Últimas indefectivações

sábado, 9 de dezembro de 2017

Vitória com alguns soluços!!!

Benfica 33 - 28 Águas Santas
(18-16)

Jogo complicado, 1.ª parte equilibrada, e mau início do 2.º tempo, estivemos mesmo a perder por 2... Uma recta final, bem conseguida, garantiu os 3 pontos...

Mau jogo do Grilo, do Belone, do Seabra e do Figueira... e mesmo assim conseguimos ganhar!
Ao contrário doutros jogos, foram os Pivot's e os Pontas a 'valerem' golos esta noite!!!

Na próxima jornada, vamos antro da Corrupção, que depois de um início mau, subiu bastante de rendimento!!! Para ganhar, não podemos ter tantos jogadores importantes com rendimento abaixo do normal...!!!

Mais uma...

Benfica 4 - 0 Burinhosa

Mais uma vitória, num jogo que merecia mais golos... Isto, contra uma Burinhosa, que entrou literalmente com tudo!!! Fico sempre 'espantado' com a motivação (espírito caceteiro!) dos nossos adversários!!!

Ainda não é oficial, mas é praticamente certo que o Fernandinho vai ser reforço de Inverno do Benfica. A concretizar-se é uma excelente opção. Internacional Brasileiro, jogador com bastante experiência... sem certezas sobre a recuperação do Chaguinha, estamos a precisar de mais um desequilibrador...

Desilusão...

Benfica 4 - 8 Barcelona

É verdade o Benfica defende mal... tem sido assim em muitos jogos, e hoje, com um adversário recheado de talento, isso foi fatal... Se juntarmos uma grande exibição do guarda-redes do Barcelona e uma arbitragem surreal (mais uma!!!)... tivemos quase sempre longe da vitória!!!

Não compreendi a titularidade do Trabal. O Pedro tem sido quase sempre um dos melhores em campo nos jogos mais difíceis e devia ter jogado hoje...

Em relação aos apitadeiros, fartei-me de rir quando marcaram aquele último penalty sobre o Diogo... quando o resultado já estava 'fechado'!!! Quando o resultado ainda estava 'aberto' foi um fartar de vilanagem!!! Então o critério nos 'bloqueios' foi das coisas mais absurdas que vi ultimamente...

Não estamos eliminados, mas o jogo em casa com os Italianos vai ser decisivo... já que em Barcelona, será praticamente impossível!

O maior mistério da primeira volta

"O director-geral do FC Porto foi expulso no fim do último clássico, que terminou empatado, tal como tinha sido expulso no fim do Vitória de Setúbal-FC Porto da última Liga, que também terminou empatado. Também no fim do recente Aves-FC Porto, que terminou empatado, Luís Gonçalves foi visto a ser agarrado por José Sá de para o impedir de perder o tino. Num outro jogo, que também terminou empatado – o Benfica-FC Porto da última Liga –, o director-geral do FC Porto surgiria alterado na chamada zona mista e, de acordo com os relatos, ameaçou um operador de câmara de uma estação de televisão por suspeitar, erradamente, de que teria sido aquele "o engraçadinho" que se atrevera a colocar uma questão incómoda ao senhor Pinto da Costa.
Está visto que este Luís Gonçalves é dono de um temperamento peculiar ao ponto de qualquer relativo insucesso lhe provocar nervoso miudinho, irritabilidade, enfim, carradas de nervos à flor da pele. Feitios não se discutem mas esta ausência de sangue-frio, este descontrole das emoções, esta impulsividade de feira, este pavio curto não rimam com a serenidade, com a ponderação e, sobretudo, com a imensa prudência de um suposto "Luís Gonçalves" que ainda hoje se pode ouvir através do Youtube no capítulo das escutas do Apito Dourado.
Dissuadindo gentilmente o empresário António Araújo de se alargar em pormenores depois de ter estado "a tratar com o presidente daquela situação do Nacional", o Luís Gonçalves disponível no Youtube é um compêndio de fleuma e de sagacidade: "…claro, claro, aquilo de que você me falou já sei." E quando Araújo, entusiasmado, insiste com um "agora…" logo se ouve o presumível Luís Gonçalves cortar-lhe o pio com um "…você hoje não vai tratar de nada, tratamos amanhã os dois" para logo ali se acabar com a conversa telefónica.
Estes dois "Luíses Gonçalves", está mais do que visto, não podem ser a mesma pessoa. Se o Gonçalves de hoje, o que evolui nos relvados, é um prodígio de fúrias, já o Gonçalves de ontem, o que fala ao telefone, é um prodígio de precaução.
Este é, para já, o maior mistério da primeira volta do campeonato nacional de 2017/2018. A nível internacional, foi incrível como um misterioso árbitro estrangeiro chamado Jonas (olha quem!) Eriksson (pois claro!) expulsou o cordial Filipe.
"Senti que estávamos a precisar de uma derrota" disse Guardiola depois de perder com o Shaktar Donestk. Esta soberba anormalidade do treinador City acabaria, no entanto, por perder para o figurino de Zorro com que Paulo Fonseca se apresentou à imprensa desdenhando-se a si próprio como se fosse, de facto, uma anormalidade o sucesso que acabara de obter. "Senti que estávamos a precisar de seis derrotas", é, no entanto, o que todos os benfiquistas querem ouvir de Rui Vitória num Maio festivo. Já que estamos em maré de anormalidades."

