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segunda-feira, 19 de março de 2018

Lixívia 27

Tabela Anti-Lixívia
Benfica ........ 68 (-4) = 72
Corruptos.... 70 (+11) = 59
Sporting .... 65 (+15) = 50

Mais uma jornada que fica marcada por um gigante empurrão aos Corruptos!!! O medo era tanto, que nomeiam o sócio Corrupto Manuel Oliveira... e como mesmo assim, a 'coisa' não estava segura, lá 'garantiram' os 3 pontos com um guarda-redes adversário!!!

O mesmo Manuel Oliveira, que nos jogos do Benfica não consegue ver penalty's a favor do Benfica, neste jogo, viu aquilo que não aconteceu várias vezes, sempre a favor dos Corruptos, e o somatório dos erros só não deu em escândalo dos 90's, porque o VAR não deixou!!!!
Bruno Esteves, o VAR, 'conseguiu' ganhar coragem para reverter a expulsão absurda do Vítor Bruno, e o penalty com duplo-toque do Sérgio Oliveira... mas faltou-lhe 'tomates' para assinalar o penalty do Filipe (sendo que se o Manuel Oliveira fosse ver na TV, tenho a certeza que faria o mesmo que o Soares Dias fez, duas semanas antes...!!!)
O penalty marcado a favor dos Corruptos, é um daqueles lances que visto a TV é penalty, mas ao 'vivo' raramente são assinaladas faltas nestes lances, essencialmente porque a bola já não está lá... mas neste caso, o árbitro de campo, não teve dúvidas!!!
Além destes erros mais claros, o resto do jogo ficou marcado, por uma série de outros erros, técnicos e disciplinarmente, sempre em benefício da equipa da casa...
Mas como referi anteriormente, o apitadeiro sozinho não conseguiu construir uma vitória fácil, e assim com um perigoso 1-0, lá apareceu o plano de contingência!!!
A denúncia anónima que foi feita depois do jogo, fala de um pagamento de 150 mil euros, e do empresário que terá servido de intermediário, mais uma vez não é uma denúncia anónima sem dados... Pessoalmente, quando vi as imagens, fiquei com poucas dúvidas:
- pela 3.ª vez esta época, os Corruptos beneficiam de um golo, após um erro absurdo da defesa contrária... pela 3.ª vez!!! Neste caso, o passe do Vagner, e até forma como reagiu ao erro, leva-me a crer que houve premeditação...
Por acaso, fui guarda-redes, portanto tenho algum conhecimento... Um jogador profissional, tem poucas ou nenhumas desculpas para cometer um erro destes!!!!


O Manuel Mota fez um arbitragem agradável na Feira. Não foi perfeita, mas comparando com a maioria dos jogos, esteve acima da média...!!!
Errou no Amarelo ao Grimaldo, errou pelo menos em dois Cantos a favor do Benfica, que deu pontapé de baliza ao Feirense... No lance aos 2 minutos com o Rúben Dias é um lance discutível, mas na expulsão do Tiago Silva e do Brisseno esteve bem...


O Rui Costa cometeu os erros habituais, principalmente disciplinarmente, para os dois lados no Alvalixo, mas sem influência no resultado...

