Últimas indefectivações

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Novos tempos...

"1. Nas Antas, golos em fora-de-jogo a favor do Porto continuam a ser um hábito. Caçar adversários às patadas como se fossem ratazanas também. E para que a festa seja verdadeiramente uma festa não faltam os salsifrés provocados pelos que se sentam no banco e uma chuva de objectos vários para o relvado. Enfim, um exemplo de educação e civismo desta vez abençoado por mais um árbitros amigo chamado Hugo Pacheco. Que quer ser profissional, claro!

2. Hugo Pacheco e todos os outros... Não basta que sejamos agredidos semanalmente pela sua quase universal incompetência; não basta que na sua maioria os árbitros internacionais recebam verbas que fazem corar de vergonha um País miserável como o nosso. Exige-se a profissionalização. Com ordenados a rondar os 4000 euros/mês. Imaginar Hugo Pacheco a embolsar mensalmente tal quantia é de fazer revolver as entranhas. Já para não falar de Benquerença, de Proença, de Hugo Miguel, de Soares Dias e por aí fora. Enfim, nada de novo, em Portugal o Futebol não tem vergonha.

3. Sabia-se, que para o Madaleno, o presidente dos árbitros estava de cócoras. Ficou a saber-se para os próprios árbitros o presidente dos árbitros está de cócoras. A demissão parece nunca lhe ter passado pela cabeça.

4. Depois de o Benfica ter inaugurado o seu Museu, o F.C. Porto ameaça fazer o mesmo. Terá penduradas nas paredes fotografias dos árbitros amigos? Pedro Proença terá uma ala só para si? E Casagrande? A chávena do famoso cafézinho será exibida na sala de taças? Haverá distribuição gratuita de café com leite aos visitantes? E descontos para prostitutas? E uma exibição especial de várias qualidades de fruta? Será certamente um Museu muito especial..."

Afonso de Melo, in O Benfica

Sem palavras

"1. 26 de Julho de 2013 foi mais um dia histórico para o nosso Clube. Foi oficialmente inaugurado o Museu Benfica Cosme Damião, feliz designação que homenageia um dos nossos primeiros grandes dirigentes. Tive a feliz oportunidade de visitar o Museu dois dias antes. Tinha a ideia, pelo que me diziam os responsáveis, que ia ser algo espectacular, de diferente. Pois, pelo que vi (e não consegui ver tudo nem pouco mais ou menos...), o nosso Museu excede em muito o melhor que eu poderia imaginar. Não tenho palavras para descrever a alegria, a emoção, o orgulho benfiquista, que senti. Saí de lá com a sensação de que me faltarão mais umas três ou quatro visitas de várias horas para ver tudo, para experimentar tudo. Vi um filme de recorde nacional do salto em altura do nosso Guilherme Espírito Santo em 1940, ouvi a Amália a cantar, vi um 'marco de correio' dos primeiros anos, procurei, trocando num écran, as equipas campeãs das mais diversas modalidades e em vários anos, vi o Eusébio ali sentado à minha frente, a falar (mas, afinal, era um holograma!). Isto para já não falar no excepcional filme 'O Voo da Águia', que tão bem retrata o que é o Benfica de hoje e de sempre; na espectacular subida no elevador, ali no meio dos nossos adeptos; ou até nos penálties que podemos marcar quase no final de visita, que acaba, de forma muito simbólica, homenageando todos os clubes com quem já nos defrontámos em Futebol e que ali são referidos, um a um. Realmente, é impossível ver tudo numa só visita.
Está de parabéns o Benfica por este empreendimento, na linha das grandes realizações dos últimos dez anos: estádio, pavilhões, piscinas e tudo o mais, na Luz; centro de estágio, no Seixal; Benfica TV; agora o Museu. Está de parabéns os benfiquistas. E estão de parabéns todos os responsáveis pela edificação do Museu, desde o presidente, Luís Filipe Vieira, ao vice-presidente, Alcino António, e todos quantos nele trabalharam, dos quais, destaco, pelo que tive oportunidade de conhecer, António Ferreira, Luís Lapão, Rita Costa e, claro o indispensável Alberto Miguéns. Obrigado a todos!

2. Triste notícia dois dias depois: o falecimento do presidente Fernando Martins. Nem sequer estive de acordo com ele e sou algo crítico das suas gerências. Mas reconheço o mérito do fecho do Terceiro Anel, obra que recebi inicialmente com reservas mas acabei por aprovar sem reticências mais tarde. Foi um dos presidentes que ficou na nossa história. Sem dúvida..."

