Últimas indefectivações

terça-feira, 3 de setembro de 2019

105x68... 4.ª jornada

Só em Portugal...

"O futebol português, mesmo para aqueles que por ele se interessam e fazem por o seguir com toda a atenção, está cada vez mais difícil de perceber e de aceitar face a tudo aquilo que se vai vendo de norte a sul e de este a oeste.
Três exemplos ilustrativos do que acabo de escrever.
O pobre campeonato que vamos tendo, especialmente pobre na verdade desportiva, ainda vai na quarta jornada e com um jogo (adiante falaremos dele) adiado da primeira jornada pelo que nem se pode falar em quatro jornadas completas.
Pois, a verdade é que mesmo com elas incompletas já vamos na segunda mudança de treinador com as saídas dos técnicos de Paços de Ferreira e Sporting, numa altura em que nada está, evidentemente, decidido seja em que perspectiva for. 
O caso de Marcel Keizer é especialmente incompreensível.
Porque ganhou dois troféus na época passada, porque teve um defeso horrível em que a sua entidade patronal tudo fez (e conseguiu) para se livrar de um dos melhores jogadores do plantel que, ainda por cima, garantia golos em número muito satisfatório.
Com essa turbulência, mais a de Bruno Fernandes que vai durar (muito se engana quem pensar o contrário), a verdade é que na passada semana o Sporting liderava o campeonato ex aequo com o Famalicão.
No fim de semana depois de uma derrota sui generis, com três golos sofridos na sequência de penáltis cometidos pelo mesmo atleta, o treinador é sumariamente despedido como se a culpa fosse dele.
Só em Portugal!
Outro caso sui generis, mas de extrema gravidade, foi a enésima miserável arbitragem de Carlos Xistra, um árbitro que anda a fazer mal ao futebol há já demasiado tempo.
Quis o destino que o lance do FC Porto-Vitória, em que inacreditavelmente expulsa Tapsoba, num lance que nem falta era (são a maioria dos críticos de arbitragem quem o afirma), se tenha desenrolado mesmo à minha frente pelo que não precisei de imagens televisivas para ter a certeza do tamanho do disparate de um árbitro que parece especialista em prejudicar, e muito, o Vitória.
Mas porque de Xistra nem vale a pena falar interrogo-me para que serve o VAR numa situação destas?
Quando um árbitro, aos quarenta e oito segundos de jogo (nunca tinha visto em mais de cinquenta anos a ver futebol), num lance dividido em que o avançado não ia ficar isolado, mostra um vermelho directo que evidentemente iria condicionar todo, literalmente todo, o jogo.
Pois, que se saiba nem o VAR recomendou a Xistra que visse as imagens nem Xistra mostrou qualquer interesse em o fazer.
O seu único interesse foi em expulsar o jogador do Vitória!
Aliás, a exemplo do que tinha feito poucas semanas atrás no Feirense-Vitória a contar para a Taça da Liga, em que aos doze minutos de jogo (muito gosta ele de expulsar rapidamente jogadores do Vitória...), tinha expulso Rochinha num lance que a carga do jogador vitoriano ao seu adversário foi igual a várias registadas no Dragão a jogadores do FC Porto, que no limite levaram o amarelinho da ordem.
Árbitros destes só em Portugal!
O terceiro e último caso tem a ver com o adiamento do tal jogo da primeira jornada entre Rio Ave e Vitória devido a uma vistoria dois dias antes que decidiu, por razões de segurança, encerrar a bancada nascente do estádio dos Arcos.
Embora se estranhe que, a apenas dois dias do início da Liga, a bancada tenha sido vistoriada é evidente que nem se discute o seu encerramento se era a segurança dos espectadores que estava em risco.
Embora se possa questionar há quanto tempo essa segurança estava efectivamente em causa.
Adiante.
Perante essa contingência o jogo foi adiado para 8 de Setembro com desgosto dos milhares de vitorianos, muitos deles emigrantes em férias, que não puderam assistir à estreia da sua equipa no Campeonato, que se viram obrigados a devolver os bilhetes contrarreembolso do mesmo.
Foi, então, o jogo marcado para oito de Setembro no mesmo estádio na presunção de que a bancada já estivesse em condições de albergar espectadores e pudesse assim satisfazer a procura de bilhetes por parte dos milhares de vitorianos interessados em acompanharem a sua equipa.
Pelos vistos não.
O jogo será no estádio dos Arcos, mas com a bancada nascente encerrada pelo que todos os espectadores terão de se acantonar na bancada poente, sabe Deus como, sem que exista para a falange adepta do Vitória o número de bilhetes suficiente nem nada que se pareça.
Quando o que o bom senso impunha, para um jogo desta responsabilidade, era ele realizar-se noutro estádio em que as bancadas fossem suficientes para os espectadores que nelas quisessem estar. 
Quando se lamenta, e com razão, haver tantos lugares vazios na maioria dos estádios (incluindo o dos Arcos, excepto em dois ou três jogos por ano) é caricato que se deixem sem acesso milhares de espectadores que queriam ver o jogo.
Só em Portugal..."

Tribuna de Honra... 4.ª jornada

O poder do futebol

"A vida não é possível sem ‘emoções’. Sem algo que regularmente nos toque cordas sensíveis, nos mexa com os sentimentos, nos faça vibrar. É isso que explica o poder da paixão – a forma extrema do amor –, que faz os homens esquecerem tudo, que os enlouquece, a ponto de serem levados a matar. 

