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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Afinal é a mesma

"Continua a saga de descrédito da Taça da Liga (TL) na razão directa (mas desproporcionada) dos derrotados. Os mesmos que dão um absoluto crédito à Supertaça na razão directa (mas desproporcionada) das vitórias.
Comparemos a TL com a Supertaça: naquela estão todos os clubes principais que, quase sempre, só atingem a final depois de deixar pelo caminho um forte rival. É certo que não dá acesso a uma competição europeia, tal qual a Supertaça. Esta resolve-se com um jogo na pré-temporada que, às vezes, é entre o campeão e o... derrotado da Taça de Portugal. Apesar da crise de patrocínios, é a TL que ainda dá um razoável retorno relativo, sobretudo para os clubes mais modestos.
Há quem chame à TL os mais despeitados nomes: Taça LB (falando de árbitros, porque não os Campeonatos Martins dos Santos, Calheiros, Manuel Vicente, etc.?), Taça Negra (?), Taça da Cerveja (creio que da mesma marca de alguns Campeonatos...), Taça Intercalar, ou amnesicamente, «aquela-taça-de-que-não-me-lembro-do-nome». Voltando à Supertaça recordo-me de, em 1994, nas Antas, perto do fim, ter sido anulado um golo limpo a Amaral que dava ao titulo ao SLB. Porque não a Supertaça DR (Donato Ramos)?
No sábado, o SC Braga foi um vencedor com merecimento num bom jogo de futebol entre duas equipas que respeitaram a dita Taça. Mas, se em vez do Braga tivesse sido o Benfica, lá teríamos um novo nome - Taça Capela - após a versão do penalty (sem espinhas) protagonizada pelo treinador dos vencidos.
Afinal não havia outra. A TL é a mesma. Tanto que, este ano, os anti-TL lá tentaram almejar tão renegado e marginal título pela via jurídico-administrativa."

Bagão Félix, in A Bola

Soube a pouco !!!


Benfica 1 - 1 Atlético

A equipa esteve 'mais ou menos bem' até ter marcado o golo - já tinha sido mal anulado, um golo, ao Kardec, por fora-de-jogo inexistente -, mas quando quis controlar o jogo, não conseguiu... voltando a demonstrar as habituais falhas de concentração na zona defensiva, com perdas de bola imperdoáveis - apesar disso, o golo do empate do Atlético, até foi um grande golo!!! -, 'cheirava' que o Atlético ia empatar, apesar de em ataques rápidos o Benfica desperdiçou variadíssimas oportunidades...!!!
O regresso do Pimenta ao meio-campo deu estabilidade à equipa. O Cavaleiro, além do golo, nos últimos jogos parece-me em crescendo de forma: recordo que começou muito bem a época, depois assinou um novo contracto, baixou a pique, e agora parece-me melhor!!! O Rosado parece-me estar muito melhor fisicamente, agora só falta ter 'cabeça', é preciso ser mentalmente competitivo, para triunfar, não basta ter talento nos pés...
Creio ser muito importante para os jovens jogadores, jogarem em casa... espero que para a próxima época, os jogos sejam todos no Seixal.

PS: Os Lagartinhos Bês, depois de no início da época terem sido escandalosamente levados ao colo, com penalty's em catadupa... depois da subida ao plantel principal de alguns jogadores, caíram a pique. Com a entrada do Pavão, especialista em pássaros, parece que voltaram a ser perigosos!!! Hoje, em Santa Maria da Feira, beneficiaram de 3 expulsões do Feirense, a primeira aos 4 minutos!!! Com alguns jogadores do Feirense lesionados, o jogo nem sequer chegou ao fim, aos 76 minutos, com o Feirense a jogar somente com 6 jogadores, o jogo terminou. Mesmo assim, o Sporting só estava a ganhar por 3-1...!!!

