Últimas indefectivações

sábado, 16 de julho de 2022

Vermelhão: Sinais positivos...

Benfica 3 (5) - (4) 0 Nice
(Yaremchuk, Dias, Vertonghen, Tó Silva, Pizzi)


Mais boas indicações, essencialmente na 1.ª parte, onde jogámos bem e acabámos por concretizar... O resultado ao intervalo foi ligeiramente pesado, premiando o acerto nas bolas paradas do Benfica!
Mas a pressão alta, resultou... e hoje, notou-se melhorias no momento em que a 1.ª linha de pressão foi ultrapassada, com toda a equipa a 'fechar' no meio!

Apresentado num dia, titular no dia seguinte!!! O facto do Enzo, estar a meio da época, ajudou... mas acabou por jogar com companheiros novos, num esquema que não está habituado, numa partida que apesar de pré-temporada, foi jogada numa velocidade muito superior ao que ele estava habituado na Argentina, especialmente a forma como os Franceses também pressionaram no meio-campo!

Regresso do Otamendi, que 'adora' jogar na antecipação... bem coadjuvado pelo Morato, que me parece, será titular 'descarado'!
O Tino sabia que esta era a última hipótese de se fixar no Benfica, nas férias preparou-se para isso, mas além da questão física (que às vezes nas pré-temporadas pode enganar!), parece-me estar bastante melhor, no passe: tanto na velocidade com que larga a bola, como na 'decisão'!
Rafa nas suas sete quintas! Com os Extremos a jogar 'por dentro' como 2.ºs avançados (as linhas ficam para os laterais), o Rafa só tem que estar 'feliz', pois ele nunca foi um extremo de Linha...
Neres a demonstrar que será um desequilibrador ofensivo essencial... tanto na bola corrida, como na bola parada!
A aposta do Ramos como ponta-de-lança, indica que o Algarvio vai lugar com o Henrique e com o Chuk pelo lugar, e não na posição que tem sido ocupada pelo João Mário...

No 2.º tempo, as coisas mudaram, o Bah voltou a demonstrar qualidade... mas a imagem que ficou, foi da lentidão de alguns jogadores. Algo que pode ser 'fatal' tendo em conta o esquema de jogo do nosso treinador...
Pizzi e Vertonghen (1.º jogo), com muitas dificuldades... e o Meite com as habituais paragens cerebrais (inconstância constante...!!!). O puto Silva, vai jogar na B (com a entrada do João Vítor e depois do Veríssimo), mas ultrapassou claramente o Tomás Araújo (empréstimo será a melhor opção...)-
Entre o Chiquinho e o Pizzi, prefiro claramente o Chiquinho neste momento...
Pena a lesão do Ristic, que vinha a dar boas indicações...

João Vitor, Weigl e Musa, ficaram de fora por questões físicas.
Importante tomar 'decisões' no final deste Torneio... Dispensas urgentes!

Já agora, este Nice, ficou em 5.º lugar na Liga Francesa, à frente do Lyon, e a 5 pontos do 2.º lugar! Uma equipa do 'segundo pelotão' atrás do PSG, e que vai lutar pela entrada direta para a Champions! Portanto um adversário de valor...

A novela Horta, promete durar até ao último dia do mercado! É de facto pena, porque o Horta encaixa neste esquema que nem uma luva, e neste momento no trio de médios ofensivos (Rafa, Mário e Neres) não temos opções de igual valia no banco (o Moreira ainda está 'verde'). Mas por mim, o Benfica devia procurar opções, porque ao jogar com um ponta-de-lança, é essencial os jogadores do meio-campo ofensivo marcarem golos... E ficar 'dependente' do Salvador, neste mercado de transferências, é uma politica extremamente perigosa!

3 anos sem Jonas, 3 momentos marcantes


"Jonas Despediu-se Da Luz Há Três Anos E Há Quem Ainda Suspire Pelo Antigo Avançado Brasileiro

