Últimas indefectivações
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023
45 pontos num Set!!!
Esmoriz 0 - 3 Benfica
19-25, 43-45, 20-25
Jogo marcado por um segundo Set verdadeiramente épico! É verdade que desperdiçamos demasiados Serviços na ponta final do Set, mas não faltou emoção no 2.º Set... com o Gaspar e o Japa em grande!
Vitória em Famalicão...
Famalicense 4 - 6 Benfica
Não foi fácil - os Corruptos recentemente perderam pontos em Famalicão -, mas fomos competentes...
Juvenis - 7.ª jornada - Fase Final
Corruptos 4 - 2 Benfica
G. Moreira, Afonso
Mais do mesmo: expulsão, penalty não assinalado a nosso favor, e penalty inventado contra!!!
Perdemos a invencibilidade, mas mantemos a liderança, agora partilhada...
Vitória suada e merecida
"Num ambiente difícil frente a um adversário competente, a nossa equipa fez muito por merecer a conquista dos três pontos, somando a quarta vitória consecutiva sem qualquer golo sofrido fora de portas no Campeonato. Este é o tema em destaque na News Benfica.
1
Roger Schmidt considera que, nesta partida com o Vizela (0-2), "merecemos ganhar e foi um grande passo para nós". O nosso treinador reconhece que "não foi um jogo perfeito" e acrescenta que "estes desafios também são para ganhar".
Schmidt atribui as dificuldades sentidas ao mérito do adversário: "A explicação mais clara é o Vizela. Se não se fecha o jogo, o opositor acredita. Ainda não tínhamos tido um desafio assim. Até agora merecemos ganhar todos os desafios que vencemos, e na maioria fizemo-lo sendo uma equipa muito melhor, com mais oportunidades. Hoje foi equilibrado."
Veja a conferência de imprensa de Roger Schmidt.
2
Para Neres, autor da assistência para o primeiro golo de João Mário, a mentalidade com que a equipa abordou o jogo foi determinante para o triunfo: "Entrámos focados como nos últimos jogos e fortes desde o início, sabíamos que isso iria fazer a diferença no final. Tínhamos de manter a cabeça no lugar e fazer o nosso trabalho. Cada ponto é muito importante."
3
Grande jogo de voleibol na Luz, recheado de emoção, e mais uma vitória para o Benfica, desta feita ante o Sporting, que ofereceu uma excelente réplica. 3-2 foi o resultado.
Marcel Matz revela que os adeptos foram importantes para mais um jogo ganho: "Pedi aos jogadores para aproveitarem o apoio das bancadas e poderem trabalhar ainda melhor. Devagarinho, construímos a reviravolta, como também aconteceu no 5.º set."
4
Outros resultados: a equipa B empatou a uma bola no reduto do Leixões; os Sub-19 venceram, por 2-4, em Vizela; em andebol ganhámos, por 27-29, na visita ao V. Setúbal. No andebol feminino, em deslocação ao Madeira SAD que ainda só ganhara no Campeonato, vencemos por 26-32; nos oitavos de final da Taça de Portugal de futsal goleámos o Candoso por 2-9; a equipa feminina bateu o Futsal Feijó por 5-1 e apurou-se para as meias-finais da prova rainha; esta manhã batemos o Quinta dos Lombos, por 83-62, em basquetebol no feminino.
5
Hoje há mais jogos: às 15h00, as nossas hoquistas recebem a Sanjoanense. Às 16h00, a nossa equipa feminina de andebol volta a atuar no Funchal, desta feita ante o CS Madeira. Meia hora depois começa o Famalicense–Benfica em hóquei em patins e a partida de voleibol feminino, na Luz, com o AJM/FC Porto. E, às 17h45, tem início o encontro de voleibol no pavilhão do Esmoriz."
Parabéns!
"Oh! Agora vão dizer que isto era vermelho?! Não brinquem.
Isto em Muay Thai é normalíssimo!"
Palhaços!
