Últimas indefectivações

sábado, 24 de agosto de 2024

Antevisão...

BI: Antevisão - Estrela...

Até o Verdíssimo achou que era demasiado!!!

Derrota...


Benfica 1 - 2 Sporting
Prieto


Supertaça mal perdida! Já se sabia que com as ausências, o grau de dificuldade seria maior... Marcámos primeiro, e estávamos a gerir bem a vantagem, com a bola longe da nossa baliza, mas bastou um remate para iniciar a reviravolta...
A Pauels, é neste momento, meia equipa... o 2.º golo nunca entraria e mesmo no 1.º o ano passado defendeu várias bolas idênticas!

Pessoalmente, continua a achar que a equipa precisa de duas contratações: uma Central, e uma média organizadora ofensiva!

Infelizmente, a arbitragem continua na mesma, e o Benfica continua calado!

Conclusão: equipa que não ganhou o Campeonato, e nem sequer foi à Final da Taça de Portugal, vence a Supertaça!!!

Comunicado


"O Sport Lisboa e Benfica informa que o seu Presidente, Rui Costa, está impedido de marcar presença, nesta noite, na final da Supertaça de futebol feminino devido a um castigo aplicado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.
O castigo, conhecido precisamente esta semana, tem por base o jogo da Taça de Portugal da época passada entre o Benfica e o Sporting, ocorrido no dia 2 de abril.
O Sport Lisboa e Benfica expressa, por isso, profundo repúdio e preocupação pelo facto de esta punição surgir mais de 4 meses depois e precisamente na única semana em que há uma competição organizada pela Federação Portuguesa de Futebol.
Tal facto impede o Presidente do Benfica de estar no estádio, ao contrário do que aconteceria numa competição organizada pela Liga, onde seria apenas impedido de aceder às áreas técnicas, podendo marcar presença na tribuna.
Por todas as razões e mais uma, um timing para castigar o Benfica que muito se estranha, sendo mais uma vez incompreensível esta decisão do Conselho de Disciplina da FPF."

5 minutos: Diário...

Zero: Tema do Dia - Deniz Gül, conheça o novo reforço do FC Porto

Terceiro Anel: Diário...

Visão: Mercado - Sai Martínez, Entra Gül, Moura em Stand-by

Visão: Zakaria El Ouadi

Felicidade nas margens do Sena


"Bastaram 45 minutos. Uma parte apenas de um jogo de futebol. Surgiu mais leve, mais livre, mais solto e (futebolisticamente falando) mais feliz. Beneficiou da qualidade de quem com ele jogou, é um facto. Beneficiou da inteligência de quem, sem quaisquer problemas e como se jogassem juntos há anos, soube perceber como, quando e onde deveriam promover trocas posicionais, sem que isso fragilizasse a equipa e a deixasse descompensada.
Mas beneficiou imensamente mais por ter um treinador como Luis Enrique, alguém que não teve quaisquer problemas em acrescentar mais inteligência e qualidade à equipa, mesmo que isso tenha implicado lançar um jovem jogador recém-chegado ao plantel. Alguém que não se importou com o peso do tempo, barómetro que tantas vezes utilizamos como fuga ou escapatória para a não utilização daqueles que parecem não precisar dele.
Luis Enrique não só lançou João Neves como deu-lhe palco para ser aquilo que inicialmente todos perspectivámos aquando do seu aparecimento na equipa principal do Benfica, mas que ultimamente parecia impossível: um médio centro completo, cerebral, com raio de acção alargado com bola, com chegada às zonas de decisão e finalização. As duas assistências para golo não foram fruto do acaso e mostram o quão importante foi a liberdade técnico-táctica dada pelo treinador espanhol ao jovem internacional português.
Significará isto, a meu ver, que em pouco tempo Luis Enrique viu em João Neves algo que Roger Schimdt não conseguiu descortinar em vários meses: o tal médio centro completo, total e cerebral (à imagem e semelhança do icónico João Moutinho). E não apenas o bombeiro de serviço, responsável pelas coberturas e compensações defensivas de um ataque anárquico e de uma equipa incapaz de ocupar racionalmente os espaços em organização ofensiva por ausência de ataque posicional (diria até por inexistência de treino/trabalho nesse sentido).
Ao ver os últimos jogos de João Neves ao serviço do Benfica cheguei a temer pela sua descaracterização. Estava cada vez mais vocacionado para ser o «apaga-fogos» da equipa, o homem dos equilíbrios de uma ideia de jogo e um modelo de jogo desequilibrados. As avaliações qualitativas passaram a ser constantes no que à entrega, à disponibilidade física defensiva e ao compromisso diz respeito. A esperada influência ofensiva, outrora idealizada e tão notória aos olhos de quem consegue enxergar o simples, esfumura-se e dera lugar a um médio com tracção à retaguarda. Como se João Neves pudesse ser reduzido apenas a um carregador de piano...
Felizmente, e à primeira vista, as margens do Sena trouxeram outros ares, outras ideias e outros hábitos a João Neves. Bastaram 45 minutos. Uma parte apenas de um jogo de futebol. Surgiu mais leve, mais livre, mais solto e (futebolisticamente falando) mais feliz.