Numa sociedade estandardizada, onde as emoções são escassas, onde o dia a dia é rotineiro e monótono, o futebol proporciona aos adeptos emoção a rodos.
Muita gente, em todo o mundo, escreve há mais de um século sobre o poder do futebol.
Tenta explicar a capacidade de atracção deste desporto, as paixões que desencadeia.
A explicação mais imediata é a comparação de um jogo de futebol a uma batalha.
Em todas as épocas da História os homens se guerrearam. Sejam guerras entre países, entre clãs, entre grupos rivais, entre famílias. E a par destas guerras a sério, também sempre houve simulações de guerras, imitações de conflitos, encenações de batalhas. Os torneios medievais mais não eram do que isso: encenações de batalhas para treino dos cavaleiros e gáudio dos espectadores. E onde às vezes até aconteciam mortes a sério, como a do pobre rei Henrique de França, marido de Catarina de Médicis. 
Nos tempos modernos, esse papel passou para o futebol. Cada jogo de futebol é a simulação de uma batalha. Estão guerreiros de um lado e doutro, e cada um dos lados representa um grupo, um clube – como se fosse um país. E os cidadãos estão nas bancadas a puxar pelo clube que lhes enche o coração, como se estivessem a puxar pela pátria.
É esse facto de corresponder a algo que sempre esteve presente na História do homem que explica parcialmente a gigantesca popularidade do futebol. Simular batalhas, apurar vencedores e vencidos – e no fim definir um campeão. Às vezes diz-se: «É apenas um jogo…». Mas todos sabem que não é verdade: nesse jogo está presente muita coisa – impulsos profundos, frustrações, ambições, necessidades reprimidas...
Apesar de muito já se ter dito sobre o futebol, há uma coisa que nunca vi escrita e que é talvez o mais importante de tudo.
Todos os seres humanos, para terem motivação para viver, precisam de duas coisas: ‘emoções’ e ‘objectivos’.
A vida não é possível sem ‘emoções’. Sem algo que regularmente nos toque cordas sensíveis, nos mexa com os sentimentos, nos faça vibrar. É isso que explica o poder da paixão – a forma extrema do amor –, que faz os homens esquecerem tudo, que os enlouquece, a ponto de serem levados a matar. 
Por outro lado, a vida não é possível sem ‘objectivos’. Uma pessoa sem objectivo nenhum na vida, sem nada para alcançar, sem alguma coisa por que lutar, estiola e morre. Perde a motivação para viver, para se agarrar à vida.
Ora, são exactamente estas duas coisas que o futebol oferece às pessoas: emoção e objectivos.
Numa sociedade estandardizada, onde as emoções são escassas, onde o dia a dia é rotineiro e monótono, o futebol proporciona aos adeptos emoção a rodos. Antes, durante e depois dos jogos. 
Antes, é a expectativa, os nervos à flor da pele antevendo o que se vai passar no jogo; durante, são as tensões levadas ao rubro, os golos, as defesas dos guarda-redes, os falhanços clamorosos dos avançados, as entradas violentas que arrancam apupos; depois, é o saborear a alegria pela vitória ou tentar esquecer o desgosto pela derrota.
Antes, durante e depois o futebol oferece aos adeptos emoções para todos os gostos.
Por outro lado, as sociedades contemporâneas, dando tudo às pessoas, deixam pouco espaço aos objectivos. A maioria dos cidadãos tem as necessidades básicas resolvidas – a habitação, a alimentação, a saúde — e acaba por não ter muito por que lutar.
Assim, muitos cidadãos deixam de ter grandes objectivos e perdem capacidade de combate, tornam-se amorfos.
Ora, a estes, o futebol oferece objectivos domingo a domingo, quando não também a meio da semana, para competições ‘extra’ campeonato. Semana a semana, o adepto do futebol tem sempre algo a alcançar. Há sempre um adversário a vencer no campo ou a ultrapassar na classificação.
Numa sociedade onde as rotinas se instalaram e muitas emoções se perderam; numa sociedade onde as necessidades básicas estão satisfeitas e os objectivos a alcançar se reduziram, o futebol oferece aos indivíduos grandes emoções e objectivos claros e precisos.
Daí as terríveis paixões que desperta, as multidões que arrasta, os dinheiros que movimenta, sendo uma das grandes indústrias do nosso tempo.
Emoções e objectivos – é isto, muito simplesmente, que o futebol oferece a cada pessoa.
É pouco?
Para muitos seres humanos, é o necessário para os manter vivos. Sem emoções nem objectivos, andariam cá a fazer o quê?"

A noite em que a luz chegou à Luz

"O Flamengo veio a Lisboa para uma festa diferente. Tão diferente, que terminou com um banquete monumental que reuniu mais de 800 pessoas. O jogo passou para segundo lugar. E o empate (1-1) frente ao Benfica foi discutido, mas a zanga durou pouco.

Na véspera só se falava da festa. Festa de arromba! Airoso estádio com sistema revolucionário de instalação eléctrica. Estádio da Luz inundado de luz.
Com um adversário de truz: o Flamengo. Equipa mais popular do Brasil.
1958: dia 9 de Junho.
No ano anterior, os encarnados tinham feito uma grande digressão pelo Brasil. E jogado contra o Flamengo.
Aliás, dizia-se à boca pequena: é agora! O é agora refira-se à vitória. Porque, até aí, o Benfica ainda não batera o Flamengo nos jogos já realizados.
Infelizmente, não seria ainda agora.
Mas a festa estava acima de tudo. Até do resultado.
O Flamengo vinha da Bélgica, onde realizara uns particulares.
Otto Glória, que escrevia uma crónica semanal do Diário de Lisboa, não escondia a alegria: 'Realiza-se hoje a festa de inauguração da iluminação do Estádio da Luz com a presença, para maior brilhantismo e solenidade, do famoso esquadrão brasileiro do Flamengo!' Por seu lado, o director do clube do Rio de Janeiro, Jaime de Almeida, prometia: 'Acreditem que a nossa equipa está em magnífica forma. Tivemos resultados excelentes nesta nossa volta à Europa, contra equipas fortíssimas como o Racing de Paris, o Bolton ou o Ujpest Dozsa. Jogar contra o Benfica significa o máximo prazer para fecho de uma digressão deste calibre'.
Os nomes podem ter sido embaciados pelo tempo, mas não se esqueçam de que estávamos em 1958, e o Brasil ganharia nesse ano o seu primeiro título mundial. Jadir, Babá, Manuelzinho, Décio, Alfredinho, Copolilo, Ary. Os portugueses ansiavam por vê-los ao vivo.

O banquete!
'Não se esquecerá tão depressa o festival que o Benfica, perante milhares de espectadores, realizou para a inauguração da nova iluminação do seu estádio, recinto que ficou, agora, dotado com um dos mais perfeitos requisitos modernos, tanto no processo técnico como na intensidade luminosa que jorra de 240 projectores orientados para o tapete verde', iniciava uma reportagem de um jornal da época. 'Em tudo foi uma festa à Benfica! Multicolor, alegre, imponente, espectacular e rica de beleza. O clube caprichou em realizar um programa variado, repleto de sugestão desportiva, e que se documentou pela realização da estafeta Chama do Benfica, cujos corredores passaram por campos onde o clube exerceu as suas actividades. Além disso, tivemos demonstrações de ginástica, exposição campista e o jogo de futebol no qual colaborou o Flamengo'.
Girândolas de fogo-de-artifício, danças regionais e a execução do Hino Nacional receberam as duas equipas sobre o relvado. Ambiente de euforia e regozijo.
Talvez por isso o resultado não fosse o mais importante.
Mas foi disputado como se fosse a sério.
Tanto assim, que os brasileiros foram arranjando tranquibérnias consecutivas. Está-lhes no sul-americano sangue.
No Flamengo faltavam os seleccionados Zagallo, Joel e Dido Mayer.
A disputa foi acesa como a luz.
Alegres de início, criativos de técnica requintada, os brasileiros começaram por tomar conta dos acontecimentos. No Benfica, com as ausências de Ângelo e Pegado, cabia a José Maria travar as iniciativas contrárias, algo que fez com suprema classe.
Costa Pereira esteve assoberbado de trabalho.
Em desvantagem desde cedo, os encarnados batalharam pela honra em cada milímetro de terreno. Contra e superior capacidade do adversário, ofereceram o peito às bolas. E chegaram ao empate a dois minutos do fim.
O golo deu a sensação de ter sido obtido em off-side.
O público eufórico, não quis nem saber.
O árbitro encolheu os ombros e validou o lance.
1-1: estava bem para a grande festa da luz na Luz.
A malta regressou a casa contente. Cumprira-se mais um capítulo na histórico do Clube.
'O ambiente foi de regozijo intenso, comunicativo e vincadamente popular, e culminou, altas horas da madrugada, com uma ceia monumental na qual tornam parte 800 pessoas!'
Era do quilé! Todos foram dormir de barriga cheia...
O futebol tinha passado para segundo plano...
Mesmo com um Benfica - Flamengo. Mais popular era impossível."

