Últimas indefectivações

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

𝗔 𝗶𝗺𝗯𝗲𝗰𝗶𝗹𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗺𝗲𝗻𝘁𝗮𝗹 𝗱𝗼 𝗣𝗼𝗿𝘁𝗼 𝗖𝗮𝗻𝗮𝗹 𝗲 𝗱𝗼 𝗱𝗲𝗽𝗮𝗿𝘁𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝗱𝗲𝘀𝗶𝗻𝗳𝗼𝗿𝗺𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗼 𝗙𝗖 𝗣𝗼𝗿𝘁𝗼.


"Repetem até à náusea uma mentira que nasce das tentativas persistentes de tentar destruir o maior clube de Portuga e de rescrever a história do futebol Português e mesmo de Portugal. Mas uma mentira repetida um milhão de vezes não se torna verdade.
1. António de Oliveira Salazar, governou Portugal de 1933 a 1968 (35 anos).
2. Até 1974, quando a Revolução dos Cravos pôs fim ao Estado Novo, regime político autoritário implantado por Salazar com a Constituição de 1933, foram disputados 40 títulos do Campeonato Português. O Benfica venceu 20 deles (50 do total), contra 14 do Sporting (35), 5 do Porto (12,5) e 1 do Belenenses (2,5). No entanto, nos primeiros 20 anos após a Revolução dos Cravos, período que antecede o predomínio absoluto dos Dragões (Pinto da Costa), o Benfica ganhou 10 títulos (mais uma vez, 50 do total). O Porto venceu 8 títulos (40), enquanto que o Sporting, apenas 2 (meros 10).
3. O Benfica sempre foi olhado com suspeita pelo "regime", pois era o clube da ralé, como eles diziam , e pior ainda, tinha uma bandeira vermelha, a cor associada a todos os que lutavam contra o governo fascista de António de Oliveira Salazar.
4. O Benfica foi o primeiro clube a ter eleições democráticas. Já tinha eleições democráticas muito antes do fim do estado novo.
5. As ligações do FC Porto ao poder permitiram-lhe, nas épocas de 1939/40 e 1941/42, o alargamento dos nacionais para evitar descer à 2º divisão.
6. A ditadura ajudou o FC Porto a construir o já desaparecido Estádio das Antas, simbolicamente inaugurado a 28 de Maio de 1952 pelo General Craveiro Lopes (dia comemorativo da revolução que deu origem ao estado novo).
7. O antigo Estádio da Luz foi inaugurado no dia 1 de Dezembro (data da Restauração da Independência) e a 5 de Outubro (Implantação da República) foi inaugurado o 3º anel.
8. Em 1954/55, o Benfica, apesar de campeão, não foi indicado para a Taça dos Campeões Europeus porque naquela altura os clubes eram sugeridos pelas entidades nacionais responsáveis e o Benfica, mesmo sendo campeão, foi preterido em favor do Sporting. As "más-línguas" garantem que houve uma "mãozinha" de Salazar neste processo, pois as excelentes relações existentes entre o próprio e alguns dos dirigentes sportinguistas não deixavam antever outro cenário, visto que é do conhecimento geral que nas décadas de 40, 50 e no início de 60, as direcções sportinguistas eram constituídas por gente da Legião Nacional e da UN - Góis Mota, Maia Loureiro entre outros.
9. Na década de 1960 o Benfica disputou cinco finais da Liga dos Campeões e venceu duas. É improvável imaginar que isso também tenha sido obra do Salazarismo.
10. O Benfica foi obrigado a jogar os quartos-de-final da Taça de Portugal, em 1961/62, em casa do adversário (Vitória de Setúbal), um dia depois de o Benfica ter vencido o Barcelona na final da Taça dos Campeões Europeus. Os 15 jogadores que estiveram nesse jogo estavam em viagem no dia do jogo em Setúbal, no qual o Benfica perdeu 1-0.
11. Na década de 70 o Benfica foi campeão por 6 vezes e conseguiu fazer dois campeonatos sem perder um único jogo.
12. O clube mais próximo da ditadura sempre foi o Sporting, pois era o clube que tinha simpatizantes com maior peso na sociedade da altura, e mais tarde (na época do Almirante Américo Tomás) também o Belenenses. O Sporting era o clube do regime. Contudo, Salazar aproveitou-se das vitórias do Benfica para se promover e credibilizar como faria qualquer ditador.
13. Aquando da revolução de 25 de Abril, o presidente do Benfica era Borges Coutinho.
14. Nos 20 anos seguintes à revolução de Abril o Benfica venceu 10 campeonatos e 7 Taças de Portugal, contra 8 campeonatos e 5 taças ganhas pelo Porto e 2 campeonatos e 2 taças conquistadas pelo Sporting.
15. Também nas 84 edições da Taça de Portugal o Benfica venceu 27, 14 sem Salazar e 13 com Salazar. Mais uma vez, com ou sem Salazar, o Benfica mantém a senda vitoriosa.
16. Em termos Europeus, o Benfica conta com 8 finais europeias (7 na Taça dos Campeões Europeus e uma na Taça Uefa) e duas meias-finais (Taça das Taças). Venceu ainda a Taça Latina e uma edição da Taça Ibérica (em 83/84). Estes dados mostram o poderio do Benfica quer em Portugal, quer na Europa, na era Salazar e no pós-Salazar.
17. O hino oficial do Benfica não era a música de Luís Piçarra. O hino oficial do Benfica, composto por Bermudes, chamava-se “Avante Benfica” e foi censurado por Salazar por ser entendido como uma afronta ao seu poder.
18. Na história do Benfica contam-se imensos dirigentes que lutaram contra o fascismo de Salazar. Manuel Conceição Afonso, Félix Bermudes (o autor do hino censurado), Tamagnini Barbosa e Júlio Ribeiro são alguns desses exemplos. José Magalhães Godinho, conhecido opositor do regime, foi o primeiro director do jornal do Benfica.
19. Quando o Benfica foi ocupar o campo 28 de Maio (onde jogava o Sporting) muda o seu nome para estádio do Campo Grande.
𝗖𝗼𝗻𝗰𝗹𝘂𝘀𝗮̃𝗼: O Benfica não era o clube do regime como querem fazer querer. Salazar aproveitou-se das vitórias do Benfica para se promover e credibilizar como faria qualquer ditador.
A supremacia dos dragões coincide com o reinado de Pinto da Costa, e não com o fim do estado novo como afirmam mentirosamente. Se um dos pilares da democracia é justamente a alternância de poder, não se pode dizer que o FC Porto viva em democracia, já que é controlado pelo mesmo presidente há 40 anos.
O Sporting foi o grande prejudicado com o fim do estado novo, dado ser o clube mais próximo do regime. O clube conquistou apenas 7 vezes o campeonato sem Salazar no poder."