As decisões de Rui Vitória

"O treinador do Benfica viveu as duas primeiras épocas na Luz em estado de graça. Tirando os primeiros três meses, o resto não podia ter sido melhor: campeonatos, taças, supertaças, boas campanhas europeias, jogadores vendidos por muitos milhões de euros, recordes para todos os gostos e a admiração dos adeptos. Ninguém fez melhor. A qualidade de jogo nunca foi espectacular, mas chegou a ser muito boa. E sempre se relacionou o sucesso do Benfica de Rui Vitória com uma certa ideia de "família perfeita" que trabalhava no Seixal, de segunda a sexta, com boa cara e obsessivamente focada nas conquistas. A receita parecia infalível.
A campanha desastrosa nesta Champions confirmou que as coisas estão diferentes, embora a quebra do nível de jogo já tivesse feito soar o alarme há algum tempo. O que mudou, então? Talvez o treinador esteja diferente na hora de tomar decisões. O forma como geriu o ‘caso Varela’ já tinha revelado um novo estilo de liderança, mas a ida do suíço Seferovic para o banco precisamente no jogo em Basileia também pode ser questionada, assim como a passagem directa de Diogo Gonçalves da titularidade para a bancada. Mais dois exemplos: Gabriel utilizado na Champions depois da noitada até às 6 da manhã e Pizzi titular após o infeliz episódio do Dragão. Rui Vitória a facilitar onde nunca tinha falhado."

O futebol português é uma vergonha nacional

"O que estamos a falar é de um sistema muito profissionalmente montado pelos próprios clubes, que se traduz na produção de insultos, no lançamento de cortinas de fumo e em ataques bem planeado. 