PS - Jogar com Vitinha, por estes dias, é um luxo de valor incalculável. Ao lado do maestro português a bola tem sempre destino e destinatário, e os colegas têm sempre a certeza e a garantia de que a bola chegar-lhes-á redonda. Difícil seria não saber jogar ao lado de alguém que é bússula, farol, polícia sinaleiro, carteiro, arquitecto e engenheiro em simultâneo."

Há muitos ‘Félixes’ no Chelsea


"Clube inglês vai em 1200 milhões em contratações nos últimos dois anos e o português terá de destacar-se para não ser mais um ‘flop’

João Félix deve sentir, por estes dias, alívio. Não só se desvinculou definitivamente do clube que menos o desejava no mundo, como ainda por cima garantiu que nos próximos 7 anos não tem nada com que se preocupar. Só que estas não são razões para um futebolista profissional de alto nível – sobretudo os que custam tantos milhões – poder estar descansado. Sobretudo quando se vai jogar no Chelsea.
O clube inglês tem sido muito generoso em transferências, mas pouco simpático para quem lá joga e gosta de ganhar e/ou valorizar-se. Não vale a pena recordar aqui a longa lista de reforços e de valores envolvidos (nem sei se teria espaço para tantos zeros), mas Félix deverá fazer algumas contas. Bastar-lhe-á olhar para Enzo Fernández, também ele uma venda astronómica do Benfica, ou Moisés Caicedo, ou Sterling, ou Mudryk… Enfim, exemplos não faltam de jogadores com muito talento que andam a passar ao lado dos grandes momentos.
O português, de coração partido desde que deixou a Luz, desperdiçou os últimos cinco anos e já muito se escreveu e disse sobre as razões para isso. O Chelsea poderá ser a última oportunidade de Félix mostrar que consegue estar ao nível das expectativas, embora tenha ideia que também já muitas vezes se escreveu e disse que esta seria a última oportunidade de Félix fazer isso. O que suspeito que o vá dificultar agora é que há demasiados jogadores neste clube que precisam de provar desesperadamente o que valem. Há muitos Félixes no Chelsea…
Enzo Maresca quererá certamente fazer melhor do que Graham Potter, Frank Lampard ou Mauricio Pochettino com este conjunto de estrelas sem brilho, mas ou este Chelsea se transforma numa equipa e todos estes jogadores podem finalmente sentir que o problema nunca foram eles, ou o rótulo de clube dos flopes só terá tendência a aumentar.
Individualmente, João Félix poderá decidir se quer continuar a ser destaque pela desilusão, ou se quer ser o próximo Cole Palmer (isto é, o sobrevivente da tragédia). Mas só um coletivo forte o poderá salvar de um clube que não me parece a escolha certa para motivar um jovem que aos 19 anos estava a ser vendido por 120 milhões e nunca soube lidar com isso.
Maresca disse recentemente que só treina com 21 jogadores e os restantes 20 do plantel estão à parte e nem os vê. Não sei se Félix já percebeu ou quer perceber isto: ainda o estamos todos a ver, mas tem de mostrar algo mais se não quiser acabar assim.
Já o escrevi aqui e repito: João Félix precisa de acelerar na mentalidade competitiva para deixar de mostrar uns truques a espaços e ser finalmente o craque que tantos esperam. Já está longe do trauma Simeone e o gestor de conta não vai chateá-lo nos próximos 7 anos. Agora resta-lhe trabalhar muito e esperar que o Chelsea… deixe de ser o Chelsea."