"Na semana em que a CNN, instrumentalizada pelo clube do Apito Dourado, que na esperança de perda de pontos em Vizela, lança uma campanha de ataque ao SL Benfica...acaba com +3 pontos de atraso.
Absolutamente delicioso."
Concordo!!!
"“Perante as atuações do VAR de hoje e o de Vizela, faço aqui um pedido: acabem com o VAR. Não faz nada pela verdade desportiva. Há VAR para um e não para outros. Acabem com isso” - Pinto da Costa
E não é que o velho corrupto tem razão."
Vergonhoso?!!!
"Realmente, há que dizê-lo, foi VERGONHOSO o que todos vimos em Vizela.
Um pisão duríssimo para vermelho cujo cartão ficou no bolso.
Outro pisão que coloca em causa a integridade física do jogador e quem leva amarelo é o jogador que sofre a falta, originando livre perigoso a beneficiar o infrator.
E, a cereja no topo do bolo, um penálti escandaloso que nem árbitro nem VAR viram porque provavelmente estavam a tomar café."
Fora-de-jogo...
"Vi o Vizela e sua gente chorar e reclamar da arbitragem e penalti ...
Vejamos no lance em que eles pedem penalti , existe um CLARO fora de jogo !!!
Ou será que eles falam do penalti para o Benfica que ainda ficou por marcar ?
Como disse o outro " os anos passam e continua tudo igual ""
Braços!!!
"Em dois jogos disputados com diferença de horas, um válido para a Liga Portugal 2 e outro para a Liga Bwin, foi assinalado um penálti contra o Benfica no primeiro. No segundo, porém, não foi assinalado um penálti a favor do Benfica.
Critério? O emblema estampado nas camisolas."
Braços 'escondidos'!!!
"A SportTV decidiu não dar repetições deste lance de penalti. O jornal O Jogo decidiu usar um frame diferente na avaliação de um lance.
Isto sim é CARTILHA!"
Mais um jogo do SL Benfica contra:
"➡️ Bancadas com muitos adeptos dos azuis...🤔
➡️ Claque dos Super Dragões atrás do banco...🤔
➡️ Vizela a fazer pressão alta todo jogo...🤔
➡️ Vizela a correr que nem loucos...🤔
No final do jogo, a mala o que levava era dois golos do João Mário. 😏"
Sucinto!
"Durante o dia já tínhamos alertado que o jogo de hoje tinha começado mais cedo... Nos bastidores.
Depois de terem permitido que durante os 90 minutos, Roger Schmidt fosse insultado e agredido com uma garrafa de água, tendo inclusive vários membros dos Super Dragões atrás do banco de suplentes do SL Benfica, não mereciam mais do que estas palavras na flash interviw...
#LigadaFarsa #ApitoForjado"
Unidos...
"Depois de um jogo inteiro com o estádio do Vizela repleto de Super Dragões a insultarem o Benfica e com infiltrados atrás do banco da equipa técnica encarnada a mandarem objetos contra o treinador alemão, Roger Schmidt limitou-se a apontar para os portistas encapotados nas bancadas e relembrou, com o gesto de 2 dedos em riste, que estes se mantêm em 2.º lugar atrás do Benfica, pese embora todo o esforço, em vão, que têm protagonizado fora dos relvados.
E que ninguém tenha dúvidas. Será assim até ao fim da época. Hoje foi apenas mais uma amostra dentro e fora de campo.
Venham mais 350 pseudo-casos estapafúrdios a envolverem o Benfica até maio. Esta semana deverão inventar mais uns 5 até sexta-feira, que é quando defrontaremos o Famalicão.
Provavelmente até arranjarão qualquer coisa que envolva algum ex-roupeiro da equipa famalicense ou algo semelhante, para fantasiar hipotéticas ligações e tal, como se tem visto na estratégia utilizada.
Os benfiquistas estão muito bem atentos e vacinados e sabem o que os mesmos de sempre andam a cozinhar a conta-gotas. Já vimos exatamente o mesmo com a tática dos e-mails deturpados e lançados estrategicamente em momentos oportunos para lesar o Benfica, que depois se consideraram retirados do contexto e manipulados.
