Últimas indefectivações

quinta-feira, 27 de abril de 2023

Por onde anda a verdade desportiva da Liga?


"1. As expulsões e os penaltis são as decisões arbitrais que mais influenciam os resultados dos jogos. Vamos ver o ponto de situação das expulsões desta época (se alargássemos a análise a outras épocas a disparidade seria ainda maior).
2. Por mais que Pinto da Costa, Sérgio Conceição e Vítor Baía continuem a atirar areia para a cara dos adeptos e dos jornalistas, os números não mentem - é ver o quadro.
3. O FC Porto beneficiou, relativamente ao Benfica:
- de 3,7 vezes mais expulsões
- de 2,4 vezes mais minutos em superioridade numérica
- de 3,1 vezes mais minutos em superioridade numérica quando se encontrava empatado ou a perder
4. Estes números são tanto mais absurdos quanto se sabe que é o Benfica a equipa mais ofensiva da Liga.
5. A técnica é conhecida - e é velha: colocar pressão nos árbitros e beneficiar das decisões destes para desbloquear jogos, ao mesmo tempo que passam a ideia de que o Benfica anda a ser beneficiado.
6. Até quando o silêncio do Benfica vai permitir que a verdade desportiva desta Liga seja impunemente adulterada a favor dos mesmos de sempre?"

3x4x3


Chorões!


"As queixas de Pinto da Costa e Sérgio Conceição em relação à arbitragem continuam.
Semana após semana lá vêm falar de penaltis, árbitros que necessitam fazer o seu trabalho, criticar as nomeações para os jogos do rival, etc...
Mas afinal, de que é que eles tanto se queixam?"

Outro insuspeito...

Iturralde...