Afonso de Melo, in O Benfica

Um voo a 170 Km/h

"Jaime Graça deu o pontapé de saída num período de 'lesões em torrente' na equipa 'encarnada'

O ano de 1971 não terminou da melhor forma para Jaime Graça. O capitão 'encarnado' sofreu um grave acidente de viação e pregou um grande susto à família benfiquista, a dois dias de dérbi em Alvalade.
Nessa sexta-feira, 31 de Dezembro, o treino do Estádio da Luz estava agendado, como era habitual, para as 10 horas da manhã. Jaime Graça saiu de Setúbal à boleia com Vítor Baptista, mas a meio do caminho quis voltar para trás, para ir buscar o seu carro. 'Apesar de já não ser nada cedo, fiz-lhe a vontade', contou Vítor ao jornal A Bola.
Já sozinho, ao volante do seu BMW 2002, Jaime seguiu caminho. Atrasado, meteu prego a fundo. O ponteiro marcava '170 quilómetros horários', segundo o próprio. 'Era na altura do inglês! Um minuto para um inglês tem 59 segundos. E eu chegar atrasado era sempre muito complicado, de maneira que tive de pisar no acelerador', explicou.
'Perto do cruzamento de Coina, ao fazer uma ultrapassagem, surgiu-lhe um automóvel no sentido contrário'. Para evitar o choque frontal, guinou e o carro voo para fora da estrada e foi '«enfiar-se» em pequenas árvores que lhe amorteceram a pancada'. Jaime, 'logo que o carro se imobilizou e viu que o sangue lhe corria da cara com abundância, teve uma reacção nervosa, começou a correr'. Socorrido por outro automobilista, recebeu os primeiros socorros numa clínica de seguida encaminhado para o Estádio da Luz, onde foi examinado pelo corpo clínico do Clube. Resultado: uma fractura 'na testa, um pouco acima do nariz', 'profundos rasgos na testa (...), no nariz (...) e no lábio superior', uma intervenção de cirurgia plástica e algumas semanas longe dos relvados.
Jaime Graça apanhou um valente susto e, desde então, o médio 'encarnado', que se gabava frequentemente de fazer o percurso Setúbal - Lisboa em pouco mais de 20 minutos, decidiu que 'excessos de velocidade, só dentro do campo'.
O início de 1972 foi um período de 'lesões em torrente' para a equipa 'encarnada'. Depois de Jaime Graça, também Jordão, Eusébio, Adolfo, Artur Jorge e Vítor Baptista se lesionaram, contratempos que não impediram o Clube de terminar a época a vencer, somando mais um Campeonato Nacional e uma Taça de Portugal ao seu palmarés.
Nas áreas 5 A 'Taça' a 6 - Campeões Sempre do Museu Benfica - Cosme Damião pode ver os troféus que simbolizam essa 'dobradinha', a sexta da história do Benfica."

Mafalda Esturrenho, in O Benfica

Mérito reconhecido

"Ontem foi realizada a IV Gala Quinas de Ouro e o Benfica foi o grande vencedor. Os sete galardoados, em 15 categorias, reflectem a transversalidade do excelente trabalho desenvolvido no Clube ao longo da temporada passada, o qual não seria possível sem anos de boas práticas e de estratégia acertada.
O evento, realizado pela Federação Portuguesa de Futebol em conjunto com a Associação Nacional de Treinadores de Futebol e o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, tem como objectivo principal reconhecer o trabalho dos portugueses e portuguesas com melhor desempenho no futebol, futsal e futebol de praia.
Em ano de reconquista no futebol e futsal, de reiterada excelência no futsal feminino e de aposta vencedora no futebol feminino, não nos surpreende o enorme destaque atribuído aos nossos atletas e treinadores na gala.
Bruno Lage foi considerado o treinador de futebol do ano. O título conquistado pela nossa equipa, depois de muitos já não acreditarem ser possível, foi brilhante. Com Lage, as 19 vitórias e um empate em 20 jogos, num calendário reconhecidamente muito complicado, não deixaram margens para dúvidas quanto à consistência e qualidade do percurso feito.
E foi também por esta razão que a nossa equipa foi eleita a melhor do ano. Neste âmbito, o Presidente Luís Filipe Vieira frisou a importância da mudança de paradigma iniciada por Rui Vitória e continuada por Bruno Lage – a aposta na formação e o aproveitamento dessa aposta pela equipa principal – e deixou bem vincado que o Clube não se desviará dessa estratégia, a qual, como é deveras conhecido, tem resultado em feitos desportivos e estabilidade económico-financeira. 
Naturalmente, a presença de futebolistas benfiquistas no onze do ano da Liga NOS 18/19 é maioritária: Grimaldo, João Félix, Pizzi, Rafa, Rúben Dias e Seferovic. E, não descurando o enorme valor dos outros atletas contemplados, outros jogadores do Clube poderiam estar inseridos nesta escolha.
No futsal, quer a equipa masculina, quer a feminina foram consideradas as melhores do ano. Nos homens, Joel Rocha ganhou o galardão de treinador do ano. Além do principal título nacional, contribuiu ainda para a conquista da Taça da Liga. Nas mulheres, Fifó foi a jogadora do ano e pertence a uma equipa que se apresenta para a nova época com a responsabilidade de tentar repetir o triplete (campeonato, taça e supertaça) conseguido em cada uma das últimas três épocas.
Finalmente, o futebol feminino teve, na nossa equipa, a melhor do ano. Em ano de estreia, ganhámos tudo o que poderíamos ter ganho: Campeonato Nacional da 2ª. Divisão, promoção para o escalão principal e Taça de Portugal. E ainda, acrescentamos nós, o contributo indelével para a elevada notoriedade granjeada recentemente pelo futebol feminino no nosso País. Trata-se somente de mais um exemplo paradigmático das enormes e indiscutíveis força e capacidade mobilizadora do Benfica colocadas ao serviço do desporto português!
Esta é uma Gala que prestigia o futebol português e, sobre a qual, aproveitamos para endereçar os parabéns a todos os outros contemplados que, pelo percurso efectuado, mereceram também eles um justo reconhecimento."

História de alguns Estádios (IV)

"Conforme já reproduzirmos nos nossos três pretéritos artigos - perdoem-me ser chato! -, estes serão os estádios da Liga NOS 2019/2020.
Já analisámos os estádios do Rio Ave, do Portimonense, do Gil Vicente, do Famalicão, do Tondela, do Paços de Ferreira, do Aves, do Moreirense e do Marítimo, sendo que até agora os estádios de propriedade municipal continuam a dar uma goleada, mas surgiram-nos estádios quase totalmente pagos pelos bolsos dos contribuintes - Barreiros, estádios propriedade dos clubes, Moreirense (habemus um) e estádios que tiveram ajuda eclesiástica, Aves.
Mas vejamos no presente artigo, e seguintes, estádios que serviram para operações contabilísticas e financeiras e que permitiram dar a volta ao financial fair play.

