Últimas indefectivações

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Excelente vitória

Benfica 4 - 1 Áustria de Viena

Com 0-1 ao intervalo, é fácil afirmar que a 1.ª parte foi má, e o 2.ª tempo muito bom, mas não foi isso que aconteceu: o resultado ao intervalo era extremamente injusto. O Áustria chegou ao golo sem saber ler e escrever, e demonstrava ser uma equipa limitada tecnicamente, que baseava o seu jogo no físico e na agressividade - permitida pelo o árbitro!!!
Um dos problemas desta equipa, é a finalização. Com o 'desaparecimento' do João Gomes, ficámos sem um 'matador': o Romário, o  Gonçalo Guedes e o Nuno Santos são bons jogadores, mas nenhum é ponta-de-lança, e nota-se que falta alguém para concluir as jogadas na área...
O outro problema, tem sido na baliza!!! Pessoalmente gosto do André Ferreira, ainda é júnior de 1.º ano, mas depois de alguns golos mal sofridos deixou de ser opção (creio que por lesão...) o Graça começou agora a jogar, e em dois jogos, teve duas falhas... se em Guimarães as crónicas desculpam o golo com o relvado, hoje, a culpa foi toda dele. Não podemos continuar a sofrer golos estúpidos... hoje deu para rectificar, mas nem sempre vai dar... E agora sem o João Nunes (creio que por lesão...) o Ricardo Carvalho vai ter que 'agarrar' a oportunidade...
Na 2.ª parte, com a entrada do Rochinha (regresso após lesão prolongada...) a equipa melhorou, é verdade, mas o golo do empate, só surgiu num canto; com a excelente jogada do Rafael Ramos no 2,º golo do Romário, os Austríacos, finalmente arriscaram, e nessa altura a rapidez dos nossos avançados sentenciou a partida, com dois golos no 'contra' a alta velocidade!!!

Vamos a Manchester, defrontar o City, do Rony, nos Quartos-de-final. Vi a goleada que o City deu no Bayern, têm uma equipa forte, tecnicamente e fisicamente, não vai ser fácil, mas esta equipa já demonstrou ser forte fora de casa... com a velocidade dos nossos avançados, a jogar em contra-ataque, tudo pode acontecer...!!

Recordo, que o PSG, nosso adversário na fase de grupos passou aos Quartos, e que o Atlético de Madrid (e o Áustria de Viena) equipas que eliminaram os Corruptos, foram agora eliminadas. Pode não querer dizer nada, mas pode ser um indicador que o nosso nível neste momento está elevado... Passando a próxima eliminatória, tudo pode acontecer, mas pelo que já vi na Eurosport o Barça, Chelsea e Real Madrid parecem ser as equipas mais fortes, e nós podemos ser a 4.ª equipa da Final-Four!!!

Tranquilo...

Carvalhos 3 - 9 Benfica

Até começamos a perder, mas rapidamente demos a volta ao resultado, ao intervalo com 2-5 o jogo estava praticamente decidido... mas a entrada na 2.ª parte foi ainda mais demolidora!!! Com o João Rodrigues on-fire!!!

ADENDA: Os Corruptos acabaram mesmo agora de empatar em Barcelos, 3-3 !!! Mas não foi fácil !!! Os apitadores 'inventaram' dois penalty's a favor dos Corruptos: no primeiro os Corruptos marcaram, mas no 2.º penalty inventado, a poucos segundos do fim (14s), o Ricardo Silva defendeu!!! Isto depois de um 'azul' a poucos minutos (1m40s) do fim a um jogador do Barcelos completamente surreal!!! Nem com o 'colinho' todo conseguiram ganhar!!! O Hóquei em Patins português, continua a ser uma palhaçada... esta gente não tem vergonha nenhuma!!! Já no final partida, confusão com adeptos, e jogadores Corruptos ao barulho!!! Tudo normal...!!!