Anexos:
Benfica
1.ª-Braga(c), V(3-1), Xistra (Verissímo), Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado
2.ª-Chaves(f), V(0-1), Sousa (Tiago Martins), Prejudicados, (0-3), Sem influência no resultado
3.ª-Belenenses(c), V(5-0), Rui Costa (Vasco Santos), Beneficiados, Sem influência no resultado
4.ª-Rio Ave(f), E(1-1), Hugo Miguel (Veríssimo), Prejudicados, Impossível contabilizar
5.ª-Portimonense(c), V(2-1), Gonçalo Martins (Veríssimo), Prejudicados, (4-0), Sem influência no resultado
6.ª-Boavista(f), D(2-1), Soares Dias (Esteves), Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
7.ª-Paços de Ferreira(c), V(2-0), Xistra (Hugo Miguel), Nada a assinalar
8.ª-Marítimo(f), E(1-1), Sousa (Godinho), Prejudicados, (1-2), (-2 pontos)
9.ª-Aves(f), V(1-3), Almeida (Vítor Ferreira), Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado
10.ª-Feirense(c), V(1-0), Godinho (Xistra), Prejudicados, (2-0), Sem influência no resultado
11.ª-Guimarães(f), V(1-3), Soares Dias (Malheiro), Prejudicados, (1-4), Sem influência no resultado
12.ª-Setúbal(c), V(6-0), Godinho (Pinheiro), Prejudicados, Beneficiados, (8-0), Sem influência no resultado
13.ª-Corruptos(f), E(0-0), Sousa (Hugo Miguel), Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar
14.ª-Estoril(c), V(3-1), Pinheiro (Manuel Oliveira), Beneficiados, Sem influência no resultado
15.ª-Tondela(f), V(1-5), Tiago Martins (Malheiro), Nada a assinalar
16.ª-Sporting(c) E(1-1), Hugo Miguel (Tiago Martins), Prejudicados, (5-0), (-2 pontos)
17.ª-Moreirense(f), V(0-2), Mota (Godinho), Nada a assinalar
18.ª-Braga(f), V(1-3), Soares Dias (Godinho), Prejudicados, (1-4), Sem influência no resultado
19.ª-Chaves(c), V(3-0), Esteves (Vasco Santos), Prejudicados, (5-0), Sem influência no resultado
20.ª-Belenenses(f), E(1-1), Paixão (Rui Oliveira), Nada a assinalar
21.ª-Rio Ave(c), V(5-1), Manuel Oliveira (Vítor Ferreira), Prejudicados, Sem influência no resultado
22.ª-Portimonense(f), V(1-3), Xistra (Rui Oliveira), Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
23.ª-Boavista(c), V(4-0), Tiago Martins (Malheiro), Prejudicados, (5-0), Sem influência no resultado
24.ª-Paços de Ferreira(f), V(1-3), Veríssimo (Esteves), Prejudicados, (1-7), Sem influência no resultado
25.ª-Marítimo(c), V(5-0), Malheiro (António Nobre), Nada a assinalar
26.ª-Aves(c), V(2-0), Rui Costa (Rui Oliveira), Nada a assinalar
27.ª-Feirense(f), V(0-2), Mota (Malheiro), Nada a assinalar