A reforma dos laterais


"Perder é bom. Na bolha das vitórias com fartura, o olho crítico vive contaminado pela efervescência. A efervescência, grande e farta, deixa restos de elogios para André Almeida da equipa de Jonas e João Félix, para Schelotto da equipa de Bryan Ruiz e William Carvalho, para Zaidu da equipa de Vitinha e Luis Díaz. No fundo, branqueia a falta de qualidade individual de certos jogadores que beneficiaram da sorte de estar no colectivo certo à hora certa, transformando casos de explicação fácil, em histórias de misticismo apreciadas em todo o mundo: as histórias de que até as grandes equipas necessitam de jogadores banais.
Todos os dias, em algum lugar do planeta, há sete ou oito crianças que se sentam à volta de uma fogueira a ouvir um ancião que as tenta convencer de que a equipa de Jonas e João Félix não teria sido melhor com Dani Alves no lugar de André Almeida, de que a equipa de Bryan Ruiz e William Carvalho não teria sido melhor com Marcelo no lugar de Schelotto e de que a equipa de Vitinha e Luis Díaz não teria sido melhor com Theo Hernández no lugar de Zaidu. E de que não teriam sido melhores, porque as grandes equipas necessitam de jogadores banais. Há relatos de que, por vezes, a meio dessas sessões, uma ou outra criança mais irreverente se levanta, agarra num dos paus da fogueira e espeta-o no olho do ancião. Eu percebo os miúdos. Já não lhes chega serem obrigados a frequentar a catequese?
Antes de chamar Gilberto, devo revelar que também estou a par dos malefícios do olho crítico contaminado pela frustração. Sobre esses, talvez me venha a debruçar no futuro. Ou debrucem-se já aqueles que encontrarem nessa narrativa o kryptonite para esta. Sinceramente, não me soam a narrativas condenadas à incoexistência.
Perder é bom. Aos 26 minutos do clássico, quando Alexander Bah se lesionou, já depois da sua boa entrada em jogo e da assistência para a cabeça de Gonçalo Ramos, pensei que o futebol se estivesse a pôr a jeito para transformar Gilberto no novo herói do imaginário infantil. Gilberto no papel de jogador banal necessário em qualquer grande equipa, sem que o olho crítico contaminado pela efervescência depreendesse as diferenças entre o lateral-direito brasileiro e o lateral-direito dinamarquês. Estavam lá os ingredientes quase todos. O Benfica era uma equipa em estado de graça, com uma vantagem de 10 pontos fase ao segundo classificado do campeonato e com aspirações reais na passagem às meias-finais da Liga dos Campeões. Seriam anos e anos a ouvir que Gilberto era trabalhador, consistente, esforçado, que cumpria e não comprometia. A ouvir, quiçá, após inscrever o seu nome na lista de marcadores frente ao Inter de Milão, que tinha mais golo do que Bah.
Mesmo estando muito longe de ser o único ou o principal culpado do mau momento do Benfica, Gilberto vem-se mostrando mais como um problema do que como uma solução face às carências colectivas.
Num sistema que insiste em João Mário e Aursnes enquanto médios-ala, a largura e a profundidade oferecidas aos corredores laterais ficam ainda mais dependentes das acções de Grimaldo e Gilberto. Ao contrário de Alexander Bah, Gilberto não se atreve na condução, mesmo quando há espaço para progredir, optando invariavelmente por esperar pelo apoio dos colegas para combinar. Ainda que na sua zona de conforto, o ex-Fluminense denota debilidades técnicas em espaços reduzidos, o que significa que as exibições também pioram perante adversários competentes na pressão. Frente ao Inter, por exemplo, nas poucas vezes em que a equipa se mostrou capaz de sair pela esquerda, através de Grimaldo, explorar o lado contrário revelava-se ou impossível, pois Gilberto não se adiantava no corredor direito - e aí fica a dúvida se foram indicações de Roger Schmidt -, ou inócuo, pois, se adiantado, surgia por dentro, deixando a equipa “coxa” do lado direito. Atrair à esquerda para variar à direita deixou de ser um dos pontos fortes do Benfica de Roger Schmidt, porque as vantagens estão a ser criadas para beneficiar um jogador limitado no cruzamento, no passe, na condução, no posicionamento adequado, ou seja, para beneficiar um jogador que não encaixa nas ideias do treinador. Atrair à direita para variar à esquerda também se tornou mais complicado, já que Bah, recuado, é capaz de mostrar recursos no passe, metendo por dentro ou por fora, e Gilberto falha muito nesse momento, somando perdas que resultam em ataques contrários.
A culpa não é das criancinhas irreverentes, tão pouco dos anciões zarolhos. Projectar uma época que iniciou em Agosto de 2022 e terminará em Maio de 2023, apenas com um lateral capaz de representar o Sport Lisboa e Benfica parece-me arriscado, tão arriscado quanto presentear Mihailo Ristic com uns míseros 187 minutos. Felizmente, Grimaldo tem-se esforçado por não colocar mais peso nas costas de quem decide coisas.
Perder é bom. Hoje, em algum lugar do planeta, haverá sete ou oito crianças que se sentam à volta de uma fogueira a ouvir um ancião que as tenta convencer de que a equipa de Grimaldo e João Mário teria sido melhor com Alexander Bah no lugar de um jogador banal. E de que teriam sido melhores, porque as grandes equipas necessitam de bons jogadores. No final dessa sessão, o número de zarolhos não terá aumentado."

Neves e Neres


"Com a vitória em casa, sobre o Estoril, o Benfica não conquistou só três pontos importantes na luta pelo título, venceu a primeira das seis finais para o final do campeonato e, sobretudo, pôs termo a um ciclo terrível de quatro jogos sem vencer.

Schmidt percebeu isso mesmo e, na conferência de imprensa pós-match, procurou valorizar a vitória, embora pela margem mínima, e a exibição. Sublinhando, assim, a ideia positiva que o ciclo negativo teve o momento mais baixo em Chaves.
Nesse jogo a equipa "bateu no fundo", o empate em Milão já representou uma recuperação e, com esta vitória, voltou a levantar a cabeça, para chegar ao 38.º. Neste jogo, foram positivos os sinais e as opções que vieram do banco e podem ser determinantes neste final de época. Neres, claramente como o melhor em campo e o "miúdo" João Neves como titular e a jogar bem, como se estivesse ali há muito tempo. Demonstrando que é possível refrescar a equipa e dar-lhe outro ânimo para o que falta da época. Neste mesmo sentido, também as entradas de Musa e Gonçalo Guedes, devem ser vistas como relevantes, com ambos a pedirem mais minutos.
Sendo que o Benfica tem, teoricamente, um calendário mais exigente que o principal adversário, a verdade é que tem a vantagem de estar na frente e de ser a única equipa que depende de si própria. Do que temos visto, nos jogos do rival, fica a ideia que mesmo sem jogar grande coisa, o Porto, que continua a ser a equipa com mais penáltis a favor e expulsões nos adversários (por vezes absurdas como neste jogo) lá vai ganhando os jogos. A pressão sobre os árbitros parece resultar.
Resta por isso ao Benfica vencer os seis jogos que faltam, para ser Campeão nacional.