Jesus está in

"É verdade - Jorge Jesus parece outro. Mais tranquilo, mais consistente. Capaz de rodar jogadores. Hábil a trocar peças sem que o todo perca eficácia. E a equipa do Benfica? Solidária, empenhada, envolvente. Pelos flancos. É desde os flancos que este futebol do Benfica faz mais vítimas.
A época que agora caminha para as decisões parece talhada para um registo histórico de um grupo de homens que perdeu no início da campanha nomes tão relevantes como Javi Garcia e Witsel. Jesus chega à maturidade como técnico aos 58 anos. Um grande feito que prova a sua capacidade para se adaptar a novos desafios.
Apesar de estudar agora intensivamente inglês, Jorge Jesus tem tudo a postos para ficar na Luz. Prescindirá de parte do salário, mas verá os prémios por objectivos subirem de forma significativa.
Para Luís Filipe Vieira, a manutenção de Jesus pode ser um risco. Quem é o presidente do Manchester United? E quem é o treinador?...
Quanto mais anos Vieira mantiver Jesus na Luz, menos se poderá destrinçar o que é fruto da estrutura montada pelo presidente e o que é de facto dedo do técnico.
Mas Vieira não parece um presidente sedento de protagonismo. O estilo deste líder do Benfica aproxima-se mais do de um gestor do que do de um político. Vieira sabe o quanto já ganhou com jogadores valorizados pelo trabalho de Jesus. Como sentenciou há poucos dias na CM TV Octávio Machado, Jesus devia prescindir do ordenado e propor uma percentagem no lucro da venda de jogadores. E Vieira sabe melhor do que ninguém contar milhões.
Por isso Jesus só não continuará na Luz se não quiser."

Crónica de uma qualificação anunciada

"Vitória do Benfica na 1ª mão condicionou reencontro com Paços de Ferreira.
Com a Taça nesta fase a assumir-se ambidestra, a atribuição do passaporte para o Jamor passou a ter um prazo mais dilatado, dependendo agora de 180 minutos de discussão (pelo menos), pelo que só ao 2.º jogo, a tal 2.ª mão, é que o caso pode ser tido por encerrado. Mas, depois do triunfo do Benfica no terreno dos pacenses (2-0), fez agora dois meses (!), poucas dúvidas restavam quanto ao desfecho da eliminatória. Mesmo levando em conta aquela insólita "remontada" levada a cabo pelo FC Porto. Afinal, para aviso já chegava.
Para o encontro da Luz, as duas formações apresentaram-se em força, mas - ficou à vista - sem força nenhuma. Foi um jogo morno, sem grandes rasgos nem correrias, com Benfica e Paços a pensaram sobretudo na Liga e nas posições que ambos nela ocupam e não querem perder. Dir-se-ia que os dois estavam conformados com a sorte que o Destino lhes traçara para esta edição da Taça, pelo que "arriscar" foi palavra desde logo banida dos respectivos prontuários.
Jogando em casa, o Benfica controlou o jogo desde o seu início, por isso se entendendo um maior índice ofensivo, em relação a um adversário concentrado na zona do miolo, com saliência para Josué, mas sem capacidade de explosão lá na frente. Já o Benfica, igualmente com argumentos de peso no meio campo (Salvio, Enzo e Gaitán), não deixou de se revelar mais perigoso no ataque, onde a dupla Cardozo-Rodrigo ganhava facilmente em visibilidade ao isolado e desprotegido Poulson, no lado contrário.
Esta diferença acabaria por se fazer sentir nos lances de maior apuro e se é verdade que Hurtado teve excelente oportunidade para desfeitear Artur, não é menos certo que o Benfica soube "cobrir a parada", ao registar, nas duas partes, uma bola no poste e outra no fundo da baliza, ambas com a assinatura de Cardozo. O resultado podia ter conhecido imediata alteração se de um lado e de outro tivesse havido então maior acerto ou empenho. Mas, com tudo consumado, em matéria de apuramento já se vê, a velocidade de cruzeiro manteve-se, apesar das entradas de Lima e Ola John, nos da casa, e de Caetano, nos que a visitaram.
Seria, porém, Cícero quem acabaria por revolucionar o jogo. Rápido e poderoso, o ponta de lança pacense entrou a 20' do fim e fez um golo, se bem que por gentileza de Maxi, ao oferecer-lhe a bola em zona proibida. Mesmo assim, o recém-entrado pregou uma "catilinária" a Garay para se enquadrar com a baliza e bater Artur. E nisso teve grande mérito. Era o empate, um resultado algo enganador - o Benfica mesmo a meio gás foi superior - mas sempre digno de registo por haver sido conseguido na Luz. A sua eficácia acabou, contudo, por se diluir no tal 0-2 da "première". Segue-se o Jamor."