Últimas indefectivações

sábado, 4 de maio de 2019

Vermelhão: Aguenta coração...

Benfica 5 - 1 Portimonense


Faltam duas finais, onde temos de fazer 4 pontos... Estamos mais perto do objectivo, mas o caminho está repleto de armadilhas... É preciso auto-confiança e ambição, para chegarmos à meta!!!
Uma primeira palavra para as putas de Portimão!!! Inacreditável o diferencial de atitude dos jogadores e da equipa técnica, entre o jogo de hoje na Luz, e o frete que fizeram a algumas semanas em Portimão ao 'dono'!!! A Mala, de 2 milhões de euros, faz milagres!!! O nível de nojice do Tugão, atinge praticamente todos os dias patamares recorde, e além dos cabecilhas do crime de organização, é gentalha com espinha dobrada como esta, os principais responsáveis pelo esgoto que envolve o Tugão!
Durante várias jornadas, principalmente na Luz, andámos a marcar golos logo no arranque das partidas, mas nas últimas duas jornadas, resolvemos 'esperar' pela 2.ª parte, para jogar em modo 'arrasador'!!!
Entre outras variáveis, uma das principais razões para isto ter acontecido, deve-se à estratégia dos nossos adversários! Hoje, até pareceu que o Folha recebeu uma 'aula' de como parar o Benfica (algo que por exemplo aconteceu em vários jogos, no sprint para o Tri, com o Judas a 'ensinar' aos nossos adversários como para o Benfica...)!!! Basicamente, bloquear a entrada a bola no 'meio': nem o Félix, nem o Pizzi arranjaram espaço para receber e virar-se... obrigando o Benfica a jogar pelas Alas, onde normalmente só o Grimaldo tem capacidade para ultrapassar os duelos...
E para impedir a bola de entrar pelo 'meio', construiriam uma 'jaula' em volta do Tino e do Samaris, pressionando muitas vezes os nossos Centrais...
A nossa 'vantagem' nestes últimos dois jogos, defrontando este tipo de adversários, é que o Braga e hoje o Portimonense, aguentaram mais ou menos 60 minutos, e depois rebentaram...!!!
E quando a bola começou a 'entrar' 'entrelinhas', com o Benfica a pressionar mais alto, tudo mudou...
Com o Gabriel, este tipo de 'esquema' para parar o Benfica, não resultava, pois o Gabriel além dos passes longos, quando era 'apertado' tinha capacidade para proteger a bola ou fintar o adversário, com o Samaris e o Tino ficamos mais limitados, mais previsíveis...

Independentemente, das questões tácticas, hoje, voltámos a demonstrar que não será por falta de coração, nem de apoio que vamos desperdiçar a vantagem... Mais uma grande tarde de Benfiquismo!
O MVP é claramente o São Rafael, que desbloqueou praticamente sozinho o jogo!!! O Pizzi fez um bom jogo, e quando foi para '8' foi importantíssimo na subida da linha de pressão no meio... Isto não quer dizer que o Samaris tivesse estar a jogar mal, mas tem características diferentes... O Tino voltou a ter muitas dificuldades na 'teia' montada à volta do nosso meio-campo, mas acho que com o Pizzi a '8', a escolha óbvia para ficar em campo a jogar a '6' era o Tino, e cumpriu... Mais um jogo, onde os 'assistentes' para os golos são os nossos Laterais, o Almeidinhos (2), e o Grimaldo também está no 2.º golo!!!
Com as dificuldades em ter bola no meio-campo ofensivo, o Félix e o Seferovic, acabaram por ter menos relevância... É verdade que o Seferovic marcou dois golos, mas voltou a 'falhar' isolado com o guarda-redes pela frente...
Uma nota para o Ferro: tem sido um dos melhores em quase todos os jogos, hoje esteve mal no golo sofrido. 'Saltou' da linha defensiva (devia ter ameaçado, mas ficava e esperava pela recuperação do Samaris...), e foi 'lento' a recuperar, deixando um enorme 'buraco' atrás... As lágrimas do final não apareceram do nada, os nossos jovens estão a viver o sonho, mas como é natural estão a sentir o peso da responsabilidade... e por isso mesmo, precisam do nosso apoio incondicional...!
O Odysseas, voltou a ser lento a 'sair' da linha, no golo e noutro lance logo a seguir, ficou a meio...
Não houve grandes Casos, mas ao contrário de alguns Benfiquistas, não acho que tenha sido uma arbitragem perfeita!!! Foi melhor do que eu esperava, mas esteve longe de perfeita... A não marcação da falta sobre o Rafa, quando é albarroado ainda sem bola, quando se ia isolar, é um excelente exemplo... E ainda houve o habitual contra-ataque perigossísimo do Portimonense, que não foi golo por acaso, iniciado numa falta óbvia sobre o Félix...!!!
O jogo acabou sem cartões, mais um exemplo da 'esperteza saloia', a pressão do Portimonense sobre o nosso meio-campo foi feita muitas vezes com entradas faltosas, imprudentes... a não mostragem de Amarelos só serviu para incentivar a atitude!
Agora, uma semana de descanso, para preparar o jogo de Vila do Conde. O Rio Ave, está a jogar melhor, o treinador do Rio Ave, já 'tirou' pontos ao Benfica várias vezes (por exemplo, esta época em Chaves). O Benfica está a jogar de forma diferente, mas a estratégia do Rio Ave não vai ser muito diferente, daquilo que o Braga e o Portimonense tentaram fazer... Portanto, é preparar o jogo, e ir com tudo!!! Com tudo deste início, e só nos últimos minutos caso seja necessário 'jogar' com os dois resultados 'positivos'!
Sabendo que o Rio Ave tem Alas rápidos e perigosos... e que muito provavelmente vão entrar 'fechadinhos' e lançar os Alas mais perigosos na 2.ª parte...

