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quinta-feira, 19 de maio de 2016

O tri... nta e cinco!

"Com a vitória frente ao Nacional, o... 35.°!!! Tricampeões Nacionais!!! E, agora sim, como isso lhes dói... Todos sabemos como isto começou. Com a tentativa de humilhação, por quem - durante 6 anos - tinha sido um dos nossos (e como fiquei feliz por ter deixado de o ser). Para, no fim, para a história deste campeonato, ficarem os 88 pontos do Benfica, resultantes dos 88 golos marcados e os 22 golos sofridos. Mas, também, para essa história, a reta final irrepreensível, com 12 jogos e 12 vitórias. Consecutivas. O segundo classificado, vice-campeão, esse, terminou a época com 79 golos marcados e 21 sofridos... mas com 86 pontos. Muitos, mesmo, mas, ainda assim, menos 2 que... o Campeão. 
Para a história deste campeonato, fica, ainda e também, a recuperação fantástica de 7 (!!!)pontos de atraso.
Somos, por tudo isso, um vencedor mais que justo! Aquele que mais correu e que mais quis ganhar. Aquele que, efectivamente, provou ser o melhor.
Do jogo de domingo, ainda, e para além da bonita festa que se seguiu, tivemos um Jonas Bola de Prata... 32 golos e outras tantas assistências!
Factor de grande realce, e de orgulho, deste campeonato, todos e cada um dos que carregaram e empurraram, literalmente, a equipa para o sucesso, por diversas vezes, mas sobretudo nos jogos mais difíceis, numa clara demonstração do verdadeiro... colinho.
Ou seja, todos aqueles que sempre acreditaram - mesmo quando os resultados e até algumas exibições teimavam em contrariar - e que fizeram - a equipa acreditar. A união perante a dificuldade. Na luta mais unidos do que nunca e que desde cedo se percebeu que seria até ao fim.
Um título que sendo para esses, que sempre acreditaram, também o é para os que qualificavam como impossível esse objectivo. O título que é a prova que o verbo desistir não faz parte, nem é compatível, com a dimensão do Benfica. Foi, por isso, uma história que se fez, essencialmente, de coragem. E que culminou com o nascimento de uma equipa sólida, muito coesa defensivamente e especialmente eficaz no ataque. Ganhou-se, face a isso, um treinador e uma equipa, que soube sofrer, ou, dito por outras palavras, um colectivo com alma e chama imensa.
Que grande tarde de domingo, cheia de emoção e mística - a nova palavra que o grego Samaris, nesse dia, aprendeu - que se prolongou noite dentro pelo país, de norte a sul, e além-fronteiras!!!
Sem provocações ou declarações mesquinhas e sem incidentes.
Até porque o Benfica... é maior que Portugal.

Luís Filipe Vieira
1. Goste-se ou não, é um dos homens do momento e um daqueles que mais tem feito a diferença nos últimos anos, ao longo dos seus mandatos.
Um Homem, de grande carácter, que para além da grandiosa obra que construiu, tem a enorme capacidade de comandar e de governar de forma exemplar o clube.
À semelhança do que tem acontecido ao longo dos seus mandatos, este está a ser fortemente marcado por conquistas desportivas. Até porque, nem só da obra e do património construído pode viver um clube. Um clube que até há bem pouco tempo, antes da chegada de Luís Filipe Vieira ao poder, tinha ânsia de títulos e de estabilidade financeira. Luís Filipe Vieira conseguiu esse tão desejado equilíbrio, que muitos não o souberam ou conseguiram atingir. Este seu mandato também não é excepção... Também é muito dele este tricampeonato.
Desde logo, pela confiança dada ao treinador, quando muitos achavam insustentável a sua continuidade. Depois, pelo exemplo da sua postura, de nunca descer ao nível dos outros, mesmo até quando confrontado com as tentativas de desestabilização alheias, que mais não passaram de ataques desenfreados e mesquinhos.
Pela coerência das suas ideias, defendendo sempre e acima de tudo - e até de quase todos, novamente - os interesses do Sport Lisboa e Benfica.
E, ainda, pela maneira como conduziu o clube - ou o Ferrari vermelho - para o tricampeonato, fazendo com que a equipa se reerguesse, para mais ninguém a parar.