Não deixa de ser tristemente irónico que no preciso momento em que Portugal é campeão europeu de futebol, Cristiano Ronaldo colecciona Bolas de Ouro e os futebolistas e treinadores portugueses acumulam por esse mundo fora um prestígio que nunca tiveram até hoje, o ambiente do futebol em Portugal esteja ao nível mais reles de que há memória. Os maiores clubes bateram no fundo, e todas as semanas assistimos a cenas capazes de fazer corar as vendedoras do mercado do Bolhão. Nunca se viu isto em lugar algum do mundo civilizado, e do incivilizado acho que também não – temos as três instituições do país com maior capacidade para mobilizar pessoas e paixões totalmente alheadas das suas responsabilidades públicas; completamente envolvidas em polémicas rascas, acusações descabeladas e ofensas gratuitas; e que por sua vez são constantemente alimentadas por presidentes, por comentadores e por essa cada vez mais patética figura que é o director de comunicação.
O que é trágico nisto – e verdadeiramente preocupante – é que não estamos a falar apenas de indivíduos mais ou menos caricatos, que passeiam o seu admirável talento para a desconversa e para a desonestidade intelectual pelos canais de televisão. Não. O que estamos a falar é de um sistema muito profissionalmente montado pelos próprios clubes, que se traduz na produção de insultos, no lançamento de cortinas de fumo e em ataques bem planeados, que envolvem toda a cúpula do futebol de Benfica, Porto e Sporting. Pedro Guerra – só para referir o exemplo mais vergonhoso, oriundo do meu próprio clube – poderia ser apenas uma figura pitoresca e de mau gosto. Mas não: ele é simultaneamente alto funcionário do Benfica e a suprema pérola que o sistema produziu, tetracampeão do mais puro e revoltante fanatismo.
Infelizmente, apesar dos três jornais desportivos diários, dos infinitos programas de desporto e das generosas páginas dedicadas ao futebol em jornais de referência, faltam boas explicações para tudo isto. Precisamos de jornalistas capazes de nos explicar como e porquê chegámos aqui, a um tempo em que o jogo jogado se tornou uma quase insignificância, e jogadores e treinadores têm cada vez menos protagonismo, enquanto presidentes, árbitros e comentadores dominam uma fatia cada vez mais alargada da atenção mediática. Nada disto é inocente – é como se a queda sucessiva da qualidade das equipas portuguesas e do futebol que praticam tivesse de ser sobrecompensada com o protagonismo mais descabelado dos dirigentes e o crescimento das conspirações.
Isto polui todo o ambiente em que vivemos, afectando a qualidade do nosso espaço público, com milhões de portugueses inoculados com uma forma totalmente infecciosa de gerir a dissensão e administrar os conflitos. O futebol envenena tudo, a começar pela minha própria profissão. Ver jornalistas que em tempos respeitei, como Francisco J. Marques ou Nuno Saraiva, a desempenhar hoje os papéis de caceteiros dos seus clubes, transformados subitamente em serviçais do patrão e com linguagem de peixeira é uma coisa que dá a volta à tripa a quem valoriza a integridade pessoal e coloca a reputação profissional acima das paixões futebolísticas. Eu sei que toda esta gritaria ocupa tempo de antena, vende jornais e dá audiências televisivas. Mas estou profundamente convencido que, aos poucos, começa a afastar as pessoas decentes do futebol. Está a acontecer comigo. Está com certeza a acontecer a muitos mais."

Espiões

"Os Golden Stade Warriors, campeões da NBA, estão acusados por uma adepta, Latisha Satchell, de espionagem por aplicação de telemóvel capaz de gravar conversas pelo microfone dos aparelhos. A defesa do franchise admite que usa software com recurso a sinais sónicos que detectam o posicionamento do adepto no pavilhão e age em conformidade, não obstante apenas para fins comerciais. Acontece que, pelo meio, o software arrecada conversas. É a tecnologia a misturar-se connosco. Faz parte. Geralmente começa pelo EUA, na Califórnia... Daí os Warriors.
Duas considerações primeiro, valorizamos de forma ainda quimérica a nossa intimidade, crendo que onde estamos, o que compramos ou que temos sã zonas de privacidade. Há muito que não são. Segundo, ainda quando cientes deste dano no espaço íntimo, esta ideia de cedência prossegue perturbadora por pensarmos que do outro lado da recolha de informação estão pessoas, quando quem a receciona numa app como a dos Warriors não é um senhor numa mesa, é uma máquina que analisa formas de nos vencer, de nos levar a consumir.
Kenneth Cuckier, autor do livro Big Data, explica-o numa TED Talk: «Nos anos 50, um cientista de computação da IBM, Arthur Samuel, fez um programa para jogar damas. Ele ganhava sempre porque o computador só sabia regras. Então, criou subprograma pelo qual a máquina calculava a probabilidade de determinada disposição do tabuleiro conduzir à vitória. Samuel deixou o computador jogar sozinho para acumular informação e, quando voltou a defrontá-lo, nunca mais venceu. Criara uma máquina que aprende e que ultrapassa a capacidade do criador». 70 anos depois, ainda olhamos para as máquinas como humanos que, ao saber sobre nós, nos apoquentem como num sonho de nudez. Mas são máquinas. E olham para nós como máquinas. Não tenhamos medo da tecnologia, tenhamos medo de nós."

Miguel Cardoso Pereira, in A Bola

A Europa a feijões

"É sempre assim o popular Benfica, avassalador na maré alta, eminentemente trágico nas marés baixas