Bilhete para a Final 4...

Benfica 7 - 4 Juventude de Viana

O jogo pareceu-me sempre controlado, mas estivemos mal defensivamente... permitimos sempre que o adversário ficasse a uma distância que 'dava' para acreditar!
E no final, ainda tivemos que aturar um dos Pintos, com mais um show do apito!!!



PS: Ontem à noite, em pleno Pavilhão João Rocha, as nossas meninas do Futsal, venceram o derby, com um 1-2 (muitos golos falhámos)!!! Curiosamente, como a nossa vitória era previsível, a Sporting TV, não transmitiu o jogo em directo!!!
Mas o mais importante foram os 3 pontos, sendo que agora só um desastre gigantesco, nos poderá retirar o título máximo... mais um!!!

Taça Revelação...

Benfica 4 - 3 Estoril


Muita emoção, num jogo onde fomos 'anjinhos' a defender, mas nunca deixámos de acreditar na vitória... e com o Diogo Pinto em grande forma... O Diogo numa equipa como o Benfica poderá ser um jogador estilo Pizzi (também o Pizzi começou mais adiantado), numa equipa de 'meio-da-tabela', será um excelente segunda avançado... não sendo avançado puro, tem faro de golo e excelente técnica de remate...

Com os 'reforços' Kalaica e David Tavares, ficámos um pouquinho mais fortes, mas na Terça, com o Aves, se quisermos ir à Final, se calhar teremos que 'reforçar' ainda mais esta equipa!!!

Um penálti do tamanho da Torre dos Clérigos

"Se algum investigador de temas sociais perguntar a um adepto do Benfica ou do FC Porto ou do Sporting se prefere ver a sua equipa de sub-19 conquistar o título europeu do escalão ou se prefere ver ver a sua equipa principal ganhar o campeonato utilizando uma mão-cheia de miúdos provenientes da formação da casa, a resposta será breve e fulminante. "O que a gente quer é o campeonato!"
E se o mesmo investigador perguntar a qualquer adepto dos três grandes se prefere ser campeão nacional com jogadores contratados no exterior ou se prefere dispor de uma equipa com uma base de jogadores feitos na casa, uma equipa capaz de dar luta mas incapaz de ganhar o campeonato, a resposta seria, uma vez mais, telegráfica e letal:"O que a gente quer é o campeonato!".
Vem esta conversa a propósito do título de campeã da Europa de sub-19 conquistado pela equipa do FC Porto no início da semana e que deu azo a uma espécie de campeonato de "comparações" entre a formação do Benfica, do FC Porto e do Sporting e respectivos resultados práticos. Houve jogadores e responsáveis do FC Porto, e também muitos comentadores afectos ao emblema, que, embalados pela vitória sobre o Chelsea na final em Nyon, proclamaram ser uma injustiça o fartote de palco mediático dado aos jogadores sub-19 do Benfica que, nestes últimos tempos, se afirmaram e afirmam na equipa principal da Luz quando, afinal, é o FC Porto o triunfador da UEFA Youth League.
Sempre com o inimigo na mira, o próprio presidente do FC Porto aproveitou a boleia triunfal que lhe foi fornecida pelos seus sub-19 para, com juras de aposta na juventude, acalmar a dor dos adeptos portistas na semana em que viram o Benfica distanciar-se em dois curtos pontinhos no topo da tabela do campeonato. disse Pinto da Costa, discursando para os seus juniores e para o país que, "depois da conversa com Sérgio Conceição", não duvidava de que "a breve prazo alguns de vocês vão fazer parte dos quadros do FC Porto".
Não demorou a responder-lhe o treinador que, refreando o ímpeto do do presidente, provou ser um homem de bom senso:"É preciso ter alguma calma". Conceição tem razão,. Se um investigador de temas sociais perguntasse a um adepto do FC Porto se trocava o título de sub-19 pelos três pontos em Vila do Conde na semana passada, a resposta seria um sonoro"já".
Tudo isto serve para concluir que cada golo, cada assistência, cada jogada mais ou menos mirabolante de João Félix ao serviço da equipa principal do Benfica é uma facada no rigor científico da formação do FC Porto. Félix marca muito, dá muito a marcar e obriga os adversários a cometerem faltas atrás de faltas. No último domingo, em Braga, o primeiro golo do Benfica surgiu de uma grande penalidade assinalada depois de Esgaio ter derrubado Félix na área proibida. O lance não teve nada de ridículo. Foi apenas um penálti do tamanho da Torre dos Clérigos. Não adormeças, Benfica."

