Últimas indefectivações

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

No entanto, o Benfica move-se

"Na conferência de imprensa após a eliminação com o Rio Ave, Rui Vitória dizia, com razão, que as crónicas do dia seguinte seriam centradas no resultado, mas se fosse analisada a exibição as conclusões seriam diferentes. Podemos, de facto, pôr de lado os resultados do Benfica e analisar alguns aspectos do futebol jogado e da sua evolução. Há maus e bons sinais.
Por esta altura, o Benfica disputou 26 jogos e tem um fraco pecúlio: 14 vitórias, quatro empates e oito derrotas. O que explica estes resultados parece ser, agora, unânime: saída de jogadores chave que não tiveram substitutos à altura (curiosamente, o Monaco, que também sofreu uma sangria no plantel, foi outra equipa que, este ano, piorou muito na Champions). O que fez com que problemas que, no passado, eram disfarçados com a qualidade individual de vários jogadores se tornassem mais visíveis.
Neste contexto, Rui Vitória teve o bom senso de promover uma alteração no sistema de jogo. O Benfica, de forma a controlar o jogo em posse, precisava de desenvolver uma variação do sistema, que não dependesse apenas de transições ofensivas e de uma vertigem atacante e que não colocasse em Pizzi toda a responsabilidade de organizar as saídas para o ataque. Com um meio-campo a três e com a entrada de Krovinovic, o Benfica passou a ser uma formação mais equilibrada.
Desde o jogo em Guimarães que, no campeonato, o Benfica tem mostrado melhorias no seu jogar. Claro está que subsiste um problema que vem do início da época: a equipa piora ao longo do jogo e, frequentemente, entra bem nas partidas para terminar mal ou a sofrer (sintomaticamente, o Benfica perdeu ou empatou cinco partidas em que esteve a ganhar – CSKA; Boavista; Braga; Marítimo e Rio Ave – e sofreu noutras tantas para manter a vantagem conquistada).
Poderá haver duas razões para que isto aconteça: uma de ordem física, outra táctica. Com o passar dos minutos o trabalho invisível de Fejsa vai sendo menos eficaz e a capacidade de os alas pressionarem diminui. Numa equipa que combina alguns pesos pluma com jogadores já no ocaso da carreira é um problema. Importa, também, salientar que é preciso procurar muito para encontrar um jogo em que alterações tácticas e/ou substituições no decorrer dos encontros não tenham piorado a equipa.
Há, contudo, melhorias nas últimas cinco partidas do campeonato. O Benfica tem dado sinais de que controla melhor o jogo e tem um ataque mais organizado. A chave tem sido um Krovinovic capaz de se mostrar, dar soluções aos colegas na primeira fase de construção e de ganhar metros com passes verticais a romper os equilíbrios defensivos dos adversários. Falta, agora, trabalhar (muito!) defensivamente o novo sistema e esperar que se forme uma sociedade entre Pizzi e o croata, que permita mais variações no decorrer dos jogos. Claro está, é preciso também que, em Janeiro, se compensem os equívocos de planeamento no defeso."

O campeão dos arguidos que não gosta de bandalheiras...


"No dia 16 de Abril de 2004, na véspera de dirigir um FC Porto - Beira - Mar, o árbitro Augusto Duarte visita a casa do presidente portista, homem que acaba de falar de determinadas bandalheiras que considera inaceitáveis. O termo é bem definido no dicionário. E certamente muito subjectivo.

