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quarta-feira, 16 de março de 2022

AFC Ajax 0-1 SL Benfica: Um remate, um bilhete para os quartos


"A Crónica: Encarnados Souberam Sofrer e Aproveitaram Para Marcar No Único Remate à Baliza

O SL Benfica garantiu esta noite a passagem aos quartos-de-final da Liga dos Campeões, ao derrotar o AFC Ajax por 0-1, depois do 2-2 da primeira mão em Lisboa. Jogo de muito sofrimento por parte dos encarnados que souberam esperar pelo momento certo para ferir de morte a baliza holandesa.
O jogo começou como já se esperava, com o AFC Ajax a tentar resolver cedo a eliminatória, a ir para cima da equipa da Luz e quando não tinha bola, pressionava alto e não deixava o SL Benfica sair para o ataque. Os holandeses procuravam, através de Tadic e Antony, as faixas para fazer cruzamentos para a área, à espera que Haller fizesse o que lhe competia. Quando conseguia, o SL Benfica tentava atacar pela certa, não arriscando muito a procura do golo. Mesmo assim, os encarnados não conseguiam criar perigo junto da área contrária.
O domínio do encontro, esse, continuava do lado da equipa de Amesterdão mas a equipa da Luz defendia bem, que também contou com a preciosa ajuda de Gonçalo Ramos, Everton e Rafa, a recuarem e a ajudarem nas missões defensivas. Durante a primeira parte, os remates pertenceram todos à formação da casa mas sem nunca criar perigo de maior. Talvez o mais perigoso pertenceu a Gravenberch, que aos 36 minutos rematou de fora da área, obrigando Vlachodimos a defender para canto. O primeiro tempo acabou e o SL Benfica conseguiu cumprir parte do objectivo, que era aguentar o caudal ofensivo do AFC Ajax e não sofrer golos.
Ao intervalo, Nélson Veríssimo mexeu na equipa e fez entrar Meité para o lugar de Taarabat. O marroquino esteve apagado nos primeiros 45 minutos e o técnico encarnado quis dar mais músculo ao meio campo. O encontro recomeçou da mesma maneira que a primeira parte, com os holandeses a mandarem no jogo e a encostarem o SL Benfica lá atrás. Era essa a toada da partida mas, valha a verdade, os ataques dos AFC Ajax eram uma constante mas sem nunca haver perigo iminente de golo. Só aos 61 minutos é que Antony assustou Vlachodimos com um remate de cabeça que passou a rasar a baliza encarnada. A equipa da Luz tentava como podia chegar à baliza adversária mas não conseguia definir as jogadas no último terço do terreno, ao perder muitas vezes a bola por parte dos seus atacantes.
Só que a formação orientada por Erik ten Hag também já estava a começar a ficar sem ideias e o estilo de jogo começou a ficar previsível. Era um sinal de que algo bom estava para acontecer. Decorria o minuto 76 quando o SL Benfica conquistou um livre na direita do ataque. Grimaldo foi chamado a marcar e com toda a classe meteu a bola direitinha na cabeça de Darwin Núñez, que atirou para o fundo da baliza.
Contra a corrente do jogo, a equipa da Luz inaugurou o marcador no primeiro remate à baliza e acentuava-se a esperança que o apuramento era possível. Após o tento sofrido, o ACF Ajax foi novamente para cima da formação da Luz mas, inexplicavelmente, não conseguiu criar mais nenhum lance de perigo até ao final da partida. O SL Benfica aguentou com pôde a vantagem mínima e nos últimos dez minutos fez entrar Diogo Gonçalves, Paulo Bernardo e Lázaro, para suster a avalanche ofensiva por parte dos holandeses. Mas já nada havia a fazer. Assim que o árbitro Carlos del Cerro Grande apitou para o final, a festa fez-se no relvado por parte do SL Benfica, que conseguiu apurar-se para os quartos-de-final da Champions, depois de 90 minutos de muito sofrimento.

A Figura
Darwin Núñez A primeira parte foi de algum desgaste para o avançado uruguaio que sentiu algo sozinho na frente de ataque mas foi sempre muito trabalhador para equipa, procurando sempre o lado direito para tentar furar a defesa holandesa. No segundo tempo esteve mais solto, principalmente após a entrada de Yaremchuk e é dele o golo decisivo que coloca os encarnados nos quartos-de final da prova.

O Fora de Jogo
Onana Em noite tranquila, um erro que custou cara a derrota e a eliminação da sua equipa. No lance do único golo do encontro, o guarda-redes camaronês teve uma saída em falso e deixou a baliza escancarada para Darwin Núñez ser feliz.

Análise Tática – AFC Ajax
A equipa holandesa apresentou-se num 4-3-3 com Tadic a ser o cérebro da equipa, variando o seu jogo atacante entre o meio e o lado esquerdo. O defesa esquerdo, Blind, era o jogador que lhe dava apoio, subindo também para ajudar no ataque. Do lado direito, Mazraoui raramente subia e o flanco ficava sempre Antony, extremo sempre muito colado à linha.