Positivo
O Benfica de regresso às vitórias.

Negativo
Fábio e Fábio, árbitro e VAR do Porto-Paços de Ferreira, pela expulsão e dualidade de critérios."

Tudo menos futebol


"Fala-se de tudo à volta do futebol! Sobre futebol, muito pouco. O que interessa é que Cristiano Ronaldo coçou os genitais. O homem estava com comichão! E depois?

Estou certo que o jogador não pretendeu ofender os adeptos do clube adversário. Eu insisto na comichão. Ronaldo vive num país onde, tanto homens como mulheres, usam saia até aos pés. O pthirus pubis é um insecto parasita que adora ambientes fechados. O habitat favorito é onde nós todos estamos a pensar, causando a pediculose. O problema de Ronaldo foi a comichão que é insuportável. Falarmos sobre futebol? Isso não interessa nada. A última "pérola" de Pinto da Costa: "O presidente do Benfica, Rui Costa, está a seguir a escola de Luís Filipe Vieira". Isto é falar sobre futebol? Eu não me lembro de alguma vez ouvir Pinto da Costa falar sobre futebol. E já lá vão 40 anos! Agora vem à baila os ordenados de Varandas. Todos sabemos que são imorais os valores que se falam, face à miséria em que vive o país, com a ladroagem que anda por aí a sacar. Mas cada país tem os políticos que merece. Alguém estará convencido de que quem se candidata à presidência de um clube, é por amor? Deixa-me rir....Para variar, falemos um pouco de futebol. Gostava de lembrar ao Ruben Amorim, quando disse que nos tempos de Slimani e Liedson o Sporting nunca ganhou um campeonato. Nessa altura, não tínhamos Adán, nem Porro, nem Coates, nem Palhinha, nem Matheus Nunes, nem Gonçalo Inácio, nem Pedro Gonçalves, nem Nuno Mendes, nem Nuno Santos nem um bom treinador como Ruben Amorim! Esqueçamos as águas passadas e concentremo-nos em Guimarães (esta crónica foi entregue antes do jogo). Ganhemos, nem que seja como os outros "grandes", à rasquinha!

Positivo
Rafael Leão. O tal miúdo que perdemos, depois da Academia ter sido invadida por anormais!

Negativo
Árbitros e vares portugueses! De mal a pior!"

