protagonismo. Por cá, pelo contrário, parece que vão ganhando força, amparados por apoios, legais ou encapotados, que lhes permitem crescer. Primeiro em número, depois, e por consequência, em poder. Sejamos claros: as claques foram um monstro criado pelo clubes por acharem que delas precisavam, vá lá saber-se porquê: por uma questão de apoio ou como simples factor de pressão, delas se servindo para defenderem os seus interesses, uns bem claros outros nem por isso.
O problema é que, à medida que vão crescendo à custa dos incríveis benefícios que lhes são concedidos pelos clubes, vão também ganhando influência, em especial junto dos adeptos mais jovens e mais susceptíveis, que se transformam em soldado de uma espécie de exército que, quando chega a hora de escolher, seguem cegamente os seus líderes sem questionar se estão, de facto, a servir os interesses do clube que defendem. É, portanto, fácil que as Direcções, cientes da influência que as claques podem ter, até, na hora das eleições, acabem por ficar nas suas mãos, cedendo à maioria dos seus caprichos e fazendo-os até pensar que são, mesmo, os donos dos clubes. E é aí que as coisas ficam, de facto, perigosas, como ficou evidente há um ano, no triste episódio do ataque à Academia de Alcochete.
Frederico Varandas, talvez por ter vivido esse momento negro bem de perto, foi o primeiro a perceber que as claques não podem, nunca, ter carta branca para fazerem o que bem lhes apetece. Esperemos que não seja necessário novo episódio semelhante para que se deixe de assobiar para o lado sobre um fenómeno que a todos devia preocupar e outros o perceberem também. Nos clubes e, até, acima deles.
(...)"

Ricardo Quaresma, in A Bola