Nenhum adepto do Benfica no seu perfeito juízo duvidou durante esta semana que o jogo marcado para o fim da tarde de hoje, no Estádio da Luz, com o Estoril Praia, será sempre muito mais importante para o definir da temporada de 2017/18 do que foi o jogo da última terça-feira, no mesmo distinto palco, com a equipa suíça do Basileia. Não é a valia dos adversários que está em causa. O que esteve e está em causa é a realidade das circunstâncias, triste realidade, circunstâncias lamentáveis em que o Benfica se viu inapelavelmente arredado de qualquer tipo de aventura internacional depois de uma série de cinco derrotas nos seus primeiros cinco jogos na fase de grupos da mais importante prova de futebol do continente.
A perspectiva de uma sexta derrota a fechar o périplo apresentava-se não como uma inevitabilidade histórica mas, a acontecer, como o sintoma indisfarçável de uma mania já aguda. E aconteceu. É sempre assim o popular Benfica, avassalador na maré alta, eminentemente trágico nas suas marés baixas, sendo que esta maré europeia, baixíssima, vai ficar como um dos momentos mais falhados e mais embaraçantes a castigar a História do maior clube português. Castigos, sim, e muitos. Foi exactamente isso de que se tratou na noite de terça-feira com os suíços na Luz. Castigo para Pizzi, obrigado a ser titular depois dos seus remoques para o treinador quando se viu substituído no Dragão, castigo para o treinador por ter apresentado uma equipa 100% talhada para um jogo de pré-temporada a feijões, castigo também para Jiménez obrigado a ver do banco a entrada do noctívago Gabigol quando ele, pobre mexicano, nunca foi apanhado em tais práticas.
E, finalmente, castigo imenso para os adeptos, que, ainda assim, preencheram metade da lotação do recinto na esperança de que alguém de encarnado vestido salvasse a honra do convento numa arrancada maluca, numa insistência desesperada. Como aquela de Seferovic, à meia hora de jogo, quando se viu sozinho no meio de muitos adversários e, sem ter ninguém dos seus com quem trocar a bola, resolveu dar meia-volta, fugir às marcações e rematar à baliza. Foi o melhor lance do ataque do Benfica contra o Basileia. Já na sexta-feira anterior, o melhor lance do ataque do Benfica contra o FC Porto foi no momento em que Krovinovic, sem ter ninguém dos seus com quem trocar a bola, resolveu arrancar sozinho para a baliza de José Sá. E quase que deu em golo.
A Europa jogada a feijões já lá vai. E como fazer pior do que esta campanha é impossível, este pequeno Benfica só pode mesmo melhorar.

Podence é mais baixo do que Messi mas daí a ser "baixinho"…
A imprensa espanhola, que tanto embirrou com José Mourinho, resolveu agora embirrar com Jorge Jesus, não reconhecendo nem estatuto nem dimensão ao treinador do Sporting para tratar Lionel Messi por "ó, baixinho!" naquela ginga lusitana de lhe cravar um abraço em frente às câmaras no fim do jogo de Barcelona. "Demasiada confiança", escreveu o ‘AS’ com as peneiras do costume. 
Também é verdade que o argentino ajudou à festa, fingindo, à primeira, que não ouvia. Ergueu os olhos para o céu, como que à procura de um interlocutor francamente superior, mas acabou por se condoer e fez o obséquio de se deixar abraçar pelo treinador português. O esforço de Jorge Jesus, note-se, não foi o de um caça-autógrafos fascinado por celebridades. Foi o de um adepto emocionado por estar à beira do pequeno e fabuloso Lionel Messi. E, em Alvalade, Jesus até conta ao seu dispor com um rodas-baixas, Podence, que tem menos cinco centímetros do que o argentino. Mas daí a ser "baixinho"..."

Benfiquismo (DCLXXXII)

Benfica - Estoril, 2015

Uma Semana do Melhor... Volei...

Jogo Limpo... Politiquices!

Champions ou penta

"Há uma série de lições que Rui Vitória não poderá ignorar

A campanha europeia não nos correu bem. Ao contrário do jogo no Estádio do Dragão, que acabou por recolocar o Benfica na luta pelo título, o percurso europeu dos tetracampeões não encheu o olho. Pode mesmo dizer-se: desiludiu!
O Benfica tem muito mais dimensão do que as 6 derrotas consecutivas que sofreu nesta fase de grupos. E, especialmente neste último jogo com o Basileia, há uma série de lições que Rui Vitória não poderá ignorar. Mas a Champions, por mais que nos encha o orgulho e os cofres, não pode esconder ou obnubilar o grande objectivo de conquista do pentacampeonato.
Ser Benfica significa não desistir, não ceder. Basicamente, a ideia é apenas uma: o penta é o nosso grande objectivo. A Champions desta época 2017/18. O resto é passado!"