Arons de Carvalho, in O Benfica

Objectivamente (Fernando Martins)

"A morte de Fernando Martins deixou tristes os benfiquistas. Todos nós, os que tivemos o privilégio de ter lidado com ele, temos lembranças que nos abraçam a alguma saudade, pela forma bem característica do «velho», como carinhosamente lhe chamávamos.
Todos, desde os empregados do Altis, aos funcionários e colaboradores do Benfica, têm histórias passadas com este homem com uma larga experiência e sabedoria de vida. E nem todas eram contos de fadas! É que o rigor e a forma como ele gostava que os assuntos fossem tratados nem sempre tinham boa receptividade do outro lado!...
Os seus vice-presidente (ainda agora Marcel de Almeida se referia a isso) e até Eusébio tiveram com ele os seus «qui-pro-quos» mas tudo foi ultrapassado sem rancores com o seu enorme espírito de RECONCILIAÇÃO.
Era esta a palavra que lhe marcava a vida. Mesmo com as suas posições e a dureza a negociar, havia sempre um final feliz porque ele sabia até onde podia ir! Com ele falei muitas vezes por altura das eleições e ele ouvia com atenção, SEM COMENTÁRIOS, as nossas opiniões. Ele assimilava, mas nunca dizia o que ia fazer... Mas ouvia. Ouvia sempre e lá fazia a avaliação à sua maneira.
Deixou, sem dúvida, uma marca no comando do Benfica durante os seis anos em que dirigiu o Clube. Ao seu estilo não deixou que houvesse intromissões na liderança do Glorioso. Teve vitórias e derrotas como todos, mas recordarei sempre aquela final da Taça UEFA a duas mãos, perdida na velha Luz, com um golo de cabeça de Lozano, oito minutos depois de Shéu ter marcado o golo da esperança! Não deu vitória. Mas, como dizemos agora, nem sempre se pode ganhar!..."

João Diogo, in O Benfica 

Resolver Cardozo é para ontem...

"O tema Cardozo é fraturante para a família benfiquista. Por isso deve ser resolvido com celeridade. Seja para sair, seja para ficar...

O Benfica exige garantias de que vai receber o preço estipulado pela transferência de Cardozo para o Fenerbahçe. Até este momento, os turcos não quiseram (ou puderam) prestar essas garantias - nem arranjar quem por elas se responsabilizasse, nomeadamente a Federação local - e as negociações entre Lisboa e Istambul chegaram a um beco sem saída. Deve o Benfica facilitar e colocar-se a jeito de vir a receber lá para as calendas, depois de múltiplas acções judiciais? Não, isso não será defender os interesses do clube. Então, aqui chegados, que fazer? Óscar Cardozo pode vir a ganhar na Turquia (onde os impostos são cerca de três vezes mais baixos que em Portugal), praticamente o triplo do que aufere na Luz, o que explica o forcing que o Tacuara e o seu empresário estão a fazer, criando pressão para que a transferência se efective. Mas, amigos, amigos, negócios à parte e das duas uma, ou há acordo entre clubes ou ao melhor goleador encarnado dos últimos anos não restará senão continuar na Luz. 
Então e Jesus, poder-se-á perguntar, que foi confrontado pelo jogador após a final da Taça, o que deve fazer o treinador encarnado? Tanto na entrevista à Benfica TV; quanto anteontem, após a derrota com o São Paulo, Jorge Jesus remeteu para a administração da SAD (leia-se para Luís Filipe Vieira...) a resolução do imbróglio, o que significa que, se a decisão, concluído o processo disciplinar em curso, passar por reintegrar Tacuara, não lhe restará outra alternativa do que dar o incidente por encerrado e tratar o paraguaio como trata todos os restantes elementos do plantel. Ou seja, se Cardozo regressar (e porque são os interesses do Benfica que devem ser colocados acima dos egos), Jesus deverá acolhê-lo numa normalidade que só será ferida se houver ostracização do bi-Bola de Prata. Indo mais longe, se nada se alterar no plantel encarnado, se Cardozo for integrado, as contas do onze do Benfica devem ser feitas na base de Tacuara mais dez. Porque, realmente, não há quem lhe tire o lugar; se Cardozo rumar a outras paragens, Jesus precisa de encontrar no mercado um matador com as características do paraguaio, sob pena de ver repetido amiúde o filme visto no passado sábado na Luz ante o São Paulo, de muita parra e pouca uva.
No meio de tudo isto - e porque ficou à vista que estamos perante um tema fraturante na família benfiquista - há um carácter de urgência associado à definição deste problema, se Cardozo é integrado, ou se vem outro para o seu lugar.
Tem sido assumido de forma mais ou menos consensual que este vai ser um campeonato em que os dois principais candidatos deverão perder poucos pontos. Até 1 de Setembro, o Benfica viaja aos Barreiros e a Alvalade e recebe o Gil Vicente. Quaisquer contas de cabeça são suficientes para que se perceba porque as decisões encarnadas devem ser para ontem...

Seis meses depois: e a polícia não descobre nada?
«Informaram de que tinham sido furtados computadores do presidente da FPF e da secretária, mas houve furto de um terceiro portátil, do presidente do Conselho de Arbitragem»
Fonte Policial, Lusa
Insisto: em Fevereiro passado, um ladrão entrou na FPF, cortou-se e deixou sangue e impressões digitais espalhados e o rosto do captado pelas câmaras de videovigilância. Furtou os computadores de Fernando Gomes e da secretária e ainda de Vítor Pereira. Para quê? Mistério. E mais misterioso é que se tenha evaporado. Com tantos indícios e as autoridades policiais nada apuram?

(...)"

José Manuel Delgado, in A Bola