Últimas indefectivações

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Boa reação...

Benfica 85 - 66 Ovarense
15-25, 20-10, 24-9, 26-22

Primeira vitória da Meia-final... Até começamos bem, com um 6-0, mas depois o resto do 1.º período foi uma desgraça! Melhorámos no 2.º período, até podiamos ter chegado ao intervalo em vantagem, mas com a equipa mais agressiva na defesa, a Ovarense nunca teve hipóteses...

Trey está a aproximar-se do seu melhor, o Rorie também está melhor... O Stone hoje, pelo menos mostrou vontade em melhorar!

Arranque da época 2025/26 🔴⚪🦅


Alberto Mota, in Facebook

Cota - O Benfica Ganha Sempre - Crónica de um Possuído

Lanças...


História Agora


Di María merece muito mais...


"Tive o pesadelo de ver Di María a ir à Luz buscar os últimos pertences e sair de mansinho sem um obrigado e um estamos juntos...

Não. Não e não. Um simples post publicado por Di María nas redes sociais a revelar que já não será jogador do Benfica na próxima época é demasiado curto. O jogador mais titulado a vestir de águia ao peito. Um astro de nível mundial. Um jogador cuja imagem o Benfica fará bem em continuar a partilhar, qualquer que veja a ser o futuro.
O Benfica tem todo o direito a entender que a ligação profissional com Di María termine no Mundial de Clubes. Mais, acho até que será a decisão mais lógica em termos desportivos e financeiros. Tal como o jogador tem todo o direito a dar por finda esta relação. E nem tem de dar justificações. Alguém que dá o que Di María já deu ao Benfica, em dois períodos diferentes, deve até ser poupado a explicações. Respeita-se e agradece-se.
Dito isto, não sei como se chegou a esta decisão, quem decidiu o quê, até se foi uma decisão conjunta. O que não poderia ter acontecido era Rui Costa, logo após o jogo de Braga, ter dito que ainda iria falar com Di María para discutir o futuro e, ao mesmo tempo, o argentino publicava nas redes sociais a publicação em que anunciava o adeus no final da época.
Não esqueço as imagens de Di María, numa varanda do Estádio da Luz, de frente para a estátua de Eusébio, acenando a tantos benfiquistas que festejaram com ele o regresso a casa. Seria digno de Di María, dos adeptos e da História gloriosa do Benfica que a despedida fosse marcada por uma justa homenagem. Ainda há tempo para corrigir um passo em falso. Porque, confesso, me entristeceria muito ver Di María sair de mansinho, carregando a mala com os seus pertences sem ninguém para lhe dizer «obrigado» e «estamos juntos».
Veja-se o que aconteceu em Roma, no jogo com o Milan. Claudio Ranieri, um dos mais carismáticos treinadores da era moderna, o homem do milagre de Leicester, dono do sorriso dos competentes e confiantes, vai reformar-se e no último jogo pela Roma, em casa, recebeu uma homenagem arrepiante dos adeptos, com coreografia nas bancadas e hino do clube. É nesses momentos que se percebe a diferença entre ter sucesso e ser sucesso. A diferença entre vencer – e esteve longe de ser dos treinadores mais titulados – e ficar no coração dos adeptos, aqueles que alimentam, pela paixão, o futebol.
No final de um percurso, no final de uma carreira como no final da vida é verdade que é a nossa consciência que ditará a qualidade do nosso sono. Mas é o reconhecimento que recebermos dos outros com quem nos cruzámos na vida que nos permitirá ser mesmo felizes e dar pleno significado ao que foi feito: conseguir fazer a diferença e ficar no coração do outro, já que ninguém vive apenas em função de si próprio.
Gyokeres também está de partida. Que o Sporting também saiba prestar-lhe a devida homenagem. Incrível como os adeptos já se habituaram à ideia e seguramente saberão despedir-se com um obrigado. O sueco deu tudo. E esse tudo foi tanto. Todos percebem que chegou agora a hora de dar novo impulso à carreira. Gyokeres pode estar de saída, mas a máscara tem de ficar. Se eu fosse Frederico Varandas, haveria de mandar fazer uma máscara e colocar no museu do Sporitng.

PS - Para um cota como eu, a tradição é um valor em si. Passe o óbvio exagero, ainda se lembravam como era a camisola tradicional do Sporting? Depois de mais um ano de equipamentos para todos os gostos menos, com cores mais ou menos berrantes, o mundo volta ao seu estado normal com a camisola oficial para 2025/2026. Sim, camisola com listas horizontais verdes..."