Estádio do Dragão
Em 7 de Fevereiro de 1948, João da Costa Ramalho e Maria Emília de Mesquita Ramalho venderam ao Futebol Clube do Porto uma área de terreno com cerca de 48000 m2, destacada da designada Quinta de Salgueiros, '... com destino a edificação do parque de jogos e respectivas instalações da sociedade compradora'.
Em virtude de o Futebol Clube do Porto ter cedido um lote desse terreno à sociedade Azul e Branca, Lda, no qual esta efectuou a constração da denominada Torre das Antas, edifício do qual diversos pisos e fracções autónomas se destinaram a venda no mercado imobiliário, sem qualquer relação funcional com os fins desportivos e de interesse social a que o Futebol Clube do Porto se dedica, os descendentes e herdeiros dos vendedores intentaram contra este clube, em 1997, uma acção ordinária.
Na sequência desse litígio, foram realizadas negociações entre a família Ramalho, a Câmara Municipal do Porto, o Futebol Clube do Porto e a Somague, com a finalidade de transmitir ao município do Porto a denominada Quinta de Salgueiros, fazendo cessar a acção judicial por desistência e assegurando aos autores desta o valor daquela transmissão.
A intervenção da Câmara Municipal nas negociações foi suscitada pelo facto de os elementos da denominada família Ramalho procurarem insistentemente, desde 1988, que a edilidade adquirisse esses terrenos, nomeadamente por via de expropriação, por estarem onerados por condicionantes da zona desportiva - que a supra-referida venda contribuíra para criar - e da construção da Via de Cintura Interna.
E a Quinta de Salgueiros interessava à Câmara Municipal do Porto para construção de Parque Urbano na zona de intervenção do Plano de Pormenor das Antas, operação urbanística cuja execução se lhe afigurava como premente face à realização do Campeonato Europeu de Futebol, Euro 2004.
Como forma de resolver o litígio entre a Câmara Municipal do Porto e a denominada família Ramalho, e precedendo requerimento desta, é acordada a realização de permuta de terrenos entre os lotes, 11, 12, 13 e 14 do Alvará de Loteamento 5/97, da Frente Urbana do Parque da Cidade, de propriedade municipal e sitos na Avenida do Parque, em Aldoar, pelas 'Parcelas A1' e 'Parcela A2' da denominada Quinta de Salgueiros, em igualdade de valores, por cerca de 800 000 000$00 cada.
Também em resultado dessa negociação, os elementos de denominada família Ramalho e o Futebol Clube do Porto celebraram, por escritura pública outorgada em 4 de Janeiro de 2000 no 4.º Cartório Notarial da cidade do Porto, 'Contrato de Transacção', desistindo e renunciando ela incondicional e definitivamente a tudo o que anteriormente se encontrava contemplado em escrituras de compra e venda, no que relativamente dizia respeito aos terrenos nas parcelas A1 e A2 da Quinta de Salgueiros, mediante o pagamento, pelo Futebol Clube do Porto, de quantia de 200 000 contos.
E por escritura pública outorgada nessa mesma ocasião, os elementos da denominada família Ramalho venderam ao Futebol Clube do Porto, pelo preço de 650 000 contos, os terrenos correspondentes às parcelas A1 e A2 que posteriormente entraram na permuta, e pelo preço de 150 000 contos, um outro imóvel, um prédio rústico denominado 'Campo da Cancela', situado na Av. Fernão de Magalhães, no Porto.
No dia 3/3/2000, perante o notário privativo da Câmara Municipal do Porto, foi outorgada escritura pública de permita dos lotes 11, 12, 13 e 14 do Alvará de Loteamento 5/97, da Frente Urbana do Parque da Cidade, de propriedade municipal e sitos na Avenida do Parque, em Aldoar, pelas 'Parcela A1' e 'Parcela A2' da denominada Quinta de Salgueiros, propriedade do Futebol Clube do Porto, associação desportiva, com sede no Estádio das Antas, Avenida de Fernão de Magalhães, no Porto, em igualdade de valores, por cerca de 800 000 000$00 cada.
Em 11/10/2001, por escritura pública, em cumprimentos de contrato-promessa celebrado em 29/3/2000, outorgada no 6.º Cartório Notarial do Porto, o Futebol Clube do Porto vendeu os supra-referidos lotes à sociedade Invesprédio - Investimentos Imobiliários, Lda., com sede na Rua Andrade Corvo, 19, 1.º, em Braga, pelo preço global de 1 215 000 000$00.
Três notas desde já:
- De quem era a Invesprédio?
- Em 2018, duas expropriações de terrenos destinados ao Futebol Clube do Porto foram anuladas.
- A zona comercial Dolce Vita, entretanto falida e entretanto reabilitada, pariu de alienações de terrenos ao Grupo Amorim, que trouxe para o terreno a Chamartin.

Ana Gomes
A dra. Ana Gomes decididamente está a candidatar-se a algo de natureza política.
Chuta para o ar - também não conseguiria de outra forma atenta a força de gravidade - um artigo da revista Forbes (existe uma portuguesa, americana, brasileira, provavelmente, chinamarquesa, mas, infelizmente, não o reproduz para todos nós o lermos.
Será porque nunca o leu? Ou leu-se e faz de conta que não o compreendeu? Ou não consegue compreender?."

Pragal Colaço, in O Benfica

Minhotos devorados

"Uma excelente resposta ao desaire da semana passada. O Benfica precisava desta vitória. Ontem assistimos a mais uma grande exibição benfiquista em Braga, vencemos por 4-0 e alguns jogadores começam-se a destacar sobre os demais.
Bruno Lage montou o Benfica com algumas alterações em relação ao último onze. Entraram Adel Taarabt e André Almeida para os lugares de Samaris e Nuno Tavares.
O Benfica começou melhor no jogo, porém ambas as equipas jogavam de linhas subidas no terreno. A estratégia de Bruno Lage passou principalmente por anular André Horta, o construtor em serviço do Braga.
Aos 25 minutos, chegou uma grande penalidade a favor do Benfica. Hassan fez falta sobre Florentino e Pizzi não desperdiçou a oportunidade, 1-0. O golo foi algo de especial para o plantel pois Pizzi e os demais homenagearam Carolina - filha do técnico de equipamentos do plantel - que faleceu na semana passada.
Após o golo, o Benfica decidiu ditar os tempo do jogo e congelou-o. Assumiu as rédeas do jogo e jogava quase como queria.
A entrada de Taarabt foi fundamental. O marroquino, diferente de Samaris, posiciona-se entre a linha avançada e média minhota, podendo receber bem a bola de Florentino ou dos laterais, depois através do passe ou do drible causa desequilíbrios na equipa bracarense. Ajudou bastante defensivamente e fazia a conexão meio campo-ataque.
Aos 38 minutos, surgiu a primeira oportunidade de golo flagrante para o Braga. Ricardo Horta acertou em cheio no poste da baliza encarnada.
Até ao intervalo, Haris Seferovic falhou duas grandes oportunidades. Esteve mal o suíço ontem. O segundo golo surgiu numa bela jogada encarnada. Rafa soltou André Almeida na direita e este serviu Pizzi para o seu bis. O capitão está de volta e com uma assistência.
Poucos minutos depois, surgiu o terceiro golo benfiquista. Seferovic com uma arrancada na ala esquerda faz o cruzamento rasteiro mas Bruno Viana acabou por fazer autogolo. 
O Benfica agora via-se com a maior das tranquilidades neste momento do jogo. A ganhar por 3-0 fora, impedia o Braga de qualquer iniciativa e lançava-se várias vezes para o ataque.
Aos 65 minutos, o mister fez a primeira alteração da noite. Tirou RDT, que fez uma boa exibição, e lançou Jota para causar ainda mais desequilíbrios na defesa bracarense.
O último golo da noite surgiu menos de dez minutos depois. Pizzi lança Jota na direita e este cruza para Seferovic, porém Esgaio intrometeu-se e cometeu outro autogolo.
Enormes exibições de Taarabt e Florentino, os dois "monstros" encheram as medidas a toda a gente. 
Destaques ainda para RDT e Ferro, ambos voltaram às boas exibições após aquele maldito jogo da semana passada."