2.º jornada, consecutiva, com um All In da AF Porto !!!



"🏟️ SL Benfica vs Rio Ave
⚠️ Manuel Oliveira.
Rafa com 4 amarelos e a um jogo de ir ao Dragão está bom de ver o que vai acontecer, não está?"

Extraterrestre o quê?


"António Silva limpou fácil. De caras!!
Eles até caem à passagem do miúdo... 🔴"

Falta de vergonha sem limites!


"O processo sobre os e-mails decorre nos tribunais. Pelas notícias que vão sendo divulgadas pela comunicação social, a "verdade" tão propalada pelos representantes do FC Porto não passa afinal de uma grande mentira.

Não satisfeitos com o "tapete que lhes foge", numa parceria com a aplicação de "streaming" HBOMax, na tentativa de desvirtuar a história e a opinião pública, foi lançado um filme/documentário com a intenção de criar mais ruído e limpar a imagem de "ladrão" do hacker - também conhecido por "ladrão de bancos" - Rui Pinto.
Mais uma vez a tentativa de endeusar o "figurinha triste" é feita por Francisco J Marques, Fernando Madureira e Ana Gomes.

Avisamos que é necessário estômago para assistir a este longa metragem. Mas no final fica uma certeza: o nosso dinheiro não vêm mais.
Esta gente compra tudo e compra todos!
Subscrição cancelada!!
#CancellaHBOMax"

Tempo útil...

A sorte do canalha de El Ferrol


"Franco e o seu médico, Vicentón, acertaram nos doze resultados do totobola e ganharam 900.333,10 pesetas numa aposta de 24.

Diz-se por aí à boca cheia que todos os canalhas têm sorte, e Francisco Franco Bahamonde, o Generalíssimo de El Ferrol, não fugiu à sua sina: de canalha e de afortunado. Tinha uma paixão diariamente alimentada pela sua mulher, Carmen Polo, o que só lhe ficava bem, e passavam ambos as tardes de domingo a verem filmes num estúdio construído de propósito para isso no Palácio El Pardo. Com o aparecimento da televisão, encheu os compartimentos de aparelhos para poder movimentar-se de um lado para o outro ao mesmo tempo que deitava o rabo do olho aos seus programas favoritos e a qualquer notícia que o incomodasse e fizesse com que pusesse os seus sicários na peugada de algum infeliz que não tivesse por ele o respeito que exigia para si próprio.
O seu médico particular, Vicente Gil, mais conhecido por Vicentón, tornou-se parceiro das tardes desportivas. O coração negro do Caudillo diz-se que batia a branco, o mesmo branco das camisolas do Real Madrid cujas proezas na Taça dos Campeões foram festejadas por Franco com a certeza de que tendo os madrilenos felizes era um primeiro passo para que o não chateassem muito com a escassez de liberdades que lhes havia imposto. Mas, apesar de tudo, em Espanha nunca ninguém conseguiu ter a certeza de que a simpatia total de Franco caísse para o lado dos madrilenos e muito usam como exemplo uma série de medidas tomadas pelo seu governo que permitiram ao Barcelona diversos negócios de terrenos a preços tão favoráveis que permitiram ao clube catalão sair de uma situação séria de quase bancarrota.
A década de 1950 foi entusiasmante para o futebol espanhol. Choviam diariamente jogadores de extrema qualidade para as equipas que disputavam o título, a começar por Di Stéfano que provocou uma tremenda trabusana ao assinar pelo Real e pelo Barça concomitantemente, obrigando o assunto a ser resolvido pela FIFA de forma salomónica, ordenando que o jogador jogasse uma época em cada equipa, algo que os catalães recusaram, entregando-o de mão beijada ao Real para que ganhasse cinco Taças dos Campeões Europeus consecutivas. Também se comentou, e ainda hoje se comenta, que Franco terá metido o bedelho no assunto, protegendo os interesses madridistas, mas o facto é que se diz tanta coisa que nem sempre distinguimos a realidade do mito. Foi igualmente o tempo da chegada dos refugiados húngaros, vindos da queda definitiva do seu país nas patas do urso soviético: Puskás, Kubala, Czibor. No Brasil, no Mundial de 1950, a Espanha obtinha a melhor classificação de sempre até aí: quarto lugar. No dia em que bateu a Inglaterra, o telefone do Caudilho tilintou. Do outro lado, uma voz excitada comentava: «Caudillo, hemos batido a la pérfida Albión».
Francisco Franco gostava de futebol. E gostava, sobretudo, de se apresentar perante as multidões ululantes dos estádios que gritavam o seu nome e o aplaudiam até as mãos doerem numa submissão tão típica das ditaduras latinas. Além disso, a meias com Vincentón, jogava religiosamente o totobola, que em Espanha é conhecido por quiniela.
Rogelio Baon escreveu um livro interessantíssimo sobre o Generalíssimo: La cara humana de un Caudillo. A determinada passagem revela um dos vícios do homem que governava Espanha: «El Generalísimo y su médico llenaban al alimón dos boletos, uno de ellos firmado [en los primeros años] como Francisco Cofrán (con las sílabas invertidas del apellido Franco) y otro confeccionado conjuntamente. En una ocasión obtuvieron un premio menor de 2.800 pesetas». Claro que 2.800 pesetas para Franco e para Vicentón não servia para muito mais do que beber uma garrafa de Rioja (crianza) e comer uns bocadillos, mas demonstrava que a deu Fortuna não estava disposta a deixar que o canalha desperdiçasse o seu dinheiro, logo ele que dispunha de todos os bens do Estado a seu bel-prazer.
No fim de semana de 27 e 28 de maio de 1967 não houve campeonato em Espanha. A seleção tinha um compromisso internacional e o totobola desse interregno foi composto pelos jogos da 35.ª jornada do Campeonato Italiano, na qual cabiam duas cabeças de cartaz, a Juventus-Lazio e a Roma-Fiorentina num toral de catorze jogos de aposta, sendo dois de reserva. O primeiro prémio acabou por ser repartido pelos que tiveram doze resultados certos já que duas das partidas do calcio acabaram por ser adiadas. Dez pessoas em toda a Espanha fizeram o pleno. O valor atribuído a cada uma delas foi, exatamente, de 900.333,10 pesetas, ou seja, quase um milhão. Entre os felizardos contavam-se dois figurões: Francisco Franco e Vicente Gil. Tinham feito uma aposta de 24 pesetas e registaram-na em nome de Francisco Franco, Palácio El Prado. Paul Preston, que escreveu uma excecional biografia do Caudillo, comenta a propósito deste episódio: «É difícil imaginar Hitler ou Mussolini a fazerem apostas deste tipo». Mas Franco tinha uma regra de vida - «La suerte hay que jugarla!». Algo que também dificilmente ouviríamos do nosso António Salazar que agradecia sempre a Deus a providência de ser pobre."