Sporting
1.ª-Aves(f), V(0-2), Tiago Martins (Pinheiro), Nada a assinalar
2.ª-Setúbal(c), V(1-0), Paixão (Hugo Miguel), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
3.ª-Guimarães(f), V(0-5), Hugo Miguel (Sousa), Nada a assinalar
4.ª-Estoril(c), V(2-1), Godinho (Tiago Martins), Beneficiados, Impossível contabilizar
5.ª-Feirense(f), V(2-3), Soares Dias (Tiago Martins), Nada a assinalar
6.ª-Tondela(c), V(2-0), Manuel Oliveira (Tiago Martins), Nada a assinalar
7.ª-Moreirense(f), E(1-1), Godinho (Pinheiro), Beneficiados, (2-0), (+1 ponto)
8.ª-Corruptos(c), E(0-0), Xistra (Hugo Miguel), Nada a assinalar
9.ª-Chaves(c), V(5-1), Rui Costa (Esteves), Beneficiados, Prejudicados (5-2), Sem influência no resultado
10.ª-Rio Ave(f), V(0-1), Sousa (Capela), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
11.ª-Braga(c), E(2-2), Xistra (Rui Costa), Beneficiados, (1-4), (+1 ponto)
12.ª-Paços de Ferreira(f), V(1-2), Tiago Martins (Xistra), Beneficiados, (1-1), (+2 pontos)
13.ª-Belenenses(c), V(1-0), Almeida (Godinho), Nada a assinalar
14.ª-Boavista(f), V(1-3), Godinho (Vasco Santos), Nada a assinalar
15.ª-Portimonense(c), V(2-0), Capela (Xistra), Nada a assinalar
16.ª-Benfica(f), E(1-1), Hugo Miguel (Tiago Martins), Beneficiados, (5-0), (+ 1 ponto)
17ª-Marítimo(c), V(5-0), Xistra (Esteves), Nada a assinalar
18.ª-Aves(c), V(3-0), Pinheiro (Sousa), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar
19.ª-Setúbal(f), E(1-1), Veríssimo (António Nobre), Beneficiados, Sem influência no resultado
20.ª-Guimarães(c), V(1-0), Godinho (Hugo Miguel), Nada a assinalar
21.ª-Estoril(f), D(2-0), Mota (Luís Ferreira), Nada a assinalar
22.ª-Feirense(c) V(2-0), Luís Ferreira (Manuel Oliveira), (1-0), Beneficiados, Sem influência no resultado
23.ª-Tondela(f), V(1-2), Capela (Esteves), Beneficiados, (2-1), (+3 pontos)
24.ª-Moreirense(c), V(1-0) , Tiago Martins (Xistra), PrejudicadosBeneficiados, (0-0), (+2 pontos)
25.ª-Corruptos(f), D(2-1), Soares Dias (Pinheiro), Prejudicados, (2-2), (-1 ponto)
26.ª-Chaves(f), V(1-2), Hugo Miguel (Veríssimo), Beneficiados, (2-2), (+ 2 pontos)
27.ª-Rio Ave(c), V(2-0), Rui Costa (António Nobre), Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-Estoril(c), V(4-0), Hugo Miguel (Luís Ferreira), Nada a assinalar
2.ª-Tondela(f), V(0-1), Veríssimo (Malheiro), Beneficiados, Impossível contabilizar
3.ª-Moreirense(c), V(3-0), Manuel Oliveira (Tiago Martins), Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
4.ª-Braga(f), V(0-1), Xistra (Esteves), Beneficiados, Impossível contabilizar
5.ª-Chaves(c), V(3-0), Rui Oliveira (Hugo Miguel), Nada a assinalar
6.ª-Rio Ave(f), V(1-2), Sousa (Godinho), Nada a assinalar
7.ª-Portimonense(c), V(5-2), Luís Ferreira (Sousa), Nada a assinalar
8.ª-Sporting(f), E(0-0), Xistra (Hugo Miguel), Nada a assinalar
9.ª-Paços de Ferreira(c), V(6-1), Manuel Oliveira (Veríssimo), Beneficiados, (5-1), Sem influencia no resultado
10.ª-Boavista(f), V(0-3), Hugo Miguel (Tiago Martins), Nada a assinalar
11.ª-Belenenses(c), V(2-0), Veríssimo (Luís Ferreira), Beneficiados, (0-2), (+3 pontos)
12.ª-Aves(f), E(1-1), Rui Costa (Esteves), Nada a assinalar
13.ª-Benfica(c), E(1-1), Sousa (Hugo Miguel), Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
14.ª-Setúbal(f), V(0-5), Tiago Martins (Rui Oliveira), Beneficiados, (0-3), Impossível contabilizar
15.ª-Marítimo(c), V(3-1), Mota (António Nobre), Nada a assinalar
16.ª-Feirense(f), V(1-2), Veríssimo (Paixão), Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar
17.ª-Guimarães(c), V(4-2), Soares Dias (António Nobre), Prejudicados, Beneficiados, (4-2), Impossível contabilizar
19.ª-Tondela(c), V(1-0), Godinho (Soares Dias), BeneficiadosPrejudicados, (2-0), Impossível contabilizar
20.ª-Moreirense(f), E(0-0), Luís Ferreira (Manuel Oliveira), Nada a assinalar
21.ª-Braga(c), V(3-1), Hugo Miguel (Almeida), Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado
22.ª-Chaves(f), V(0-4), Soares Dias (Mota), Beneficiados, Prejudicados, (3-0), (+3 pontos)
23.ª-Rio Ave(c), V(5-0), Xistra (Rui Oliveira), Nada a assinalar
18.ª-Estoril(f), V(1-3), Vasco Santos (Luís Ferreira), Beneficiados, (1-0), (+3 pontos)
24.ª-Portimonense(f), V(1-5), Sousa (Hugo Miguel), Beneficiados, (1-4), Sem influência no resultado
25.ª-Sporting(c), V(2-1), Soares Dias (Pinheiro), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
26.ª-Paços de Ferreira(f), D(1-0), Paixão, (Xistra), Nada a assinalar 
27.ª-Boavista(c), V(2-0), Manuel Oliveira (Esteves), Beneficiados, (2-1), Impossível contabilizar

Jornadas anteriores:
Épocas anteriores:
2016-2017
2015-2016

Benfica FM - pós-Feira

Justiça a 'cores' !!!

As Regras dos Jogos... Santa Clara & Grécia !