Aliança vai agora ser posta à prova

"Parceria entre FC Porto e Sporting, está a resultar em pleno

FC Porto e Sporting partem para a 14ª jornada do campeonato de braço dado no comando da classificação. Chegamos a dezembro e a parceria estabelecida entre os dois clubes está a resultar em pleno, tendo em conta que o rival comum, o Benfica, está três pontos abaixo na tabela. Entre leões e dragões, e não é preciso excepcional esforço de memória para recordar esses tempos ainda frescos, as candeias andaram às avessas.
Por culpa de egos inflamados, como é hábito acontecer nas guerras de alecrim e manjerona do futebol português. Bruno de Carvalho já meteu Pinto da Costa e "senilidade pura" na mesma frase. Pinto da Costa, por sua vez, chamou a Bruno de Carvalho "adjunto de Jorge Jesus". Mas as circunstâncias mudam. E o tetracampeonato conquistado pelo Benfica foi uma dessas circunstâncias que obrigaram a medidas excepcionais. Seguramente não foi para recordar esses tempos que ambos, Pinto da Costa e Bruno de Carvalho, se sentaram lado a lado no camarote presidencial de Alvalade, por ocasião do Sporting-FC Porto realizado há pouco mais de dois meses, oficializando assim a paz entre ambos. 
Para Março está agendado o FC Porto- -Sporting, referente à 25ª jornada. Falta ainda muito tempo e até lá muitas coisas podem acontecer. Mas se a parceria continuar a dar frutos e se a estratégia de uma frente comum anti-Benfica se mantiver, conseguirá esta aliança estratégica entre leões e dragões sobreviver até lá? Eis um desafio que servirá para desvendar se este é apenas um casamento de conveniência.

Tolerância zero na Luz
O colapso europeu do Benfica aumenta a exigência dos adeptos para o que falta da época. Não haverá margem de tolerância no campeonato, até porque a equipa tem agora outro desafogo no calendário competitivo. Mas, neste caso, isso significa que a pressão vai aumentar.

O que não te mata...
Depois do infortúnio no Bessa, em Setembro, que ditou a única derrota que o Benfica tem no actual campeonato, e de uma condenação pública que quase o atirou para o baú dos proscritos, o guarda-redes Bruno Varela regressou mais forte. Lá diz o ditado, "o que não te mata..."

O fado de Alvalade
Os lugares-comuns, em Alvalade, continuam a ser o que eram. O Sporting dá luta, deixa boa imagem, sai de cabeça erguida nos jogos com os tubarões europeus. Mas perde. Enquanto for assim..."

Violência? Respeito, sim; claques, não

"Claques, com ou sem papel passado, não têm de obter apoios especiais.

Com uma política desportiva que parece centrar-se na comunicação, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) dificilmente procurará o recato para tratar, em profundidade e com os parceiros, o cancro da violência no futebol. A arbitragem também se expõe, os directores de comunicação não passam de papagaios digitais, os directores-gerais são incendiários com assento nos bancos de suplentes, os presidentes avalizam a pouca-vergonha e o ministro da Educação remata com o pé que tem mais à mão: "O futebol não pode ser um reality show." Entretanto, árbitros e jogadores continuam a ser agredidos. E adeptos a morrer.
A FPF, para atacar a maligna doença e as metástases, propõe um curso de formação para dirigentes e uma melhor política de apoios e regulação das claques. O curso é dispensável – basta voltarmos a ter respeito por nós e pelos outros. Quanto às claques, um sorvedouro de dinheiros públicos, o problema não se coloca. Com ou sem papel passado, não têm de obter apoios especiais.
Querem ir ao futebol? Vão, mas como qualquer espectador, com ou sem cachecol, podendo apoiar, sem obediência a macacadas, o seu clube. Por isso, a FPF escusa de defender a criação de uma autoridade virada para a segurança e o combate à violência no desporto. As polícias e os tribunais chegam – em causa está, tão-só, a lei e a ordem. Tatcher e Inglaterra explicaram, há muito, como se faz."