7 de Outubro


O Benfica Somos Nós - S02E20

Sonho...

Grande jogo na Luz

"Enorme noite de futebol no Estádio da Luz entre duas equipas que procuraram vencer o jogo. Benfica e PSG mantêm-se, após o empate a uma bola, na frente do grupo H da fase de grupos da Liga dos Campeões. Este é o tema principal da News Benfica.

1
Frente ao PSG, considerado um dos candidatos a vencer a Liga dos Campeões e tido como favorito para vencer a partida pela generalidade dos analistas, a nossa equipa apresentou-se destemida e empenhada em mostrar que também tem qualidade.
Na opinião de Roger Schmidt, "foi um grande jogo de futebol, contra uma grande equipa". "Tudo era possível, talvez o empate seja o resultado mais ajustado. Mostrámos o que queríamos mostrar. Queríamos jogar futebol e acreditar nas nossas qualidades. Quando entramos em campo acreditamos sempre nas nossas possibilidades de vencer os jogos, independentemente do adversário", referiu.
Sobre o futuro na prova, Schmidt realçou: "Agora temos outro jogo difícil para jogar em Paris e ainda mais dois jogos. Tudo é possível ainda, mas, desde que estejamos numa posição em que só dependemos de nós, podemos chegar à fase a eliminar."
Mas antes da deslocação à Cidade-Luz há um desafio importante para vencer, conforme o nosso treinador fez questão de salientar: "A partir de agora penso no Rio Ave. Temos um jogo muito importante no sábado e só depois disso nos vamos preparar para Paris."
Veja, na íntegra, a conferência de Imprensa de Roger Schmidt.

2
António Silva, Gonçalo Ramos e Odysseas foram os jogadores entrevistados após a partida. O jovem central destacou que "soubemos bater de frente com um tubarão europeu e isso foi o mais importante". Ramos frisou que "jogamos sempre para vencer e isso foi visível". E o guarda-redes elogiou o coletivo e garantiu que "lutaremos em todos os jogos e há que continuar assim".
Leia o essencial das declarações destes jogadores no Site Oficial. 

3
Frenético, empolgante, incessante e essencial para a boa exibição conseguida ante o PSG é uma descrição possível do fenomenal apoio prestado pelos Benfiquistas presentes nas bancadas do Estádio da Luz.
Roger Schmidt enalteceu a "atmosfera incrível" e Odysseas considerou que "o ambiente criado pelos adeptos no estádio foi maravilhoso".
A continuar já no sábado, frente ao Rio Ave (18h00), para ajudarmos a nossa equipa a conquistar os três pontos.

4
A nossa equipa feminina de polo aquático conquistou a quarta Supertaça (17-12 frente ao Fluvial Portuense). Leia a reportagem no Site Oficial.
E, no hóquei em patins, batemos o Valongo, por 4-3. Veja o resumo, aqui.

5
Há muitos jogos para apoiarmos o nosso Benfica ao longo dos próximos dias. Destacamos os seguintes: no futebol temos desafio, na Luz, com o Rio Ave (sábado, 18h00), antecedido pela partida de basquetebol, também na Luz, frente ao CAB (16h00); no andebol feminino há duplo confronto europeu, um regresso às lides europeias 29 anos depois, no Pavilhão n.º 2, sábado às 14h00 e domingo às 11h00. Sábado, às 20h30, encontro com o Povoense em futsal feminino. Domingo, às 19h00, no Pavilhão Fidelidade, embate com o GDESSA no basquetebol feminino. Veja a agenda completa no Site Oficial."

4.ª Supertaça

Benfica 17 - 12 Fluvial Portuense

Início de época, com mais um caneco, com um resultado mais 'apertado', mas com as nossas meninas, com mais uma 'encomenda' para o Museu...

Rating's FIFA23

Modalidades: Semanada...

Cadomblé do Vata

"1. Bonita homenagem dos parisienses a Eusébio... o GOAT na manga da camisola demonstrou que a equipa do Parque dos Príncipes teve perfeita noção que estava a jogar no Parque do Rei.
2. Contra a Juventus quis bater no Bonucci, contra o PSG prometeu porrada ao Donnarumma... António Silva gosta ainda menos de italianos do que o Viriato.
3. Com os exemplos do Ruben Rias e do Antonio Silva bem presentes, a magia da camisola 66 devia ser estudada... com este número até o João Manuel Pinto era um Humberto Coelho.
4. A exibição foi boa, mas o que conta é o resultado e já vamos com 2 jogos seguidos sem ganhar... e isto contra 2 equipas que juntas têm exatamente zero títulos de campeão europeu.
5. O jogo foi extremamente agradável de seguir mas teve um ou outro pormenor fora do comum... por exemplo, foi estranho ver o Presidente do Benfica sentado na Tribuna Presidencial e o dono do PSG a disputar a bola com os nossos defesas."

