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domingo, 12 de setembro de 2021
CD Santa Clara 0-5 SL Benfica: Uma mão-cheia nos Açores
"A Crónica: Duas Partes Que Pareciam Dois Jogos Diferentes
Após a pausa para seleções, o Estádio de S. Miguel abriu portas para a quinta jornada da Primeira Liga. Ambas equipas vinham motivados de uma vitória cada. O CD Santa Clara frente ao Gil Vicente FC e, o SL Benfica frente ao CD Tondela. Esperava-se, então, um jogo difícil e emocionante.
A partida começou equilibrada. O Santa Clara aproveitaria a maior facilidade em criar linhas de passe e a dificultar a vida ao Benfica. Este tentaria, ainda, ter mais velocidade no jogo, através das alas e, até a ser mais agressivos, mas os atentos bravos não permitiam o avanços do clube de Lisboa.
A primeira oportunidade de golo clara viria aos 24 minutos, através de Cryzan, que perto do segundo poste, tenta rematar mas muita gente na área acabaria por lhe prejudicar o ângulo de visão. Nesta primeira parte, era clara a superioridade do Santa Clara no entanto, um erro defensivo viria a prejudicar a equipa da casa. Bastou um passe de João Mário para Rodrigo Pinho que consegue ganhar a frente do lançamento a Boateng que ainda tenta ir atrás do prejuízo, com velocidade, e remata para as redes de Marco Pereira, inaugurando, assim, o marcador. Apesar do golo, estava tudo em aberto para a segunda parte que prometia ser empolgante.
A equipa da luz com que acordou dum sono e apareceu renovada para a segunda parte. Ainda nem tempo havia para aquecer e Darwin já estava de pé quente, consegue a frente do lance, e com a maior das facilidades faz o segundo golo. Pouco tempo depois, o recém-entrado Rafa, recebe a bola, vira-se em direção à baliza e deixa Marco Pereira incrédulo com a bola do terceiro golo da partida, a entrar pelas redes.
O atento adepto que estava na primeira parte do jogo com certeza teve dificuldade em entender que era a mesma partida que estava a assistir. Darwin fez questão de mostrar isso ao conseguir se livrar da defesa da equipa açoriana, e marcar o quarto golo da partida. Se pensávamos que ia parar por aí estávamos muito enganados. Grimaldo recebe já perto da baliza, passa para Yaremchuk e este só tem de encostar e, assim, fazer o quinto golo da partida.
A turma de Daniel Ramos ainda tentou reagir, mas sem grande efeito. O apito final chegou e a vitória do Benfica era certa. Apesar da primeira parte bem conseguida, não foi suficiente para os açorianos conquistarem os três pontos. Resta, então, tentar fazer melhor na próxima jornada e continuar com a mesma qualidade que a segunda parte, no caso do Benfica.
A Figura
Darwin – O avançado de 22 anos, marcou dois dos cinco golos no Benfica. Foi, sem dúvida, uma figura importante e que fez toda a diferença na hora de finalizar. Darwin hoje estava de “pé quente” e olhos postos no alvo certo.
O Fora de Jogo
Marco Pereira – O guardião açoriano ficou muito aquém das expectativas. Estamos habituados a ver um jogador seguro e decisivo em muitos momentos, nesta partida esteve abaixo do habitual.
Análise Tática – CD Santa Clara
A turma de Daniel Ramos alinhou-se em 3-5-2. Com uma linha defensiva a três, com Paulo Henrique a jogar mais descaído pela ala. Rafa e Mansur a jogar na ala, baixando no terreno no momento defensivo. Morita, Anderson e Lincoln jogaram mais no miolo, servindo Rui Costa e Crysan.
11 Inicial e Pontuações
Marco Pereira (2)
Rafael Ramos (3)
Boateng (2)
João Afonso (3)
Mansur (4)
Anderson Carvalho (4)
Lincoln (4)
Paulo Henrique (3)
Crysan (4)
Morita (4)
Rui Costa (3)
Subs Utilizados
Mohebi (3)
Luis Phellype (2)
Néné (3)
Jean Patric (-)
Julio Romão (-)
Análise Tática – SL Benfica
A turma de Jorge Jesus alinhou-se em 3-4-3. Linha defensiva a três, tal como habitual. Weigl, João Mário como duplo pivot defensivo. Grimaldo deu largura na esquerda, Diogo Gonçalves pela direita. Na frente, três homens mais soltos. Everton e Darwin mais móveis e Pinho como referência ofensiva.
11 Inicial e Pontuações
Odysseas (3)
Grimaldo (3)
Lucas Veríssimo (4)
Vertonghen (3)
Everton (3)
Darwin (6)
Diogo Gonçalves (4)
Rodrigo Pinho (5)
João Mário (4)
Weigl (4)
Morato (4)
Subs Utilizados
Rafa (5)
Gedson (4)
Yaremchuk (5)
Pizzi (3)
Lazaro (4)
BnR na Conferência de Imprensa
CD Santa Clara
BnR: Não era de todo o resultado que esperava. O golo perto do intervalo foi determinante para este desfecho?