Curioso que o presidente do FC Porto, homem que andado a bater com os costados em todos os tribunais do país como arguido de tudo e mais alguma coisa, o que me levou a apelidá-lo um dia de Campeão Nacional dos Arguidos do Futebol Português, algo que o irritou sobremaneira, pelos vistos, já que tratou de me levantar processos bacocos que podem ter sido levados a sério por alguns juízes mais submissos e louvaminheiros de Gaia e do Bolhão mas não passaram pela exigência do Tribunal Europeu, venha de um dia para o outro a falar de bandalheiras.
Aceitamos que bandalheira é um termo subjectivo.
Cada um terá a sua noção de bandalheira, e eu também tenho a minha.
Trago hoje aos meus pacientes leitores, a minha visão muito pessoal do que é uma bandalheira.
E recuo, para isso, alguns anos.
No dia 16 de Abril de 2004, os inspectores da Polícia Judiciária Jorge Melo, Leonor Brites e Novais e Sousa, escrevem no seu relato de diligência externa: 'Pretendeu-se com essa acção confirmar um encontro marcado pelo suspeito António Araújo com o árbitro de futebol Augusto Duarte e com o dirigente Jorge Nuno Pinto da Costa. Esse encontro foi percebido pelas sessões 9281 e 9318 do alvo 1A602, atribuído a Pinto da Costa, e das sessões 8001, 8046, 8188, 8190 e 8193 do alvo 23603.
Por volta das 21h45, o suspeito António Araújo entrou para o seu automóvel, tendo arrancado a grande velocidade, não sendo possível seguir no seu encalço. Nessa altura são efectuados dois contactos entre este e Augusto Duarte, sendo que no primeiro António Araújo ainda se encontrava no restaurante, e no segundo telefonema o árbitro diz que já está junto à igreja das Antas. O suspeito António Araújo termina esta segunda chamada dando a entender que está quase a chegar. Note-se que nas conversas entre estes dois existe a preocupação de não referirem pormenores muito esclarecedores. Pelas 22h18 é efectuado um telefonema pelo Araújo a Pinto da Costa, com a duração aproximada de 6 minutos, a informar que já tinha entrado para a estrada que dá para a praia da Madalena, V. Nova de Gaia, mas que não se recordava bem do caminho. Pinto da Costa dá uma informação pormenorizada do caminho para sua casa, que foi seguida a dizer que já estava a avistar a casa do seu interlocutor.'
Como vêem, há de facto bandalheiras que dificilmente não entram na concepção da palavra bandalheira, tal como surge no dicionário de sinónimos: safadeza, negociata, velhacaria, canalhice, pouca-vergonha.
Esta é uma delas.
'Face a esses elementos, as equipas desta polícia seguiram para o local, onde chegaram por volta das 22h50, constatando-se que frente à moradia indicada por Pinto da Costa da  estava estacionado o automóvel de António Araújo. Foi montado novo esquema de vigilância. Por volta das 23h45 saíram dois indivíduos e entraram na viatura estacionada frente à residência em causa, para o lugar do condutor o próprio Araújo e para o lugar do lado um homem que apresentou ser o árbitro Augusto Duarte. Seguiram para o cidade do Porto e, por volta das 00h10, numa artéria ao lado da igreja das Antas, o automóvel parou para deixar sair o passageiro que entrou num automóvel que se encontrava ali estacionado, de marca Ford, modelo Focus Wagon, e matrícula 22-71-QH. Os dois automóveis seguiram em direcções diferentes, terminando-se aí a vigilância.
Foi efectuada pesquisa nos ficheiros informáticos desta polícia, apurando-se que o Ford Focus está registado em nome de Augusto José Bastos Duarte.'
Os investigadores acabavam de testemunhar um dos momentos mais polémicos de toda a história do futebol em Portugal.
Augusto Duarte seria o árbitro do próximo encontro disputado pelo FC Porto, frente ao Beira - Mar, no dia 18 de Abril. E, como se provava, não se coibia de visitar o presidente desse clube em vésperas de tal acontecimento.
Bandalheira: eis uma palavra brilhante para definir a visita de um árbitro a casa do presidente de um clube com tantos interesses à mistura."

Afonso de Melo, in O Benfica

Entre a patinagem e a rádio

"Tila Pedroso foi uma das pioneiras da patinagem artística em Portugal, que tinha também uma grande paixão pela música.