Rui Vitória
2. Rui Vitória!!! O treinador, o outro homem deste campeonato! O treinador que não é treinador, para alguns... mas que, ainda assim, veio a sagrar-se campeão!
Por tudo o que passou - provocado pela mesquinhez, pela inveja e pela mediocridade - mereceu totalmente esta conquista.
O Homem que desde cedo foi exemplo, ao rodear-se da equipa, ou melhor, dos seus jogadores.
Um líder, mas acima de tudo um grande companheiro e amigo. Aquele que foi o primeiro a defender e a valorizar todo o plantel, sem um lamento face à onda de lesões que o martirizou, a cada jornada. Um grande Homem que fez a diferença na oportunidade que deu a Paulo Lopes de se sagrar bicampeão, contrapondo-se, em termos de carácter, a quem, no ano passado, sem depender desse último resultado para nada, não foi capaz de o fazer.
Recém-chegado à Luz, prometeu dar a vida pelo clube... pelo seu e pelo nosso clube, pelo seu e pelo nosso Benfica!
E de facto... cumpriu!
Tal foi a maneira como sempre reagiu a cada adversidade.
Um homem que sempre manteve a postura e o nível, nas vitórias e nas derrotas, e que, ao contrário de outros, nunca disse mal de um colega.
E que diferença isso faz...
Um homem que sempre falou no colectivo, no nós... e não na primeira pessoa do singular, muito menos para referir eu ganhei.
Fez, por isso, das adversidades uma das suas principais armas e motivações para tratar de redefinir algumas vezes o seu caminho... o do 35.º!!! Sem que para isso fosse necessária a teimosia, a cobardia e a má educação dos últimos seis anos.
Ganhou, estou certo, o respeito e consideração dos adeptos de futebol em geral e conquistou, muito em particular, o coração de muitos (de todos, acho eu) benfiquistas.
Por tudo isso, mas sobretudo pela grandiosidade humana, pelo carácter, pela simpatia, pela humildade e pela exemplar luta que travou. Quase tão importante como essas características humanas, só o seu grande benfiquismo.
Que mística!!!
E que fantástico campeonato fez! Sobretudo pelo recorde de pontos alcançados e por outros objectivos atingidos, superando, assim, outros que se lambem, julgando-se verdadeiros rebuçados!
Só para que o recordemos... o número de pontos alcançados pela equipa (88), o de vitórias consecutivas (12 contra as 11 do treinador anterior), o de vitórias no campeonato (29 vitórias contra as 27 do outro), o de golos marcados (88 contra os 86 do tal).
Isto já para não falar que o treinador que não é treinador esteve a 7 (!!!) pontos do melhor treinador do mundo. E, sabendo todos nós como acabou, será que posso perguntar quem é que é incompetente???
Sem esquecer, nunca, a grande importância na valorização de jovens jogadores da formação.
Não é, de facto, para todos.
Parabéns, Rui Vitória.
E... obrigado! Pelo TRI, mas sobretudo pela educação, pelos princípios, pelos valores e pelo reconhecimento. À Benfica!

Os dois derrotados
3. Os maiores derrotados deste campeonato??? As 2 pessoas que, à semelhança dos seus adeptos - ainda que devidamente influenciados pelos seus dirigentes - mais valorizaram este título, por todos os jogos de bastidores e encenações feitas, quer com os conhecidos jogos psicológicos, quer com os constantes ataques e insinuações.
As mesmas 2 pessoas (ou 3 ou 4, dirá cada um dos leitores...) que, não raras vezes, mostraram que não sabiam ganhar... e, muito menos, perder!!! Mas, no futebol, como na vida, mais do que saber perder... é preciso saber ganhar!
A 25 de Outubro do ano passado - curiosamente, no dia em que o Estádio da Luz comemorava 13 anos -, e após ter ganho na Luz (0-3), ouvi alguém dizer: «era fácil pôr o Rui Vitória deste tamanhinho, mas não o vou fazer por respeito». O tal que não o qualificou como um treinador e que, por isso, não seria mau colega. O mesmo que afirmou que o cérebro tinha saído da Luz. Um egocentrismo medonho. Esquecendo-se que aquele que qualificou como não treinador tinha sete pontos de atraso à 13.ª jornada... e que mesmo assim foi campeão!!!
Não obstante terem-nos derrotado três vezes esta época, já devia saber, até pelo seu bicampeonato, que, para ser campeão nacional, é preciso muito mais.
O União da Madeira também fez resultados fantásticos com o Benfica, o Sporting e o Porto e... desceu de divisão! E nem se diga que o azar foi para uso interno, porque - eles nada ganharam.
Mas mais do que isso, a sua estratégia, sobretudo de comunicação, não passou de um grande erro - ao contrário daquilo que que nos queriam fazer crer e, até mesmo, daquilo em que eles próprios acreditavam. Afinal... a estratégia de maledicência e de insinuação não deu resultado, numa demonstração clara de que os fins não justificam os meios. Assim, pouco ou nada adiantou o facto de terem passado o ano todo a falar mal do Benfica... como se vivessem, apenas e só, de e para o Benfica.
Nada mais errado!!!
Achavam eles que a contratação (milionária!) do treinador do rival seria a salvação da pátria.
Nada mais errado.
E, agora sim, como isso lhes dói... no bolso e na alma!!!