Daniel Ramos: Tivemos uma primeira parte muito bem conseguida da nossa parte. Anulamos o Benfica por várias vezes. Tivemos remates mais perigoso, oportunidades na frente e a desvantagem ao intervalo é enganadora. Só fomos Santa Clara na primeira, Benfica com mérito conseguiu encontrar espaços e conseguiu ser eficaz. Faltou-nos reagir, ser melhores, mais fortes. Tenho certeza que precisamos de ser competentes todo o jogo, se não fossemos uma equipa que nos deixou abater as coisas seriam diferente.
SL Benfica
BnR: Temos dois Benfica distintos na primeira e na segunda parte. Qual o seu objetivo ao retirar Rodrigo pinto e substituí-lo por Rafa?
Jorge Jesus: As equipas são diferentes e nem sempre a equipa está a ser superior mantem-se. Mas sim, estivemos melhores na segunda e daí fazermos a diferença e termos conquistado a vitória."
Benfica de duas faces nos Açores
"Novo jogo, problemas antigos, Este Benfica tem imensas dificuldades em zona de criação e, não fosse um gesto de Rodrigo Pinho naquilo em que o brasileiro é mais forte, diagonal curta e finalização, e os encarnados tinham tido muitas dificuldades em desbloquear o placar até aí.
Cedo se percebeu que era na busca da profundidade que poderia estar o ouro para o Benfica. E tudo começa nas alas. Se a velocidade e potência de Darwin saem favorecidas com a sua deslocação para a ala, ao uruguaio falta tudo o resto. Falta ao avançado qualidade no gesto técnico, capacidade de decisão e até, alguma habilidade motora. Foram incontáveis os ataques, na primeira parte que, chegando aos pés de Darwin e foram vetados ao fracasso.
Do lado oposto, Everton mostrou duas caras no jogo. Como a equipa, o brasileiro encontra dificuldades em enfrentar linhas defensivas densas e que retirem o espaço na profundidade.
A segunda parte pareceu outro jogo, por três fatores essenciais: o primeiro a entrada de Rafa. As capacidades do internacional português em condução e quando com espaço para acelerar são um caso único em Portugal, e quando a primeira linha de pressão começou a deixar de pressionar no timing certo a saída de bola encarnada, esta encontrava Rafa entre linhas a acelerar, beneficiando de um bloco adversário largo no campo e que se desintegrou após o segundo golo.
Weigl é cada vez mais um pêndulo do modelo encarnado. Se o alemão sai beneficiado com a parceria com João Mário, revela-se também, cada vez mais, como o protagonista da liderança da equipa. É ele quem define quando a equipa deve acelerar ou pausar o jogo, Weigl é a liderança serena do Benfica, alavancada numa mudança de modelo com os princípios defensivos cada vez mais consolidados.
E se a solidez defensiva tem sido a chave-mestra deste arranque “limpo” dos encarnados na liga, o Benfica hoje juntou-lhe a eficácia. Cinco golos em cinco remates enquadrados foram a marca de água de um placar desfivelado que esconde uma primeira parte muito fraca do Benfica.
Homem do Jogo
Rafa entrou ao intervalo e virou o jogo de pernas para o ar. Sempre a aparecer nas costas da linha média adversária para fazer o que sabe melhor, acelerar e enquadrar com a baliza adversária numa condução vertiginosa. Um golo num soberbo pontapé foi a cereja no topo do bolo em quarenta e cinco minutos sublimes. Fosse mais eficaz na sua tomada de decisão e já não estaria na nossa liga."
O cronometro da Mata !!!
Recordo que o Caldas acabou por vencer este jogo da Taça de Portugal, depois de ter entrado a perder... deu a volta!!!
Cofina é que está no fio da navalha!
"Curioso o jornal “Record” consultar, propositadamente, um economista para comentar os resultados financeiros de 2020/21. Mais curioso ainda é o jornal colocar como manchete e em letras garrafais “Benfica está no fio da navalha”, desvirtuando por completo o cerne do conteúdo analisado e as suas causas.
Todos sabemos que no ano passado não tivemos receita de lugares anuais, camarotes, bilheteira, receita da Liga dos Campeões e a isto acresceu a gravíssima pandemia da Covid-19. Aludindo ao facto de termos, também, investido cerca de 100 milhões no plantel e de não termos cortado salários em contexto pandémico, os cerca de 17 milhões de prejuízo acabam por ser, francamente, positivos.
Esta é mais uma não notícia lançada pela Comunicação Social que não se coíbe de maltratar o Benfica e criar casos onde eles não existem. Não duvidamos do benfiquismo de Camilo Lourenço, até porque sabemos que trabalhou com Luís Filipe Vieira e foi o próprio que o ajudou a chegar à presidência do clube, afastando-se posteriormente por não se querer relacionar com os meandros do futebol. Este é também um comentador correto, inteligente e que defende a transparência e liberdade de expressão. O que criticamos é o timing, o facto de fazerem notícia com isto e darem-se ao trabalho de consultar um economista para debater as finanças do Benfica.
Gostaríamos de ter visto os jornais a fazer o mesmo com as finanças do FC Porto e do Sporting CP, mas já sabemos o que a casa gasta porque o Benfica manda nisto tudo."
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