A coragem e o carrossel de Paris

"Benfica empatou esta noite contra o PSG (1-1), no Estádio da Luz, com golos de Lionel Messi e Danilo na própria baliza. Os guarda-redes brilharam e, no final de contas, dividiram-se os pontos que se traduzem na liderança partilhada do grupo

Às vezes a coragem anda na ponta da língua, outras debaixo da pele ou dentro das botas. Os rapazes fardados de vermelho fecharam a boca e meteram as fichas todas em cada duelo. A Luz celebrava cada pequena vitória, denunciando a grandeza dos que vinham de longe. Mas não faltou futebol. O Benfica travou esta noite o PSG de Messi, Neymar e Mbappe. Se vencesse, não chocaria ninguém…
É que a equipa de Roger Schmidt investiu no desconforto alheio. Pressão alta, trocas de bola, ora curtas ora longas (defesa do PSG muito subida). Durante mais de 20 minutos, os da casa até pareciam os futebolistas mais serenos. Gonçalo Ramos, servido quase milagrosamente por António Silva, um rapaz que tinha 14 anos quando Mbappe foi campeão do mundo, surgiu isolado. A perna de Donnarumma fechou a porta da alegria ao avançado, que fez mais uma exibição importante, com a generosidade no olhar e nos atos. A Luz levitava. E voltou a levitar quando David Neres (discreto durante o jogo) obrigou o italiano novamente a encher a baliza. O remate, apesar de tudo, não saiu forte.
Lionel Messi demorou quase cinco minutos para tocar na bola. Ia caminhando pelo campo, à procura da linha de passe perfeita. A geometria conta, o timing ainda mais. Neymar fazia o mesmo. Procuravam as costas dos hercúleos Florentino Luís (tremenda exibição do recuperador de bolas) e Enzo Fernández (acabou de rastos), para depois fazerem mossa. O canhoto argentino assinaria realmente uma exibição admirável. Quase sempre que tocava na bola fazia algo. Uma aceleração. Um passe com aquele pé que parece uma mola a fazer a bola andar mais rápido. Uma ideia que não ocorreu a ninguém. Uma mudança de direção. Passes, tantos passes que gritam vontades e certezas. E dribles, como dribla este mago. É uma espécie de céu na relva.
E seria mesmo Messi a quebrar a coragem que levavam na boca e no grito os adeptos. Combinação por dentro com Neymar e Mbappe. Messi, com a bola a pedir uma viagem com uma rota especial em linha curva, obedeceu-lhe e meteu um golaço no poste mais distante. Seria, apesar de tanto trabalho, o único golo sofrido por Vlachodimos esta noite. E foram várias as defesas de alto gabarito. Mas Messi foi Messi. Ouviram-se umas tímidas palmas.
A Luz arrefeceu, quase se ouviu o vento. Foram mais ou menos 20 minutos em que o Benfica desligou, esqueceu-se de escrever à coragem. E o carrossel parisiense, que circula a velocidades diferentes e com manobras quase inverossímeis, foi inaugurado (ninguém cortou fitas, fizeram apenas a bola suar por um nervosismo gostoso). Vitinha, fino fino e confortável naquele contexto galático, aproximou-se de Marco Verratti. Marquinhos é um tratado, escapando da defesa para funcionar como o líbero de antigamente, dando soluções mais à frente. É também um polícia sinaleiro, indicando rotas e caminhos. Nuno Mendes, genial a usar o corpo, foi aparecendo. Neymar mostrava os dotes que lhe permitem entrar no jardim de Messi. Mbappe, mais discreto, ia enfrentando um António Silva que certamente há uns meses ainda só via esta gente na Playstation. E o menino, que vai beneficiando da companhia do experiente e certinho Otamendi, teve ações importantes, com a personalidade (coragem?) que já o caracteriza. Quase empatou, mas não bateu na bola da melhor maneira e Donnarumma voltou a defender. A Luz despertou de um sono profundo.
E o marcador dançou mesmo, aos 41'. Cruzamento de Enzo e Danilo, o internacional português que está confortável numa linha de cinco, teve a infelicidade de desviar para a baliza. Era o resultado mais justo se por acaso houver alguma justiça no futebol. O Benfica criou durante a primeira parte, teve a ousadia de morder à frente, tentou jogar e jogou. E também se encolheu. Acontece entre homens que têm um certo futuro abstracto à frente.
Neymar trocou de botas no intervalo e, pouco depois do descanso, atirou uma bola ao ferro, num quase pontapé de bicicleta. Havia muito menos ritmo. O PSG parecia querer congelar mais a bola, o Benfica estava na expectativa.
Vlachodimos continuou a encher a baliza. Desta vez foi Hakimi, que entrou bem pela direita, depois de Messi atrair o mundo inteiro e tocar para ele. O que é bizarro nos génios, nos grandíssimos futebolistas, é que uma má receção é uma boa receção. Não só a bola lhes concede esse perdão e lhes dá uma segunda oportunidade, como os rivais dão um espaço que não vamos chamar medo mas que podia ser.
Mbappe, com uma frescura incomprensível quase, ia tentando de longe. Messi, a quem Paulo Futre pediu um autógrafo antes do jogo (só pedira a Maradona, contou), continuava a driblar, a acelerar, a fazer de tontos os pés dos adversários. Rafa, que chegou a fazer trocas de posição com o bom e sereno João Mário, foi crescendo ao longo do jogo e já ganhara o seu espaço, com aquela zona perto de Vitinha e Verratti a tornar-se bela e espaçosa. Grimaldo e Bah iam cumprindo, não sofrendo demasiado com as rajadas de vento que vinham do outro lado.
Foi Rafa, aliás, quem teve a felicidade quase eterna no pé. Pegou na bola, enganou Sergio Ramos e depois Marquinhos. O corpo frágil agigantou-se. A apatia de que é acusado foi engolida pela ambição de ser feliz. O guarda-redes do PSG voltou a crescer e a tapar a glória. Mas Rafa não desistia, e é assim que vai alimentando o seu amor ao jogo. De alguns chutões fazia passes perigosos, demonstrando a qualidade que não é pouca.
Schmidt meteu no relvado Draxler, Aursnes e Rodrigo Pinho. Messi, que desceu à terra numa má receção quando ficaria isolado, saiu por Sarabia. Nesta altura já a Juventus celebrava o 3-1 contra o Maccabi Haifa, em Turim. O tempo de compensação viu apenas um remate fortíssimo saído da canhota de Fabián Ruiz, numa altura em que era o PSG a tentar algo mais. A resistência, mais atrás, foi mais um exercício em que o Benfica demonstrou preparação.
Os 62 mil espectadores na Luz acabaram em delírio. Um derradeiro livre fez salivar esta gente, o pensamento imaginava um final feliz, quase irreal, quase impossível. Mas a bola aterrou nas luvas de Donnarumma e assim acabou: 1-1. A coragem, o fogo maior que aquece os que amam um clube ou um jogo, foi a moeda de troca entre os grandes futebolistas que estiveram olhos nos olhos esta noite. Que venha Paris…"