Benfiquismo (MCCLXXXI)

Passámos por aqui...!!!

Chama Imensa... Resposta...!!!

Benfica FM - #81 - Pedreira...

Segunda Bola - 4.ª jornada

Lixívia 4


Tabela Anti-Lixívia
Benfica..... 9 (0) = 9
Corruptos. 9 (0) = 9
Sporting.. 7 (+3) = 4

Jornada com mais uma Xistralhada das antigas, igual a muitas outras... sempre com o mesmo beneficiário. Sem recorrer a cábulas, quem se lembra de uma expulsão do Miccoli, ou a do Javi Garcia... de uma 2.ª mão numa Meia-Final da Taça de Portugal, ou ainda da última meia-final da Taça da Liga?!!! Os episódios são tantos... só em jogos dos Corruptos, apitados pelo Xistra na Madeira, contra o Nacional, o Marítimo ou até o União, dava para escrever um livro de 'como roubar', seria um daqueles calhamaços que ninguém 'gosta'!!!!!!!!!!

Começo pelo fim, em Braga! Nos últimos tempos admito que o Nuno Almeida, tem sido um dos árbitros que menos 'prejudica' o Benfica, mas mesmo assim aos 5 minutos, deixou passar uma Mão do João Novais de forma inacreditável!!!
Eu aqui discordo dos expert's: dizem os especialistas que o R.d.T não tinha a bola controlada, por isso não seria Vermelho!!! Pois, mas a vantagem era tão grande, mais de 2 metros, que era mesmo uma clara oportunidade de golo...!!!
No 2. tempo, com 0-3 no marcador, o Almeidinhos fez mesmo penalty sobre o Ricardo Horta, o toque nas pernas não é intencional, mas existe!


No Sábado a Lagartada fez um hat-trick de penalty's contra, mas por incrível que pareça, acabaram mesmo por ser 'beneficiados'!!! Explico, ficaram dois penalty's por marcar contra o Sporting (e 1 a favor!!!). Sim, o jogo devia ter tido 6 penalty's!!!!
Aos 25 minutos o Raphinha foi empurrado pelo Bondarenko, penalty por marcar a favor do Sporting.
Aos 42 minutos o Acuña fez penalty descarado sobre o Medhi... escandaloso!
Aos 60 minutos o Thierry 'empurra' o Medhi...
Sim, o Iraniano sofreu 5 penalty's em Alvalade, e o árbitro só marcou 3!!!!
No resto do jogo, o habitual: simulações constantes dos Lagartos, assobios, choros, etc...


Mas a 'jornada' é todo do Xistra e do António Nobre (mais um 'bom' aluno da Corrupção)!!!
Não foram só as decisões mais 'vistosas' que merecem comentário... Foram tantas as decisões inquinadas, nas faltinhas a meio campo, foram tantos os Cartões perdoados aos Corruptos, que ninguém de consciência tranquila, pode pensar que foi só incompetência do Xistra!!!
A expulsão aos 45 segundos do Central do Vitória, é absurda... Duplamente absurda, com a não actuação do VAR!
Antes dos 15 minutos, já o Corona e o Zé Luís deviam ter levado Amarelos...
Aos 14 minutos, o Corona faz penalty sobre o Rochinha, mesmo com a Porkos TV a 'esconder' as imagens, foi tão óbvio, que dá para ver...
Aos 18 minutos, o Pepe agrediu com uma cotevelada o Rochinha longe da bola! Seria penalty, a bola estava longe, mas a agressão foi dentro da área!
Aos 22 minutos Amarelo perdoado ao Marcano...
Aos 39 minutos, foi a vez do Baró fazer falta para Amarelo, e o Xistra nem falta marcou!!!
Aos 45 minutos, o Pepe que já devia ter sido expulso, agrediu mais um adversário com uma joelhada... como o Karma às vezes é fodido, na queda, acabou por se lesionar!!!
Ainda na 1.ª parte, o Baró tem o 2.º Amarelo perdoado (acabou o jogo sem Amarelos)!
Logo a seguir, outro Amarelo perdoado, desta vez ao Danilo...
Aos 52 minutos, Luís Diaz já com Amarelo, faz nova falta à 'confiança'!!
Aos 71 minutos finalmente o Marcano leva Amarelo... já devia ter sido o segundo!
Aos 79 minutos, expulsa o Davison por protestos, quando mais uma vez 'engana-se' e dá pontapé de baliza aos Corruptos, quando devia ter sido Canto!!!

Obrigado ao Jamal, user do Ser Benfiquista, pelo resumo!!! Não pensei que este 'resumo' é diferente dos outros jogos! Estes são os 'resumos' normais dos jogos dos Corruptos, total impunidade...
E não se pense que tudo isto é 'secundário'!
Como se viu na Luz, o estilo de jogo dos Corruptos baseia-se na Pressão Alta na Agressividade, na força física nos contactos... E jogam assim, porque têm 'liberdade' para fazer tudo o quiserem, porque nada lhes irá acontecer!!!
Perdi a conta à quantidade de contra-ataques do Guimarães que foram parados em falta - muitas delas nem sequer foram assinaladas!!!

Sim e no meio disto, aos 67 minutos ficou um penalty a favor dos Corruptos, numa biqueirada nas partes baixas do jogador Corrupto!!!
No outro penalty que o Nobre disse ao Xistra para ir ver ao Video, para mim não foi falta, existe um contacto normal na 'queda' após uma disputa de bola...