O que se pode ou não festejar

"Julgo interessante tentar perceber o que sentem os adeptos nos finais de época, especificamente os das equipas que lideram, como no caso os benfiquistas. Refiro-me às ansiedades de ir na frente, às necessidades de esclarecer, como ocorreu com a vitória em Braga, que o festejo é contido e referente tão-só àquilo. «Já se veem campeões», aferroam os rivais, constrangendo, forçando uma culpa por comemorar. É como se estes benfiquistas temessem celebrar o que quer que seja, vivam nesse afogo.
Qual é em todo o caso a extensão da felicidade nestas zonas de decisão no futebol? Festeja-se um golo, a vitória no jogo ou a liga? Onde começam e acabam aquelas desgovernadas emoções? É difícil descobrir-lhe sentido porque nos parecerá a todos que as pessoas celebram os momentos e nada mais. Só discordará da ideia quem por absurdo lembrar ao amigo em dia de casamento que a nada deve brindar sob pena de um dia vir a divorciar-se.
A verdade é que se o desígnio de felicidade é uma meta, há ainda assim quem a tema, ora por pensar que não a merece, ora por pensar que tê-la antes, ou tê-la de mais, degenerará no contrário, como se se gastasse rápida e forçosamente. Há até uma latência cultural, arriscaria religiosa, na nossa tradição judaico-cristã observável em inúmeras vertentes quotidianas e se calhar nesta, pueril e futebolística, também: a penitência necessária na via para a salvação, evitar o prazer antes do tempo (em vida) na crença de algo superior depois (em morte) - uma ilusão, caso me admitam o aparte.
Hoje na Luz creio que bastantes benfiquistas voltarão a sentir que ganhando ao Portimonense podem ter dificuldade em festejar só isso. Ou pelo menos trabalho a explicar que é somente o jogo que festejam."

Miguel Cardoso Pereira, in A Bola

Diferenças!

"Ora bem meus amigos, hoje vamos aqui falar da vontade expressa publicamente, na Comunicação Social, dos jogadores e do célebre presidente portista da SAD do Portimonense em quererem tirar pontos ao Benfica, e vamos comparar com a semana que antecedeu o jogo com o FC Porto. Vamos primeiro mostrar as notícias a antecederem o jogo com o FC Porto e depois contra o SL Benfica. 
Como podem ver, na semana que antecedeu o jogo frente ao FC Porto, foi uma semana tranquila sem levantar grandes ondas na Comunicação Social, já para o jogo frente ao Benfica, nota-se um certo entusiasmo em querer tirar pontos ao Benfica. Esta situação não seria caricata depois do jogo que o Portimonense realizou frente ao Porto numa semana em que não abriram o bico. Para o jogo frente ao Benfica, já existe uma enorme vontade de "poder tirar o título ao Benfica".
Meus amigos, não restam grandes dúvidas que para o jogo de amanhã frente ao Benfica, o Portimonense esteja com a tão desejada mala, dada pelos patrões do norte. E para ajudar colocaram o árbitro mais condicionado da Primeira Liga a apitar o jogo e Luís Godinho como VAR.
Estaremos atentos ao que se irá passar amanhã."


A intolerável arrogância dos homens que queriam ser deuses

"O VAR é, nada mais nada menos, do que o homem a querer assumir o papel de Deus. O homem a querer ascender a um patamar de superioridade que não tem, nunca teve e nunca terá. O VAR é o homem em toda a sua arrogância e prepotência, toda a sua presunção de que não há limites para aquilo que consegue alcançar – nem sequer para a objectividade de um jogo que é, na sua génese, totalmente subjectivo! É o homem a querer assumir um poder discricionário absoluto para usar a seu bel-prazer e em função de cada momento.