Clotilde Maria de Almeida Sales Pedroso, alfacinha de gema, nasceu a 20 de Janeiro de 1930. Iniciou muito nova a prática da patinagem artística. Tinha apenas 12 anos quando começou a patinar no Sport Lisboa e Benfica, onde também frequentava as aulas de ginástica. A sua vocação para a patinagem 'era de tal modo que, sem professores, «ensaiou» e aprendeu! E um ano depois apresentava-se em público...'. Tornou-se na 'mascote' do Jardim Cinema, uma sala de espectáculos onde actuava. Vieram, depois, as festas e mais festas para se exibir, e a sua mestria com os patins foi-se aperfeiçoando. Em 1945, representou o Benfica no concurso Rainha do Patim, num festival de patinagem organizado pela Associação Académica da Amadora, no qual conseguiu um honroso 4.º lugar. Era 'apontada a todas as benfiquistas como exemplo a seguir e a imitar'. Tila era 'das nossas poucas praticantes daqueles tão belo desporto que tem o segredo da sedução e do encantamento e da graça natural'. As suas exibições eram pontuadas sobretudo, pela grande naturalidade com que executava os movimentos.
Entretanto, outra paixão despertava o interesse da Tila Pedroso, a música. Tal como acontecera quando pela primeira vez calçou uns patins, o gosto por cantar tornou-se numa grande ambição. Gostava, especialmente, de cantar ao microfone e a 'pequena Tila tinha realmente jeito para «aquilo»'. Fez carreira na música, mas tal como no desporto era, essencialmente, amadora. Fez parte das emissões de variedades da Rádio Graça, que era então uma das rádios amadoras mais prestigiadas da capital.
Em patinagem artística, exibiu-se variadíssimas vezes e em diferentes locais. 'Foi no Porto e a Castelo Branco, a Estremoz, às Caldas da Rainha e a Torres Vedras, Alenquer, Almada, Cascais, Sintra, etc.' Quando patinava, tinha sempre um belo sorriso nos lábios que constituía 'um atractivo e um estimulante ao bom gosto do público'. Quando cantava, esse sorriso também nunca abandonava. Durante algum tempo conseguiu conciliar as duas paixões, mas aos 18 anos optou pela música, deixando a patinagem. 'A sua curta carreira de desportista praticante fê-la à custa da dedicação e sem ajuda de ninguém. Triunfou. E impôs-se por vontade própria'. Foi um verdadeiro exemplo de dedicação, vontade e perseverança.
Pode conhecer mais sobre a patinagem artística na área 3 - Orgulho Eclético do Museu Benfica - Cosme Damião."