Mário Coluna o mostro por ser... general

"Ainda Portugal e Moçambique, o Benfica e o futebol português de luto pela morte do rei Eusébio, eis que também Mário Coluna, o monstro sagrado, nos deixa.
Sim, o monstro sagrado. Antes de Eusébio e, durante quase uma década, ao lado do seu afilhado, Coluna foi o patrão, o precioso líder do grande Benfica europeu e da Selecção Nacional. Nunca vi futebolista que sequer o igualasse em personalidade/capacidade de comando. Que senhor capitão! Porque era sempre nos momentos mais difíceis que ele, poderosíssimo sobre adversários e nos jactos de alma impulsionando os colegas, se erguia como... general. Bem mais do que por ser estupendo jogador que enchia o meio-campo, o fascínio de Coluna, aquilo que o tornou... único, era esse: tudo corria bem à sua equipa, ele parecia ser apenas mais um (como se tal fosse possível...); dava para o torto, no Benfica ou na Selecção, aí vinha ele, o monstro indomável: pegava no jogo pelos cornos, pegava nos colegas pelos colarinhos, toca a virar isto do avesso. Assim, sistematicamente general quando as batalhas pareciam perdidas, único!
Agora que TV's tiveram a excelente ideia de nos mostrar, na íntegra, filmes de históricas vitórias de Portugal no Mundial-1966 (onde Coluna foi, evidentemente, o senhor capitão), permito-me sugerir o mesmo para cruciais jogos em que ele se assumiu general. Exemplos: as duas finais do Benfica bicampeão da Europa (ainda sem Eusébio na primeira e em ambas começando a perder...). Até com golos seus, Coluna assumiu comando para virar de pantanas o curso dessas finais. No Benfica ou na Selecção, ele era a coluna vertebral; e, quando se tornava urgente, daí partia para também ser coração, alma e cérebro na avassaladora força mental. Monstro de liderança!"

Santos Neves, in A Bola

Um líder histórico do futebol mundial

"O Mário Coluna tinha um estilo imperial. Pisava o campo como um conquistador e a sua liderança projectava-se não apenas na sua equipa e nos seus companheiros, mas também no adversário.
Chamaram-lhe monstro sagrado. Havia nele um respeito, diria até, uma santa veneração, que também resultava de uma imagem de serenidade que tornava imperceptível as marcas de qualquer sentimento.
Foi protector de Eusébio. Mais do que um irmão mais velho, um pai. Recebeu-o em Lisboa e no Benfica com carinho paternal, orientou-o na sua vida desportiva, social, familiar. Eusébio tinha pelo «senhor Coluna» um respeito de filho em família tradicional.
Tinham, afinal, não mais de seis anos de diferença, mas para um miúdo, como Eusébio, acabado de chegar à Europa, deslumbrado com o cosmopolitismo de Lisboa, Coluna era um abrigo e uma referência.
Foi um jogador de virtudes excepcionais. Mais pela clarividência no jogo e pela invulgar força física do que pela destreza. Nem sequer era um jogador explosivo, como sempre foi Eusébio. Mas era o patrão da equipa e não raras vezes o patrão de cada jogo.
Grande e inesquecível capitão do Benfica, onde foi bicampeão europeu. Enorme capitão da Selecção Nacional e grande comandante no Mundial de Inglaterra em 1966.
É evidente que tenho mais memória visual de Eusébio do que Mário Coluna, mas, jovem adolescente, vi-o jogar por diversas vezes no Benfica e na Selecção. Se Eusébio era o pantera negra, para mim, Mário Coluna era o elefante. Inteligente, dominador, forte, imbatível.
É simbólico que Coluna não tenha chegado a resistir mais de mês e meio à morte de Eusébio, nefasto acontecimento que muito o terá abalado. Então, já não teve forças para fazer tão longa viagem. Estava doente há bastante tempo e apesar dos esforços dos amigos, que o aconselhavam a maiores cuidados médicos e hospitalares, sempre procurou viver a vida numa ânsia permanente de liberdade."

Vítor Serpa, in A Bola

383

"Na passada 6.ª-feira recebi um sinóptico SMS que dizia apenas «383». A minha primeira associação foi com fruta (bélica) por causa de uma notícia no Brasil, que havia lido: «A polícia apreendeu 383 bananas de dinamite no Vale do Ribeira. Por enquanto, ninguém foi preso.» Depois pensei no código postal da minha terra natal Ílhavo (3830), mas o zero (que não à esquerda) fez-me mudar de ideias.
De seguida perguntei-me se 383 seria o indicativo telefónico das Ilhas Selvagens para que não subsistam dúvidas sobre a nossa soberania sobre as cagarras? Mas não.
Virei-me para o futebol. Contei os dias desde a última vitória do FCP, em casa, para as competições europeias, mas cheguei tão-só a 368 (desde 19/2/13). Ainda pensei numa nova táctica 3x8x3: 3 minutos antes, 8 após e 3 árbitros.
Li finalmente a notícia. O Porto havia sido condenado (?) a pagar 383 euros pelo atraso de 2 minutos e 46 segundos na Taça da Liga. Uma multa tipo EMEL: 2,32€ por segundo estacionado no balneário/túnel. Uma multa que nem sequer paga o custo do processo e consegue ser inferior ao indexante de Apoios Sociais (419,22€) que serve para definir as prestações sociais de combate à pobreza. Creio que nem sequer chegará para comprar um bom cronómetro que não se atrase.
E tudo relacionado com uma Taça desprezível para o agora condenado clube por um seguríssimo órgão da FPF. Como no ano passado já acontecera face ao V. Setúbal.
383 é uma capicua ou um número palíndromo. Quer dizer que é um número cujo reverso é ele próprio. Ora aí está. Tudo explicado. Tal como sacas que, também palíndromo, é o mesmo lido de trás para a frente. Limpinho."