Verdade desportiva. Expressão em voga, espécie de slogan de campanha eleitoral, palavras universalmente aceites na busca de um futebol melhor, um jogo mais puro, uma modalidade mais ‘verdadeira’, passe a grosseira redundância. Uma página de jornal não chega para desmontar o mito do VAR, essa grotesca e absoluta falácia da vídeo-arbitragem. Não chega uma página, não chega um jornal inteiro e não chegaria uma biblioteca de cinco andares – porque os mitos não se desmontam apenas com palavras derramadas para o papel, por mais acutilantes e bem intencionadas que essas possam ser. Não, os mitos levam anos a destruir, por vezes décadas. Gerações inteiras que vão acordando para a realidade e ousam enfrentar esses mitos que entretanto se transformam em dogmas e esses dogmas que entretanto se transformam em verdades absolutas. Lá está, voltamos ao mesmo: a verdade. Desportiva. Absoluta. Aquela que nos querem fazer engolir à força e à custa do assassinato público do maior espetáculo do Mundo. Como se a verdade fosse uma coisa objectiva! Pobres e incautos homens da bola que em pleno século XXI ainda acreditam em semelhante dislate...
O futebol é muito mais do que um jogo. É uma questão de fé. Uma religião no verdadeiro sentido da palavra. Deuses e semideuses nascem, vivem e morrem no imaginário do povo. Os adeptos unem-se em multidões que idolatram cores e veneram símbolos de forma incondicional, dedicando as suas existências a uma doutrina de devoção sem limites. Refutam qualquer teoria que desvalorize ou conteste o seu clube, professam argumentos absolutamente indefensáveis e cedem à paixão em detrimento da razão em todos os momentos. Sem excepção. Ao ponto de partirem para a violência como se fosse algo perfeitamente normal. Tudo somado, tudo espremido, uma verdadeira religião com tudo aquilo que esta possa ter de bom e de mau. Nem mais nem menos do que isso. Querer reduzir o futebol a um mero jogo não é apenas revelar um total desconhecimento dos factos: é uma absoluta ignorância perante um fenómeno profundamente fracturante que logrou mudar o Mundo ao longo do último século e meio.
Sendo o futebol uma religião – premissa sobejamente demonstrada no parágrafo anterior – não podemos analisar o fenómeno ignorando a mais perigosa de todas as ideias para a fé: a ideia de que a verdade é subjectiva. Quem a defende não sou eu, é o mais influente filósofo da era moderna. Eu limito-me nestas linhas a recordar o relativismo introduzido por Immanuel Kant no século XVIII e que dominou o pensamento intelectual no século XX, mantendo-se absolutamente actual nos dias que correm. Simples: toda a verdade é subjectiva. E se esta ideia – repito, perigosíssima para a fé – é aceite na vida de um modo geral, muito mais terá de ser aceite no futebol, onde até as regras são subjectivas, quanto mais a verdade! Na vida, por exemplo, uma mão é uma mão. Este substantivo feminino pode ter 30 significados distintos mas uma mão não deixa de ser uma mão, a ‘extremidade do braço humano a partir do pulso, que serve para o tato e apreensão dos objectos’. Já no futebol, uma mão é uma mão mas... temos a mão na bola e a bola na mão; a mão intencional e a mão inadvertida; a mão que aumenta o volume do corpo e a mão que se mantém junto ao tronco; a mão à queima-roupa e a mão evitável perante a distância do remate; a mão atrás das costas, a mão que protege o rosto, a mão que é alvo de um ressalto, a mão que se apoia no chão e a mão do movimento em queda. Todas elas com uma tremenda carga de subjectividade que VAR nenhum no mundo conseguirá eliminar. O mesmo se aplica a inúmeros outros conceitos subjectivos no futebol, como o contacto, a intenção ou a intensidade. Nada nem ninguém conseguirá transformar o futebol em objectividade, isso não existe. Porque o futebol é fé. Porque a verdade é subjectiva. E porque é nesse eterno limbo entre a emoção e a razão que reside a beleza do desporto-rei.
O VAR é, nada mais nada menos, do que o homem a querer assumir o papel de Deus. O homem a querer ascender a um patamar de superioridade que não tem, nunca teve e nunca terá. O VAR é o homem em toda a sua arrogância e prepotência, toda a sua presunção de que não há limites para aquilo que consegue alcançar – nem sequer para a objectividade de um jogo que é, na sua génese, totalmente subjectivo! É o homem a querer assumir um poder discricionário absoluto para usar a seu bel-prazer e em função de cada momento. É o homem a tentar legitimar todos os seus erros e a tentar fingir que não é falível, quando o homem nada mais é do que isso mesmo: falível. Através de uma tecnologia falaciosa, manipuladora, mentirosa e repleta de limitações, o VAR é apenas o homem a querer contrariar o relativismo, transformando verdades subjectivas em (in)verdades objectivas em função dos seus próprios interesses. O VAR é o homem a mostrar os seus tiques ditatoriais e absolutistas. É o homem a querer limitar as acções dos restantes impondo a sua vontade, a sua verdade absoluta. O VAR é a antítese de tudo o que o futebol simboliza: liberdade, magia, traquinice, capacidade de fintar não só os adversários mas também as regras.
Há mais verdade no golo de Maradona com a mão frente à Inglaterra no Mundial de 1986 do que em todas as decisões certas e erradas do VAR nestes quase dois anos de período de testes. Aquele golo na Cidade do México, aquele gesto matreiro de ‘El Pibe’, é a coisa mais verdadeira que alguma vez vimos num relvado: porque é puro, é intuitivo, é cruel, é visceralmente humano, é intencional por parte de um mágico que a todos iludiu sem que ninguém sequer se atrevesse a acusar Ali Bin Nasser de validar o golo em função de interesses ocultos. Porquê? Porque aquele momento no Estádio Azteca, aquela enorme mentira, foi um momento de pura verdade. Subjectiva, sempre. Mas verdade. Porque o futebol não mente. Pode ser injusto, impiedoso, mau, doloroso, em tudo semelhante às agruras da vida real. Mas não mente. Dentro daquelas quatro linhas não há mentira: há jogadores, bola, árbitro e jogo. Não há mentira, essa só existe cá fora. No mundo dos homens que queriam ser deuses esquecendo-se de que os deuses só existem dentro do campo..."

