Últimas indefectivações

domingo, 29 de setembro de 2024

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - Só o joelho de Gyökeres pode atrasar este Sporting?

Lado B # 7 - Da homenagem aos Bombeiros à nova relação de João Neves

A Bola Fora - Rui Fonte...

Mais futebol, mais dinheiro


"Há jogos de futebol a mais. É impossível ver tantos jogos de futebol. Ao fim-de-semana faço uma análise das partidas e escolho uma ou duas, de outro modo não fazia mais nada.
O calendário que os melhores jogadores do mundo têm que efectuar é desumano. Existem muitos jogos, também por isso, cada cada vez há mais lesões. Como diz, João Henriques "há equipas na Premier League que quando jogam tem que levar um autocarro", subentenda-se com os jogadores lesionados.
Está a crescer um movimento entre os jogadores contra o calendário excessivo, que lhes exige um esforço acrescido, jogam de três em três dias como regra e não excepção. Em ano de mudanças nas competições europeias e com Mundial de Clubes a fechar, a tendência só será para ouvirmos mais queixas.
Guardiola já tinha chamado à atenção, ultimamente Bernardo Silva, Rodri e outros confirmam que carga em cima é absurda. Rodri até ameaçou com uma greve, mas desafortunadamente este ano já não joga mais, a lesão no seu joelho é muito grave.
É importante que os jogadores falem da sua saúde física e mental, do pouco tempo que passam com a família, que queiram ter mais vida. O mundo anda muito depressa, mas não se podem esquecer que são muito bem pagos, mas começaram a perceber que são levados ao limite para que o negócio dê mais e mais dinheiro.
Porém, temos eu ser realistas, o futebol não é composto somente por grandes clubes como o Real Madrid, Bayern, Liverpool, Porto, Benfica, Sporting ou Barcelona. Há clubes como o AVS, Boavista, Leganés, Brentford, Hoffeinheim, em que não há esses problemas de calendário e saturação de jogos, sendo assim, os seus jogadores não jogam tanto.
Para as equipas que têm muitos jogos, tendo em conta que têm muito dinheiro, o seu plantel de 25 jogadores é muitíssimo bom, contudo apesar de se poder fazer 5 substituições, vemos quase sempre os mesmos onze jogadores nessas equipas.
Os clubes tentam obter o máximo retorno (dinheiro) dos direitos televisivos, mas os clubes devem ser os primeiros a cuidar dos seus jogadores com férias, pausas sempre que possível e evitar pré-épocas com muitos jogos. Essa decisão compete à direcção dos clubes e aos treinadores Eu tenho a ideia que os jogadores de futebol morrem muito cedo, o caso de Gomes, Schillaci, entre outros morreram muito cedo. A causa e o efeito do esforço desportivo não se podem provar, mas com certeza tem alguma influência. A esperança de vida está na casa dos 80 anos, há jogadores que morrem na casa dos 60 anos e, até, antes.
Convém não esquecer que quem gosta de futebol, os adeptos também são vítimas do calendário. Jogos em dias e horas impróprios têm que pagar muito dinheiro para assistir a um jogo de futebol, ou fazer uma assinatura para verem na televisão.
Os jogadores são levados ao extremo (alguns), mas os adeptos também. clube de Portugal"

Aquecimento...