Parece que foi ontem. Mas na verdade, fez no passado domingo três anos que Jonas Gonçalves Oliveira, também conhecido por “Pistolas”, ou simplesmente Jonas, deixou o SL Benfica e encerrou a sua carreira como futebolista.
Dirão os mais nostálgicos que as saudades pelo brasileiro continuam a fazer-se sentir e não é para menos. Foi um jogador decisivo nos vários troféus que venceu pelo clube da Luz e o tetra-campeonato foi o ponto mais alto dessas conquistas.
Jonas deixou o Valência CF e assinou pelo clube encarnado no dia 12 de Setembro de 2014. Foram muitos os que na altura duvidaram do sucesso que podia ter em Portugal, ou não fosse conhecido no Brasil como o “pior avançado do mundo”, além da sua idade já a caminhar para a reforma que no mundo do futebol começa a partir dos 30 anos.
Mas cedo se percebeu que estávamos na presença de um craque e logo no jogo de estreia marcou o seu primeiro golo com a camisola das águias. Era o início de uma bela história de amor entre o avançado brasileiro e o SL Benfica que começou a crescer ainda mais no encontro seguinte para a Taça de Portugal, ao apontar um hat-trick frente ao SC Covilhã.
O resto da história daí para a frente já toda a gente conhece com golos para todos os gostos e feitios. Ganhou rapidamente a admiração dos adeptos, que mais tarde começaram a tratá-lo como um Deus, fazendo-lhe vénias quando marcava ou era substituído.
A velocidade não era de todo o seu ponto forte mas a sua astúcia, a técnica apurada e o seu sentido de oportunidade, faziam dele um avançado temível para qualquer adversário. Jonas era aquele tipo de jogador que aparecia sempre no momento certo para finalizar e revelava sempre muita calma na hora de atirar à baliza.
Mas o brasileiro não era só bom de bola e fora dos relvados era um homem bastante alegre e com um grande coração. Carregou muitas vezes a equipa às costas e foi nas costas que usou dois números enquanto jogador do SL Benfica. Primeiro com o 17 nas duas primeiras épocas e depois com a mítica camisola 10 após a saída de Nico Gaitán.
Jonas despediu-se da Luz em lágrimas no dia 18 de maio de 2019, onde fez o seu último encontro oficial com o manto sagrado. Haveria depois uma nova despedida, esta sim de fim de carreira, num jogo amigável que lhe serviu de homenagem.
Em cinco anos fez 183 jogos e marcou 137 golos, tornando-se no segundo melhor marcador estrangeiro da história do clube. Foi por duas vezes o melhor artilheiro da Liga e ajudou a conquistar quatro Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal, duas Taças da Liga e duas Supertaças. Para trás, deixou um legado que ainda hoje está por preencher e parece não existir um sucessor à vista.
Passou por algumas fases menos boas mas foram mais os momentos positivos do que negativos e são esses que ficam na memória. Eis os três momentos que considero como os mais marcantes de Jonas com a camisola do SL Benfica.

1. Herói do Bessa deixou livre o caminho para o “Tri”
Há golos que valem campeonatos e na época 2015/2016 isso teve um significado ainda maior. Após o derby de Alvalade onde o SL Benfica passou para o primeiro lugar no campeonato com um golo também ele decisivo de Mitroglou, os encarnados estavam proibidos de perder qualquer ponto que fosse na reta final da Liga para não verem novamente o Sporting CP no topo da classificação.
No dia 20 de Março de 2016, a formação da Luz viajou até à cidade do Porto para defrontar o Boavista FC num jogo que se adivinhava e provou ser difícil. Quando toda a gente pensava que o encontro ia terminar num empate a zero, eis que aos 92 minutos, Jonas iniciou e concluiu a jogada para o único golo da partida.
De repente, o Estádio do Bessa transformou-se num vulcão encarnado em erupção e os minutos que se seguiram foram de autêntica loucura como há muito não se via. Sabia-se da importância que este jogo tinha para o desfecho do vencedor do título e só Jonas conseguiu encontrar esse caminho para a felicidade que culminou com a conquista do tricampeonato semanas mais tarde.
Este foi, muito provavelmente, o golo mais importante da carreira de Jonas ao serviço do SL Benfica.

2. O jogo do tetra e um chapéu para mais tarde recordar
O dia 13 Maio de 2017 vai ficar para sempre guardado na memória de todos os benfiquistas. Foi neste dia que o SL Benfica conseguiu, finalmente, alcançar o tão desejado tetracampeonato, uma proeza nunca antes conseguida na história dos encarnados.
As águias venceram o Vitória SC por 5-0 e Jonas foi uma vez mais um dos melhores em campo com um bis e uma assistência. Aliás, os dois últimos golos desse jogo foram da autoria do craque brasileiro que fechou com chave de ouro uma partida inesquecível.
Inesquecível foi também a forma como Jonas marcou o quarto golo da equipa, num chapéu perfeito ao guarda-redes vimaranense. Um momento de pura magia do antigo avançado que levou à loucura os 65 mil espectadores que encheram o Estádio Luz nessa tarde.

