"Confesso que não vi o tal programa Prolongamento, mesmo que inacreditavelmente repetido no dia seguinte, como obra-prima a merecer o mais importante Prémio IgNobel (nas categorias de «efeitos especiais», «montagem» e «argumento»), mas pude, depois, ver alguns excertos que foram exaustivamente transmitidos.
Creio que um dos momentos mais luminosos da noite terá sido o do kit que o Benfica oferece aos árbitros nos jogos em casa. Mas, revelada a sua composição, fiquei, enquanto benfiquista, mais descansado. Não tem fruteiras de cristal, nem camisolas do Sporting, nem ingressos em museus com poucos troféus.
Aliás, entra pelos olhos dentro que oferecer um kit de cortesia em todos os jogos e com quaisquer árbitros, é um inaceitável acto de condicionamento com carácter universal (nenhum juiz é excluído) e retroactivo (pois creio que é recebido depois das partidas acabadas). Nunca pensei que o meu clube fosse tão sofisticado e transparente na pressão, bem melhor do que antigos e dourados meios que foram conhecidos ou de anátemas constantemente lançados sobre arbitragens antes e, sobretudo, depois dos jogos não ganhos.
Sobre o que vi do resto do tal programa, e de uma maneira o mais elegante e sucinta possível, o que poderei dizer? Acompanhando a exortação de Luís Filipe Vieira aos benfiquistas «ignorem o ruído», apenas um alvo comentário. Ei-lo:
Bagão Félix, in A Bola