Rui Costa e Bruno Lage jogam o futuro no Jamor


"Mais do que o último jogo desta época, final da Taça de Portugal é o primeiro da... próxima. Oposição já se movimenta e resultados são ser decisivos.

Ponto final na Liga, com o Sporting a festejar o bicampeonato. Uma corrida lado a lado com o Benfica ganha pelos leões no confronto direto. Os dois dérbis acabaram por ser decisivos. O primeiro, em Alvalade, curiosamente, também o primeiro jogo de Rui Borges no Sporting. Chegado de Guimarães apenas três dias antes, o treinador apresentou-se diante de Bruno Lage com menos um ponto — 38 contra 37 — e ganhou o duelo (1-0), saltando para a liderança.
O campeonato, entretanto, deu a volta e os rivais reencontraram-se na Luz, na penúltima jornada. Em igualdade pontual, os leões podiam jogar com dois resultados e acabaram por fazê-lo. O 1-1 deixou-os na liderança, dada a vantagem no confronto direto, e com uma mão no troféu, que não deixaram escapar, vencendo o V. Guimarães a caminho do Marquês de Pombal.
Contas feitas, no duelo Rui Borges-Bruno Lage, o treinador dos leões ganhou por três pontos: 45-42. Perfeição de Ruben Amorim e descalabro de João Pereira à parte de um lado e a descrença herdada de Roger Schmidt de outro, o confronto direto foi absolutamente decisivo, por mais redutora que possa considerar-se esta análise.
Grande mérito de Frederico Varandas, um presidente permanentemente em avaliação. Ora é preso por ter cão, ora é preso por não ter cão... Nestes tempos modernos em que interessa mais a forma do que o conteúdo, o líder dos leões paga o preço de não ser um bom comunicador, mesmo quando tudo o que diz é acertado. O certo é que foi campeão sem Ruben Amorim e apesar de João Pereira.
De pouco lhe serviu, pelo que já se percebeu. Vai estar de certeza em avaliação dentro em breve, mesmo que no domingo, na final da Taça de Portugal, se torne o presidente mais titulado da história do Sporting! Parece mentira, mas é a mais pura das verdades.
Rui Borges, como já referi, foi outro grande obreiro da conquista e para reforçar o estatuto basta referir que realizou 19 jogos para o campeonato e não perdeu nenhum — 13 vitórias e seis empates. O futebol não foi brilhante, mas da avaliação não podem retirar-se as inúmeras lesões, muitas delas de jogadores-chave.
Até Gyokeres, a outra grande figura da triologia do título, esteve limitado fisicamente em vários jogos. O sueco, contudo, é um jogador à parte deste campeonato. Um monstro. Daqueles que aparecem de 20 em 20 anos no futebol português. O último tinha sido Jardel e agora vamos ver quanto tempo teremos de esperar para admirar o próximo. A propósito de jogadores diferenciados e supergoleadores, basta recordar que nas últimas décadas apenas por uma ocasião o clube que teve o condão de os descobrir não se sagrou campeão. Foi o FC Porto, em 1999/2000, com o brasileiro. A exceção que confirma a regra.
Gyokeres, é incontornável, fará apenas mais um jogo pelo Sporting. Já no domingo, na final da Taça de Portugal. Um jogo muito, muito importante…. para o Benfica. Considero mesmo que mais do que a última da época em provas internas a partida do Jamor será a primeira da… próxima. O que desde logo lhe dá um enorme peso. Para o Sporting não será, claro, apenas mais um jogo, até porque os leões não se terão esquecido da derrota com o FC Porto em pleno Estádio Nacional na época transata, mas um desaire após a ressaca de uma festa é sempre menos doloroso.
O Benfica tem, portanto, mais a perder, pelo que naturalmente tem também mais a... ganhar. Bruno Lage tem de recuperar animicamente a equipa, que, como se viu no último jogo em Braga, ficou muito afetada com o empate no dérbi da Luz e o treinador também precisa de confiança. Rui Costa não podia tê-lo ajudado mais, pois logo após a perda do campeonato garantiu-o para a próxima temporada.
No futebol, contudo, e como todos sabemos, tudo muda muito rápido. A célebre frase de Pimenta Machado, que um dia disse que «o que hoje é verdade amanhã é mentira», continua, em muitas ocasiões, válida e considero que tanto Bruno Lage como Rui Costa vão jogar muito do futuro próximo no Jamor.
O presidente vê a oposição a movimentar-se, com putativos candidatos a proliferarem a cada dia. Com eleições marcadas para outubro, os resultados, acredito, serão determinantes.
E o calendário do Benfica dificilmente poderia ser mais sobrecarregado. Depois da partida do Estádio Nacional, Bruno Lage terá apenas uns dias para preparar a missão seguinte e limitado nas opções, já que terá vários jogadores ocupados entre Liga das Nações, apuramento para o Mundial e particulares — segue-se uma data FIFA. Depois será descansar uns dias e partir para os Estados Unidos, para o Mundial de Clubes, que além da vertente financeira se reveste de importância redobrada dado o prestígio internacional dos encarnados.
Uma época tão longa que praticamente não permite férias, já que depois o Benfica tem outro grande desafio: qualificar-se para a UEFA Champions League. Uma missão sempre difícil e muito desgastante, pois vai obrigar a quatro jogos (dois da 3.ª pré-eliminatória e dois do play-off), durante o mês de agosto, durante o qual disputar-se-ão quatro jornadas da Liga 2025/2026 e antes disto tudo ainda há novo encontro com o… Sporting, na Supertaça Cândido de Oliveira.
Contas feitas, nove jogos em agosto e no mínimo três no Mundial de Clubes — Boca Juniors, Auckland City e Bayern são os adversários no grupo C. Depois há oitavos, quartos, meias e final, pelo que a campanha por terras do Tio Sam pode terminar apenas a 13 de julho, data na qual, em condições normais, os clubes já têm duas semanas de pré-temporada…
A tarefa, já se percebeu, não será fácil, até porque entre isto tudo há que estruturar, com o mercado de transferências aberto..., um novo plantel, com as naturais saídas e contratações, e Rui Costa e Bruno Lage, melhor do que ninguém, sabem que não podem falhar…"

