Últimas indefectivações

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Antevisão...

Um relatório e contas muito pouco pipi


"1. Roberto Martínez: «O João Neves nasceu para jogar futebol e para jogar na Seleção.» Esperemos é que seja mais do que cinco minutos.

2. Está confirmado, haverá cinco novas modalidades para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028: flag football, squash, lacrosse, críquete e softbol. Aposto que em 2032 haverá saltos de bomba para a piscina, campismo selvagem e dança do ventre.

3. Curioso: Eden Hazard anunciou o fim da carreira quatro anos depois de a ter terminado.

4. Roger Schmidt após o sofrido triunfo no Estoril: «Não interessa como se ganha, interessa é ganhar.» Interessa sim como se ganha, pois é a única forma de compreender quando se perde, mas diria mais ao treinador do Benfica: se amas o futebol e amas o Benfica não podes responder assim.

5. Há qualquer coisa de Forrest Gump neste Forrest Gyokeres, mas quem viu o golo que marcou à Bélgica (além de tudo o que tem feito no Sporting) já percebeu que correr muito e correr o jogo todo é apenas parte do grande jogador que tem provado ser.

6. O Mundial 2030 vai iniciar-se no Uruguai, Argentina e Paraguai e jogar-se em Portugal, Espanha e Marrocos. «Qualquer dia vamos jogar no Monte Evareste», reagiu Marco Rose, treinador do RB Leipzig. Não é aconselhável dar ideias a Gianni Infantino...

7. O Botafogo ganhou o primeiro jogo após o despedimento de Bruno Lage e o jogador Marçal reagiu assim: «Voltámos a fazer arroz com feijão, o simples dá certo.» Está visto que para se ser um treinador de sucesso não é preciso ganhar o ‘masterchef’.

8. Rezam as crónicas que Neymar terá organizado uma festa privada no mesmo hotel onde a seleção brasileira estava alojada. Sei que critico muitas vezes o rapaz, mas neste caso tenho de o defender pela preocupação ecológica que revelou ao fazer a festa no mesmo hotel da seleção para evitar deslocações.

9. Fernando Diniz, o selecionador interino do Brasil, deixou as coisas muito claras quanto a Neymar. «Nenhum treinador do mundo abriria mão dele.» Verdade, não conheço um único treinador de samba que o fizesse. Uma pequena pausa para lamentar a grave lesão contraída por Neymar. E aqui, obviamente, sem ironia.

10. Ronald de Boer sobre a crise do Ajax: «Não se pode fazer chocolate com m****.» Antes de mais, devo dizer que adorei a frase, um ‘upgrade’ ousado do clássico «fazer omeletes sem ovos». Mas há que reconhecer que também há por aí muitos treinadores que transformam chocolate em m****.

11. A SAD do FC Porto apresentou contas com quase 48 milhões de prejuízo. Se pedissem ao líder do PSD, Luís Montenegro, para comentar o tema, é fácil imaginar o que diria: «É um relatório e contas muito pouco pipi.»

12. Vale a pena recordar o que disse o administrador Fernando Gomes a 5 de junho, durante a apresentação dos resultados do empréstimo obrigacionista 2023-25: «O FC Porto vai querer responder em termos de sucesso desportivo ao que tem sido o sucesso financeiro.» Isso não será colocar a fasquia demasiado alta?

13. No meio de tudo isto, deixo uma sugestão: que seja Sérgio Conceição a entregar os prémios de 1,6 milhões de euros aos administradores. É aproveitar agora porque ele anda muito calmo.

14. Todos os dias surgem novos dados sobre o caso das apostas ilegais por parte de jogadores italianos. «Zaniolo apostava no banco da Roma», foi revelado. Com o ‘clube de fãs’ que José Mourinho tem, ainda vai aparecer alguém a dizer que a culpa é dele por não meter Zaniolo a titular.

15. O espanhol Gabri Veiga, 21 anos, falou sobre a ida para a Arábia Saudita: «Não foi pelo dinheiro, foi para crescer.» É exatamente a mesma razão porque eu jogo no Euromilhões."

Gonçalo Guimarães, in A Bola

5 minutos: Diário...

RND - Carrega, Cortes Mundial...

Terceiro Anel: Café #11 - Daniel Nunes...

Terceiro Anel: Diário...

ESPN: Futebol no Mundo #278 - Neymar sofre lesão mais grave da carreira: voltará em alto nível?

A Verdade do Tadeia #2024/54 - A Taça e a TV

Zero: Saudade - S02E07 - Os deuses de Atenas devem estar loucos

Lanças, excerto...

Central, excerto...

A nova casa da Associação dos Atletas Olímpicos de Portugal... e a mudança como oportunidade!