Semenya: É o desporto um direito humano?

"O Tribunal Arbitral do Desporto, de Lausanne (CAS), validou quarta-feira a regulamentação da IAAF, que impõe a atletas como Semenya que se mediquem para reduzir os níveis de testosterona produzidos naturalmente pelo seu corpo, de molde a serem elegíveis a participar em determinadas competições de atletismo.
Para mim, tal viola a reserva da vida privada. Põe em causa a autodeterminação da identidade do género e expressão do género. Coloca em crise o direito à protecção das características físicas/sexuais. Afronta o direito ao livre e pleno desenvolvimento da personalidade humana, inscrito na Declaração Universal dos Direitos do Homem. Estigmatiza, marginaliza atletas que, pela sua condição física, são mais vulneráveis, no desrespeito pela dignidade da pessoa humana, Princípio Fundamental do Olimpismo, constante da Carta Olímpica.
Afronta o direito ao desporto, ao restringir, a meu ver, de forma arbitrária, desproporcionada (ainda que, claro, a ética desportiva, a integridade das competições, sejam, por si, fundamentos bem razoáveis), a elegibilidade para participação de certas mulheres em determinadas competições (não todas as competições, o que também não será despiciendo…). Ora, a Carta Olímpica, texto a que as federações internacionais devem obediência, enquadra a "prática desportiva" como "um direito humano", que não deve ser objecto de "discriminação de qualquer tipo". Também a Carta Internacional da Educação Física e do Desporto da UNESCO consagra o desporto como "um direito fundamental de todos", dando na sua nova versão ainda mais enfoque a este direito no prisma do princípio da igualdade, na vertente da não discriminação.
Mais: há aqui uma discriminação em razão do género, em regras que se focam na elegibilidade … das mulheres, em competições … de mulheres, no hiperandrogenismo … feminino. Ora, uma das mais importantes convenções de direitos humanos da ONU, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, prescreve que a igualdade entre homens e mulheres pressupõe as mesmas possibilidades de participar activamente nos desportos.
Se Semenya é um exemplo de hiperandrogenismo, tal deve-se ao facto de o seu corpo produzir um nível excepcionalmente alto de testosterona, mas de forma natural. Ora, se um atleta não é responsável por violação de normas antidopagem quando se demonstre que os níveis da substância proibida no seu corpo são produzidos endogenamente, por que razão se ‘pune’ as atletas intersexo por idêntico motivo? Valerá a pena reler outro acórdão do CAS, no Caso Chand, que lembra que há atletas de elite com mais visão, mãos maiores, mais capacidade aeróbica, superior resistência à fadiga, uma variação genética que os favorece ao nível de músculos… e tudo de forma natural."

Benfiquismo (MCLXX)

O anfiteatro...

Jogo Limpo... Seara, Fanha, Guerra & Luís...