Anexos (I):
Benfica
1.ª-Paços de Ferreira(c), V(5-0), M. Oliveira (L. Ferreira), Prejudicados, (6-0), Sem influência
2.ª-B SAD(f), V(0-2), Veríssimo (Xistra), Prejudicados, (0-4), Sem influência
3.ª-Corruptos(c), D(0-2), Sousa (Almeida), Prejudicados, Impossível contabilizar
4.ª-Braga(f), V(0-4), Almeida (Rui Costa), Prejudicados, Beneficiados, (1-4), Sem influência

Sporting
1.ª-Marítimo(f), E(1-1), Martins (Hugo), Beneficiados, (1-0), (+1 ponto)
2.ª-Braga(c), V(2-1), Godinho (Nobre), Beneficiados, (2-2), (+2 pontos)
3.ª-Portimonense(f), V(1-3), Xistra (V. Santos), Beneficiados, (2-3), Impossível contabilizar
4.ª-Rio Ave(c), D(2-3), Pinheiro (Narciso), Beneficiados, Prejudicados, (3-5), Sem influência

Corruptos
1.ª-Gil Vicente(f), D(2-1), Almeida (Xistra), Nada a assinalar
2.ª-Setúbal(c), V(4-0), Mota (V. Santos), Nada a assinalar
3.ª-Benfica(f), V(0-2), Sousa (Almeida), Beneficiados, Impossível contabilizar
4.ª-Guimarães(c), V(3-0), Xistra (Nobre), Beneficiados, Prejudicados, (4-2), Impossível contabilizar

Anexos (II):
Árbitros:
Benfica
M. Oliveira - 1
Veríssimo - 1
Sousa - 1
Almeida - 1

Sporting
Martins - 1
Godinho - 1
Xistra - 1
Pinheiro - 1

Corruptos
Almeida - 1
Mota - 1
Sousa - 1
Xistra - 1

VAR's:
Benfica
L. Ferreira - 1
Xistra - 1
Almeida - 1
Rui Costa - 1

Sporting
Hugo - 1
Nobre - 1
V. Santos - 1
Narciso - 1

Corruptos
Xistra - 1
V. Santos - 1
Almeida - 1
Nobre - 1

Totais (árbitros + VAR's):
Benfica
Almeida - 1 + 1 = 2
M. Oliveira - 1 + 0 = 1
Veríssimo - 1 + 0 = 1
Sousa - 1 + 0 = 1
L. Ferreira - 0 + 1 = 1
Xistra - 0 + 1 = 1
Rui Costa - 0 + 1 = 1

Sporting
Martins - 1 + 0 = 1
Godinho - 1 + 0 = 1
Xistra - 1 + 0 = 1
Pinheiro - 1 + 0 = 1
Hugo - 0 + 1 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Narciso - 0 + 1 = 1

Corruptos
Xistra - 1 + 1 = 2
Almeida - 1 + 1 = 2
Mota - 1 + 0 = 1
Sousa - 1 + 0 = 1
V. Santos - 0 + 1 = 1
Nobre - 0 + 1 = 1

Jornadas Anteriores:
Jornada 1
Jornada 2
Jornada 3

Épocas anteriores:
2018-2019

Morato

Eu sei que muitos Benfiquistas queriam outro tipo de contratação para o último dia da janela de transferências, mas suspeito que este jovem vai ser muito útil ao Benfica, nas próximas temporadas... se calhar lá para Janeiro poderá 'saltar' para o plantel principal!
Goste-se ou não, a nossa experiência recente diz-nos que os nossos principais talentos são altamente cobiçados pelos clubes mais ricos da Europa: tanto o Rúben como o Ferro são alvos apetecíveis... e se o Fernando Santos se lembra de os colocar como titulares da Selecção, então o apetite ainda será maior!!!
Portanto, a Direcção do Benfica e o treinador, antecipando o potencial problema, devem tomar medidas preventivas! Neste momento o Pedro Álvaro será o jovem mais promissor, mas ainda está 'verde', isto enquanto o Conti vai estando quase sempre lesionado... e o Jardel vai ficando mais 'experiente'!!!
Compreendo esta contratação do Morato, neste contexto... Precaução!

Em relação às suas qualidades, pelos vídeos disponíveis, parece-me que existe muito potencial: agressivo, forte no contacto, e tem qualidade com a bola nos pés...

Nem tudo era lata, nem tudo é ouro...

"Os desafios da Liga dos Campeões (e um ou outro jogo, por cá...) reclamam uma melhor capacidade defensiva à equipa do Benfica

uma semana, a propósito do Benfica -FC Porto e reportando-me à equipa encarnada, fiz um título para este espaço de crónica que dizia: «Nem tudo era ouro, nem tudo é lata». Ontem, depois de ver a exibição do Benfica, que goleou em Braga, optei por fazer apenas uma troca de ordem nas palavras do título: «Nem tudo era lata, nem tudo é ouro».
Para um clube que vai disputar a Liga dos Campeões e deseja revalidar o título nacional, o Benfica tem um plantel interessante, sem ser exuberante, que chega ao fim do mercado (a não ser que o dia de hoje traga surpresas) a precisar ainda de alguns retoques pontuais. Onde é que o Benfica de Bruno Lage mostra mais vulnerabilidades? Parece claro que a transição defensiva da equipa não é de nível top, ao contrário de outros automatismos que estão muito afinados e magoam os adversários, e isso dificilmente conhecerá melhoria substancial com o quadro de jogadores à disposição do treinador. Poder-se-á dizer, neste particular do trabalho defensivo no momento de perda da bola, que Raul de Tomas corre muito mais ainda não corre sempre bem e que com o tempo pode lá chegar; ou ainda, que Jota, que conhece os cantos à casa, pode ser uma alternativa pronta a usar. Uma e outra coisa, aceito e até compreendo. Mas, mais atrás, na ausência de Gabriel (e do melhor Samaris ou do Fejsa de há três anos) sente-se falta de peso e se experiência, algo que Diamantino Miranda, na última Quinta da Bola, traduzia por «homens de barba rija», que façam sentir a sua presença. Sei que na Liga estas carências só são pontualmente notadas. Mas cruel e não perdoa. E é desse patamar que estou a falar.
Depois, há a questão da baliza. O Benfica tem um excelente guarda-redes, habilitado para jogar ao mais alto nível. Mas será que tem dois? Ou três? O PSG deve assinar com Keylor Navas e contratou Sérgio Rico, para o que der e vier...
Relativamente ao Sporting e à transferência de Raphinha para o Rennes, por €20 milhões, estamos perante um acto de necessidade, que penaliza a equipa desportivamente. Cada vez mais Frederico Varandas precisa de explicar, de viva voz, aos sócios, para onde está a levar o clube, com que meios e com que objectivos. Assim só esta a dar trunfos à quinta coluna...

Ás
Jorge Fonseca
Nascido há quase 27 anos num dia de campeões, o judoca do Sporting teve uma história de vida feita de obstáculos superados, um a um, até subir ao degrau mais alto do pódio num Campeonato do Mundo. Numa modalidade com grandes tradições em Portugal, Jorge Fonseca fez o que nunca tinha sido feito: Ouro!

Ás
João Pedro Sousa
É o timoneiro do Famalicão que lidera a Liga ao fim de quatro jornadas. Fez escola com Marco Silva, de quem foi adjunto em seis clubes (à imagem do que sucedeu com Carvalhal e Bruno Lage...) e está a justificar plenamente a aposta que foi feita nele. Até onde ir esta boa experiência que é o Famalicão?

Duque
Marcel Keizer
uma verdade, neste início de época do Sporting, que ninguém poderá negar: a equipa de Marcel Keizer, apesar da qualidade de alguns elementos, joga um futebol insuficiente para poder considerar-se ao nível dos pergaminhos do clube. Poderá haver circunstâncias atenuantes, admito, mas que jogam pouco, jogam...