"A mudança é uma constante na vida. Seja no âmbito pessoal, social, ou global, a capacidade de nos adaptarmos e evoluirmos é essencial para o progresso e o desenvolvimento. É fascinante observar como as pessoas e sociedades lidam com as transformações que ocorrem ao longo do tempo. A mudança pode ser desafiadora, inspiradora e muitas vezes inevitável, moldando as nossas vidas e o mundo à nossa volta.
O mundo muda, as instituições mudam, o tempo muda, aquilo que hoje consideramos um porto seguro das nossas convicções, hoje mesmo muda. A mudança e a gestão da mudança são um novo desafio, fazem parte do nosso quotidiano, a imprevisibilidade tornou-se nossa companheira do dia-a-dia. Quem melhor se adaptar e encarar a mudança como uma oportunidade, seguramente caminhará no pelotão da frente.
Nós Mudámos de Casa e mudámos a nossa casa. A mudança é sempre um factor de oportunidade e melhoria, a mudança é também uma marca indelével desta Direcção. Queremos ajudar a mudar a capacidade interventiva dos atletas, queremos acompanhar as novas tendências, queremos estar à frente e seguir em frente com um passo ritmado, por vezes mais devagar, outras num passo mais apressado, mas sempre a avançar. Queremos estar neste caminho respeitando todos os interlocutores. E queremos também ser respeitados, mesmo que muitas vezes apareçamos como uma voz dissonante. Mas, acima de tudo, queremos ser coerentes para com a nossa missão social e o nosso propósito - para os atletas, pelos atletas para a sociedade!
Inaugurámos no passado dia 3 de Outubro a sede da AAOP em Cascais, um Concelho que desde o primeiro minuto nos soube receber e entendeu sempre esta colaboração como uma mais valia. Foi uma travessia de três anos com muitos avanços e alguns recuos, mas uma caminhada que temos feito sempre com entusiasmo e, achamos, que entusiasma os nossos fãs, os nossos atletas, os nossos parceiros, sempre por águas nunca dantes navegadas.
Esta nova sede é um marco de extraordinária importância para a AAOP. É prova do nosso dinamismo, da nossa sustentabilidade financeira e, acima de tudo, da nossa capacidade de apresentar e demonstrar, através de acções concretas, a nossa proposta valor e o impacto mensurável que temos na sociedade civil.
A AAOP tem também na sua génese e como objectivo dignificar o movimento Olímpico. O seu percursor, o Barão Pierre de Coubertin, dizia já à época, com uma lucidez fantástica, que o desporto era um meio poderoso para reabilitar e despertar nações e consciências. Não nos esqueçamos que o olimpismo nasceu entre guerras e teve como propósito também acabar com as guerras.
E o que a AAOP quer e os atletas querem, é francamente simples. Em primeiro lugar ter voz e independência resultado da sua sustentabilidade financeira. E em segundo lugar dar voz e capacidade interventiva aos nossos associados. Queremos voar alto... Já dizia Leonardo da Vinci que "Uma vez que alguém tenha experimentado voar, andará pela terra com os olhos voltados para o céu, pois lá já esteve e para lá desejará voltar." Nós, atletas por si só, já voamos e aspiramos legitimamente a voar sempre mais alto, de acordo com a nossa natureza competitiva, e estará tudo certo. Mas quando já lá estivemos uma, duas, três vezes, também sabemos que há uma altura em que esse também pode ser um voo conjunto, em equipa, com os direitos e deveres associados.
Estes esforços colectivos podem e devem ter impacto tanto no ambiente desportivo quanto na sociedade em geral, mas é também uma educação, um processo para o qual todos temos o dever cívico de contribuir e aspirar enquanto grupo. Uma caminhada, uma aprendizagem para percebermos todos que este propósito não é um caminho individual, é algo que está muito acima das nossas circunstâncias. Semear para os outros e talvez nunca colher em proveito próprio.
Queremos ter como objectivo transformar, melhorar a cultura desportiva do país e ser um meio para transmitir uma visão da sociedade mais inclusiva, mais solidária, mais tolerante, potenciar os valores da excelência do respeito e da amizade. O desporto não é um fim em si mesmo, mas é um meio poderoso, para modificar comportamentos.
Por isso criámos este modelo de 3 pilares estratégicos em que numa primeira fase construímos a nossa base, a fundação do edifício: quem somos, o que queremos, para onde vamos, como nos podem ajudar como podemos ser ajudados. Identificamos os perfis dos atletas, neste percurso único e cada vez mais com a participação dos nossos associados. Promovemos tantas iniciativas com impacto: o Cascais Olímpico; no Matosinhos Olímpico o nosso 20º aniversário; iniciativas na área da Saúde Mental, como o II Seminário da Saúde Mental no Desporto de Alta Competição; na Educação com o Curso de Empreendedorismo e Gestão de Negócios (52 atletas neste momento em que falamos decorre a 2 edição) , na empregabilidade, junto das empresas, a criação de um modelo de comunidade Olímpica, as ligações olímpicas, enfim tantas e tantas outras.
Assumimo-nos não como um conjunto de associados virados para dentro, reduzidos à nossa individualidade, mas sim como um conjunto de cidadãos de elite, conscientes da nossa responsabilidade, querendo retribuir, virados para o exterior, e com preocupações legítimas.
E quais são as nossas preocupações?