Alvorada... do Bernardo

Pai

Eficácia e desperdício

"Para apreciar um goleador como Jonas é preciso atentar no exemplo de Ruiz

Quando o Benfica contratou Jonas, há três anos e meio, achei que ia ser um flop. Vinha do Valência, onde não era titular, e já tinha 30 anos. Há muito tempo que não jogava com regularidade e chegou a custo zero. Que esperar de um futebolista com este currículo?
Ainda por cima, ia ser inevitavelmente comparado com um artilheiro chamado Óscar Cardozo, que tinha feito grandes temporadas na Luz.
Jesus não pôs Jonas logo a jogar - e isso reforçou a convicção de que fora uma aposta falhada. Mas logo que entrou começou a marcar, e nunca mais parou. Rapidamente conquistou um lugar na equipa principal e, logo a seguir, ganhou o estatuto de intocável. Tinha renascido para o futebol. O mérito atribuiu-se a Jorge Jesus, que o encaixou num sistema com dois avançados, onde ele tinha mais espaço para jogar. Num sistema 4x3x3, entalado entre os defesas centrais adversários, Jonas não faria nada - era o que se dizia.
Jesus saiu e entrou Rui Vitória, mas Jonas continuou a marcar. Até que se lesionou com gravidade. Esteve uns meses fora. Com 32 anos, deveria ser o fim da carreira. Mas voltou, reconquistou o lugar na equipa e parecia ainda melhor.
Vitória mudou o sistema, passou do 4x4x2 para o 4x3x3 - e Jonas, como se previa, saiu da equipa e sentou-se no banco de suplentes. Desta vez é que era o fim. Mas passadas umas semanas, Jonas voltou, agora como avançado único, e continuou a marcar. A ideia de que só poderia jogar num sistema com dois avançados revelou-se um mito. Hoje, com 33 anos, Jonas é o goleador mais perigoso do campeonato, tem quase tantos golos apontados como o resto da equipa do Benfica e é o melhor marcador da Europa. Olhando para ele, marcar golos parece fácil.
E só percebemos a dificuldade quando vemos o que fazem outros. Bryan Ruiz chegou ao Sporting com um rótulo de qualidade, que confirmou, mas logo se viu que a sua relação com a baliza era difícil. No primeiro ano em Portugal falhou dois golos em Guimarães e um golo em Alvalade contra o Benfica - que, a serem marcados, teriam dado ao Sporting o título de campeão.
E o azar continua até hoje. Remata ao poste, remata ao lado, remata contra o guarda-redes, só não atina com a baliza. Na quinta-feira, na República Checa, por duas vezes apareceu sozinho e das duas falhou: numa atirou escandalosamente para fora, noutra proporcionou uma grande defesa ao guarda-redes adversário. Faz tudo… menos marcar.
Diz-se que para saber apreciar um bom queijo é preciso comer também maus queijos. Para apreciar um goleador como Jonas é preciso atentar no exemplo de Ruiz. Para um, marcar golos parece facílimo; para o outro, parece a coisa mais complicada do mundo."

E se Rafa tivesse golo?

"1 - Benfica e FC Porto venceram com relativa tranquilidade os jogos de ontem. E, apesar de os números não o demonstrarem, foram os encarnados a estar mais perto de uma goleada histórica, pelo menos no que a oportunidades desperdiçadas diz respeito. Do lado do Benfica, emergiu Rafa neste domínio. O extremo, que até marcou, mostrou uma vez mais que se tivesse ‘killer instinct’ seria hoje um jogador de classe mundial.

2 - O muro que o Sporting vai ter de escalar
O Sporting (ou FC Porto e Benfica , se lá estivessem) tinha apenas uma equipa que lhe era superior entre as outras sete sobreviventes na Liga Europa, precisamente o At. Madrid. Não foi, de facto, um sorteio feliz, ao contrário do que aconteceu na eliminatória anterior. Perante este dado, Jorge Jesus não poderá tirar o pé do acelerador, nem gerir fisicamente o plantel nos jogos do campeonato ou da Taça de Portugal, sob pena de se ficar esta época pela conquista da Taça CTT. A Liga Europa, não sendo uma miragem, é (em rigor, até já era...) a mais difícil de ganhar.

3 - Meias-finais de sonho na Liga dos Campeões?
O sorteio da Liga dos Campeões foi também caprichoso. Se a lógica imperar, as meias-finais da competição vão reunir as quatro melhores equipas da Europa da actualidade: Real Madrid, Barcelona, Bayern Munique e Manchester City, que não se encontram nos quartos-de-final. A eliminatória mais equilibrada (no plano teórico, evidentemente) é a que opõe os merengues à Juventus, com o favoritismo a pender para a equipa de Cristiano Ronaldo. De resto, Sevilha, Roma e Liverpool (por esta ordem) poucas hipóteses terão de seguir em frente."