Tri, hóquei campeão e... todos a Coimbra!
4. Que grande fim de semana!!! No passado sábado, campeões nacionais em hóquei, no domingo, campeões... europeus!
Grande Pedro Nunes, por quem o Estádio da Luz gritava, numa prova de que os treinadores também podem ser estrelas.
Mas, amanhã, todos a Coimbra!!!
Já não falta nenhuma final... para o campeonato. Mas ainda falta uma final, a verdadeira, stricto sensu. Com a certeza de que queremos conquistar mais um título, mais uma Taça da Liga (CTT), e que pintaremos, de novo, Coimbra de vermelho.
Se vencermos - como espero - será o 79.º título do Benfica. O segundo tem... 75.
Que saudades das polémicas jornalísticas sobre quem tinha mais títulos (que motivaram, até, perguntas à UEFA). Mas, agora, isso já não interessa... Mas - para registo - recordemos que a auto-intitulada maior potência desportiva em Portugal tem... 46.
A estes, não há perguntas à UEFA que lhes valham.
Quanto ao futuro...
BENFICA, BENFICA, BENFICA... DÁ-ME O 36!!!!"

Rui Gomes da Silva, in A Bola

Para quem ainda não sabe...!!!

" Mas há comparação?! "

Porra, é tão bom ser do Benfica

"O Jesus devia saber que isto de falar mal de um clube é mais ou menos como quando falam mal dos nossos filhos. A nós, pais, tudo nos é permitido. Podemos mandar-lhes um par de berros. Podemos dizer que não sabemos a quem é que saem assim tão preguiçosos. Podemos dizer que são chatos e insuportáveis, que não têm maneiras ou que não são das cavernas para comerem com as mãos, raça dos miúdos. Em casos mais graves podemos até ameaçar com uma palmada bem aplicada, que acaba-se já aqui a brincadeira e se é para chorar, choras com razão. Mas ai de quem ouse apontar o dedo a um filho nosso. Viramos feras, pomos logo as unhinhas de fora, era o que faltava, virem agora falar mal do nosso anjinho barroco, esta doçura de criança, esta coisa mais querida, este poço de bons modos.
Com os clubes é o mesmo. Nós, os adeptos, podemos dizer tudo. Que os jogadores são uma vergonha. Que não jogam um caralho. Que não orgulham a camisola que vestem. Que eles é que ganham milhões e nós é que nos enervamos. Que o treinador já devia estar na rua, isto é lá homem à altura do nosso clube. Que o presidente é um incompetente. Que vão mas é todos levar num sítio onde o sol não brilha. Nós podemos dizer isto. Isto e muito mais. Porque o clube é nosso, a paixão é nossa, as alegrias e as dores são nossas. Mas não se metam connosco, meus amigos, que aí já é cutucar a onça com vara curta. E o Jesus, que é pai, devia saber disto.
Ao longo da época , a cada jornada que passava, lá vinha ele falar do Benfica. Carregado de sobranceria, com o ego insuflado. A falta de humildade já todos lhe conhecíamos, a de carácter é que não. Bem sei que ele treinou o meu clube seis anos e agradeço, do fundo do coração, por tudo o que nos ajudou a conquistar. Mas o Benfica também fez muito por ele, isto não foi uma relação unilateral. E também por isso se esperava mais. Ou, neste caso, menos, muito menos. E, neste caso, dizer menos era respeitar um clube com a dimensão do Benfica. Era respeitar os adeptos, era respeitar um colega de profissão. Toda a gente ouviu. O Jesus fez questão que toda a gente o ouvisse dizer que o Benfica não tinha treinador, que ele é que era o cérebro da equipa, que o Rui Vitória não tinha andamento para o Ferrari, e tantas outras alarvidades, que culminaram com a total falta de fair-play que se viu ontem, em que não só não foi capaz de dar os parabéns ao Benfica como ainda conseguiu vir dizer que ele cria e os outros copiam. A azia, de facto, transtorna as pessoas.
Mas o ego do Jesus não só estava inchado como estava a ser alimentado por um presidente lunático, arrivista e incendiário. Uma combinação explosiva que não o deixou ver o desastre a aproximar-se. Quando se deu conta já estava a ser atropelado pelo tal Ferrari. Ao mesmo tempo, o presidente do Sporting alimentava as redes sociais semana após semana. Fomentou uma rivalidade e um ódio nunca antes vistos entre os dois grandes. Das picardias divertidas e saudáveis passou-se para uma agressividade patética e inexplicável (no fundo, aquilo que ele é).

