Últimas indefectivações

quarta-feira, 16 de abril de 2014

O Benfica júnior

"Depois de chegar pela 3.ª vez nas últimas 4 épocas a meias-finais europeias, e entre o último passo antes de se sagrar campeão nacional e o jogo de hoje para a Taça, importa falar dos juniores do Benfica. Não tanto porque são campeões nacionais e lideram este ano o campeonato português, mas porque foram finalistas da primeira UEFA Youth League, uma espécie de Champions para os mais novos.
Pelo caminho ficaram Real Madrid, Manchester City, Áustria de Viena e, na fase de grupos, PSG, Anderlecht, Olympiacos, com um assombroso score acumulado de 25-7, só sucumbindo, com honra, na final com o Barcelona (maldição de Guttmann ainda?)
É o resultado de um trabalho profundo, sólido e estável, depois de, durante muitos anos, as camadas jovens terem sido votadas ao ostracismo.Uma política que engrandece o clube e que é desportivamente compensadora e financeiramente reprodutiva. O Benfica tem 12 equipas entre juniores, juvenis, iniciados, infantis (designações que prefiro à, agora em voga, confusão dos sub-idade x) e entre classes com nomes sugestivos de benjamins e traquinas.
Espero que, na Luz, estes atletas não percam a dimensão que está para além do futebol-jogo. Que cresçam pelo seu exemplo de jovens competentes no seu trabalho e, ao mesmo tempo, com maturidade, sentido humano e ético que lhes permita encarar os obstáculos e os embates do mundo. Este sentido mais completo e integral da carreira de um jogador é também a medida do sucesso da formação de um grande clube como é o Benfica. Desde o Benfica Júnior ao Benfica Sènior. E como lhes disse Luís F. Vieira, «têm um futuro de vitórias pela frente»."

Bagão Félix, in A Bola

Força na recuperação...



Não conheço as condições do contrato entre o Sílvio e o Atlético de Madrid, e também não conheço as condições do empréstimo entre o Benfica e o Atlético de Madrid, mas espero sinceramente que o Sílvio fique no Benfica, emprestado, ou contratado em definitivo...
Veja-se agora, com a expulsão do Siqueira esta noite, com o Sílvio lesionado, sem substitutos à altura na equipa B, a solução para Domingo é o André Almeida, só que com o Fejsa e o Rúben Amorim também indisponíveis, ficamos quase sem soluções para a posição '6'...
Jogadores polivalentes como o Sìlvio são sempre necessários, é verdade que as lesões não largam o Sílvio, mas o azar não pode estar sempre a bater à porta... uma coisa são lesões crónicas, sempre iguais, normalmente musculares, outra coisa são lesões traumáticas, como tem acontecido vezes demais ao Sílvio...
Recupera bem e rápido, e espero ver-te novamente com a camisola do Glorioso, o clube do teu coração!!!

Cardoso... à defesa!!!

Orgulho de Portugal


Orgulho de Portugal! from Ben Fica on Vimeo.

Realizado e produzido por editor69, in Blog de Leste

Sinais exteriores de grandeza...

"Impressionante mar de gente do Benfica no jogo com o Arouca, em Aveiro. É óbvio que o entusiasmo por um título que estará, de facto, muito próximo de se tornar realidade ajuda à mobilização nacional dos benfiquistas, mas não deixa de ser um sinal exterior de grandeza.
A verdade é que o Benfica parece ter conseguido passar um largo período de tempo de indiscutível hegemonia portista no futebol português sem sofrer demasiado desgaste na sua condição de clube com mais popularidade no País. É um caso de estudo e que tanto pode ser avaliado pelo lado do mérito que o Benfica e os seus responsáveis têm tido na defesa de um sentimento de orgulho clubista, como poder ser entendido pela incapacidade que os responsáveis do FC Porto terão tido no total aproveitamento de décadas de superioridade desportiva, de alguma maneira esbanjada numa política cerrada de um regionalismo alicerçado numa cultura tradicional do clube, mas que poderia ter tido uma mais conseguida estratégia de expansão, tanto a sul, como a norte do País.
Seja como for, por uma razão, por outra, ou até pelas duas, a verdade é que o Benfica se vê regressado a uma imensa onda de paixão sem qualquer limite geográfico.
É previsível (embora incerto) que o Benfica possa celebrar o título na Páscoa. A acontecer, ou melhor, quando acontecer, irá celebrá-la em todo o Portugal e também por esse mundo fora, onde houver comunidades portuguesas. Será, certamente, uma festa de dimensão invulgar, principalmente, porque era esse o grande objectivo da época para os benfiquistas. Mesmo assim, uma festa à qual dificilmente a equipa, pelo menos numa primeira fase, se deverá associar, uma vez que ainda tem de pensar noutras conquistas."

Vítor Serpa, in A Bola

Falta um só passo... grande

"Apesar de lhe ter tocado o adversário mais incómodo nas meias-finais da Liga Europa, o Benfica acabou por ser feliz. Sendo - ao menos em teoria - a Juventus a equipa mais forte das 4 que restam em prova, torna-se assim mais fácil apurar-se para a final numa eliminatória a duas mãos, uma das quais terá por palco o enorme, caloroso e temível Estádio da Luz. Tudo isto, obviamente, porque a final terá lugar no Juventus Stadium, em Turim, e no pressuposto de que um dos finalistas seria o proprietário do campo. Mas o inverso também é verdadeiro: de facto, o antagonista que a turma italiana menos desejaria nesta fase, era justamente o Benfica. São muitas as similitudes entre os dois contendores: ambos têm um historial prestigioso; ambos podem, desde há muito, encomendar as faixas de campeões dos respectivos países; ambos iniciaram a campanha na Liga dos Campeões com grandes expectativas que depois, surpreendentemente, não confirmaram; ambos dispõem de um plantel repleto de internacionais. Onde as coisa divergem é na situação financeira: enquanto a vecchia signora tem a poderosa FIAT a sustentá-lá, a águia nem sempre tem desafogo para voar ainda mais alto.
Ao invés dos primeiros anos, quando a Liga Europa esteve prestes a ser canibalizada pela Champions (prémios insignificantes e prestígio reduzido), as circunstâncias mudaram substancialmente. Beneficiando da revolução levada a cabo por obra e graça de Platini nos últimos 4 anos, a competição passou a ser mais competitiva e apetecida. O facto de se ter tornado mais acidentado o caminho de acesso ao seio do irmã mais rica para muitos dos não campeões nacionais, veio valorizá-la em todas as vertentes e as consequências saltam à vista: participação de grandes equipas que saíram da Champions na fase de grupos, mais espectáculo, mais gente nos estádios, mais dinheiro. E embora o título de campeão, por uma questão meramente clubística, seja o mais desejado, um troféu europeu é sempre mais fascinante."

Manuel Martins de Sá, in A Bola