Os outros melhores da Liga


"Com o campeonato na reta final, o título em aberto para três equipas e os quatro maiores emblemas bem distantes dos demais, vamos ao exercício de reparar na qualidade que a restante tabela oferece, que há ouro para lá das vitrinas mais vistosas e talento que, mesmo que discretamente, se afirma a cada semana nas restantes equipas, ainda que pouco se vá falar disso nas próximas semanas. Sigo, assim, por posições, numa espécie de equipa ideal, necessariamente subjetiva porque resultante de apreciação pessoal, abaixo do quarto lugar, entre eleitos e menções honrosas:
Guarda-redes - escolho Luiz Júnior, o promissor defensor das redes do Famalicão, poderoso e ágil, seguro de mãos e forte com os pés, um mini-Ederson que pode crescer muito ainda. A justiça obriga a referir também como Paulo Vítor marca a boa época do Chaves, Buntic a do Vizela, Arruabarrena a do Arouca e o avô Bracali a do Boavista;
Laterais direitos - Escolho Tiago Santos, um antigo extremo que agarrou o lugar no Estoril, tecnicamente forte, rápido também, melhor ainda com bola do que sem ela, pelo que pode crescer. Expectativa quanto à evolução Costinha, promissor mas irregular no Rio Ave, à retoma de Zé Carlos (o do Gil, embora o homónimo adaptado em Guimarães também tenha prometido) e à continuidade de um João Correia que desequilibra mas é atreito a lesões;
Centrais - os meus titulares seriam Tomás Araújo e João Basso, que provaram ser jogadores para emblemas com ambição superior a Gil e Arouca, já que ambos aportam o indispensável para isso: segurança com bola para construir, contundência inteligente para desarmar e uma velocidade de pernas que sustenta o controlo da profundidade defensiva. Gostei igualmente de Penetra (também competente como lateral), vejo sinais para confirmar em André Amaro e Bernardo Vital, e fico com a sensação de um Pedrão prejudicado pela época frouxa do Portimonense;
Laterais esquerdos - Escolho Bruno Onyemaechi, o excelente lateral do Boavista que também pode fazer de central pela esquerda. É robusto, mas ágil e rápido, eficaz de cabeça, com bom pé esquerdo e critério nos vários momentos do jogo. Também promete muito Leonardo Lelo, do Casa Pia, pela competência nos recém-completados 23 anos. Mateus Quarema é outros dos melhores no campeonato, tal como Bruno Langa, que cumpriu bem mais do que prometia. Kiki Afonso não promete mais, mas também nunca vacila, e é justo dizê-lo.
Médios defensivos - apesar das dúvidas, vou por Vítor Carvalho, do Gil Vicente, pela clarividência com que simplifica o jogo, seja no desarme ou no passe. A anunciada ida para Braga será a sequência certa num percurso ascensional. Gostei muito do que vi também em Dani Silva, apesar da irregularidade da utilização no Vitória, de Colombatto, que pode dar mais ainda, não duvido, e de como Raphael Guzzo foi capaz de fazer competentemente funções diversas no meio-campo do Vizela.
Médios centro - Fico com Guga, no ano da afirmação definitiva no Rio Ave: defende e ataca com idêntica qualidade e nunca se esconde em momentos difíceis. Vai subir para um nível acima, seja onde for, e bem merece. Na segunda metade de época explodiu Holsgrove no Paços de Ferreira, um esquerdino de técnica rara, visão de jogo assinalável e uma chegada a zonas de finalização para que não parecia talhado. Menção obrigatória para João Teixeira, o líder tático do Chaves, e para a importância de Tiago Silva no Vitória, de Samu no Vizela e Makouta no Boavista.
Médios ofensivos: na zona onde o jogo é perfumado há destaques obrigatórios, mas o maior talento deve mesmo ser Ivan Jaime, ainda que surja a partir da esquerda. Tem o toque de classe dos que podem chegar ao nível mais alto, no passe, no drible e na finalização. Depende dele, agora, e do contexto que encontrar, mas o próximo grande negócio em Famalicão está anunciado. Depois há Alan Ruiz, também claramente acima da média no Arouca, Fujimoto, mesmo se numa época menos exuberante em Barcelos, e as pinceladas geniais de João Mendes, que sempre melhoram o jogo do Chaves.
Avançados móveis/Extremos: Gaitán é ainda o maior talento, e garantiu até uma continuidade física que já não lhe parecia possível. Se o Paços ainda luta pela salvação, ter o mago da camisola 10 ajudou muito. Igualmente a nível muito alto têm estado Kiko Bondoso, do Vizela, que é claramente jogador para mais, Antony, a arma ofensiva mais forte do Arouca, Ivo Rodrigues, que carrega o jogo do Famalicão vezes sem conta e ainda Tiago Gouveia, apesar de prejudicado pelo escasso rendimento coletivo do Estoril após o Natal.
Pontas de lança – Fran Navarro é o mais talentoso e avança para o onze, pela criatividade em espaços curtos que define os melhores avançados, associada a uma perceção do espaço indispensável aos goleadores. Yusupha tem sido outro destaque, felino e potente, aprendeu finalmente que pode valer mais jogando perto da baliza, o que lhe multiplicou os golos de xadrez. André Silva é o melhor avançado de um Vitória com pouco poder de fogo, Butzke tem qualidade óbvia e só as lesões o impedem de ajudar mais o Paços, Osmajic seria jogador de equipa grande se fizesse golos com mais facilidade e Gabriel Silva é mesmo a única boa notícia do Santa Clara este ano."

RND - 45 minutos...

A Verdade do Tadeia #794 - Sporting luta pelo sonho

Terceiro Anel: Diário...

5 minutos: Diário...

Benfica Podcast #482 - Nothing's Lost

Leonor, excerto...

105x68, excerto...

Terça, excerto...

RND - Lobo: Bayern...

Quinta...