Treinadores: autênticos ou actores

"Uma breve passagem pela literatura sobre a liderança do treinador e percebemos que existem vários estilos e teorias que abordam os comportamentos do treinador no exercício da sua liderança que nos remetem para modos de estar e ser completamente distintos. Umas mais antigas outras mais recentes, as teorias vão proporcionando compreender melhor que tipos de comportamentos os treinadores têm e o que suporta essas mesmas acções.
Isto a propósito do comportamento mais recente do treinador Sérgio Conceição quando se recusou cumprimentar um colega seu de profissão. Já o escrevi aqui nas primeiras rúbricas desta época desportiva, Sérgio Conceição encaixa-se muito na teoria da liderança autêntica. Que nos remete de modo muito simples para agir consoante aquilo que o líder é enquanto pessoa. E isso leva-o a sentir-se bem com aquilo que faz em qualquer um dos contextos, fruto de convicções muito fortes e com pouca capacidade de abnegação.
Outros treinadores apresentam um conjunto de comportamentos que se encaixam noutros perfis de teorias e estilos distintos da liderança mais autêntica. Fernando Santos é um treinador que se encaixa mais na teoria da liderança situacional. Rui Vitória caminha muito para lá, apesar de ser bastante mais novo que Fernando Santos e este estilo estar identificado muito com a idade e maturidade do treinador. Jorge Jesus encaixa bem no estilo mais autoritário, apesar de ter depois uns retoques de transformacional. E poderíamos estar aqui bastante mais tempo com alguns exemplos. Mas indo ao encontro do título do artigo, o que um treinador deve ser mesmo no que diz respeito à sua liderança: autêntico ou actor?
Eu diria que ambos. Naturalmente a nossa identidade leva-nos sempre para lados da balança distintos. Podemos ser ambos ou até misturando outros ingredientes, mas genuinamente seremos sempre algo que se destacará mais ou será mais eficiente em determinados contextos.
Certamente outros treinadores já tiveram vontade de fazer aquilo que o Sérgio fez. E o contexto tem muito peso aqui. Provavelmente com outro resultado a reacção seria outra, embora lá no fundo o treinador do FC Porto estivesse sempre muito consternado com o que se tinha passado. Mas mais importante é pensarmos por que outros treinadores naquelas situações optaram por ter outros comportamentos. E aqui vem ao de cima a palavra actor. Não porque sejam falsos, mas porque entenderam numa determinada altura da sua carreira que a adaptabilidade e flexibilidade em prol do outro ou do contexto, fomenta terem alguns comportamentos que embora não lhes apetecesse fazer, optam por considerar ser o mais correto tendo em conta: o próprio, o contexto e o outro.
Como em quase tudo na área da liderança do treinador não há propriamente receitas. Leva-nos para este patamar de uns concordarem mais e menos. E esta decisão, atenção, tem muito da nossa identidade de líder por detrás."

Benfiquismo (DCCLXXXI)

O  Bom-Gigante !!!

Jonas Pistolas !!!

A alma da toga

"Este Benfica mostra que é legítima a ambição do penta. E esta busca centra-se nos relvados e está para além do que outros jogam fora deles.

1. O Benfica venceu ontem em Santa Maria da Feira e sabe que até ao final desta Liga só jogará na Área Metropolitana de Lisboa. Foi uma vitória suada e inequívoca, categórica e estimulante. O Benfica desde o primeiro minuto procurou a baliza de um Feirense que tudo fez para contrariar a força e a vontade desde Benfica de Rui Vitória. Este Benfica mostra que é legítima a ambição da conquista do penta. E esta busca centra-se nos relvados e está para além do que outros jogam, e bem, fora deles. Este Benfica, com Rúben Dias a ser chamado por Fernando Santos e com Rafa a mostrar-se para a Rússia, é um verdadeiro colectivo. Há unidade e há determinação. Há convicção face ao objectivo principal da época. E, agora, o Benfica só depende de si. E quando vemos Luisão saltar, com aquela alegria que nos contagia, no momento do segundo golo percebemos bem que estes jogos jogadores merecem o impressionante e fervoroso colinho dos adeptos benfiquistas. E sabendo todos ultrapassar constrangimentos, receios e, porventura até medos. E, permitam-me, no momento em que o Feirense comemora 100 anos de vibrante histórica no desporto do distrito de Aveiro, de evidenciar a partilha de cores em muitos lugares das bancadas do Estádio do Feirense. E esta partilha mostra que há rivalidades mas há acima de tudo amizades. E em Santa Maria da Feira, como em muitos outros lugares, há homens e mulheres que se conhecem e que não se guerreiam. Há, sempre, abraços aguardados, afectos declarados, gentilezas insistentes e acenos temporários. E provocações que se permitem e aceitam. E, acreditem, não são precisas muitas análises sociológicas para percebermos que o verdadeiro desportista encontra e abraça o adversário. O conceito de inimigo fica para outros e artistas que os novos tempos vão exibindo e, sem que eles reparem, os vão lentamente destruindo. Mas essa mágoa ficará para outro momento e para outra análise.