Carvalhal é o 'substituto' de Luís Castro
«Prometi que ia trazer uma aragem fresca. Sobre a arbitragem, não comento absolutamente nada, sendo beneficiado ou prejudicado»
Carlos Carvalhal, treinador do Rio Ave
Luís Castro, que mostrou urbi et orbi que não é preciso agir como um troglodita para ser bom treinador, partiu para a Ucrânia (lidera a Liga com seis vitórias em seis jogos) mas tem em Carlos Carvalhal um sucessor à altura. Foi sem se pôr em bicos de pés que reagiu ao triunfo vila-condense em Alvalade, e mostrou que a maior parte dos protestos não visa senão esconder culpas próprias.

Jesus fez a folha ao 'porco' no Maracanã
O jornal Meia Hora, do Rio de Janeiro, na edição de ontem, não teve dúvidas em equipar em suíno com as cores do Palmeiras, que defrontava o Flamengo no Maracanã usando a alcunha pejorativo da equipa de São Paulo, O Porco. Ao fim da noite, o Flamengo de Jorge Jesus fazia a festa com um claro 3-0.

Bas 'Golo' Dost
Foi chegar, ver e vencer. Bas Dost ainda ficou no banco durante a primeira parte da recepção do Eintracht Frankfurt ao Fortuna Dusseldorf, mas com a sua equipa a perder por um a zero, o treinador Adi Hutter enviou-o para dentro das quatro linhas e doze minutos volvidos o matador holandês já estava a empatar a partida. A quatro minutos do fim, Gonçalo Paciência, que fez dupla com Bas Dost, deu a vitória à turma de Frankfurt. Com Dost a ser feliz na nova casa, resta saber quem irá o Sporting contratar para a missão de marcar 93 golos em três anos..."

José Manuel Delgado, in A Bola

Estratégia solta individualidades

"Marroquino aporta à equipa outro critério e clarividência na distribuição de jogo

Fantasmas e Taarabt
1. Depois do penoso resultado e a muito pouco conseguida exibição no clássico, foi interessante perceber as alterações de Lage para reencontrar os caminhos do sucesso e dotar a sua equipa da criatividade e mobilidade que são imagem de marca do seu Benfica. A simples colocação de Taarabt ao lado de Florentino para dividir as tarefas defensivas de cobertura e posterior iniciação de todo o processo ofensivo da equipa trouxe ao jogo encarnado níveis de excelência para os quais o SC Braga não teve antídoto. Apesar de ser um elemento de menor rigor defensivo - comparando com Samaris - aporta à equipa outro critério e clarividência na distribuição do jogo e maior impacto ofensivo e o regresso de André Almeida esclarece de outra forma o conceito de largura do jogo da equipa.
As lesões de Wilson e Tormena retiravam opções a Sá Pinto e este facto associado à alta densidade competitiva a que está sujeita esta equipa do SC Braga em tão pouco espaço temporal fazia adivinhar dificuldades acrescidas para os guerreiros do Minho apesar de fartura de opções que o plantel arsenalista contém. Antecipando dificuldades, Bruno Lage convidou os seus pupilos a circularem a bola com intensidade elevada e imporem às suas acções altas rotações tendentes a desfraldar debilidades físicas a uma equipa sujeita a repetido desgaste e ao mesmo tempo trouxe ao seu plano de jogo, a exploração constante do seu superior jogo interior e as constantes projeções ofensivas dos seus fiáveis laterais.
A colocação de um bloco numa posição médio alta de modo a condicionar o desbobinar de todo o jogo encarnado mostrava as intenções do técnico bracarense mas o acerto de Florentino na primeira fase de construção do jogo do 
Benfica criava condições para a ligação de todo o jogo do campeão em título e ia retirando alguma eficácia a este propósito dos minhotos.

Hassan imprudente
2. O equilíbrio aparente em que se desenvolvia a contenda foi quebrado pela acção imprudente de Hassan sobre Florentino e este golo foi a ignição que o jogo encarnado precisava para se soltar definitivamente das amarras e fantasmas trazidos da jornada anterior. O encontro ganhou outras cores e outra vivacidade com as oportunidades a acontecerem junto às duas balizas com o caos a dominar e a suplantar a organização que até ao golo encarnado reinava sobre o relvado da Pedreira. Seferovic era rei e senhor das perdidas - o resultado ao intervalo podia ter outra expressão de Seferovic tem aproveitado as três oportunidades de que dispõe e Ricardo Horta tivesse outro instinto na hora de finalizar.

Autogolos penalizam
3. O segundo golo de Pizzi celebra com distinção todo o jogo interior de uma equipa que trouxe para o campo um plano e executou-o na perfeição e tornou fácil um desafio que pela qualidade do seu opositor se adivinhava complexo. O jogo entrelinhas de Taarabt a sua qualidade de passe a servir Rafa e Pizzi nos seus constantes movimentos interiores confundiram um SC Braga que parecia atordoado e incapaz de reagir de forma capaz e contundente. Nesta dinâmica avassaladora da equipa de Lage a posição de RDT ora ao lado de Seferovic ora baixando para linhas um pouco mais recuadas e a partir daí servir com mestria os colegas, mostrava-nos que a evolução do seu jogo colectivo ia ao encontro do preconizado por Bruno Lage. A supremacia dos encarnados foi-se avolumando e os dois autogolos dos defesas da casa aniquilaram qualquer veleidade ao SC Braga e afundaram completamente os homens de Sá Pinto. Impossível sugerir se outro contexto - sem tanto desgaste do SC Braga - o jogo poderia ter outros contornos e a réplica dos da casa podia ser diferente, mas acreditamos que sim, o que não retira mérito à estratégia desenhada por Lage e concretizada na perfeição pelos seus jogadores."

Daúto Faquirá, in A Bola

Cadomblé do Vata (Mestre do Impingir...!!!)

"1. Este ponto não se encontra disponível... foi expulso 45 segundos após ter sido escrito.
2. Jorge Mendes impingiu Thierry Correia ao Valência por 12 milhões de euros... caro Jorge, tenho ali no estaleiro uma Ford Transit de 9 lugares com a caixa de velocidades toda... bem, toda fodida... só peço 60 mil euros por ela...
3. Os adeptos pediram e LFV deu: Morato já deixou as reservas do São Paulo e está em Lisboa para assinar, numa transferência avaliada em 6 milhões de euros... vem com uma semana de atraso, porque tinha dado jeito sábado no jogo contra o Cova da Piedade.
4. No Benfica segue intensa a preocupação dos adeptos com o rendimento da dupla de ataque, pedindo-se a chegada de mais um par de atacantes para marcar golos... esta é de facto uma questão premente, tendo em conta que só marcamos 16 golos em 5 jogos oficiais.
5. André Almeida precisou de 47 minutos de competição, para fazer a primeira assistência da temporada... nitidamente, é um jogador que ainda está a tentar recuperar a sua melhor forma, depois da longa paragem por lesão."

Regresso à normalidade...!!!

Cadomblé do Vata (10...!!!)