Dois pontos perdidos no Dragão

"A entrada de Felipe merecedora de cartão vermelho definiu o único prejudicado pela arbitragem no clássico

O Benfica empatou no Dragão e perdeu dois pontos na luta pelo título. Num jogo onde teve a felicidade de Marega ser mais agressivo contra os dirigentes adversários do que com a bola a meio metro da baliza. O Benfica entrou bem no jogo, dominou durante 25 minutos e viu Jonas falhar a melhor oportunidade do jogo logo aos dois minutos com a baliza deserta.
A entrada de Felipe merecedora de vermelho aos 11 minutos (minutos depois teve outra para amarelo) definiu o único prejudicado pela arbitragem. Se o Benfica tivesse ficado a jogar contra 10, nada teria sido igual e o vencedor só poderia ter sido um. Numa análise serena ao jogo, constatar que foi o Benfica que acabou com 10 deve deixar tópicos para reflexão. Mas isso não invalida o essencial, perdemos dois pontos na sexta-feira passada e temos que vencer o Estoril amanhã.
Jogámos muito bem 25 minutos mas o jogo tem 90 minutos e, no resto do tempo, o FC Porto foi superior, mesmo que Krovinovic aos 85 minutos tivesse nos pés a possibilidade da vitória. Parabéns ao FC Porto pelo empate e parabéns a Sérgio Conceição por ter visto aquilo que ninguém queria ver; José Sá é o melhor guarda redes azul e branco e o único com futuro.
Neste lamaçal em que anda o futebol e a arbitragem, um parênteses para Duarte Gomes. No programa televisivo em que analisa os lances, faz mais pela arbitragem do que todos os seus ex-colegas juntos. Explica os lances à luz das regras, é didáctico sem acinte nem acrimónia. Uma lufada de correcção, elevação e civismo e, por isso, os parabéns à SIC e ao próprio. O futebol precisa e o mundo civilizado agradece.
Temos 11 dias para nos mantermos na luta por todos os títulos. Há 11 dias para termos um bom Natal e poder fazer sentido os votos de «excelente Ano Novo».
Estoril no sábado, adversário de pesadelos não muito longínquos e um excepcional Rio Ave na próxima quarta-feira para a Taça de Portugal são o nosso difícil caderno de encargos. Neste momento, mais importante que a matemática é o futebol, é nesse que nos devemos concentrar, jogar bem e não dar margem para surpresas. O jogo da Taça na quarta é também ele muito importante, exige rigor e o melhor Benfica, com máximo de empenho e profissionalismo (ainda na quarta vimos o Marítimo / Cova Piedade)."

Sílvio Cervan, in A Bola

A caminho dos Quartos... à custa dos 'vizinhos'!!!

Benfica 3 - 1 Sporting
21-25, 25-19, 25-23, 34-32
Lopes(20), Zelão(15), Gaspar(12), Winters(9), Honoré(8), Gradinarov(8), Mrdak(3), Vinhedo(1), Violas, Filip, Dusan; Casas

Com a chegada do Sporting ao Voleibol, estava-se mesmo a ver que no primeiro sorteio da Taça de Portugal tinha que dar um derby!!!
Depois da derrota 'expressiva' no início do Campeonato, com a clara melhoria do Benfica desde então, esperava-se um jogo completamente diferente!!!

Por acaso, até começou mal!!! A derrota no 1.º Set 'acordou' a equipa, e as entradas do Gaspar e do Winters mudaram o jogo! O Mrdak tem melhorado mas ainda está 'mole' para este tipo de jogos; o Gradinarov tem andado a jogar lesionado, e hoje não deu para disfarçar!!!
A vitória no 3.º Set foi importantíssima pela forma como a conseguimos, com uma 'remontada' perto do fim... Os parciais do 4.º Set, são expressivos... até podiamos ter resolvido a 'coisa' mais cedo, mas pronto, ganhar nas 'vantagens' é muito saboroso!!!
Grande jogo do André do Zelão e do Honoré...
Com a eliminação do Sp. Espinho e do Sporting, temos caminho aberto... Fonte e Castêlo são os potenciais adversários mais difíceis, mas totalmente dentro das nossas possibilidades!!!
Estamos num ciclo complicado, com muitos jogos, quase todos de grau médio ou elevado, felizmente o plantel parece-me motivado e alegre...

Vieira na Serra !!!