Assalto ao Poder

"Pedro Pinho, conhecido no mundo do futebol como agente de jogadores, é proprietário da empresa PP Sports. É empresário de jogadores como André Pinto do Sporting CP, Pedro Monteiro (antigo defesa central) do Estoril, André Pereira do FC Porto, entre outros.
Como se vê pela carteira de jogadores, não é um agente com uma grande “carteira”. No entanto, conseguiu colocar oito jogadores no actual plantel do FC Porto, entre os quais Brahimi - em parceria com Nélio Lucas (administrador executivo do fundo de investimento Doyen Sports), Herrera, Militão, entre outros. Mas não fica por aqui. Também é conhecido por ter intermediado o negócio do patrocínio com a actual dona da MEO, a Altice, no qual ganhou valores que rondam os 20 milhões de euros
Este é o único agente que consegue - directamente - comprar e vender jogadores do FC Porto.
E por ele passou também - em conjunto com o fanático andrade advogado Aníbal Pinto e o conhecido líder da claque portista Mestre Macaco Fernando Madureira (vizinho da casa dos pais do Hacker Rui Pinto) - todo o negócio dos e-mails.
Pedro Pinho é, aliás, um dos que está a ser investigado pela Polícia Judiciária e que já foi alvo de perícias. As mesmas foram, no entanto, completamente abafadas pelo seu sogro que é um famoso deputado português.
O mesmo, com toda a história dos e-mails, conseguiu separar-se de uma sociedade que tinha com Alexandre Pinto da Costa, chamada Soccer Energy.
Alexandre Pinto da Costa, enquanto sócio de Pedro Pinho, conseguia fazer alguns negócios na instituição FC Porto. No entanto, após essa separação, Alexandre foi completamente desviado de todo e qualquer negócio com o clube. Pedro Pinho foi o grande beneficiário.
Como é que um pai consegue preterir o próprio filho em detrimento de um "estranho" e alimentá-lo com negócios milionários após o próprio "estranho" ter "roubado" milhares de euros ao seu próprio filho? Aqui está o cerne da questão.
Porque será que Jorge Nuno Pinto da Costa tem tanto medo em fechar as portas a este empresário? Porque será que ele, todas as semanas, se desloca ao Banco Carregosa, no Porto, para fazer levantamentos de elevadas quantias em dinheiro? Estará esta estranha rotina directamente interligada com o medo que Pinto da Costa sente por ele? E para que será esse dinheiro? Nós sabemos. É para toda a máquina do crime funcionar na perfeição.
Uma comissão de um jogador normalmente é de 10%, qual o motivo de o FC Porto pagar 8.5 milhões de euros pelo Militão quando o custo do jogador por 90% do passe foi de 4 milhões? Se 1.5 milhões foram para encargos – como refere o R&C da SAD portista de 2017/2018 - para quem foram os restantes 3 milhões? Pai? Mãe? Tio? Avô do jogador? Ou terão ido para... algum intermediário?
Os empresários desse jogador são a BMG, parceiro do FC Porto no Museu e fiador através do Banco BMG. São os únicos que podem tratar de negócios do FC Porto no Brasil.
Pedro Pinho é, em conjunto com outro empresário português, o representante oficial deste grupo em Portugal. O porquê desta coincidência? Porque só através dele conseguiram e conseguem fazer negócios no FC Porto.
Pinto da Costa, através desta figura pouco conhecida em Portugal, perdeu total controlo da instituição FC Porto no que diz respeito a contratações, gestão e estratégia. O motivo é claro, o rabo está muito preso. Será por causa dos emails?
Pedro Pinho, em conjunto com Adelino Caldeira, montou uma máquina de destruição no futebol português com o intuito de controlar o mesmo nos bastidores, onde se englobam figuras como Manuel Tavares - director da FC Porto Media, Francisco J. Marques - director de Comunicação, juntamente com peões seleccionados a dedo, como Diogo Faria, Pedro Bragança e muitos outros nobres e leais funcionários do sistema.
Pinto da Costa, ao constatar que começava a perder o controlo da totalidade do poder para Pedro Pinho em conjunto com Adelino Caldeira, tentou mexer-se usando o próprio filho e outro agente cujo nome já está entregue na Polícia Judiciária, arranjando provas e mensagens para denunciar os esquemas desta associação criminosa em vários jogos do FC Porto.
Entre essas provas, estão os jogadores pagos por Pedro Pinho para facilitarem nos jogos em prol do FC Porto. Vágner, a título de exemplo, recebeu 150 mil euros de Pedro Pinho para facilitar no Boavista - FC Porto. Mas não só, existiram também manobras de bastidores utilizando António Perdigão - antigo árbitro-assistente e arguido do Apito Dourado (actualmente comentador de arbitragem do Porto Canal) - para condicionar os árbitros dos jogos, como Vasco Santos, no célebre Estoril - FC Porto.
Tudo isto está em investigação. Com nomes, factos e provas numa queixa que tem rosto e não é anónima. O objectivo é ilibar a SAD portista e afastar Pedro Pinho, Francisco J. Marques e toda esta máquina que foi construída com o intuito de difamar e incriminar o Benfica, controlando, assim, os campeonatos e usufruindo das verbas avultadas da Champions.
Pinto da Costa foi inteligente ao mandar entregar esta denúncia na Polícia Judiciária, não dando a cara e utilizando terceiros para que a instituição FC Porto nunca seja incriminada, visto que os mesmos não fazem parte dos órgãos sociais.
Por aqui vemos a envolvência do verdadeiro Polvo, cujo apito dourado continua bem patente na sua boca. Brevemente voltaremos com novos dados."