11 Inicial e Pontuações
Onana (5)
Mazraoui (6)
Blind (7)
Lisandro Martínez (6)
Timber (5)
Edson Álvarez (7)
Gravenberch (7)
Tadic (6)
Antony (7)
Berghuis (6)
Haller (5)
Subs Utilizados
Klaassen (-)
Brobbey (-)
Kudus (-)

Análise Tática – SL Benfica
Nélson Veríssimo não alterou o seu esquema habitual para este duelo decisivo e apresentou um 4-4-2, com Gonçalo Ramos a ajudar nas tarefas defensivas, assim como Rafa e Everton. Talvez por isso, Darwin Núñez tivesse ficado muitas vezes sozinho na frente. Durante praticamente todo o encontro, a tática foi de contenção, deixar o AFC Ajax jogar para depois recuperar a bola e tentar sair para o contra ataque.

11 Inicial e Pontuações
Vlachodimos (6)
Gilberto (6)
Otamendi (7)
Vertonghen (8)
Grimaldo (7)
Weigl (6)
Taarabt (5)
Rafa (6)
Everton (5)
Gonçalo Ramos (6)
Darwin Núñez (8)
Subs Utilizados
Meité (6)
Yaremchuk (5)
Diogo Gonçalves (-)
Paulo Bernardo (-)
Lázaro (-)"

BnR: Ajax...

Benfica After 90 - Ajax...

BI: Amesterdão...

Falar Benfica #54

A pedido...!!!


"Francisco J Marques pede, Polícia obedece. Demorou foi 4 anos. E não pelo motivo pelo qual deveria estar dentro. Mas pronto, não se pode pedir à PJ do Porto que prenda alguém por motivos desportivos relacionados com o Calor da Noite.
É gente deste calibre que se mexe como peixe na água neste futebol Português mais sujo que um curral. E é a gente desta índole que a Comunicação Social dá credibilidade. A imagem do Futebol Clube do Porto numa só pessoa. Benfica ganha e bate na companheira (ou companheiro).

Próximos passos da cartilharia toda Andrade: começar a difundir por todos os lados que não está condenado, presunção de inocência, bla, bla, bla, casos semelhantes que deram passados anos em ilibação. Fácil.
Siga este esterco de futebol em Portugal!"

😞

 

Cabelo do Aimar, in Facebook

O desporto e a arte


"À primeira vista, prática desportiva e expressão artística são duas coisas que não têm pontos comuns ou uma ligação particular. O desporto pode ser definido por quatro elementos: a prática de um esforço físico, a orientação para a competição, uma atividade institucionalizada, com regras comuns, e uma prática federada. Quanto à arte, pode ser definida como sendo uma atividade humana, onde o produto desta atividade se direciona para os sentidos, as emoções e o intelecto. Como o desporto, a arte é uma construção cultural. Bismuth (2011), entende a arte como um desporto de combate.
Apesar da barreira que, aparentemente, associam estas duas palavras, a sua ligação é real. O desporto pode existir sob uma forma artística, mas a arte pode também ter o desporto como suporte. A dança, a patinagem artística, a ginástica, por exemplo, está em paralelo com a arte. Por outro lado, a fotografia, a pintura, a escultura, o vídeo, etc., são elementos importantes em matéria desportiva. O desporto pode, assim, tornar-se arte através da uma máquina fotográfica ou de uma câmara de filmar, mas também pode passar por artes mais manuais, como a pintura e a escultura. A ligação “desporto-arte” não é uma simples implicação (…=>…), mas uma equivalência (…<=>…). É, neste sentido, que certas práticas desportivas são consideradas como artísticas porque belas a ver (arte => desporto), mas também o desporto pode ser representado de forma artística (desporto => arte).
Na ideologia da Grécia Antiga, a superioridade física e a perfeição moral são dois fundamentos indissociáveis. É, por isso, que na escultura, nos vasos, mosaicos ou nos frescos murais, é corrente encontrar várias representações de atletas em plena ação. Os músculos, o movimento eficaz, o gesto, lembram-nos até que ponto é necessário obter uma harmonia perfeita entre o corpo e a alma. A arte sempre tentou colocar em destaque a imagem do desporto, mesmo antes de ele ser chamado assim. Uma das mais célebres estátuas da Antiguidade, atribuída ao escultor ateniense Míron, e datada do século V a.C., representa um atleta a lançar um disco. Chamado “Discóbolo”, esta estátua é geométrica.
Teoricamente, representa um homem com uma musculatura pura e ideal. Os séculos que se desfilam a seguir revelam-se famélicos em termos de representação do desporto, com a exceção de alguns quadros que nos mostram o jogo de palma (desporto de raquetes, do qual o atual ténis é descendente) em voga na corte de Louis XIV. As preocupações artísticas da época gravitam em torno da moral cristã e da religião em geral, rebaixando o corpo a uma simples bestialidade e opondo-se a virtude de espírito considerada mais próxima do divino. 
Quando o desporto parece ter desaparecido dos radares artísticos, é no final do século XIX que a arte se interessa por ele novamente. É a celebração do corpo em movimento, a ode ao esforço físico e ao evento do prazer pelas atividades ao ar livre. Huitorel, crítico de arte e autor do livro “La beauté du geste : l’Art contemporain et le sport” (2005), refere que o evento do desporto, no sentido mais restrito, e a emergência da modernidade artística nas sociedades ocidentais são rigorosamente contemporâneas. Os Impressionistas retiram os seus cavaletes, as suas telas e os seus pincéis do atelier para se abrir ao mundo. Eles representam o que veem e isto faz eco aos lazeres dos seus contemporâneos. Les régates de Claude Monet ou de Alfred Sisley, as corridas de cavalos de Edouard Manet ou de Edgar Degas são alguns dos exemplos. Os vanguardistas do século XX vão prosseguir nesta vida traçada pelos Impressionistas e se interessam pelo desporto pelo prisma do movimento e da velocidade, caraterísticas dessa época.
Entre 1912 e 1916, Robert Delaunay se ataca a uma série de obras, pintando o rugby, o futebol e a corrida, com o famoso “Courreurs” inspirado pelo Cubismo. Entre 1912 e 1948, nas provas olímpicas de pintura, escultura, literatura, música e arquitetura, 150 medalhas foram atribuídas. O barão Pierre de Coubertin (1863-1937), célebre inventor dos Jogos Olímpicos (JO) modernos, em 1896, associa arte e desporto, como sendo um meio primordial de guardar uma ligação com o espírito dos Jogos que se desenrolaram na Grécia Antiga. Para concorrer, os artistas deveriam enviar as suas obras para o Comité Olímpico do seu país, que fazia uma primeira triagem e seleção para depois enviar para o Comité Olímpico Internacional (COI). As obras, que se deveriam inspirar do desporto, eram depois expostas durante o momento dos Jogos.
Vejamos alguns exemplos de arte e desporto:
Figura 1:

Notícia no jornal Fígaro sobre o Prémio Olímpico de Escultura, JO, 1924.

Figura 2:

Cartaz dos JO em Londres, 1948

Figuras 3 e 4:

Jean Jacoby, pintor: à esquerda, “Rugby”, à direita, “Corner”, 1928

Figura 5:

Cartaz sobre as provas de atletismo dos JO de Amesterdão, 1928

Este é um amplo campo de investigação, interligando a história da arte e o desporto. Eram bem-vindos trabalhos desta natureza."

Vermelhão: Estamos vivos!!!


Ajax 0 - 1 Benfica


Não foi bonito, mas foi muito saboroso! Fomos pragmáticos, tapámos os caminhos para a nossa baliza, e fomos pacientes... E quando arriscámos mais um bocadinho, o golo apareceu! Desta vez não oferecemos golos ao Ajax, e acreditámos... É verdade, que o Ajax teve o domínio da bola e do terreno, mas o Ody nem foi obrigado a muito trabalho (no último lance, havia fora-de-jogo...), e com a entrada do Meite ao intervalo, ganhámos consistência e confiança com a bola no pé! Sentia-se que a qualquer momento, com o relógio a correr, com os holandeses a não encontrar espaço, o Benfica ia tendo mais espaço para os 'contras'... Não foi num contra-ataque puro, foi numa bola parada, mas conta na mesma!!!

É impossível destacar um jogador, num jogo, onde o colectivo foi a estrela! Todos trabalharam, todos cumpriram os seus deveres, os Laterais, o Gonçalo, o Weigl, o Nico e o Jan... mas talvez o Meite, pela 'diferença' que se notou na 2.ª parte, merece o estatuto de MVP! Sem esquecer aquele que meteu a bola dentro da baliza: Darwin!!!

Como é 'estranho' chegar ao fim dum jogo, não haver Casos de arbitragem, para discutir!!!

Ainda me recordo dos elogios a este Ajax, após goleadas contra os Lagartos; ainda me recordo das qualificações dos Corruptos para fase adiantadas da Champions, serem usadas, para justificar os 'roubos' no Tugão, pois teoricamente, uma equipa que vence na Champions, não precisa de 'empurrões' internos para vencer aos Tondelas desta vida...!!!
Mas tenho a certeza, que os Quartos-de-final da Champions, este ano, não são tão 'fortes' como costumam ser!!!!

Agora venha o diabo e escolha!!! Sim, o Villarreal ou o Lille (se lá chegarem) não são mais 'acessíveis'... muito menos o Atlético de Madrid! Nos Quartos da Champions, não haverá facilidades! Independentemente do adversário, se mantivermos esta disciplina tática e compromisso com o colectivo, tudo é possível...
A última presença do Benfica, nos Quartos, foi com o Bayern, e apesar da eliminação, na Luz, o ambiente foi digno da nossa história, com a equipa a fazer um grande jogo. Que se repita tudo, com a vitória a cair para o nosso lado!

Mas o próximo jogo, é no Domingo com o Estoril (sem o Darwin castigado...).!!!