Ana Filipa Simões, in O Benfica

Mentira

"Nos dias que correm é tão fácil inflamar a malta, que sinceramente já não me revejo nesta imundice abjecta. E é tão mais abjecta quanto os comentadores de televisão pagos a preço de ouro, emissários avençados da informação conjuntamente com os pseudo-orientadores da informação, alinham os olhos fechados em nome das audiências dos seus programas numa espiral de sanidade mental perversa, incluindo quem se fazia muito amigo!
Felizmente não me atingem afirmações de sanidade mental, ou de tiros, ou de Don Corleone, ou de nada ter que ver com o Benfica, provindas de indivíduos que para mim não passam daquela primariedade tão típica de quem é invejoso, ressabiado e, acima de tudo, medroso.
Acreditem! Se há coisas que não me chateia, são esses energúmenos frustrados!
Vamos aos factos!
Foi postado pelo presidente do Sporting, que além desse título não tem mais nada de nada, o seguinte, conforme (...)
Ora, como podem ver, está logo esta imagem martelada! Porquê? Porque os mais incautos lêem como se fossem 3 e-mails, mas não - são 3 PDF (ficheiros Adobe, para quem não sabe ensinar nada de nada)!
No dia 13 de Novembro de 2016, o jornal Correio da Manhã publicou esta notícia na primeira página (...). (Fisco penhora Bruno de Carvalho)
Não sendo 'bufo' e não sendo da estirpe de trair ninguém como são esses enxovalhos ambulantes e frustrados, o local onde constam os registos são as Conservatórias do Registo Predial, públicas, até por Internet - https://www.predialonline.pt/PredialOnline/ e pedir certidões prediais.
É assim que no dia 14 de Novembro são remetidas as certidões prediais - Oh abécula! - onde consta a penhora efectuada pela Administração Fiscal, conforme (...)
Todos somos contribuentes, e é claramente do interesse público um presidente de um grande clube ter um imóvel penhorado pelo Fisco, quando os outros tem de andar a pagar os impostos! Certidões prediais são Públicas! Acessíveis a qualquer pessoa!
Vejam que a dívida era de 1 Milhão e Seiscentos Mil Euros!
Por isso, martelar a apresentação dos e-mails, dando-lhes do nome do ficheiro PDF é claramente uma manobra que só está ao alcance de quem são tem, nem nunca teve, nível nenhum!
São imóveis que estão registados em seu nome e que provieram do seu património, e nada mais do que isso, sendo que os mesmos foram disponibilizados depois de a imprensa ter noticiado essa realidade que foi imediatamente negada pelo proprietário! Se mora, ou não mora, ou morou, ou ainda quer morar, isso é um problema do seu proprietário!
Preto no branco, é verdade - foi efectuada penhora!
É preciso mais alguma coisa?

PS - Esqueceu-se de mencionar que o tal que diz ter sido agredido vai ser constituído Arguido!

Até para a semana."

Pragal Colaço, in O Benfica

“Respeita-te e os outros te respeitarão”

"A importância que os árbitros têm impõe-lhes que não tomem medidas sem a devida reflexão sobre as consequências.

Aconteceu, neste fim-de-semana, a jornada que esteve para não acontecer. 
Há cerca de vinte e poucos dias a quase totalidade dos árbitros e árbitros assistentes do futebol profissional enviaram pedido de dispensa para o passado fim-de-semana. Através de um comunicado da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), esclareceram que se tratava de uma medida de protesto e identificaram alguns pressupostos que, caso não se estivessem a verificar na passada semana, fariam com que os campeonatos profissionais parassem. Considero importante recordar aqui aquele que terá sido o pressuposto mais forte e aquele que terá levado à posição de pseudo-força dos árbitros:
“A ausência dos árbitros nas competições profissionais será efectiva, nessa data (jornada deste fim-de-semana), caso não se verifiquem os seguintes pressupostos: total ausência de insinuações, da parte de clubes e agentes desportivos, que coloquem em causa a honra e o bom nome dos árbitros; por clubes e agentes desportivos entendem-se os seus dirigentes, treinadores, jogadores e demais funcionários, os meios de comunicação próprios e aqueles que promovem nas redes sociais;
O período de 20 dias com total ausência de insinuações deve abranger todas estas pessoas e meios. Para que não restem dúvidas, entendemos por insinuações: acusar os árbitros de errarem de forma propositada; acusar árbitros de prejudicarem sempre o mesmo clube; referirem-se, directa ou indirectamente, a qualquer acto não provado de corrupção; aplicar aos árbitros, de forma directa ou indirecta, expressões como “polvo”, “padre”, “diácono” ou “apito dourado”, entre outras infelizmente utilizadas por diversos clubes já esta época”.
Deverá o leitor apelar à sua memória de curto prazo para fazer uma reflexão sobre o que se passou nas últimas semanas e avaliar se efectivamente se viveu um “período de 20 dias com total ausência de insinuações”.
Os árbitros, esses, também terão feito a sua reflexão e, aparentemente, sentem-se confortáveis com o comportamento dos clubes e agentes desportivos no referido período.
Entendo que uma greve, mesmo que mascarada de “dispensa de actuação”, é um instrumento a utilizar apenas em situações limite. Situações de extrema gravidade. Situações que, na verdade, foram acontecendo nos últimos tempos e que, por isso, legitimavam uma tomada de posição mais dura por parte dos árbitros. Tanto que até o presidente da Federação Portuguesa de Futebol teve declarações neste sentido.
No entanto, a importância e responsabilidade que os árbitros — e, já agora, a APAF — têm no futebol português impõem-lhes que não tomem medidas — ameaças — sem a devida reflexão sobre as consequências das mesmas. Não menos importante, não podem tomar posições públicas desta dimensão sem a certeza de existirem condições internas e externas ao grupo dos árbitros para assumir essa decisão.
O título, de autoria de Confúcio, um filósofo e pensador chinês que viveu há cerca de 2500 anos, diz tudo..."