2. (...)

3. O saudoso Senhor meu Pai partiu quase há seis anos. Senti-lo e tocá-lo são privilégios que perdi. A sua presença, o seu caminhar hirto, senhorial, o seu humor refinado, a sua crítica contundente e a ternura do seu beijo são, sempre, memórias presentes, sensações ainda vivas e fulgentes. Com ele aprendi a ser de um clube e a respeitar os outros. Com ele lia este jornal em voz alta. Com ele vi muitos jogos do distrital de Viseu. Com ele vi jovens jogadores cheios de talento que deixavam Viseu e sorriam para o mundo. Com ele aprendi a sentir o Direito e a perceber o torto! E em cada dia do Pai, depois desse Junho de 2012, fico-me num silêncio que me chama para me oferecer o caleidoscópio de imagens que sempre guardarei como tesouro único para o resto da minha vida. E, amanhã, quando entrar, logo pela manhã, no Tribunal que me absorve há quase trinta sessões, não deixarei - com a força e a raça do Paulo e a serenidade da Rita - de folhear um livro que ele me ofereceu e, logo, com duas notas bem pessoais. A primeira que fora editado no ano do meu nascimento, 1956. A segunda, a determinante, para que nunca me esquecesse do seu conteúdo logo que regressasse - o que ele ardentemente desejava! - ao exercício da profissão e ao ambiente das salas de audiências. O livro de Angel Osorio Y Gallardo tem o título A Alma da Toga e merece ser lido por juristas e não juristas. Ali lemos que «para combater a ira não há antídoto mais eficaz do que o desprezo. Saber desprezar é o complemento da força interior. Desprezo para os venais e para os que se deixam influenciar, para os hipócritas, os néscios, os assassinos traiçoeiros e para os cães que ladram». E lendo toda a Alma e conhecendo o direito profissional do advogado - tão esquecido e tão ignorado - temos consciência, no momento e perante concretas circunstâncias, dos deveres dos advogados, das exigências e limites do segredo profissional e dos factos com ele conexos e, ainda, do dever de segredo que atinge a administração da justiça e a própria protecção do Estado. Como ressalta do Constituição da República e do conjunto de direitos, liberdades e garantias aí consagrados. Sabendo sempre que a toga «tem para os que a envergam dois significados - freio e ilusão, e para quem a contempla, outros dois, distinção e respeito». E o que vemos, em muitas situações, e no reino da justiça portuguesa é que não há freios, multiplicam-se as ilusões, perdeu-se o respeito e o se distingue é mais o torto do que o direito. E fazendo-se uma justiça avulsa na nova praça pública em que todos sabem de direito, muitos conhecem todos os indícios e outras ainda, deslumbrados pelas novas luzes de uma ribalta sempre transitória, falam, falam e falam do que conhecem e do que não sabem. E os que se calam, em nome da alma da toga, são, por vezes em perturbante surdina, criticados!

4. Nos quartos de final da Liga dos Campeões e da Liga Europa deparamos com dados bem interessantes. Os oito apurados na Liga Europa representam oito diferentes ligas. É aqui que encontramos a portuguesa (Sporting), a russa (CSKA) e a austríaca (Salzburgo). E também a francesa (Marselha). As restantes doze equipas apuradas para as duas competições saem das quatro potências do futebol europeu: Espanha (4), Inglaterra (3), Itália (3) e Alemanha (2). E os nomes habituais destes momentos finais repetem-se época a época. E logo no arranque de Abril com a repetição nos quartos da final do ano passado, um Juventus - Real Madrid. E com uma disputa inglesa - Liverpool - Manchester City - a levar-nos a uma convicção que o sorteio pode determinar, se a sorte o indicar, uma meia-final espanhola! Coisas que só o sorteio, sempre puro, pode concretizar!