Do outro lado, o Benfica ia fazendo o seu caminho, em silêncio e com humildade. Começou mal, é inegável. Ainda me doía a traição do Jesus e achei (e disse) que o Rui Vitória não era treinador para nós. Demasiado apagado, demasiado passivo e sempre com aquela atitude muito católica e abnegada de levar um estalo e dar sempre a outra face. Termos perdido tantos pontos logo no início da época também não ajudou, menos ainda perder três vezes com o Sporting. Acho que não exagero se disser que uns 90% dos benfiquistas pensavam "se formos à Europa já não é mau".
O que me levou algum tempo a perceber foi que as coisas agora eram diferentes, que tínhamos um treinador com uma postura completamente diferente, que as respostas se dão no fim e que a revolução já estava em marcha, qual 25 de Abril da segunda circular. E que de cada vez que o Jesus ou o Bruno de Carvalho diziam uma parvoíce qualquer, isso só nos dava mais força. Os jogadores uniram-se como nunca, os adeptos também. Pessoalmente, nunca fui tantas vezes ao estádio como este ano, nunca vivi os jogos com tanta emoção. Se vier a ter problemas cardíacos, ao Benfica os devo, que estes últimos dez jogos foram de uma pessoa evocar todos os santinhos disponíveis no menu. E por isso este campeonato tem um sabor tão especial. Porque é o terceiro consecutivo mas, sobretudo, porque já nos tinham feito o funeral em Dezembro e conseguimos dar a volta.
Estivemos a oito pontos e acabámos dois à frente. Poupem-me o discurso do colinho, vá lá, eu sei que conseguem melhor. TODOS são beneficiados, TODOS são prejudicados. O que aconteceu foi brio, dedicação, raça, paixão, mística e uma vontade louca de querer ser campeão. Se os sportinguistas também mereciam? Claro que sim. Foram combativos, foi o Sporting com mais qualidade das últimas temporadas. Mas depois têm aquele treinador, aquele presidente. E esses não merecem nada. Aparentemente, a única coisa que conseguem é virar o feitiço contra o feiticeiro e instigar tanto o adversário ao ponto de conseguir fazer com que lhes roube o campeonato. Obrigada, belo trabalho.

Não há palavras para descrever a festa que se fez ontem na Luz e depois no Marquês. A festa que já se vivia a cada semana, com todo o apoio que se dava à equipa, mas que acabou assim. Com um título que nos custou sangue, suor e lágrimas, mas que é nosso por direito. Foi o descomprimir de uma época de tensão que não podia ter acabado da melhor maneira. Porra, é tão bom ser do Benfica."

Não foi milagre... foi competência, união e trabalho !!!

Repeat !!!

Tri [II]