UNIDOS. PELO BENFICA! RUMO AO 38! 🔴⚪️"
Pensava que estava no ex-clube!!!
"Enquanto o futebol "normalizar" encostos de cabeça ou cabeçadas à autoridade máxima no jogo, não há quem resista.
Isto é sempre agressão. Sempre.
Não tem que magoar, não tem que cair, não tem partir ossos nem levar a internamento hospitalar.
Quando acontece entre jogadores é mau, mas "digere-se", porque eles estão em disputa direta, com contacto constante e demasiada intensidade.
Mas "jogador/árbitro" é outro nível. É o nível do "nunca pode acontecer".
A exaltação momentânea, a frustração pontual, que são compreensíveis, não podem legitimar comportamentos como este, protagonizado por Tiquinho Soares, nem como aquele que teve Matheus Reis, no estádio do Dragão (ou Amadu Turé, no Salgueiros/Marítimo - B).
São gestos inaceitáveis. Sempre. Em qualquer circunstância. Independentemente da consequência. É a causa que está em questão. Só a causa. A ação.
Diz-vos isto quem, em campo, não atuou numa situação exatamente igual, cometendo um erro horrível em alta competição.
Mas quando o árbitro falha lá dentro, espera-se justiça cá fora. E quando isso não acontece, toda a gente deduz que comportamentos daqueles são normais.
E não. Não são nem nunca podem ser.
Tolerância zero a tudo o que ultrapasse a linha do tolerável.
Estes gestos são do pior que pode haver em termos de desrespeito ao jogo.
Exercício - Imaginem que, num tribunal, o arguido fazia isto a um juíz.
Tudo dito."
Amizades!!!
"Adivinhem qual é o tema que os une? Não são as arbitragens, a falta de espectadores nos estádios ou a insegurança. Também não foi a verdade desportiva. Então só pode ser o novo modelo das competições ou a centralização dos direitos televisivos, só que não…"
Cadomblé do Vata
"1. Vitória importantíssima num excelente jogo de futebol, com muitas oportunidades de golo e resultado em aberto até aos últimos minutos... o que não fez com que eu deixasse de preferir aquelas partidas monótonas e sensaboronas, que o SLB resolve logo aos 15 minutos.
2. 0 ... se algum portista-vizelense tiver dúvidas, pergunte ao Kaiser Schmidt.
3. É um facto que, de entre todas as equipas pequenas que defrontamos este ano, o Vizela foi a que mais dificuldades nos colocou... isto apesar de ao contrário do Sporting, não nos ter conseguido roubar pontos.
4. Uma vez vi o Beto marcar um golo ao Manchester United e pensei que já tinha visto tudo no futebol... até que hoje assisti a um mau jogo do Aursnes.
5. A faltar 12 jogos para o fim da Liga, lá seguimos em primeiro com (pelo menos) 5 pontos à maior... se porventura havia jornalistas da TVI/CNN com férias marcadas para antes de final de Maio, bem que as podem cancelar."
FC Vizela 0-2 SL Benfica: Foi preciso sofrer até ao fim
"Crónica: Benfica Teve Que Suar (E Muito!) Para Vencer A Formação Vizelense
Na caminhada para o título da Primeira Liga, o visitante SL Benfica visitava o reduto do FC Vizela naquela que ainda era apenas a 22.ª jornada do campeonato. A equipa da casa na história recente sempre vendeu cara a derrota aos encarnados – com o jogo da primeira volta no Estádio da Luz à cabeça – com um golo já nos minutos de descontos que deu a vitória ao Benfica, assim como a última vez que veio ao Estádio do Vizela.
Um ambiente quente numa noite fria, com a equipa da casa a entrar pressionante, empurrada pelos seus adeptos que acreditavam que era possível surpreender o líder. Entrada enérgica no jogo, com os vizelenses a dificultar a primeira fase de construção encarnada. Para os comandados de Roger Schmidt, o primeiro golpe foi dado relativamente cedo, com Guedes a receber e armar logo o remate, que foi desviado e não passou longe da baliza.