"É tempo de um novo tempo. A vossa presença neste jantar e nas inaugurações que fizemos é a prova da nossa força imensa como clube, como referência da sociedade portuguesa e como marca com potencial global. A vossa presença aqui simboliza a força de quem, perante as adversidades, desde logo, a do frio, não hesitou em dizer presente.
Hoje inaugurámos a Casa do Benfica na Covilhã e a filial do Sport Tortosendo e Benfica, levando a que a Covilhã seja o concelho do País com mais casas e filiais do Clube com cinco no total. O que prova o enorme benfiquismo existente nesta região, que tal como a Serra da Estrela eleva bem alto o nome do Benfica e de Portugal. O Sport Tortosendo e Benfica, a caminho de 100 anos de existência, representa bem o esforço e dedicação de centenas de dirigentes e atletas que, durante décadas, vestiram esta camisola. O espaço que inaugurámos é um bom exemplo do que estamos a construir, também nas nossas filiais, garantindo a prática de várias modalidades.
A Casa do Benfica na Covilhã representa hoje o que estamos a planear para o futuro. Pela implementação dos nossos serviços como a bilhética, Red Pass, Sócios, produtos oficiais e, em breve, também nos seguros. Mas, o magnífico espaço que inaugurámos é já diminuto para as nossas expectativas futuras e quero por isso lançar o desafio ao sr. presidente da Câmara, a cedência do edifício da tinturaria em frente às novas instalações para o desenvolvimento de mais actividades de âmbito associativo onde as crianças serão os principais beneficiários do mesmo.
Caras e caros benfiquistas, só com força e com trabalho conseguimos obter os resultados que honram a nossa memória, responder aos desafios do presente e preparar um futuro cada vez mais assente na formação, na inovação e na valorização do Sport Lisboa e Benfica. Este ano conquistámos o histórico Tetra, apresentámos os melhores resultados financeiros de sempre, temos um projecto claramente definido e somos os únicos com um plano de infraestruturas para um futuro claramente identificado e estruturado.
Não precisamos de desviar atenções nem criar ilusões para esconder um deserto de títulos ou o descalabro financeiro. E isso faz toda a diferença e explica muito o que se assiste, de quem nunca assume erros e falhas e tudo aposta numa desesperada fuga para a frente.
Caros benfiquistas, quero deixar aqui hoje uma mensagem muito clara. É tempo de um novo tempo. É tempo de todos assumirmos a nossa responsabilidade. É tempo de criar outro ambiente no futebol português e à volta dele. Qualquer tentativa de prolongar o actual clima que se vive será um desastre para o desporto, para economia, para a sociedade portuguesa e para a afirmação internacional de Portugal. É tempo de acabar com as ameaças e insinuações sobre os agentes desportivos.
Neste tempo de Natal, é tempo de a família do futebol mudar de atitude. Quem tem de agir para apurar a verdade que o faça o quanto antes, o mais depressa possível. O Natal é uma época de paz e de se pensar no essencial. É tempo de um novo tempo.
E, por isso, o Benfica reitera todo o seu empenho em contribuir junto das instâncias do futebol e do próprio governo no encontro de soluções que coloquem fim a esta escalada vertiginosa que a nenhuma instituição desportiva deverá interessar. Por nós continuará a ser tempo de luta pela conquista do Penta, por somar mais história à História de glórias do Sport Lisboa e Benfica e por continuarmos a fazer o trabalho de casa.
Caras e caros benfiquistas, as Casas do Benfica são parte fundamental da grandeza do Benfica. Sempre fizeram parte da nossa estratégia de valorização do Sport Lisboa e Benfica e continuarão a ser fundamentais para irmos mais longe e mantermos a chama imensa. É assim que queremos continuar a contar com o vosso apoio e a vossa mobilização no Estádio da Luz e nos vários campos e pavilhões onde o Benfica joga. O Sport Lisboa e Benfica é enorme. Aqui, na Covilhã, na Beira, em Portugal e no mundo. Viva o Benfica!"


A morte de uma crónica anunciada

"Não é engano. Deturpo deliberadamente o título de um dos vários romances notáveis de Gabriel Garcia Márquez porque me parece adequado face ao momento actual do futebol português. É mais que evidente que vários opinadores e imensos detractores profissionais se preparavam para, finda e última jornada, sentenciarem a falência do desiderato benfiquista para esta temporada: o penta. Afinal, parece-me indiscutível que continuamos na luta como, aliás, nunca deixámos de o estar. Por outro, tudo o que envolve o FC Porto faz-me pensar, por vezes, que o futebol português pertence ao domínio do realismo mágico de Garcia Márquez, embora  trágico seja o adjectivo que melhor o caracterize. De mágico subsiste apenas o dragão, e animal mitológico escolhido para símbolo do clube portista. Mas do ilusório, e por isso trágico, há muito por onde escolher como, por exemplo:
- a data de fundação;
- o revisionismo da relação dos clubes com o Estado Novo (por exemplo, o FC Porto foi elevado a Instituição de Utilidade Pública em 1928, com os benefícios daí inerentes, mais de três décadas antes do Benfica);
- a criação de inimigos imaginários ('centralismo');
- a projecção, nos outros, das suas falhas éticas e comportamentais na competição desportiva (quinhentinhos, apito dourado, etc.);
- ou se revela em factos caricatos, como a existência de um exército liderado por um macaco ou a proliferação de 'Pintos' ou de 'Fernandos Gomes', este a fazer lembrar o extraordinário 'Cem Anos de Solidão', no caso, '35 Anos de Podridão'.
Salve-se que o patriarca, no seu outono, parece cada vez mais um general no seu labirinto. E que ao veneno da madrugada, de um dos seus soldadinhos, já ninguém preste atenção."