SL Benfica 1-1 Paris Saint-Germain FC: Chuva de estrelas não molhou encarnados

"A Crónica: Os Extraterrestres Também Cedem

Surgem sempre dúvidas quando a possibilidade de sucesso é demasiado remota para acreditarmos que um objetivo seja possível. No entanto, como dizia o poeta clássico Virgílio, “a audácia é a única que nos pode levar até às estrelas” e, acrescento, as causas pelas quais vale a pena lutar são as que parecem à partida perdidas.
Onde quer que estejamos, há sempre alguém a olhar para a mesma estrela que nós. É quando ficam descontentes com a força do escuro que descem à terra e mostram que dar cor ao céu é apenas parte do que sabem fazer.
Messi, Neymar e Mbappé são parte da constelação enviada ao mundo dos comuns para exibir aos possuidores de capacidades quejandas o que se faz noutras galáxias. Um momento de humildade em que os extraterrestres convivem com os humanos.
Essas estrelas, que são telhado para tantos, deixaram rapidamente o SL Benfica sem chão. Foi precisamente este trio que deu o rasgo de luz a um estádio já por si cheio dela. Grimaldo perdeu a bola numa saída para o ataque e Mbappé, Neymar e Messi combinaram entre si como se a telepatia fosse menos um aspeto mental e mais uma relação estabelecida entre os pés dos predestinados. Ficou para o jogador argentino, que deu um arco perfeito à bola, a autoria do primeiro golo.
O Estádio da Luz esmorecera, muito embora, por razões que a própria razão desconhece, fosse contraditório o que se via no resultado e o que se passava no campo. Não fora Gonçalo Ramos, David Neres e António Silva terem esbarrado na oposição de Donnarumma e podia ser o SL Benfica a estar na frente.
Se os atacantes encarnados não eram capazes de fazer o trabalho do qual estavam incumbidos, Danilo Pereira, central do Paris Saint-Germain FC, fê-lo por eles. A chama voltara-se a acender e as esperanças estavam de novo vivas.
No entanto, os parisienses dominaram com maior vigor a segunda parte, ao invés do que havia acontecido na primeira. Odysseas foi impedindo que o sofrimento passasse a decepção. Neymar, Hakimi e Mbappé: todos protagonizaram desperdícios significativos.
Num raro momento de inspiração encarnada no que sobrava do jogo, Rafa abriu pisca e ultrapassou os centrais do Paris Saint-Germain FC, só que a autoestrada que abriu não tinha escapatória para o golo. Brilhou novamente Donnarumma.
Sem novos motivos de festejos, os benfiquistas só festejaram quando o árbitro, Gil Manzano, puxou do cartão amarelo para Fabián Ruiz, sanção que, na opinião dos adeptos da casa, já vinha tarde.
Para agrado do SL Benfica, o empate confirmou-se. No teste mais difícil da época, as águias continuam sem derrotas, feito igualmente conseguido pelo Paris Saint-Germain, com quem a equipa de Roger Schmidt divide a liderança do grupo H da Liga dos Campeões. Foram 90 minutos de um jogo daqueles para assinalar com um visto na lista de coisas para fazer durante a vida.

A Figura
Vitinha Soube sempre que rumo dar ao Paris Saint-Germain FC. As receções orientadas e fintas de corpo permitiram-lhe desatar muitos nós cegos que desbloquearam lances a favor da equipa francesa. De salientar que jogou mais entre linhas do que como construtor, ao contrário do que lhe tem pedido Galtier habitualmente.

O Fora de Jogo
Nuno Mendes Constantemente aberto e projetado, a forma de jogar da equipa tentou potenciá-lo. Em comparação com o flanqueador do lado contrário, Hakimi, esteve furos abaixo. No regresso a Portugal, os ares que tão bem conhece não o motivaram a fazer melhor.

Análise Tática – SL Benfica
O SL Benfica alinhou no tradicional 4-2-3-1. Ao contrário do que se podia esperar devido ao poderio do adversário, os encarnados arrancaram a pressionar alto o Paris Saint-Germain FC.
De resto, as águias não mudaram em nada a forma de jogar. Tentaram que os parisienses afunilassem o jogo nos corredores, colocando toda a equipa a fechar do mesmo lado, o que implicava que o lateral contrário à zona da bola defendesse muito por dentro.
Com a ajuda dos médios e dos centrais, o SL Benfica focou-se em não deixar os laterais, Bah e Grimaldo, em situação de um para um. João Mário e especialmente Neres e Rafa dinamizaram o jogo interior da equipa.