Benfiquismo (DCXCII)

Mais duas...

Venha o que vier, estamos prontos

"No começo de Agosto escrevi aqui que a presente época talvez viesse 'a ser a mais difícil de todas (as) dos últimos cento e treze anos'. Não me sentia um profeta, nem tive acesso a um qualquer oráculo. Mas a soma do(s) conjunto(s) de factos concretos que definiam o ambiente envolvente, não deixava dúvidas quanto à previsível tensão máxima do contexto competitivo que iria iniciar-se. A resultante do impressivo domínio desportivo que o Sport Lisboa e Benfica conquistara no último lustre, entendendo-se, imperial, do Futebol à generalidade das Modalidades de alta competição, mais do que acentuar o desempenho e a força popular do Glorioso, tinha determinado a progressiva exaustão dos recursos dos nossos competidores mais directos, que lhes escancarava o abismo e a falência.
Um, há década e meia arrastado num penoso e constante quase-quase de promessas e ilusões em todos os campos; e  o outro, arruinado pelo desgaste de modelos caídos em desuso e de práticas absurdas e condenadas, acabara por se deixar enxovalhar na teia das más constas e das sucessivas derrotas.
Perante a iminência das mútuas desgraças, resolveram acasalar. À pressa e com o afã de cães. Na combinata, estabeleceram como um só inimigo externo, o Benfica, a quem juraram tentar abater a todo o custo, usando as mais sórdidas armadilhas, armas e peões que a perversidade, a inveja e o ódio lhes permitia. Alarves. E sem qualquer nojo de si próprios.
Venha o que vier (porque imaginação e despudor não lhes faltará, até ao fim), nós estamos prontos. Apesar da repugnância que nos merecem, estaremos firmes e unidos.
Mas a pequenez provinciana, a cobiça e a maldade hão de acabar com eles e reduzi-los ainda mais. A nada. E muito mais depressa do que o frenesi de hoje lhe permite enxergar."

José Nuno Martins, in O Benfica

O clima

"Não fosse o caso de vivermos neste país e conhecermos um pouco da história recente dos seus principais clubes, e atendendo a algumas declarações de altos responsáveis, ou a certos artigos publicados na imprensa, pensaríamos que a degradação do ambiente no futebol português se devia a fenómenos meteorológicos. Fala-se e escreve-se como se não se soubesse de onde tudo partiu, ou quem tudo criou. E atira-se para cima de todos o ónus da pacificação, como se as responsabilidades pudessem ser comparáveis. Enquanto assim for, não creio que o problema se resolva. Não há como iludir que existem dois momentos na base deste 'clima', a partir dos quais ele foi medrando, com consequências finais ainda por apurar.
O primeiro, quando o Sporting escolheu para presidente um individuo com notórios desequilíbrios de personalidade, o qual, apercebendo-se do ódio e da inveja que o Benfica estimulava nos seus acólitos, logo adoptou uma estratégia de ataque cerrado ao nosso clube, para assim conquistar popularidade e manter o poder. Entretanto, encontrou um ventríloquo mesmo à medida do seu braço.
O segundo momento foi quando o FC Porto, em desespero após sucessivos fracassos, designou para director de comunicação um incendiário ressabiado, conhecido pelo ódio extremo ao Benfica, e a querer ajustar contas pelas queixas que lhe haviam sido movidas quando era profissional (pouco isento) da agência Lusa.
É claro que há outros aspectos a considerar. Mas tudo o resto (claques ou programas televisivos) vem por acréscimo, é mais como consequência do que como causa. É demasiado óbvio. Quem quiser ver que veja."