Falta tudo

"Vitória em Braga não foi uma pedra no caminho do título, foi uma pedreira na construção do 37

No passado domingo fiz a auto-estrada para Braga (A3) à frente do autocarro do Benfica e assisti a uma das mais impressionantes manifestações de apoio dos últimos anos. Os viadutos carregados de adeptos mostravam lençóis com «37», «Reconquista», «Sempre juntos» e muitas outras mensagens entre dezenas de bandeiras.
Num jogo em que só cederam 1500 bilhetes ao Benfica, éramos uma clara maioria no municipal de Braga. Pode o benfiquista (do norte) não ter 60 euros para dar pelo exorbitante bilhete, mas nunca falta a alma e o amor para apoiar a equipa nem que seja empoleirado no viaduto de auto-estrada mais perto de sua casa. Aquela viagem Porto - Braga foi arrepiante na paixão de adeptos que dão tudo o que podem, para lá do que é imaginável, na busca do sonho colectivo.
Naquela primeira parte de Braga, onde houve pouco Benfica em campo, nunca faltou benfiquismo a clamar por outra alma nas bancadas. Esse Benfica, com essa alma, chegou em grande esplendor nos segundos 45 minutos. Foram quatro e podiam ter sido oito não fosse a exibição excelente dum Tiago Sá que parecia defender o impossível.
Que grande segunda parte fez o Benfica no passado domingo.
Não foi uma pedra no caminho do título, foi uma pedreira na construção do 37. Queremos convocar esse Benfica dos segundos 45 minutos, para não nos abandonar nos 270 que ainda faltam. Apenas centrados em nós e naquilo que falta fazer, com um ilimitado apoio nas bancadas e sem adeptos a sair antes do apito final.
Falta tudo, faltam 270 minutos e não podemos falhar um minuto no apoio como adeptos. Esse é o tributo material e moral que devemos àqueles que sem 60 euros para dar um bilhete assistiram agarrados aos filhos nos viadutos da auto-estrada por um instante de passagem do vermelhão para aquele enésimo de apoio que pode fazer a diferença.
Bruno Lage sabe, como eu, que neste momento ainda falta tudo. Aquela diferença tão pequena que separa o tudo do nada é neste momento uma tarefa colectiva, para a qual ninguém pode faltar e por isso há milhões de tarefas distribuídas.
Todos os benfiquistas têm que cumprir a sua parte. Porque o amor daquele pai sem dinheiro para os bilhetes, agarrado aos filhos no viaduto da A3, jamais me sairá da memória. Todo o apoio amanhã na Luz!"

Sílvio Cervan, in A Bola

Três finais

"Não sei se a afirmação, em comunicado portista, de que 'o FC Porto tudo fará para que seja respeitada a verdade desportiva', logo seguida do aviso 'doa a quem doer', deva ser entendida como piada ou ameaça. Séria é que não será. Numa temporada em que a verdade desportiva tem sido vilipendiada jornada após jornada - a lista de decisões incompreensíveis favoráveis ao FC Porto ocuparia esta página inteira -, os responsáveis portistas, talvez demasiado a deturparem e revelarem e-mails roubados ao Benfica, nunca encontraram o momento certo para pugnar pela dita, preferindo, de benefício em benefício, remeter-se ao silêncio ensurdecedor típico de quem, nos tempos do Apito Dourado, entendeu não recorrer de uma punição (inócua, claro está) relativa a corrupção. Aquela 'verdade desportiva', tão útil para adulterar a tabela classificativa, é que era. Esta das últimas jornadas, em que nem o Benfica é nitidamente roubado ou o FC Porto claramente ajudado, não serve. O aviso também é interessante. Quem poderá ficar dorido? Árbitros que fazem o melhor que podem e sabem, recusando-se a aderir à causa portista? Árbitros que possuam estabelecimentos comerciais? Árbitros que treinam na Maia? Familiares de árbitros? O Conselho de Arbitragem, outrora competente até os portistas sentirem que o título lhes poderá fugir?
Enfim, a impunidade ao longo de décadas tem sido tanta, que nada surpreenderá.
Indiferente a este circo tem estado a nossa equipa, focada, jogo a jogo, no seu objectivo supremo: a reconquista.
O triunfo em Braga foi brilhante, alicerçado numa segunda parte memorável e no apoio incessante nas bancadas. Foi à campeão. Terá de sê-lo, também, nas três 'finais' que se seguem!"