11 Inicial e Pontuações
Odysseas Vlachodimos (8)
Alexander Bah (5)
Nicolás Otamendi (7)
António Silva (7)
Álex Grimaldo (5)
Florentino (6)
Enzo Fernández (7)
David Neres (6)
João Mário (6)
Rafa Silva (7)
Gonçalo Ramos (5)
Subs Utilizados
Fredrik Aursnes (4)
Julian Draxler (4)
Rodrigo Pinho (-)

Análise Tática – Paris Saint-Germain FC
O Paris Saint-Germain FC utilizou um sistema base de 3-4-3. Abrilhantaram a frente de ataque, tão só e apenas, Messi, Neymar e Mbappé.
A equipa francesa jogou com os três homens na frente sem dar referências de marcação ao oponente. O Paris Saint-Germain FC atacou através de combinações estonteantes e em avalanche. Esta forma de agir ofensivamente apanhou os defesas contrários desprevenidos devido à rápida circulação da bola.
Nos pontapés de baliza, os parisienses saíam curto com Marquinhos a fazer de primeiro médio ao lado de Verratti. Tendo em conta que Vitinha subia mais um pouco, foi possível verificar que a equipa de Galtier se passava a dispor em 4-2-3-1 no momento da saída.
Por vezes, o Paris Saint-Germain FC abdicava da bola para se organizar defensivamente em 5-2-3. Desta forma, ganhavam espaço nas costas da defesa para punir perdas de bola do SL Benfica.
Não foi de menor importância o papel dos laterais Nuno Mendes e Hakimi que foram bastante dinamizadores do jogo exterior. Em constante aceleração, quase sempre se projetaram em simultâneo, salvaguardados pelos três centrais, Danilo Pereira, Marquinhos e Sergio Ramos.

11 Inicial e Pontuações
Gigi Donnarumma (8)
Achraf Hakimi (7)
Danilo Pereira (5)
Marquinhos (6)
Sergio Ramos (6)
Nuno Mendes (4)
Marco Verratti (7)
Vitinha (8)
Lionel Messi (7)
Neymar (6)
Kylian Mbappé (6)
Subs Utilizados
Juan Bernat (5)
Pablo Sarabia (-)
Fabián Ruiz (-)

BnR na Conferência de Imprensa:
SL Benfica
Bola na Rede: O Enzo e o Florentino ajudaram bastante os laterais a defender os corredores, evitando situações de um para um com os jogadores do PSG. Foi algo que pediu que acontecesse?
Roger Schmidt: Sim. Não foram só os médios-centro. Os extremos também tiveram que ajudar. Não aconteceu só com o Paris Saint Germain FC, é parte do nosso comportamento tático, especialmente em organização defensiva. Hoje, não fizemos nada de diferente do que costumamos fazer, fizemo-lo foi a um alto nível."

Um extraterrestre perdido na Luz

"Caiu na Terra de repente. Desavisado. Confuso. Era dia de Benfica e PSG na Liga dos Campeões. Resolveu então dar um pulo à Luz. Já havia ouvido falar sobre um tal de Lionel Messi. Quis comprovar se eram originários do mesmo planeta.
Foi surpreendido com um festival de jogadas ofensivas e corajosas de jogadores trajados de vermelho, mas não tardou a confirmar o diz que me diz que rola entre as galáxias. Abriu um sorriso de orelha a orelha com a pintura do craque argentino.
Sentiu por alguns instantes que estava satisfeito. Começou a traçar estratégias ou formas mirabolantes para regressar, seja lá de onde tivesse vindo. Entre um pensamento aqui e outro ali, passou a olhar com mais atenção para um completo desconhecido.
O jogador em questão corria e se entregava ao máximo. Desarmava, Saia a jogar com qualidade. Gesticulava com os companheiros. Fazia de tudo para não dar espaço a Neymar e Mbappé. Parecia estar em todos os lados da defesa. Omnipresente.
Ficou admirado com tamanha personalidade, enquanto ainda tentava assimilar o que tinha acompanhado. Ao término da partida de futebol, a primeira que havia assistido na vida, olhou para o lado e cochichou para um senhor com um cachecol enrolado no braço:
«Já são quantos anos a jogar neste nível?», perguntou.
«António Silva? São 18 anos... de idade», ouviu.
Fechou os olhos e rangeu os dentes. Levantou e foi embora altamente incomodado com a resposta mentirosa. Prometeu nunca mais acreditar nas palavras dos seres humanos."

Malvado: PSG...

O Cantinho Benfiquista #117 - Still Unbeaten

Fura Redes: PSG...

Visão: Sinal - PSG...

Simples: Champions...

Golaço: PSG...

Águia: PSG...

A Verdade do Tadeia #669 - Fase de grupos a meio caminho

BI: PSG...

Bigodes: PSG...

Benfica After 90: PSG...

BnR: PSG...

Bello: PSG...

Nene: PSG...

Bancada: PSG...

Vinte e Um: Como eu vi - PSG...

Daizer: PSG...

À 𝕒𝕥𝕖𝕟çã𝕠 𝕕𝕠𝕤 𝕒𝕡𝕠𝕤𝕥𝕒𝕕𝕠𝕣𝕖𝕤

"Vem aí o jogo cujo resultado já todos podemos adivinhar. No próximo fim-de-semana, no Algarve, há um enfadonho Portimonense-FC Porto.
O árbitro designado para o encontro é Manuel Mota e terá Tiago Martins no VAR.
Vão vender-se bilhetes, vai haver uma transmissão televisiva, vão lá estar senhores a vender pipocas e nogats. E, tal como nos concertos de música, também aqui costuma haver um alinhamento. Sabe-se tudo o que vai acontecer.
Nos últimos 30 anos (!), o FC Porto ganhou TODOS os jogos frente ao Portimonense. Já são quase 20 vitórias consecutivas, num registo que não encontra paralelo no futebol nacional.
O último jogo, por exemplo, ficou 7-0 a favor da equipa de Sérgio Conceição, numa tarde em que – vá lá saber-se porquê – o treinador dos algarvios, Paulo Sérgio, decidiu mudar a equipa titular praticamente toda, inclusivamente o guarda-redes (Samuel Portugal), entretanto vendido ao FC Porto, no último dia de mercado, por 4 milhões de euros (segundo anunciou, na altura, o insuspeito O Jogo).
𝗖𝗼𝗺𝗼 𝘀𝗲 𝘁𝗲𝗺 𝘃𝗶𝘀𝘁𝗼 𝗽𝗲𝗹𝗮𝘀 𝗲𝘅𝗶𝗯𝗶çõ𝗲𝘀 𝗱𝗲 𝗗𝗶𝗼𝗴𝗼 𝗖𝗼𝘀𝘁𝗮, 𝗲𝗿𝗮 𝗺𝗲𝘀𝗺𝗼 𝗱𝗲 𝘂𝗺 𝗴𝘂𝗮𝗿𝗱𝗮-𝗿𝗲𝗱𝗲𝘀 𝗾𝘂𝗲 𝗼 𝗙𝗖 𝗣𝗼𝗿𝘁𝗼 𝗲𝘀𝘁𝗮𝘃𝗮 𝗮 𝗽𝗿𝗲𝗰𝗶𝘀𝗮𝗿, 𝗻ã𝗼 𝗲𝗿𝗮?
𝗦𝘂𝗴𝗲𝘀𝘁ã𝗼: há uma famosa casa de apostas, a Betclic, que está a pagar 1,37 euros por cada euro apostado na vitória dos dragões. Quem tiver 100 euros para adiantar, tem praticamente garantido um lucro de 37 euros. Dá para um bom almoço.
Fica a dica..."