"Foi o 6° tri do Benfica. Quem diz tri, diz triângulo. Neste caso, equilátero: Vieira, Vitória, Equipa. Um triunvirato não de tricô e muito menos trivial. Um trio de vitórias, de Rui vitorioso e da águia Vitória saltitante. Uma época trifásica por trimestres, e que culminou com uma triunfal consagração. Tudo graças ao triplex de uma grande e unida família, com a tribo sempre solidária no seu tribómetro e não menos exigente no tribunal da Luz.
Houve muitas tricas durante a época, mas há que separar o trigo do joio. O trigo da Luz não é o mole ou o transgénico. Nem o trigo verdeal. É o trigo duro, bem triturado. O Benfica na sua inexpugnável trincheira tricotou o título com uma equipa sem tripalhadas, mais do que trilingue e com uma notável triagem de jogadores antes ignotos na equipa B.
Percebo a tristeza de quem não venceu, apesar da trivialização de medonhos tricórnios inventados a cada semana e de um indisfarçável triunfalismo precoce com trincadelas à mistura e tripés virtuais. Apesar de ter investido à tripa-forra, percebo quão difícil é digerir o triácido jejum de - quem fazendo um notável campeonato - não ganhou por um triz.
Esse triz chama-se Benfica que dispensou as triplas em 29 de 34 jornadas. O triunfo é obra de trincos à altura, trabalhadores à medida, tridentes demolidores, trivelas quanto baste, trintões jovens e decisivos, trinca-espinhas tipo Talisca, tripulação eficiente.
Não foi, porém, um qualquer tri-ciclo, antes foi o sabor de trípticos de alma, querer e carácter.
O meu tributo ao grande triatlo no fim-de-semana: tri no futebol, bi no hóquei e o europeu sobre rodas."

Bagão Félix, in A Bola

Vulcão Vermelho VI

O título de Vitória 'vs.' Jesus

"Jesus: tudo a seu favor logo no início. Vitória: tudo contra si. Mas tiros de canhão atingiram... quem os disparou!

Pode discutir-se qual foi a equipa com futebol mais vistoso, neste ou naquele jogo e em determinado período (quanto a mim, o Sporting: na Luz e, nas últimas 3 jornadas, pujante no Dragão, em Braga, e, pelo meio, em Alvalade, no 5-0 ao V. Setúbal; estava fresquinho; e o Benfica fatigado por duros confrontos na Champions).
O que não se pode é pôr em causa o mérito do Benfica: excelente campeão. Evidente.
- Atingiu 88 pontos (!),batendo o recorde estabelecido pelo grande FC Porto de José Mourinho.
- Marcou impressionante número de golos: também 88. Sofrendo apenas mais 1 do que o Sporting (o golo no derradeiro minuto, já com a Luz em monumental festa).
- Ou seja, pontos e golos à média de quase 2,6 por jornada!
- Muito mais do que isso - melhor: na base de tudo isso -, o Benfica foi capaz de excepcionais recuperações!
Extraordinária a que desencadeou dentro de si próprio (parecia liquidado no final de Outubro...)! A partir daí, quando tinha atraso de 12 pontos (7 para o Sporting, 5 para o FC Porto), lançou-se em tenaz perseguição, dita impensável, e, com 13 vitórias consecutivas, agarrou o Sporting, no início de Fevereiro. De imediato se espalhou, frente ao FC Porto, na Luz. Mas reagiu assim a esse trauma anímico: até ao final, mais 12 triunfos a fio. Ou seja: em 26 jornadas, 1 derrota, 25 êxitos. Se isto não é ter estofo de campeão...

Jorge Jesus cumpriu o que prometera: ergueu o Sporting ao nível de renhida disputa do título. Porém, indiscutível: é Rui Vitória o grande triunfador desta temporada. Campeão, Champions entre os 8 melhores, com 2 vitórias sobre o multimilionário Zenit de Villas Boas, Hulk, Garay, Javi Garcia, Witsel, e apenas 2-3 perante o colosso Bayern de Pep Guardiola (com o que isso significou de imediato grande encaixe financeiro, mais alta valorização de jogadores, da qual Renato Sanches é o primeiro exemplo, decerto não único...) e, amanhã, final da Taça da Liga.
Acontece que estes concretos resultados nasceram de onde Rui Vitória foi brilhante!: reconstruir o tal Ferrari, subitamente gripado, e ter mãos para o pilotar até tão evidentes êxitos.
Jorge Jesus teve tudo a seu favor.
Rui Vitória teve tudo contra si.
Jesus, graças ao enorme mérito de ser bicampeão, teve Sporting galvanizadíssimo com a sua chegada. Vitória encontrou Benfica muito dividido sobre a decisão de mudar treinador e, rapidamente, ainda mais desconfiado sobre a capacidade do novo técnico.
Jesus preparou a temporada, no essencial, como quis. Vitória levou - é o termo! - com detestável pré- -época para quem está a chegar: desastrosa digressão americana, sem tempo para treino... crucial!
Jesus teve plantel reforçado logo de início - embora com o dissabor de perder Carrillo... - e ainda mais em Janeiro (total: 12 aquisições). Vitória acrescentou à partida de Maxi ter ficado sem Lima mal começara a tal digressão. E só mais tarde, à última hora, Mitroglou e Jiménez foram contratados (não é assim que se prepara uma época, sobretudo havendo novo treinador sem tempo e meios para assentar jogo). Vitória lançou Nélson Semedo e depressa o viu lesionado para largos meses. Também por lesões, por muito tempo não teve Salvio, Luisão, Lisandro, Fejsa, Júlio César, Gaitán (nada menos!). Depois de tirar do bolso os miúdos Nélson e Gonçalo Guedes, o mesmo foi fazendo com Renato Sanches, Lindelof, Ederson!... É senhora obra!
Jesus falhou acesso aos largos milhões da Champions, falhou carreira na Liga Europa, falhou Taças de Portugal e da Liga. Apostar tudo no campeonato deu nisto... Vitória projectou o Benfica para alto nível na Champions e na sua catadupa de euros. E decidirá amanhã conquista da Taça da Liga. Alguma dúvida possível sobre qual foi a melhor equipa nesta temporada?!!!
Preciosa ajuda ao Benfica, no reencontro com capacidade e ganas, veio de crassos erros sportinguistas na dita comunicação!... Do presidente que desencadeia guerras em série, desmedidamente contra tudo e todos!, ao próprio treinador: o Ferrari sem piloto com mãos para ele; máquina da Luz à deriva porque perdera o cérebro (jogadores do Benfica, evidentemente, espicaçados!); o sucessor que ganhara bola e agora saía da toca.
Supostos tiros de canhão atingiram... quem os disparou!"