Pós-carreira
O pós-carreira chega mais tarde ou mais cedo para todos os atletas de topo. A diferença está na forma como nos prepararmos para o momento, sendo que um dos factores que importa ter presente e que pode minimizar este impacto, é que os atletas de alto rendimento tenham a consciência de que este percurso corresponde apenas a 30% do tempo das suas vidas, e a grande oportunidade é perceber que muito ainda está para vir, muitas conquistas estão ainda por acontecer, e que apenas estão a passar por um processo que não é um fim em si mesmo, mas sim um percurso com todas as emoções necessárias que nos mantêm vivos e interessados, no verdadeiro e emocionante percurso a que se chama vida.

Empregabilidade
Sempre se falou nas capacidades de um atleta de alto rendimento, que são muito procurados por empregadores num grande número de sectores. Essas características transferidas do treino, trabalho duro e esforço para chegar ao topo do jogo, são altamente desejáveis no mundo dos negócios. As mesmas características que o colocaram no topo de sua carreira desportiva são as mesmas características que os empregadores consideram desejáveis. Mas para tal é necessário que estejam preparados para esse salto, que tenham as soft skills necessárias, que possam adequar as suas características ao ambiente extremamente competitivo das empresas.

Tudo mais uma vez começa num plano estruturado e alinhado entre todos os agentes desportivos e sociedade civil, que envolve três pilares fundamentais, a educação nas escolas, as carreiras duais que conciliam o aproveitamento desportivo e escolar e as condições para uma preparação e antecipação para encarar o pós-carreira de uma forma mais natural. No fundo é esse um dos factores que cria um ambiente mais seguro para quem compete ao mais alto nível, ajudando a melhorar a sua performance desportiva ao estar focado a 100% na sua carreira de atleta de alto rendimento com a segurança de um futuro devidamente enquadrado.
O que pretendemos e como queremos ajudar a impactar e melhorar o Desporto Nacional, na sua vertente social económica e desportiva.
Queremos intervir em três eixos fundamentais: a Educação, a Saúde e o Desporto. Temos um problema imenso para resolver: 74% de inatividade física em Portugal, num mundo hoje com 8 mi milhões de habitantes. Destes, 28% não são ativos, com todos os problemas daí decorrentes.
Queremos e já estamos a contribuir para a Lei de Bases da Actividade Física e Desporto, um pilar fundamental das grandes linhas orientadoras do desporto nacional, aliás como já fizemos com o DL 272 que estabelece as medidas específicas de apoio ao desenvolvimento do desporto de alto rendimento.
Queremos falar e voltar a falar do famoso plano estratégico nacional para o desporto. Não é obviamente uma quimera, nem algo que se possa guardar numa gaveta, nem por si só a receita infalível, mas até lá chegar precisamos de saber, enquanto stakeholders do fenómeno desportivo, o que queremos, como queremos, para quem, algo que seja pensado, resultado de um inquérito de opinião àqueles que podem definir os melhores objetivos e que sabem que o desporto tem um papel essencial na sociedade e pode efetivamente despertar uma nação. São eles a sociedade civil os agentes desportivos e todos aqueles que de uma forma direta ou indireta podem intervir e influenciar positivamente o fenómeno desportivo.
Temos de perceber e ambicionar envolver os adeptos do desporto nesta visão maior. Como inspirá-los e como comunicar esta visão de que o desporto tem um papel muito para além das medalhas, tem o poder de unir e despertar uma nação, sendo as medalhas uma consequência, o reflexo deste fenómeno e dinâmica aglutinadora. Los Angeles 2028 está aí e já estamos atrasados para este debate. Em vez de criticar modelos económicos, devemos é lutar por um plano estruturado para que o desporto desperte uma nação.
E essa é a missão também da AAOP. Não só para a AAOP mas para a sociedade. Obrigado aos nossos parceiros que rapidamente perceberam a nossa missão, a nossa proposta valor, o impacto que temos e continuaremos a ter para os atletas, pelos atletas, para a sociedade.
Instalámos a nossa sede em Cascais num concelho solidário, coeso e interageracional, muito obrigado Cascais duplamente por nos ter acolhido sem reservas no seu Concelho e por nos ter dado uma sede e ter cumprido a promessa... esta sede também é vossa!"