Monumental...

"Monumental apoio da massa adepta do SL Benfica num jogo que, não sendo decisivo, era de extrema importância, quanto mais não fosse para a ambicionada afirmação europeia, frente ao multimilionário Paris Saint-Germain .
O apelo aos jogadores veio das bancadas e sem medos, com raça, querer e ambição o Benfica apresentou-se disposto a lutar para ganhar. Não ganhou e ficou aquele sabor amargo que o poderia ter feito. Dividiu o jogo deixando as vedetas do outro mundo futebolístico com cara de aziados no final do jogo. O público pediu e a águia voou!
O Benfica europeu está de volta. Empolgante, lutador, competitivo e com um verdadeiro inferno entre portas, capaz de catapultar a equipa para outros patamares de excelência.
A realidade é que nos últimos 21 jogos para as competições europeias, o SL Benfica obteve 12 vitórias, 6 empates e apenas 3 derrotas. Pelo caminho foram adversários equipas como Liverpool, Barcelona, Bayern Munique, PSG, Ajax e Juventus, faltando poucas formações para fazer o pleno das atuais melhores equipas da Europa.
A caminhada para a próxima fase está longe de estar concluída, mas as perspectivas são bastante positivas. Temos a convicção de que depois do Campeonato do Mundo continuaremos o trajeto que nos levou até aqui. A equipa acredita e os seus adeptos também.
Só nos fica a faltar, ainda, um teste a valer...
#testeavaler #SejaOndeFor #carregabenfica"

Rio Ave!!!

"Repórter: «Sonha jogar o Mundial?»
António Silva: «Se sonho com o Mundial? O meu sonho é jogar o próximo jogo com o Rio Ave»
O senhor Toni Silva deseja a todos uma ótima quinta-feira."

Que se f*da a Seleção 🔴⚪🦅

1 minuto de silêncio!

"As duas equipas invictas da Europa continuam sem perder. E vão 15 jogos oficiais de invencibilidade do Sport Lisboa e Benfica.
Façamos todos 1 minuto de silêncio pelos nossos antis aziados. O cheiro a melão está insuportável."

Rabona: PSG...

BR: PSG...

5 minutos: PSG...

Nene: PSG...

DNA: PSG...

Lanças...

É só uma mensagem, dizem


"“Anda tudo à procura de indemnizações.”, “Davam conversa para serem titulares na equipa.”, “Quem cala, consente.”, “Não sei onde existe assédio.”. Quando as mensagens de Miguel Afonso saíram a público, estas foram algumas das reações que surgiram nos mais diversos lugares. Entre tristeza e revolta, não sei qual dos dois sentimentos levou a melhor.
Quando nos ensinam a diferença entre o certo e o errado, o significado que damos a cada uma das conceções é automaticamente condicionada pela educação e vivências de cada um. No entanto, aquilo que por vezes não ensinam – ou que alguém não quer reter – é que há tópicos que nem merecem essa discussão.
Perante uma situação que não devia ter duas faces, foram precisas escassas horas para darmos conta da saída das cavernas dos australopitecos das redes e dos “saberes”, habituados a que lhes seja passada a mão no pêlo quando têm atitudes similares e que são vangloriados por quem compactua com um sistema corrompido pelo complexo de superioridade e pelo abuso de poder. Nada que me surpreenda, tal como não surpreendeu as demais internacionais portuguesas questionadas acerca do tema. Afinal de contas, e tal como também li na praça pública, “a mulher não devia estar no meio do futebol”, subjugando-se a quem se coloca no topo da hierarquia social por decisão própria.
Aquilo que as jogadoras envolvidas no caso fizeram foi um ato de coragem. No meio do desconforto que ficou bem patente nas conversas com o pseudo-treinador, ainda tentaram manter uma relação estritamente profissional através de respostas cordiais. Mesmo assim, não foi suficiente e decidiram usar a voz para dar voz. Que se julguem os Migueis Afonsos e os Samueis Costas e quem envia este tipo de mensagem; que se julgue quem é informado sobre comportamentos indevidos e decide assobiar para o lado; que se julgue quem não tem capacidade para agir conforme valores e práticas que deviam coadunar com o tempo em que vivemos, seja no desporto ou em qualquer área. Não aprendemos nada.
Nunca aprendemos nada. E numa altura em que fomos assolados por uma pandemia que poderia servir para uma maior humanidade, torna-se cada vez mais notório que a maior pandemia que existe está relacionada com a falta de caráter e de respeito pelo outro.
Não, não foi só uma mensagem. E custa-me ver que há quem não tenha – ou não queira ter – capacidade para o perceber."

Este país não é para estádios de futebol

"O futebol assenta em emoções descontroladas, num irracionalismo capaz de transformar o mais pacato ser humano numa máquina de guerra, regressando à normalidade quando se liberta das frustrações pessoais nos recintos desportivos.