Luís Fialho, in O Benfica

VARiável

"Já há muitos anos que aprendi que o que Pinto da Costa diz publicamente não deve ser levado a sério. Fala de acordo com as circunstâncias e com os seus interesses, o que é normal, mas, no seu caso, simultaneamente revelador de uma forma de estar na competição desportiva em que não me revejo.
Acho mais relevante o que diz em privado por telefone. A existência do VAR, como a de qualquer tecnologia que auxilie os árbitros na difícil tarefa de arbitrar um jogo de futebol, é em si mesma positiva. Porém, para Pinto da Costa, a julgar pelas sua declarações após o clássico da penúltima jornada, o VAR deveria beneficiar o FC Porto e prejudicar os seus adversários. Só assim se entende que o VAR não tenha sido criticado após o FC Porto - Belenenses.
Ou mesmo esta semana, devido ao primeiro golo portista em Setúbal. Nestes casos, e de um ponto de vista portista, o VAR não serve mesmo para nada:
Os árbitros de campo, actuaram em conformidade. Aparentemente, o VAR, para Pinto da Costa, não serve, mas só de vez em quando, à semelhança dos telemóveis, se as suas chamadas forem gravadas por terceiros e publicadas no youtube tornando públicos os métodos da afamada estrutura portista.
Assim como as agências de viagem, se for descoberto que facturas emitidas a árbitros apareçam na contabilidade portista.
Ou ainda os juízes, evidentemente imprestáveis a não ser para avisarem que se planeiam detenções ou para se decidirem pela inadmissibilidade de provas sobre práticas de corrupção.
Mas atenção, se Pinto da Costa quer o fim do VAR, acaba-se com ele imediatamente. Basta comparar o conteúdo das escutas reveladas no youtube com décadas das suas queixas sobre a arbitragem para se perceber a razão..."

João Tomaz, in O Benfica

Calma, Pai Natal

"Agora que falta pouco mais de 15 dias para o Natal, talvez seja uma boa altura para escrever a tradicional carta que meninos e meninas de todo o mundo enviam ao velhote barbudo que mora lá para os lados do Polo Norte. Calma, Pai Natal, não vou pedir nada de impossível. Não é como se eu não ganhasse um campeonato há 15 anos e agora viesse pedir isso como presente - eu sei que o Pai Natal não faz milagres... Ou como se eu fosse um rapazola mal comportado desde a década de 1880 e agora quisesse passar uma imagem de santinho só porque resolvi passar uma esfregona em todo o lamaçal onde ando enfiado há quase 40 anos. Não se preocupe, caro amigo. Só venho pedir o que já requisitei no ano passado (e em anos anteriores) e o senhor tão gentilmente me cedeu: outro campeonato.
Daqueles saborosos e difíceis, que nos fazem sofrer quase até ao fim, mas deixam tudo em pratos limpos na hora de fazer as contas. Pai Natal, dê-me o Penta, a mim e a todos os que acreditamos desde o início. Já agora, ofereça também o 37 a todos os nossos adeptos mais nervosos que tiveram - ou ainda têm - dúvidas sobre a qualidade do nosso plantel e do nosso treinador da equipa principal de futebol. E, se não for pedir muito - e como eu calço o 45, o sapatinho ainda tem espaço -, traga no trenó títulos nacionais e internacionais de atletismo, basquetebol, hóquei em patins, judo, voleibol, futsal, andebol, rugby, triatlo, bilhar, ténis de mesa e tudo o que puder ser. Não estou a pedir de mais, velho amigo, só o mesmo de sempre, aquilo que merecemos e a que temos direito.
Além disso, na hora dos festejos o país e o mundo vão ficar a condizer com a sua fatiota. E até pode trazer os duendes, aqueles que se vestem de verde. Coitados, há tantos anos que não são convidados para uma festa."