5. Jean-Paul Sarte, um nome respeitado na história do pensamento universal, deixou-nos um comentário cuja actualidade determina a sua alusão: «O mais importante não é aquilo que fazem consigo, mas sim o que tu fazes daquilo que fazem contigo». E esta frase é bem real em tempos de diferentes violências e de múltiplas impunidades! Que anestesiam as reacções ética, jurídica, política e cultural de uma concreta sociedade. Quando se presente que não há conserto a violência, nas suas múltiplas formas, fica banalizada (tudo é assim) e, pior, naturalizada (sempre foi assim). Talvez fosse útil que a sociologia e antropologia, pelo poder real do futebol português. Em tempo feliz de Quinas de Ouro!"

Bagão Félix, in A Bola

Furacão Jiménez

"Entrada do mexicano foi determinante; Benfica com exibição cerebral podia ter feito mais golos

Intensidade do Benfica
1. O Benfica voltou ao esquema habitual com o regresso de Pizzi, com Rui Vitória a não abdicar do 4x3x3. Sabia-se que ia ser um jogo difícil para as águias, que iam encontrar um Feirense em situação delicada na tabela. Talvez por isso o Benfica tenha entrado muito forte, com uma intensidade brutal, dominando os primeiros 25 minutos, circulando a bola e quase sempre no meio campo do adversário, e pelos três corredores, mais, talvez, pelo esquerdo com Grimaldo, Cervi e Zivkovic e serem determinantes com os envolvimentos que fazem. Rafa, no corredor direito, criou boas iniciativas mas depois não conseguiu decidir, pese embora ter feito o golo que matou o jogo. O Benfica fez muitos cruzamentos para a área mas a maior parte não os aproveitou, faltou-lhes alguma presença. Ainda assim, só aos 30 e poucos minutos, quando Rafa se isola, é que tem a primeira grande oportunidade... O Rafa tem esta má relação com a baliza, o que é uma pena, parece que há ali uma pressão que muitas vezes não consegue ultrapassar, e - volto a referir - apesar do golo que apontou.

Morte do artista
2. O Feirense só por volta dos 25 minutos consegue chegar pela primeira vez perto da baliza do Benfica, o que demonstra bem como o Benfica foi dono e senhor do jogo e se o Feirense não conseguiu fazer mais foi por mérito do Benfica. Depois aconteceu a expulsão e contra dez viu-se um Benfica mais cerebral... Rui Vitória conseguiu imprimir na equipa esse factor muito importante de os jogadores não se perturbarem mesmo quando as coisas não correm muito bem e os golos demoram a aparecer, mas ninguém entra em desespero. E lá esta: não marcou o Jonas, mas chegou o Jiménez e resolveu. A perder, o Feirense tentou esticar o jogo... e foi a morte do artista, porque o Rafa, com espaço e muito veloz, foi determinante, fez o segundo e a partir daí o Benfica podia mesmo ter goleado.

4x4x2 de novo determinante
3. O Benfica desbloqueou o jogo já no 4xx2, repetindo algo que já acontecera nos dois últimos jogos. Rui Vitória não quer desmontar o sistema preferido dele, que é o 4x3x3, mas é uma evidência: em jogos desta natureza o 4x4x2 acaba por ser mais determinante. Isto é uma riqueza para um treinador, quando o 4x3x3 não desbloqueia há o alternativo que era o plano A nas últimas épocas e que continua a funcionar. Só que Rui Vitória prefere não mexer porque para colocar dois avançados de início tem de mexer no meio campo e neste momento tem Zivkovic a jogar muito bem e a afirmar-se e isso obriga a manter o 4x3x3.
Resumindo: o melhor deste jogo foi a exibição constante do Benfica durante os 90 minutos, a subir de qualidade e com um Jiménez a entrar de forma determinante. O pior: esperava mais do Feirense, mas houve muito mérito do Benfica pela forma como não deixou o adversário jogar. O Feirense teve duas expulsões mas não foi equipa agressiva: até fez uma falta a menos que o Benfica. Faltou-lhe capacidade nos duelos individuais."

Vítor Manuel, in A Bola