Santos Neves, in A Bola

Diário do 35

Benfiquismo (CVIII)

Sim, a Taça da Liga,
não é o principal objectivo da época...
mas também dá alegrias aos Benfiquistas!!!

A noite em que Francisco dos Santos desceu ao Marquês

"Milhares de pessoas, luzes e gente como nunca havia visto... Grande festa, sim senhor. Faz-me lembrar grandes manifestações nos tempos da Primeira República.
O Marquês de Pombal é dos meus sítios favoritos de Lisboa.
Só não percebo bem porque é que nesta festa há tanta gente a falar num tal de Jesus.
Ai trocou o Sport Lisboa e Benfica pelo Sporting? Não me diga… Eu também!
Chamam-lhe mestre da tática? Olhe, eu era é mestre da escultura.
Desculpe lá. Nem me apresentei. Não sou Jesus, mas sou Santos. Francisco dos Santos. Não sou deste tempo. Nasci em 1878 – e faleci em 1930, mas não faça grande alarido.
Mas, dizia eu: sou benfiquista e sportinguista.
É possível, pois!
Eu, o António Couto e outros miúdos casapianos ajudámos a fundar e fizemos parte da primeira equipa de futebol do Sport Lisboa, em 1904, dois anos antes da fusão com o Grupo Sport Benfica.
Quatro anos mais tarde, estávamos os dois a jogar no Sporting com o Francisco Stromp, numa altura em que o Visconde de Alvalade ainda era presidente.
Eram os primeiros anos do campeonato daqui da região e ainda ajudei a fundar a Associação de Futebol de Lisboa, em 1910, um ano antes de deixar de jogar.
Fui dos primeiros jogadores a mudar-me para o rival. E também o primeiro português a jogar no estrangeiro. Não acredita?
Depois de terminar o curso de Belas Artes, fui para Paris, frequentei o atelier do meu mentor Charles Verlet, casei-me com a Nadine, uma francesa que é a mãe do meu filho, e juntos fomos para Roma.
Mas sabe que isto de ser artista não dava para sustentar a família. Tive de me fazer à vida e arranjar uns biscates: dar aulas de francês, ser futebolista da Lázio…
Sim, fui capitão e joguei o primeiro dérbi capitolino frente à Roma. 19 de Janeiro de 1908. A “Gazzetta dello Sport” do dia seguinte a considerou-me o melhor em campo. «Franzino e habilidoso… Em evidência esteve o veterano Dos Santos, que com os seus 55 quilos foi, de forma impressionante, dos melhores em campo...» Não sei onde ficou guardado esse recorte de jornal, mas pode acreditar em mim.
Isso antes de voltar a Portugal e dedicar-me primeiro ao futebol no Sporting e depois em definitivo à escultura.
Aí sim, ganhei bom dinheiro e tornei-me num artista famoso.
Ganhei o concurso para fazer a escultura do busto da república, sabia? E as esculturas «Crepúsculo» e «Salomé», que hoje estão expostas no Museu do Chiado, são de minha autoria.
Mas, claro, já sei que os adeptos devem ainda hoje falar de mim e do António Couto por esta magnífica estátua do Marquês, com a mão no dorso do leão, que pousa o olhar sobre Lisboa.
Ironias do destino. Quem diria que dois ex-jogadores de Benfica e Sporting iam construir este ex-líbris onde um mar de gente se concentra para celebrar os títulos?
Os adeptos que debatem futebol horas a fio, que têm tão boa memória sobre cada lance de arbitragem ou sobre as discussões entre dirigentes, que sabem ao detalhe o percurso do mais desconhecido miúdo da equipa B, conhecem bem a história do seu clube, certo?
Eles sabem quem eu sou, não sabem?
Ah, estava a ver que não…
Boa noite. Nem lhe cheguei a perguntar-lhe o nome. Mas tenho mesmo de ir embora, que já se faz tarde. 
Até sempre!"