João Tomaz, in O Benfica

Faz-me lembrar a minha irmã

"Tenho uma irmã mais nova, com quem vivi momentos marcantes na minha infância. Há algo que nunca me esquecerei: a habilidade com que a pirralha escapulia às asneiras que cometia. Fazia trinta por uma linha, mas eu era sempre o mau da fita na hora de os meus pais darem os castigos. Ela arranhava-me, mordia-me e pinicava-me: nada se passava. Contudo, se eu tivesse a insolência de lhe responder com uma sapatada, a espertalhona chorava baba e ranho, e o crucificado era o mais velho. O modo como Sérgio Conceição analisa os jogos do FC Porto é assustadoramente idêntico à estratégia utilizada pela minha irmã. A equipa é beneficiada uma vez, e ele cala-se caladinho. O árbitro volta a errar em favor do FC Porto, e nem um pio do treinador. Todavia, quando ocorrem lances - ainda que duvidosos - com decisões desfavoráveis, Sérgio puxa do pacote de lenços e chora baba e ranho.
Assim foi com o Aves - resumiu uma prestação miserável dos seus jogadores a uma jogada discutível ao minuto 90  e assim foi com o Benfica - sintetizou em dois lances um jogo onde não ganhou apenas e só pela aselhice de Marega - se o avançado maliano acertasse na bola com a mesma pontaria com que Felipe acertou no Jonas logo aos 10 minutos, talvez o resultado fosse diferente.
Tenho 23 anos e vejo futebol, seguramente, há 15 ou 16. Foram necessários 20 (!) visitas do Benfica à Invicta para eu poder testemunhar um clássico onde o árbitro errou para os dois lados. Até aqui, o desgraçado era sempre o mesmo - será daí a origem do nome 'clássico'? Desta vez, houve dois clubes com razões de queixa e um deles estrebucha de revolta. No fundo até compreendo: estão mal habituados."

Pedro Soares, in O Benfica

Como se fossem factos

"Não sou velho, mas ainda me lembro de saudosos tempos em que os protagonistas do futebol eram os jogadores e os treinadores. No desporto que me foi apresentado em criança, e pelo qual me apaixonei, julgo que não existam directores de comunicação. Pelo menos não dei por eles, nem senti a falta.
O mundo mudou, e reconheço que a função se tornou necessária. Em entidades de grande dimensão, a harmonização do discurso institucional carece hoje de especialistas que ajudem a passar a mensagem sem ruídos ou equívocos interpretativos. É absurdo, porém, que sejam eles a substituir-se aos grandes protagonistas, e a transformar-se em figuras em torno no terreno de jogo quase pareça assunto menor. Não será difícil identificar exemplos disto mesmo no futebol português, como também é fácil perceber as consequências nefastas que tal inevitavelmente traz, ou já trouxe, a uma indústria que precisa de tudo menos de chicos-espertos a debitar parvoíces como se fossem factos, lançando lama sobre êxitos alheios com o intuito de esconder fracassos próprios - como se não tivéssemos visto os jogos, ou como se os títulos tivessem sido atribuídos por mail, ou por edital afixado na Rua da Constituição.
Infelizmente, a culpa não é só deles. Todo uma comunicação social decrépita e em busca desesperada de uma polémica diária que, à custa de sangue, lhe sustente a audiência, tem de ser responsabilizada na mesma medida. O que nos vai valendo é que eles não metem bolas na balizas. E por muito que lhes custe, cá nos mantemos firmes, na luta pelo Penta.
Vamos ler de novo: Penta!"

Luís Fialho, in O Benfica