A primeira oportunidade do Vizela iria chegar aos 25 minutos, após uma bola colocada na profundidade entre o central direito e o lateral, com Samu Silva a conseguir aparecer nessa brecha, mas o médio esbarrou em Odysseas, que não permitiu que o jogador inaugurasse o marcador.
Gonçalo Guedes ia sendo o elemento que mais fazia questão de testar a atenção do guarda-redes caseiro, com o internacional português a ter três dos quatro remates das águias na primeira meia hora de jogo.
As saudades do golo eram muitas para o pensador tornado finalizador João Mário, que fez o primeiro da partida perto dos 40 minutos. Transição rápida na esquerda, iniciada por Guedes, conduzida posteriormente por Neres que serviu «Super Mário», que finalizou na passada.
A segunda parte é marcada por um Vizela com sinal mais e a conseguir criar várias chances de golo. Num delas, aos 65 minutos, a trave impede um golo cantado a Osmajic e na recarga Vlachodimos faz uma enorme intervenção a negar Kiko Bondoso.
É mesmo no fim que se dá o ponto final na partida. Numa fase em que os vizelenses já se encontravam reduzidos a dez unidades, João Mário bisa na partida de grande penalidade e confirma a vitória por 0-2 do SL Benfica. A equipa de Lisboa passou por sérias dificuldades durante toda a partida, num campo muito difícil, mas conseguiu levar a vitória.
A Figura
Ataque encarnado – Foram os elementos determinantes para as águias. Num jogo sofrido a meio-campo, as acelerações de Neres e Guedes com bola foram fundamentais para criar perigo na primeira parte, sendo que é numa bola de transição que surge o primeiro golo do jogo. Ramos, tanto em apoio como em profundidade foi um elemento que causou dificuldades à formação da casa.
O Fora de Jogo
Kiko Bondoso – Não foi um jogo feliz para o avançado, que teve várias oportunidades para marcar, mas não o conseguiu fazer.É o marco negativo num jogo até bastante participativo, porém perdulário e com desacerto nos momentos chave.
BnR na Conferência de Imprensa
FC Vizela
BnR: Com uma primeira parte forte e uma entrada na segunda parte também forte, o Vizela acaba por puxar o Benfica por trás e cria muitas oportunidades. Com o decorrer do jogo a equipa vai perdendo algum ímpeto, sente que isso se deve às substituições – se acha que não tiveram o impacto que pretendia – ou se acha que foi mais relacionado com desgaste?
Manuel Tulipa: Até à expulsão do Anderson não me lembro de nenhuma grande oportunidade do Benfica, depois de ficarmos com menos um jogador tiveram algumas chegadas com perigo à área, uma delas a dar o penálti.
O Guzzo tem uma recuperação espetacular, mas no intervalo já estava no seu limite. Aguentámos mais um pouco, que ele tem importância no nosso jogar. Em momentos de transição é importante parar os jogos com falta, os jogadores que entraram cumpriram com aquilo que lhes foi pedido. Precisámos de gente que conheça verdadeiramente o jogo para fazermos aquilo que nós queremos.
SL Benfica
Não foi possível realizar questões ao técnico do SL Benfica, Roger Schmidt"
Não mataram a cotovia do Benfica em Vizela, onde ganhar foi sobreviver
"Quando a época terminar, a viagem a Vizela ficará como uma das mais difíceis do campeonato encarnado, apesar dos números da vitória (0-2) que enganam, porque as melhores oportunidades foram dos anfitriões. Mas, apesar de discreto e algo eclipsado durante a partida, o João Mário que não era grande amigo do golo até esta época marcou dois (já vai com 19) e mostrou que é quem canta a melhor melodia na equipa
Se cada livro que ficciona nas suas páginas é um emaranhado de experiências de quem o escreve, extrapoladas em maior ou menor medida pela pena do autor, Harper Lee teve vida cheia de empatia, sensatez, bom-senso e ponderação, isso ou ter-se-á cruzado com alguém na posse destas e outras qualidades da mesma família de quem retirou o molde para inventar Atticus Finch. É do pai viúvo que cuida da prole de duas crianças numa pequena cidade do Alabama rural em “Mataram a Cotovia”, advogado de profissão e bússola moral do livro que difícil é não desejar que tivéssemos um humano com os valores todos nos mesmos lugares como ele.