João Tomaz, in O Benfica

Festinhas

"Cerca de duas centenas de adeptos esperaram a chegada do Vermelhão na noite de domingo para segunda-feira. A equipa de futebol tinha goleado em Braga e conseguido isolar-se no comando do campeonato. Era lógico que os adeptos estivessem satisfeitos. Foi mais um passo rumo ao que nos pertence por direito. Logo as televisões se apressaram a fazer direitos e a encher rodapés com palavras fortes como 'euforia', 'festa', loucura'. Mas está tudo doido? Será que já se esqueceram de como são as festas do Sport Lisboa e Benfica? Mas desde quando é que nos podemos referir a duas centenas de adeptos - grandes adeptos - à porta da garagem da Luz a incentivar a equipa como uma 'festa'? Estiveram lá e muito bem, contentes, mas sem euforias e com os pés bem assentes na terra. Foi uma pequeníssima amostra daquilo que os pode esperar se vencerem os próximos três jogos. E todos sabemos como cada um desses encontros vai estar revestido de interesses especiais.
É certo que aqueles duas centenas rivalizavam com a 'multidão' que esteve no início desta semana à porta da Câmara Municipal de Lisboa para receber os vencedores da Liga dos Campeões de futsal (parabéns pela vitória ao Sporting Clube de Portugal), mas pelo menos na Rotunda Cosme Damião ninguém entoou cânticos com referências à fornicação de rivais. Isso ficou guardado para a comemoração oficial no Pavilhão João Rocha.
Nesta semana também assistimos a outra festa de pequenas dimensões, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Foi o apoteose dos sub-19 do FC Porto, vencedores da Youth League (igualmente de parabéns pela vitória). À espera dos rapazes lá estavam, agora com mais roupa vestida, os elementos da associação de adeptos dos azuis-e-brancos. Dias depois de humilharem e insultarem a equipa principal de futebol, foram apoiar os miúdos.
Pois é, cada um com a sua festa. Só falta a nossa, uma festa a sério. Mas sem pressas de atirar foguetes. Jogo a jogo, sempre a puxar pelos nossos."

Ricardo Santos, in O Benfica

A ignorância

"Ignorância (L'ignorance no original) é o título de um livro do escritor checo Milan Kundera, escrito em 2000. Uma mulher e um homem encontram-se por acaso durante a viagem de regresso ao país natal, de onde emigraram vinte anos atrás. O enredo está centrado na possibilidade de recuperarem uma estranha história de amor, que então, na sua terra, fora apenas iniciada. Entretanto, depois de tão larga ausência, as suas lembranças não se assemelham. A nossa memória só é capaz de reter uma pequena parcela do passado, sem que ninguém saiba porquê precisamente essa e não outra, Vivemos imersos num imenso esquecimento e não nos preocupamos com isso. Só aqueles que, como Ulisses, regressam vinte anos depois à sua Ítaca natal podem ver de perto, atónitos e deslumbrados, a deusa da ignorância.
Entre 2003 e 2005, as contas bancárias nacionais, tituladas e co-tituladas por JNPC, registaram entradas de valores, líquidas, significativamente superiores aos rendimentos declarados, em sede de IES, por este sujeito passivo, desconhecendo-se a existência de qualquer outra actividade, prosseguida por JNPC, que possa justificar esta diferença.
No mesmo período, a principal conta aberta no BBVA de Vigo, pertencente a JNPC, registou entradas de valores, uma das quais ordenada por JNPC, cujo motivo que esteve na sua génese não foi possível determinar, por insuficiência de informação.
Sobre este assunto, somente se pode concluir que estes fluxos financeiros não entraram no circuito bancário português.
No período analisado, foi evidente a circulação de valores entre as contas bancárias nacionais tituladas e co-tituladas por JNPC.
A memória das pessoas, realmente, parte dela não tem explicação. O problema é quando pessoas muito inteligentes utilizam esse conhecimento criando memória selectiva! Nesse caso, muitos poucos conseguem descobrir essa artimanha."

Pragal Colaço, in O Benfica

Precisam de assistência? Chamem o Pizzi

"Nesta semana tive um problema com o carro e vi-me obrigado a pedir assistência. 'Mas que raio tenho eu que ver com isso?', pergunta o leitor. Passo a explicar. Assim que chegou o reboque, percebi que estava metido numa alhada. Então não é que eu pedi assistência, e quem me apareceu no local foi o Sr. Domingues? Surreal, não é? Todos sabemos que, se for necessária uma assistência, para assistir não há ninguém melhor do que o Pizzi. Então mandaram-me para lá o Sr. Domingues porquê!? Não achei piada à brincadeira e lá tive de ir a pé desde o Terreiro do Paço até casa - o que pode parecer uma loucura, uma vez que moro em Braga, mas segundo a orientação geográfica do jornalista Paulo Garcia até nem fica assim tão longe. Aproveitei e ainda passei pelo Arco do Triunfo, portanto o aborrecido incidente acabou por ser compensado por um agradável estímulo cultural. Nesta temporada, o Pizzi leva mais assistências (18) do que os golos marcados pelo Feirense na Liga (17). É o jogador com mais passes para golo nos campeonatos de todo mundo. Se a estes dados impressionantes somarmos os 14 remates certeiros, percebemos que o Luís Miguel atravessa o melhor momento da carreira. Eu acompanhei parte da formação. Recordo-me de jogar nos iniciados do SC Braga e participar como apanha-bolas em vários jogos da equipa de juniores, onde despontava o Pizzi. Era o único jogador que não dava trabalho nenhum, porque os cruzamentos iam sempre direitinhos para a cabeça dos avançados. A relevância do Pizzi dentro do Benfica cresce a cada ano que passa, portanto ainda bem que as empresas de assistência em viagem andam a dormir. É a sorte do Sr. Domingues, que assim tem conseguido manter o emprego."

Pedro Soares, in O Benfica