Ricardo Santos, in O Benfica

Rumo ao Hexa

"10 de Dezembro: o que tem esta data de tão especial, para além de assinalar a primeira cerimónia do Prémio Nobel (1901) e o nascimento do Dia Internacional dos Direitos Humanos (1950)?
Exactamente, caro leitor: é o dia em que se iniciaram as emissões regulares da BTV (2008). Eleger, entre estes, o momento mais relevante pode parecer complexo, mas eu dou uma ajuda. O Prémio Nobel até pode ter brindado nomes como Albert Einstein (1921), Martin Luther King Jr. (1964) ou Marie Curie (1903) com as mais prestigiosas distinções à escala planetária nas respectivas áreas - mas o canal televisivo do maior clube do planeta, a BTV, também brindou milhões de benfiquistas com os golos do Rodrigo e do Garay ao FC Porto (2-0, 2013/2014).
É inequívoco que a criação do Dia Internacional dos Direitos Humanos, instituído pela ONU, contribuiu para a promoção de igualdade entre todos os cidadãos - mas o canal televisivo do maior clube do planeta, a BTV, também promoveu a felicidade entre milhões de benfiquistas com o recital de futebol, diante do V. Guimarães, que carimbou a conquista do Tetra (5-0, 2016/2017).
Não descuro, naturalmente, a dimensão histórica do Prémio Nobel ou do Dia Internacional dos Direitos Humanos. Contudo, nem um nem outro me deram uma migalha das alegrias que a BTV me deu.
A mim e a si, estimado leitor. Quatro anos de jogos em casa na BTV resultaram sempre no mesmo: o Luisão a beijar a taça e, acto contínuo, a erguê-la bem alto.
Sempre fui bom a matemática: asseguradas as transmissões até ao final da próxima temporada, pelas minhas contas em Maio de 2019 estaremos a festejar o hexa."

Pedro Soares, in O Benfica

Parabéns, BTV!

"No dia do 9.º aniversário da BTV recebemos a prenda mais desejada - a garantia da transmissão dos jogos da nossa equipa principal de futebol no canal de televisão do Sport Lisboa e Benfica até 2018/19. Domingos Soares de Oliveira guardou bem esta novidade que está a agitar tudo e todos. Os resultados estão à vista - hoje o SL Benfica encaixa cinco vezes mais. Para chegarmos a este patamar, os profissionais do nosso clube trabalharam muito. O investimento feito foi um risco enorme ou não fosse o negócio de televisão um dos sectores onde os custos são elevadíssimos. A verdade é que o Presidente Luís Filipe Vieira sempre sonhou em dotar o nosso clube de um canal de TV. Aquilo que parecia um devaneio presidencial, concretizou-se. A melhor prova do peso da BTV são as referências sistemáticas ao nosso canal. Destaco os elogios feitos por personalidades insuspeitas, como por exemplo, Paulo Teixeira Pinto, conhecido adepto do FC Porto, cujas opiniões respeito.
Temos uma TV que mexeu com o mercado televisivo. Somos um caso único no panorama nacional e internacional e isso tem a ver com  a faceta inovadora do 'novo Benfica'. E para que isso acontecesse, o Presidente rodeou-se das pessoas certas para tornar a BTV num canal disputado pelas maiores empresas do sector. Casámos com a NOS e esta parceria tem tudo para dar certo. A pergunta é óbvia:
- Quem é que não gostaria de ter a exclusividade dos 17 jogos, em casa, do maior clube português?
Os ataques que nos últimos dias temos assistido à BTV são a melhor prova da competência, do profissionalismo e da imparcialidade das nossas transmissões e em todas as modalidades."

Pedro Guerra, in O Benfica

Chama Imensa... Análises daltónicas!!!