Não serve este parágrafo livresco para colocar uma lomba antes de chegarmos ao futebol, de todo, se leram como esta excelsa personagem fala, reage, educa e argumenta na obra saberão que Harper Lee também poderá tê-la inventado como representação de tudo o que é percecionado como bom numa pessoa. Um ‘quem me dera que existissem mais assim’ que foi o que Roger Schmidt, não dizendo, deixou nas entrelinhas do que disse sobre Fredrik Aursnes antes de o Benfica pisar o tarefeiro campo do Vizela: o norueguês é “muito completo”, dá “sempre” equilíbrio, é “muito inteligente” taticamente, “corre muito” e o quantificador foi-se repetindo sem que o treinador quiçá esperasse tamanho eclipse na viagem ao norte.
Em Vizela, a tantas vezes brutal dinâmica dos líderes do campeonato, oleados numa máquina de pressão e contra-pressão afinadas, já capazes de orquestrar sincronias jazzísticas de passe com batimentos rock ‘n’ roll quando pretendem acelerar rápido jogadas rumo à baliza, foi emperrada por um organizado atrevimento dos anfitriões. Ousados a condicionarem qualquer bola que saíssem dos centrais do Benfica, colocaram sempre alguém a dar sombra a Aursnes - um 8 ao centro em vez de médio deambulante a partir de uma ala, como tem sido costume. Deixaram que fosse Florentino, a meio-campo, o jogador de maiores veleidades sabendo que não é a sua simplicidade de ideias que aloja o motor de arranque das pretensões ofensivas do adversário.
E o Benfica emperrou, engasgado nos próprios soluços, com o fiável Aursnes só aparecendo ocasionalmente à frente e João Mário, a outra bússola futebolística, talvez ele a maior, por certo a mais distinta quando em valsa com a bola, também era engolido pelo acumular de corpos ao centro que entupiam jogo. A esperteza do norueguês, logo aos 10’, nutriu uma triangulação à esquerda com Grimaldo e Florentino, ele rasgou uma pequena diagonal para receber bola na área e cruzá-la rasteira e matreira para trás, onde Guedes rematou por cima: foi a única construção calma lograda pela equipa em 45 minutos.
Tudo o resto foi uma sôfrega procura por adaptação aos calcanhares que os jogadores do Vizela mordiam em todo o relvado, provocando incertezas e erros. Em transição, os nortenhos eram lestos a porem um homem a correr e rapidamente lançá-lo, aos 19’ foi Milutin Osmajić que Otamendi se urgiu a varrer para evitar arrelia maior, nos 26’ apareceu Kiko Bondoso a desmarcar-se na área e rematar contra Vlachodimos. A valia vizelense estava neste frenesim e na bípede personalidade que evidenciaram quando o Benfica já se prevenia num bloco médio contra um adversário atrevido, trocando bola com critério e no pé para atraírem atenções, conspirando no jogo em posse que é costumeiro dizermos ser de ‘equipa grande’.
Tanto o Vizela se baloiçava para diante, corajoso e seguro de si, que as bússolas do Benfica ficavam órfãs de um jogo a jeito deles, das suas valias. Não que os encarnados perdessem armas - apenas recorreram a outras. Tão espevitados se punham os anfitriões pelo jogo que disputavam e as oportunidades que fabricavam, atiravam-se com números para frente que os atraiçoariam aos 38’. Perdida uma bola na área contrária, em três passes se viram a perseguir um foragido Gonçalo Guedes com os olhos cravados no chão, na bola que ia perder e a que acorreu para dividir um ressalto cuja sobra calhou em Neres. Aí surgiu a calma de cabeça erguida: na área, o brasileiro esperou pela chegada de João Mário, colocando a bola para ele rematar o golo na passada.