3. Golo 100
No dia 26 de Novembro de 2017, SL Benfica e Vitória FC defrontaram-se no Estádio da Luz em partida da 12ª. jornada do campeonato. Foi um jogo relativamente fácil para as águias que golearam os sadinos por 6-0, mas para a história fica o golo 100 de Jonas com a camisola encarnada.
Decorria o minuto 39 quando Pizzi bateu um pontapé de canto e meteu a bola direitinha na cabeça de Jonas para este atirar para o fundo da baliza e alcançar esse número redondo. O “Pistolas” foi mesmo considerado o melhor em campo nesse encontro, pois ainda marcou o golo 101 e fez uma assistência."

Comunicado


"O Sport Lisboa e Benfica reitera o seu integral comprometimento e disponibilidade para uma total colaboração com a Justiça, à imagem do que sempre tem acontecido.
Em face da multa recentemente aplicada pelo Supremo Tribunal de Justiça, relativa a um atraso no envio de informação requerida pelas autoridades no âmbito do processo Lex, cumpre ao Sport Lisboa e Benfica clarificar:
1) O departamento jurídico do Sport Lisboa e Benfica foi notificado no dia 08/06/2022.
2) A resposta à referida notificação implicou uma compilação superior a 500 páginas (com consulta de muitas mais) e acesso a informação dispersa e sobre várias temáticas, com mais de 5 anos, a qual se encontrava já em arquivo.
3) A informação foi entregue, por via postal, no dia 07/07/2022.
4) No dia 08/07/2022 o Sport Lisboa e Benfica foi notificado para pagar uma coima de €306,00 e foi-lhe concedido um prazo de 5 dias para juntar a referida documentação. O que já tinha sido feito.
5) O Sport Lisboa e Benfica, no requerimento em que juntou os Documentos, colocou-se, como sempre faz, à disposição do Tribunal para esclarecer qualquer questão que fosse colocada no âmbito do processo, pelo que continuará a colaborar com a Justiça, como sempre fez.
6) O Sport Lisboa e Benfica não é arguido no processo em causa."

A paixão do desporto passa nos genes


"Um avô gigante, uma mãe exemplar e uma neta cheia de potencial são o rosto do râguebi do Benfica

É natural ver os filhos seguirem as pegadas dos pais, pois são o seu modelo enquanto indivíduo. No desporto, a probabilidade acresce, acabando por ser uma forma do filho se manter mais próximo do pai e um motivo de alegria para este.
Na família benfiquista, muitos foram os filhos que seguiram os pais. Mas há casos excepcionais em que a paixão passa pelo pai, pelo filho e chega à terceira geração, como se de um gene se tratasse, como é o caso de uma família benfiquista que tem o râguebi nas veias.
Tudo começou com Carlos Nobre, nome que se liga diretamente ao Benfica pelos anos que serviu enquanto jogador, treinador e presidente da secção. Em campo colocava a sua experiência, visão e capacidade de decisão. Em mais de 50 anos de dedicação, conquistou dezenas de títulos como jogador e treinador das equipas masculinas e femininas.
A sua filha, Sofia Nobre, seguiu as pegadas do pai e foi a principal impulsionadora da formação do râguebi feminino em Portugal, nos anos 80. Em 2001, esteve na frente do arranque oficial das competições femininas, na equipa que já representava, o CD Pescadores da Costa da Caparica. Em 2004/05, esta equipa passou a integrar o Benfica que, assim, deu início à secção feminina de râguebi. Com mais de 50 anos, Sofia Nobre é uma das atletas mais velhas no activo, em campo, em Portugal, e pelo Benfica conta com uma trintena de títulos em múltiplas variantes de râguebi.
A filha de Sofia, Matilde, neta de Carlos Nobre, nasceu já no século XXI e conta com o râguebi nos genes paternos também, pois Francisco Goes foi múltiplas vezes campeão na viragem do século pelo GD Direito. Ainda na barriga da mãe, terá 'treinado' até aos 6 meses de gestação. Aos 7 anos, tomou a decisão de praticar o desporto da família depois de ir com os pais a Inglaterra assistir ao Mundial de râguebi feminino.
Apesar da preocupação dos pais, Matilde Goes demonstrou ser uma criança com grandes aptidões e, depois de fazer a formação no antigo clube do pai, ingressou no Benfica nos sub-14. Ainda com 13 anos alinhou pela equipa sénior, com a qual conquistou o seu primeiro de cinco títulos: o Campeonato Nacional de Sevens.
Actualmente joga com a mãe na equipa feminina de râguebi encarnada, desejando 'manter a ligação umbilical que tem' com a modalidade que lhe está na família e no coração, muito antes de ter nascido.
Conheça estas e outras figuras que fazem parte da história do râguebi benfiquista na área 3 - Orgulho Eclético, do Museu Benfica - Cosme Damião."

Pedro S. Amorim, in O Benfica