Profeta Scolari !!!

Filme do Tri...

A amêndoa que mais parece um melão !!!

Tri [I]

"Acabou o insuportável à condição. O Sport Lisboa e Benfica é tricampeão de futebol, no mesmo dia em que a equipa de hóquei em patins se sagrou brilhantemente bicampeã nacional e campeã europeia. 
Tinha 29 anos quando vi o meu clube sagrar-se pela última vez como tricampeão, em 1977, também depois de uma recuperação notável sobre o Sporting. Ainda me recordo do (meu) primeiro título ouvido pela rádio em 1955, tinha 7 anos. Depois desse ano, guardo na minha memória os 28 (dos 35) títulos que já vivi. Todos saboreei com incontida alegria, felicidade plena e a gratidão por ter nascido benfiquista. Mas este tri fica no pódio dos que mais estou a desfrutar. Foi ganho em condições complexas. A mudança traumática de equipa técnica, um novo treinador olhado com alguma desconfiança e sujeito a obsessiva comparação, uma derrota cinzenta com o seu rival lisboeta na Supertaça, um desaire com o Arouca no início da Liga, e as derrotas com o FCP e o SCP na 1ª volta. A que acresceram as longas lesões de Salvio, Luisão, Júlio César e também de Gaitán, Nélson Semedo e Lisandro, para já não falar na traição de Maxi Pereira.
A tudo isto, o Benfica resistiu com notável coesão e espírito ganhador, protagonizados pelo seu Presidente Luís F. Vieira, a nível dirigente e por Rui Vitória, a nível técnico. E com a insuperável crença e espírito de inconformismo dos benfiquistas. Há dois momentos particularmente significativos: o apoio incondicional à equipa quando, na Luz, perdia por 3 golos contra o SCP e a tão elucidativa como comovente ovação por largos minutos após o fim do jogo contra o Bayern. 
Continua"

Bagão Félix, in A Bola

Após dois prolongamentos... estamos na Final !!!

Benfica 86 - 82 Oliveirense
(3-2)
(19-19, 10-13, 13-20, 22-12, 11-11, 11-9)

Em condições normais vencer na negra, com dois prolongamentos, nas Meias-finais dos Play-off's, seria motivo de euforia... mas muito sinceramente, esta equipa de Basket do Benfica, está a jogar muito mal...
Perder por 0-3 na Final, é perfeitamente possível, diria mesmo que ganhar um jogo na Final será uma tremenda surpresa!

O plantel é mais fraco em relação às últimas épocas, falta espírito competitivo a algumas das 'estrelas', o jogo colectivo é inexistente... basicamente é bola no Cook e ele que resolva! Hoje fez 36 pontos, com 2/15 nos Triplos!!!! Aliás a equipa terminou com 5/27 em Triplos...
E só ganhámos no prolongamento porque do 5 inicial da Oliveirense, só 1 jogador não chegou às 5 faltas!!!

Independentemente do que acontecer na Final do Campeonato, é necessário uma revolução nesta secção, não é aceitável a modalidade mais 'cara' a seguir ao Futebol, jogar a este nível... Os títulos das últimas épocas, não podem servir de álibi para ninguém, já que o nível competitivo do Basket em Portugal é baixíssimo...
'Retirar' dinheiro ao Hóquei, ao Futsal, ao Atletismo e ao Volei  e mesmo ao Andebol (todas com aspirações válidas a títulos Europeus), para 'investir' neste Basket é absurdo!