Os recentes acontecimentos ocorridos em estádios de futebol escondem razões mais profundas que não podem ser negligenciadas, sobretudo por quem tem a obrigação de atuar. Só assim será possível erradicar, de uma vez por todas, o que não pertence aos valores do desporto e aos princípios que o deveriam nortear.
Todos os episódios de violência são graves, absolutamente reprováveis, devendo ser censurados sem complacência e as medidas a adotar terão de respeitar o contexto histórico, social e cultural, assim como a essência do problema. Há décadas que se permite uma impunidade insustentável a quem pratica atos provocatórios e propositados, alimentando um clima de guerra sem limites. Quem tiver a memória mais afinada, recorda-se dos tristes episódios dos anos 80 e 90 do século passado e que, desde então, têm beneficiado de uma ausência sancionatória eficaz e do silêncio cúmplice de instituições que apenas se pronunciam quando os temas atingem certos níveis na opinião pública. É assim há demasiado tempo e, no limite, até podemos recuar ao filme O Leão da Estrela, de 1947. Nos nossos dias, a intolerância no desporto tem terreno fértil nas irresponsáveis redes sociais, na proliferação de programas televisivos que apelam ao ódio e numa certa comunicação social populista que cresce as suas audiências nas mentiras difundidas sem contraditório e rigor informativo, contribuindo para aumentar o problema social subjacente, a caminho de se tornar cultural.
Este estado das coisas não convém à esmagadora maioria dos clubes e das sociedades anónimas desportivas, sob pena de continuarem a perder patrocinadores e diminuir de forma drástica a assistência nos seus estádios, prejudicando uma indústria global incapaz de resolver a fragilidade de um dos seus principais alicerces.
As campanhas internacionais contra a violência, contra o racismo e xenofobia ou a favor da inclusão, são muito importantes e não podem deixar de acontecer, mas, como se vê pelo mundo, assim que o apito inicia o jogo, tudo é esquecido dentro e fora do campo. O futebol assenta em emoções descontroladas, num irracionalismo capaz de transformar o mais pacato ser humano numa máquina de guerra, regressando à normalidade quando se liberta das frustrações pessoais nos recintos desportivos. E o comportamento isolado ganha proporções ainda mais perigosas quando se encontra inserido num grupo, tornando-se letal e atingindo limites intransponíveis.
Para solucionar de uma forma progressiva a questão, não é necessário inventar, bastando aplicar os exemplos com sucesso na Europa, onde a situação inglesa é a mais paradigmática. A criação de tribunais especiais nos estádios com a aplicação imediata da justiça e cumprimento das sentenças, afastando os prevaricadores em definitivo desde que se implementem formas de identificação nas entradas, assim como a obrigatoriedade do aumento de seguranças entre as bancadas, foram determinantes. Quanto à punição das multidões, os jogos à porta fechada têm resultado.
Neste esforço nacional, para além da sensibilização com efeitos a longo prazo, precisamos de medidas imediatas e de responsáveis que não estejam preocupados com a sua vaidade ou com a possibilidade de perderem as suas cadeiras de poder, que não se precipitem sem conhecerem os factos e que tenham a coragem de decidir. É para isso que lá estão."

Qatar, futebol e direitos humanos

"Paris é a mais recente cidade a juntar-se a um movimento que nasceu na Bélgica e chegou a França no final de setembro. Por razões éticas e ecológicas, diversos municípios recusam criar zonas públicas de transmissão dos jogos do Mundial, que arranca a partir de 20 de novembro no Qatar. As condições desumanas a que foram sujeitos milhares de trabalhadores são a principal razão apontada, a par de fatores ambientais relacionados com os sistemas absurdos de climatização criados para os estádios.
A um mês e meio do arranque da prova, a FIFA continua sujeita a fortes pressões de organizações internacionais, que tentaram no plano judicial conquistar indemnizações para as famílias de imigrantes mortos ou feridos com gravidade durante a construção de estádios, estradas e redes de transportes. Oficialmente, o saldo apontado foi de três vítimas mortais no ano passado, mas dados da Organização Internacional do Trabalho estimam cerca de 50 mortes por ano, admitindo que no total das obras possam ter perdido a vida quase 6500 pessoas, na sua maioria imigrantes do Paquistão, Nepal, Índia e Bangladesh.
Organizações como a Amnistia Internacional promoveram nos últimos anos petições, processos judiciais e outras ações exigindo à FIFA que fizesse mais pelos direitos humanos no Qatar. As diligências foram estendidas aos principais patrocinadores da prova. Alguns manifestaram apoio a compensações financeiras, outros mantiveram-se em silêncio. É inevitável ler nestes apoios alguma preocupação de marketing. Um anunciante quer estar num Mundial de futebol pela festa e valores como a competição justa, não propriamente para ver a sua marca associada a abusos laborais e falta de equidade.
No debate gerado em França sobre o boicote a transmissões de jogos em espaços públicos há quem critique as posições e considere haver um "rebate de consciência de última hora" por parte das autoridades. Até porque alguns autarcas assumem haver razões menos altruístas para o boicote, já que a prova se realiza no outono/inverno e uma transmissão exigiria condições mínimas de aquecimento, numa altura em que a Europa se vê obrigada a reduzir o consumo energético. Igual crítica poderia fazer-se aos inquiridos pela Amnistia Internacional que tencionam assistir a jogos: 72% defendem indemnizações para os migrantes que sofreram abusos, ainda que isso não os iniba de usufruírem dos jogos ao vivo nos luxuosos estádios.
É sempre difícil encontrar um lado certo para lidar com um evento que carrega uma história pesada atrás de si. Terão boicotes deste género algum poder, numa prova totalmente mediatizada e que chega a todos os cantos do mundo? Ou já que o desporto estará em campo mais vale usá-lo para ampliar o debate? Sejam quais forem as escolhas, será essencial que nenhuma das entidades ligadas ao evento se demita da responsabilidade de assumir o tanto que continua por fazer pelos direitos humanos no Qatar, seja no plano laboral ou nas limitações impostas às mulheres.
Apesar de todos os seus vícios, o futebol tem uma força única e é uma linguagem universal. Essa força pode e deve ser aplicada em causas úteis, sem nunca dissociar desporto de direitos humanos e ética. O rasto dos últimos anos não pode ser apagado. Mas impedir o esquecimento e insistir na mudança continuam a ser imperativos."