O caminho da FPF


"Talvez seja dos lugares mais apetecíveis em Portugal. Não apenas no futebol ou no desporto em geral. Mas no país. É uma posição com influência direta e indireta na gestão e na orientação da maior federação desportiva portuguesa, mas sobretudo de uma transversal capacidade de interação com toda a sociedade.
É um lugar privilegiado, também, do ponto de vista financeiro, mas creio que a sua verdadeira dimensão e alcance devem ser analisados e compreendidos muito para lá desse detalhe. E é uma posição que permite diálogo, projeção, unificação, envolvimento.
O mais tardar até fevereiro de 2025 (portanto, nos próximos cinco meses), será eleito um novo Presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Com ele, evidentemente, uma nova Direção e um conjunto de órgãos sacramentais na gestão do futebol nacional e na criação de condições estruturais para que ele seja cada vez mais democrático, abrangente, inclusivo e reconhecido.
São, de resto, estes os grandes desafios para o próximo quadriénio. A FPF de hoje é uma estrutura altamente profissionalizada, servida por colaboradores de elevada dimensão técnica, intelectual e humana, e enquadra-se num curtíssimo lote de empresas de excelência em Portugal, apetecíveis enquanto propiciadoras de uma carreira profissional de sucesso, mas igualmente seguras na estabilidade que sempre se requere, quando se antevê o futuro.
O desafio de um futebol mais democrático é, porventura, o maior e mais árduo de estruturar. Porque depende de um trabalho (iniciado há algum tempo) de engajamento das 22 associações distritais e de todas as associações de classe que dão forma à própria FPF.
À compreensão essencial das diferenças de cada uma das parcelas do território nacional, entre o despovoamento do interior e a atração do litoral, passando pela insularidade madeirense e pela dupla insularidade açoriana (que, no futebol, se transforma em tripla pela existência, justamente, de três associações replicando a antiga divisão administrativa distrital do arquipélago), junta-se a necessidade de um desenvolvimento harmonioso, da criação de uma estratégia de diálogo permanente e de articulação na diversidade de ideias e propostas.
A construção do edifício federativo passa, justamente, pela filigrana integrada de todas as realidades nacionais, conseguindo, nas diferenças, encontrar pontos de suporte e de verdadeira catapulta para os sonhos e ambições de cada uma.
Essa democracia do futebol será, sempre, o verdadeiro leit motiv de uma federação moderna, dialogante e visionária.
E a abrangência de que falei acima prende-se exatamente com a capacidade de integrar, de compreender e modernizar métodos, de suscitar discussões profundas e conclusivas sobre os caminho que o futebol português deverá traçar e trilhar no futuro. Esta capacidade de puxar para si a dinâmica única de uma construção com todos, agregadora, motivadora, desafiadora, saindo da caixa dos projetos instituídos e institucionalizados e partindo para uma busca estratégica a 20 ou 30 anos.
A FPF já deu, aliás, passos decisivos, colocando-se e cotando-se como benchmark a nível mundial em dois capítulos.
Com a criação do Canal 11 tornou-se a primeira federação do planeta a dispor de uma ferramenta única e diferenciadora, como um canal 24/7 news de sinal aberto, com objetivos muito claros desde 1 de agosto de 2019, cumpridos diariamente com o esforço e a competência de uma equipa que sabe estar a escrever história a cada minuto de emissão.
E com o surgimento da Portugal Football School colocou-se na vanguarda da formação pós-universitária, especializada e focada nas temáticas mais prementes e candentes do futebol, nas suas mais diversas franjas, e na investigação, sendo hoje padrão internacional de competência e reconhecimento.
Dos desafios citados, a inclusão é, também, uma aposta ganha ao longo dos tempos, mas que deverá ser redefinida de acordo com parâmetros técnicos e sociais que evoluem todos os dias, e requerem de uma entidade de reforçada responsabilidade social uma redobrada e permanente atenção.
De resto, todos estes momentos e condimentos do futebol português contribuem para a sua certificação e reconhecimento, o último dos parâmetros que foquei. É essencial manter o quadro de desenvolvimento dos escalões de formação, mas integrar neste setor a arbitragem, para que o futuro possa criar condições para um bom lobby internacional num campo particularmente sensível.
E reforçar a presença transversal na organização e na massificação das competições, sejam de caráter profissional ou para os escalões etários mais elevados, sejam no cumprimento de premissas que já levam a que muito mais rapazes e raparigas, de facto, procurem o futebol, o futsal, o futebol de praia e o entendam como um objetivo para as suas vidas, mesmo que apenas na ocupação de tempos livres e sem horizontes profissionais.
Estamos, no limite, a cinco meses da eleição mais importante da história da FPF, porque marcará a sucessão de Fernando Gomes, figura maior do desenvolvimento estrutural da última década.
Serão necessários Planeamento, Organização, Visão e Estratégia.
Quem os tem? Quem os revela? Quem lhes dá forma? Quem?…

Cartão branco
A gestão que Rúben Amorim tem feito, nos últimos largos meses, rima com campeão. O treinador do Sporting que, em quatro anos, venceu duas ligas, é, provavelmente, dos melhores comunicadores do futebol português. Tal radica, certamente, na componente de media training dos leões, mas parte de uma base muito favorável do próprio treinador, que tem competências muito interessantes na área da gestão da comunicação interna e externa. Não é simples gerir egos múltiplos num balneário, focá-los num objetivo e levá-los à sua conquista. Amorim parte, em relação aos rivais, com essa vantagem.