Cristiano Ronaldo: gratidão não rima com razão


"Ainda me está fresca a memória, apesar dos 21 anos passados. Um estádio disruptivo pela arquitetura de Tomás Taveira, a herança pesada de um José Alvalade mítico, por grandes nomes e importantes conquistas.
Dulce Pontes a empolgar com o Amor a Portugal na música épica de Morricone e, no relvado, um miúdo lançado por Fernando Santos frente ao Manchester United, ilustre convidado para a festa sportinguista de inauguração do seu novo recinto.
Começa o encanto absoluto de Cristiano Ronaldo, ao ponto de Ryan Giggs e companheiros do United convencerem Sir Alex Ferguson a avançar, de imediato, para a contratação do jovem fenómeno português.
Velocidade, capacidade de drible no duelo direto, remate possante e colocado, variação do tipo de jogo. Tudo Cristiano oferecia, tudo Cristiano ofereceu durante muitos anos. Aliando as condições genéticas e de talento indispensáveis a uma capacidade de trabalho único, o madeirense rapidamente se tornou referência em Inglaterra e no “planeta Futebol”. O primeiro a chegar e o último a sair das sessões de treino, a obsessão pela perfeição (que, não existindo, é sempre o alvo dos predestinados), a capacidade de se integrar e de começar a liderar, aliada à propensão goleadora que dele fez recordista em várias ligas e em múltiplos desafios.
A história de sonho de Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro, menino nascido para a bola da rua em bairros condicionados do Funchal e transportado, quase num ápice, para o patamar mais alto da competição, do desafio, da maturação profissional num mundo global em que se torna ídolo, benchmarker, referência, influencer, motivação, figura quase estelar.
Cristiano foi notável, do ponto de vista puramente desportivo, durante 15 anos. Os primeiros seis no Manchester United, depois no Real Madrid, para onde verdadeiramente protagonizou a primeira grande transferência global, recordista de valores à altura e projetada pelos merengues ao nível das suas ambições.
Nos últimos seis anos, a sua carreira tem decrescido em ternos de impacto. Desde logo porque o movimento para a Juventus talvez tenha sido o mais mal pensado da sua carreira, do ponto de vista estratégico: o futebol italiano não é o espanhol e muito menos o inglês, a “Juve” vinha de uma fase muito difícil nos capítulos desportivo e financeiro (vendo o português como uma inegável mais-valia, mas não lhe concedendo o espaço e o tempo de que, porventura, necessitaria), e a idade em crescendo obrigava Ronaldo a uma dupla perspetiva de leitura: por um lado, as condições físicas inatas (e, obviamente, muito potenciadas por uma capacidade de trabalho única e transversalmente reconhecida) obrigavam-no a um reposicionamento tático e a uma contenção na disponibilidade que não reconheceu; por outro, a destreza mental que sempre revelou na tal obsessão pelo treino implicava que percebesse a evolução do jogo, o sentido coletivo do mesmo e a sua integração nos novos patamares de competição, com jogadores jovens, profundamente disponíveis, dotados e agressivos para o futebol ao mais alto nível de rendimento.
E foi aí que algo mudou, que algo não funcionou no necessário aggiornamento do grande jogador português. Foi notória a componente mais individualista, que se revelou na Juventus, se maximizou na última e menos conseguida passagem por Old Trafford e se exponencia, agora, no Al Nassr, de uma liga saudita em que o dinheiro consegue apagar a ética de um país em que as liberdades ainda não são totais e em que um futebolista profissional com a dimensão universal e o impacto global de Cristiano Ronaldo poderia ter uma importante palavra a dizer, por exemplo, na defesa dos plenos direitos das mulheres, longe de estarem garantidos em Riade, e curiosamente num momento em que a FIFA e a UEFA se esforçam por dignificar a ajudar a comparar, em todos os aspetos do jogo e da sua organização, as vertentes masculina e feminina…
Cristiano, enquanto capitão da seleção nacional portuguesa, atirou por três vezes a braçadeira ao relvado, barafustou com companheiros pelo facto de a bola não lhe ter chegado redonda, revelou-se não disponível quando a competição parecia menos interessante (a fase de grupos da Liga das Nações, por exemplo). Marcou golos decisivos e falhou ocasiões determinantes (como no último Europeu). Beneficiou sempre de uma boa imprensa, que lhe reconhecia (e muito bem) todos os méritos mas que, muitas vezes, olvidava situações de menor acerto.
E, no que diz respeito à sua presença na seleção, ela será tão importante como fator de empolgamento e motivação, quanto dispensável como titular indiscutível, fator que conduziu a um claro menor rendimento coletivo do combinado nacional no Mundial do Qatar e, sobretudo, no Europeu da Alemanha. A influência de um jogador (ainda que seja um mito, um recordista de muitos fatores e golos a nível mundial, o mais exemplar e incansável dos trabalhadores no jogo e no treino), pode ser fundamental no balneário, não tem de o ser no retângulo. Para mais, quando Portugal tem uma geração extraordinária de jogadores do mais alto nível (porventura, a melhor sempre…), que, em determinados momentos, parece ofuscada pela tentativa de individualização do brilho de quem já não precisa de tentar marcar todos os livres diretos para provar quem é e assinar o seu nome na história do futebol.
Caro Cristiano, foste, és e serás único.
Que saibas sair na exata medida da grandeza da tua carreira. 
Fica a gratidão, que agora tem mesmo de dar lugar à razão."