O Benfica feriu em transição e só ao ver os espaços disponíveis nos primeiros segundos após recuperar uma bola. Pensando e matutando, nada criava. Esse deserto a atacar em posse manteve-se e o Vizela, com o cheiro entranhado nas suas narinas, mais ousado ficou, revolto na maneira como se projetou mais ainda na segunda parte. O sorrateiro livre que bateu rápido para Claudemir, na área, rasteirar o remate salvo (51’) por Vlachodimos foi só mais um incentivo.
O cheiro a fragilidade inusual embalava o Vizela, premente a precipitar-se contra as intenções adversárias na saída de bola, nos primórdios onde Raphael Guzzo roubou um passe, Osmajić lançou logo Nuno Moreira e a relva de novo amparou o corpo do guarda-redes encarnado aos 53’ e aos 65’ assistiu-se ao apogeu dos da casa. Com pausa e paciência, a nutrirem um jogo curto desde trás, foram ultrapassando corpos de uma área à outra até Samu cruzar, Osmajić desviar à barra e nem a recarga ser bondosa com Kiko, que rematou ao poste. Dois beijos nos ferros na mesma jogada era o jogo a sorrir com fortuna ao Benfica.
Nenhum golo haveria para os vizelenses. Sem perderem a organização a campo atrás, onde o defesa central Bruno Wilson distribuiu a certeza de cortes e posicionamentos, tendo no pé o garante da intenção de uma equipa em querer jogar, perderiam gás pelos 70’. As substituições retiraram-lhes ímpeto enquanto as do Benfica, não o melhorando, estabilizaram-no com Aursnes na esquerda, Chiquinho devolvido ao meio-campo e Rafa a sprintar onde podia. Houve ainda Petar Musa, abalroado pelo central Anderson, expulso com um par de cartões amarelos vistos em nove minutos. A última dezena de voltas ao relógio já os teve com menos um jogador.
Foi aí que um Benfica anormalmente perro esta época se soltou com esse afagar de espaço. Já respirou, a bola viajando tranquilamente de pé em pé, indo a um lado para ser rasgada no outro, uma equipa a manejar adversários como jamais conseguiu nos 80 minutos anteriores. Grimaldo cairia na área rasteirado por Matías Lacava, bombeiro chegado tarde ao fogo. O penálti nos descontos reservou-se ao pé de João Mário, discreto e por vezes eclipsado na partida, mas certeiro nos momentos fulcrais. São já 19 golos esta época para o médio dos pequenos passinhos com a bola que não privava com o golo.
Sem que a expulsão de Roger Schmidt logo após o penálti - ao abandonar o relvado, gesticulou o resultado do jogo com os dedos das mãos na direção dos adeptos do Vizela -, a duplicidade da pegada de João Mário na baliza prova-o, mais ainda, como ‘a’ bússola do Benfica esta temporada. Massacrada por lugares-comuns há muito por quem o situa como carente de intensidade, subnutrido em raça ou outras apreciações-clichés que tudo concluem e nada dizem, o português é o mais influente no jogo ofensivo do Benfica, nesta nova versão até em partidas nas quais ele e a equipa se aproximam de alguma banalidade.
Ele sim é a cotovia do Benfica, a singela ave que Atticus Finch dizia ser “pecado” que criançolas em brincadeira com espingardas de pressão de ar apontassem a mira. “As cotovias não fazem nada a não ser cantar belas melodias para nós. Não estragam os jardins das pessoas, não fazem ninhos nos espigueiros, só sabem cantar com todo o sentimento para nós”, explanou a personagem de Harper Lee.
Até com a banda desafinada, João Mário consegue ser melódico."
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