Cartão amarelo
Desde o seu renascimento competitivo, a UD Leiria tem sido uma agradável surpresa, pela capacidade em campo, mas também pela mobilização da cidade em torno do seu clube mais representativo. O estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa (uma das obras para o Euro-2004), apresenta assistências recorde. O concerto que destruiu o relvado e, portanto, levou à sua óbvia interdição, é a prova acabada de que, sem diálogo, compreensão, gestão concertada em torno dos objetivos mais importantes a cada momento, entre edilidades e clubes, as consequências podem ser muito negativas…"

'Memphismania': clube amado por 'um bando de loucos' sente-se importante outra vez


"Memphis Depay só jogou 47 minutos pelo Corinthians, divididos por dois jogos, ainda não marcou nenhum golo e, no entanto, mudou o astral do gigante clube paulista.
A memphismania que se gerou no Timão, clube amado por um bando de loucos de mais de 30 milhões de brasileiros, foi de fora para dentro: partiu do departamento de marketing e chegou ao campo de futebol.
Considerado a maior reforço europeu da história do Brasileirão – porque, ao contrário do compatriota pluricampeão Seedorf, não chegou em fim de carreira, ao contrário do francês Payet, ainda conta para a sua seleção e, ao contrário do dinamarquês Braithwaite, veio de um grande clube, o Atlético de Madrid –, o neerlandês começou por gerar um recorde de 14 milhões de visualizações num vídeo com a camisa alvinegra.
Depois, soube ser diplomático ao sublinhar que vinha para um grande clube e não para um mercado alternativo. E que sentia conexão com as raízes populares e até afro-brasileiras da Fiel torcida.
Com isso, fez com que as faixas idênticas à que usa na cabeça, comercializadas a cerca de 10 euros nas lojas do clube, se esgotassem uma vez e mais uma e depois ainda mais outra, em dias de jogo.
Tudo isto, repita-se, sem um golo sequer: com o Atlético Goianiense, para o Brasileirão, o atacante entrou aos 68’, mostrou alguns toques de classe, mas nada mais; e com o Fortaleza, na segunda mão dos quartos de final da Copa Sul-Americana, entrou aos 65’, já fez uma bela assistência, sim senhor, mas nada ainda de marcar.
Porque é algures entre a bancada, o banco de suplentes e o campo, num lugar difícil de definir, que a sua presença é marcante: com Memphis por perto, o Corinthians sentiu-se importante outra vez, depois de começar a temporada a perder consecutivamente sob o comando de Mano Menezes e, depois, já nas mãos do português António Oliveira, ainda ter tentado, mas não ter conseguido escapar da energia negativa em que se havia enredado.
Agora, com o ex-leão e ex-águia Carrillo e outros reforços contratados na janela de transferências, os corintianos afastam o fantasma da descida de divisão no Brasileirão e já sonham com títulos – afinal, faltam só três jogos para levantar a taça da Copa Sul-Americana e quatro para conquistar a Copa do Brasil.
«Ele é inteligente, está a treinar a 100 %, está a dar o máximo para se colocar em boa forma. Por sorte, a equipa em geral e os atacantes estão a responder bem, o que permite que, só aos poucos, ele vá entrando até chegar ao máximo», afirma Ramón Díaz, o terceiro treinador do clube na temporada.
«Jogar aqui é muito louco», disse, por sua vez, Depay, na flash interview do jogo com o Fortaleza, enquanto nas bancadas o bando de loucos cantava enlouquecido o seu nome não tanto pelo que ele jogou mas sobretudo pelo que ele significou."