"Pelé, Eusébio e Maradona. A realeza do futebol fez do número 10 uma instituição na modalidade. O burguês de fato e gravata com nó de Windsor, de pé macio e pedicura cuidada, que acariciava a redondinha como se de uma amante se tratasse, no meio dos operários de fato e macaco, pele enegrecida pela fuligem da mina e bota cardada que "aquadradava" o esférico de couro bovino. Vestir a 10 mágica era de uma nobreza tal, que até o mago Johann Cruyijf preferiu a 14.
Diz a tradição que Benfica é o clube do povo, da massa laboral, que luta estoicamente contra o clube fundado com o dinheirinho do avôzinho, que ao Glorioso foi buscar quase duas mãos cheias de traidores, enamorados por banhos de água quente e roupa lavada para a segunda parte. Como clube que honra a História e Tradição, a menos que surja uma surpresa de última hora, ou que o central contratado por 6 ou 7 milhões de biscas às reservas do São Paulo (e aqui se vê como somos um clube Gigante, os nossos Bês sem jogos na equipa principal saem por 15 milhões de moedas de 1 euro) assuma a camisola, o Glorioso presta-se a iniciar a temporada 19/20 sem número 10 atribuído, num claro sinal de que nesta equipa não há caciques nem mordomias, é tudo gente de picareta e calos nas mãos.
Não sou grande génio das pesquisas (ou do que quer que seja, na realidade), mas do que consultei, será apenas a segunda vez que tal fenómeno atinge o SLBenfica e o histórico da primeira passagem do Furacão Sem 10, é deveras preocupante. Foi em 98/99 sob o comando de Graeme Souness, o proletário conhecido por "Champagne Charlie" e o erro foi corrigido em Janeiro com... Dean Saunders, o avançado sem pescoço que era todo ele, um erro sem correcção e cujas últimas notícias indicam que está confinado a uma pequena área, sob forte marcação de grades e agentes da autoridade.
Iniciar uma época sem 10 pode ser afinal, uma manobra estratégica do ponto de vista táctico-técnico. Um treinador que prepare jogos contra nós vai passar 1 semana à procura do craque diferenciado, o 10 mágico, o Coluna, o Eusébio, o Chalana, o Valdo, o Rui Costa, o Sanchez, o Saunders, o Chano, o Sabry, o Zahovic, o Karagounis, o Aimar, o Djuricic, o Gaitan, o Jonas, para mais tarde descobrir da maneira mais difícil, quem é o Pizzi, o Rafa, o Raul de Tomas, o Taarabt ou o Seferovic. Pode-se é dar o caso de apanharmos um treinador rival mais perspicaz, que veja que verdadeiro 10 na nossa equipa é aquele projecto de craque que temos no lado esquerdo do centro defensivo."

SC Braga - SL Benfica 0:4

"Am späten Sonntagabend trat Benfica beim Sporting Clube de Braga an. Beim letztjährigen Tabellenvierten der Liga NOS sollte sich zeigen, ob die ebenso schmerzhafte wie klare Heimniederlage gegen den FC Porto am vergangenen Wochenende nur ein Ausrutscher, oder aber doch ein Fingerzeig für den weiteren Verlauf der Spielzeit war.
Unter der Woche sorgten die Eintrittspreise im „Steinbruch“ von Braga für einigen Gesprächsstoff. Die Tickets für den kleinen Gästesektor kosteten 31€ und unglaubliche 93€. Die völlig überzogenen Preise sorgten gemeinsam mit der zuschauerfeindlichen Anstosszeit dafür, dass das Stadion lediglich zur Hälfte gefüllt war. Immer wieder kann man nur am Verstand einiger Verantwortlichen im portugiesischen Fußball zweifeln.
In der Startaufstellung von Benfica gab es zwei Veränderungen. Der Wiedergenesene André Almeida übernahm seinen Stammplatz als rechter Verteidiger, Taarabt sollte anstelle von Samaris im Mittelfeld für mehr Dynamik im Umschaltspiel sorgen.
Beide Mannschaften gingen offensiv in die Partie, vom Anpfiff weg kam es zu einem offenen Schlagabtausch, bei dem die Hausherren sehr entschlossen zu Werke gingen. Noch keine halbe Stunde war gespielt, als Hassan Benficas Florentino im Strafraum ins Gesicht trat. Eine völlig überflüssige Aktion, die den Adlern einen Strafstoß bescherte. Pizzi verwandelte gewohnt souverän zum Führungstreffer. Der knappe Vorsprung des Rekordmeisters zur Pause war mehr als verdient, und hätte eigentlich wesentlich deutlicher ausfallen müssen. Allein der gestern wieder reichlich indisponierte Seferovic vergab drei Großchancen.
Nach dem Seitenwechsel dann die schnelle Vorentscheidung. In der 47. Minute legte André Almeida mit einer langen Flanke von rechts in den Strafraum für Pizzi auf, der nur noch den Fuß zum 2:0 hinhalten musste. Nur vier Minuten später wollte Seferovic nach einem Spurt über die linke Seite den im Strafraum lauernden R.D.T. bedienen. Doch Innenverteidiger Bruno Viana nahm dem Spanier die Arbeit ab und erzielte mit einem Eigentor den dritten Treffer der Gäste an diesem Abend.
Von diesem Nackenschlag sollten sich die Gastgeber, die am Donnerstag noch in der Qualifikation zur Europa League antreten mussten, nicht mehr erholen. Benfica verwaltete das Ergebnis jetzt souverän und kam in der 71. Minute durch ein weiteres Eigentor noch zum vierten Treffer. Im Strafraum spielte Pizzi den Ball nach innen, Esgaio überwindet seinen eigenen Keeper mit einem völlig missratenen Rückspiel.
Alles in allem ein gelungener Auftritt der Adler, die mit diesem Auswärtssieg auf den zweiten Tabellenplatz hinter Aufsteiger FC Famalicão klettern. In der Verteidigung sorgte die Rückkehr von André Almeida für wesentlich mehr Stabilität, das Spiel nach vorne war mit Taarabt deutlich schwungvoller. Auch Ferro, Florentino, Rafa, R.D.T. und natürlich Pizzi vermochten zu überzeugen. 
Nach der Länderspielpause erwarten die Adler am übernächsten Wochenende im Estádio da Luz den Aufsteiger Gil Vicente. Wie in der portugiesischen Liga nicht unüblich, ist das Spiel noch immer nicht genau terminiert. Doch egal, wann schließlich gespielt wird, werde ich zum ersten Mal in dieser Saison vor Ort sein.
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SC Braga - SL Benfica 0:4
Liga NOS, 4. Spieltag
Sonntag, 1. September 2019, 21 Uhr
Estádio Municipal de Braga, 15.499 Zuschauer
Mannschaftsaufstellung: Odysseas, André Almeida, Rúben Dias, Ferro, Grimaldo, Pizzi (74. Caio), Florentino, Taarabt, Rafa, Seferovic (76. Vinícius), R.D.T. (68. Jota)
Torschützen: 0:1 Pizzi (25.), 0:2 Pizzi (47.), 0:3 Bruno Viana (51. ET), 0:4 Esgaio (71. ET)"