Bagão Félix, in A Bola

Luisão: «Sou privilegiado»

"Capitão do Benfica em entrevista a A BOLA; Dá conta do estado de espírito por ter chegado aos 400 jogos pelo Benfica; Partilha mérito
(...)
«Sinto-me muito feliz, é uma marca muito importante. São poucos os jogadores que fazem isso hoje em dia, ainda para mais com uma camisola com tanto prestígio como é a do Benfica», começou por dizer Luisão, que ocupa o 10.º lugar na lista dos jogadores mais utilizados de sempre no Benfica, atrás de alguns dos maiores homens da história das águias, entre os quais, claro, Eusébio e Mário Coluna. Luisão, 33 anos, conta que se aplica em cada jogo «como de fosse o primeiro» e faz questão de partilhar o mérito com quem esteve ao lado dele desde que chegou ao Benfica, em 2003, proveniente do Cruzeiro: «Nunca conseguiria ter chegado a esta marca sem o apoio de todos os meus colegas ao longo dos anos. Para eles, também o meu obrigado.»

FAMÍLIA BENFIQUISTA
Na 11.º temporada ao serviço do Benfica e com contrato até 2016, Luisão já tem um lugar na história. E sublinha como o presidente dos encarnados, Luís Filipe Vieira, foi importante, desde o momento em que chegou a Lisboa, no verão de 2003: «Foi indescritível ser homenageado pelo presidente, uma pessoa que me diz muito. E a todos os benfiquistas também. Hoje o Benfica é um clube de top, com condições de excelência, existindo tudo para que os jogadores possam fazer aquilo que sabem, treinar e jogar. Lembro-me do dia em que aqui cheguei, do choque que senti porque a realidade que encontrei não tinha nada a ver com a dimensão que o nome Benfica tinha no Brasil. Tive vontade de regressar e foi o presidente quem me convenceu a ficar. Disse-me que tudo ia mudar e a verdade é que mudou mesmo. Sou um privilegiado por ter vivido todas essas mudanças». Luisão abre o coração quando fala de tantas recordações que gravou em onze anos e meio: «Opa... São tantas, imensas mesmo. Sinto-me cada vez mais realizado e feliz por pertencer à família benfiquista.»

LAMENTO PELA MORTE DE COLUNA
(...)
«Infelizmente, a família benfiquista viu partir mais um grande símbolo um ídolo e uma referência para todos nós. Descanse em paz grande capitão.»

CAMPEONATO E LIGA EUROPA
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«Nesta casa, só pensamos treino a treino e jogo a jogo. Neste momento, o mais importante é preparar o jogo com o PAOK»
(...)
«a eliminatória ainda está no intervalo. Ganhámos o primeiro jogo, mas ainda nada está decidido. Vamos respeitar o PAOK, que tem qualidade, como fizemos no primeiro jogo», prometeu.

«FOI LINDO DE MAIS»
(...)
Luisão foi apanhado de surpresa e emocionou-se quando viu a homenagem que a mulher, Brenda Mattar, as filhas Sophia e Valentina, de cinco e dois anos respectivamente, o pai, Amaral, e a mãe, Arlete, lhe prestaram, nas páginas de A BOLA, pelos 400 jogos no Benfica. «Foi lindo de mais», desabafa, depois convidado a comentar os depoimentos da família que o atingiram no coração.
«Foi uma surpresa fantástica das pessoas que eu amo, que sofrem e festejam com  as nossas vitórias e que estão sempre a vibrar com os jogos do Benfica, porque lá em casa somos todos benfiquistas. Agradeço no fundo do coração e foi uma homenagem que nunca esquecerei», prosseguiu o capitão dos encarnados.»
(...)
«Claro que sim. Vestem a camisola, cantam o hino do clube, pegam nas bandeiras... É a festa completa», rematou.

OS DEPOIMENTOS
(...)"

Entrevista a Luisão, por Gonçalo Guimarães, in A Bola

Capitão

A expressão Eterno Capitão, não deve ser interpretada com leviandade, Mário Coluna deixou-nos, mas será para sempre o nosso Capitão, onde quer que esteja.
Se em 1961, foi ele que recebeu Eusébio em Lisboa, como um Pai, agora a situação inverteu-se, será o King a receber o Sr. Coluna no panteão das nossas estrelas...