Zero: Mercado - Cristiano Ronaldo, Álvaro Carreras, Rodrygo

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Terma do Dia - Ruben Amorim: fracasso, continuidade e Benfica

Todos sabemos!! Mas a Liga não quer saber disso para nada!

Zero: Saudade - S03E37 - «No Euro2004 andei um mês com o meu amigo Nasser, o presidente do PSG»

Terceiro Anel: DRS - Super Max Limão e Mónaco!

Legado


"No meu mais recente livro, tive a oportunidade de conversar com o Pedro Marques, Diretor de Desenvolvimento do grupo Fenway Sports (FSG), que também gere o Liverpool, sobre diversos temas. Dois deles foram o peso de uma estrutura robusta e da cultura organizacional que se vive nos clubes, temas que se cruzam bastante com o final de época e com todas as avaliações que se fazem, umas mais racionais do que outras.
Comentávamos que uma estrutura competente e contínua é aquilo que permite, perante adversidades e a entrada e saída de pessoas, manter um conjunto de estabilidade e robustez capaz de aguentar os desafios. E, face aos constrangimentos externos (seja a melhoria dos adversários, seja acontecimentos abruptos na indústria do futebol, por exemplo), essa estrutura permite uma resposta mais eficiente e célere, quer pela fluidez de processos já preparados, quer pela capacidade de desenhar novas respostas com rapidez.
Quanto à cultura vivida nos clubes e organizações, é, de forma simples, aquilo que se fomenta no dia a dia, o que se valoriza e reconhece e, por outro lado, aquilo que, de forma explícita, quem lidera demonstra não aceitar. Quando um líder fomenta, estimula ou, mesmo que apenas pela sua apatia, permite na estrutura de backoffice comportamentos de baixa eficiência, ausência de meritocracia e uma liderança do tipo laissez-faire, mas espera que as equipas desportivas e o staff técnico (a outra parte da estrutura do clube) tenham uma postura totalmente oposta, isso pode funcionar até certo ponto. No entanto, a história mostra-nos que, mais cedo ou mais tarde, ambas se influenciam e acabam por se contaminar mutuamente.
Quem quiser ter uma visão otimista poderá acreditar que a competência acabará por contagiar a mediocridade. Uma visão mais exigente, porém, procurará que uma meia estrutura competente seja desafiada por outra ainda mais exigente e capaz. Em qualquer dos casos, os investimentos financeiros, humanos, materiais terão sempre um retorno inferior ao seu potencial.
Por outro lado, quando duas meias estruturas exigentes e competentes se encontram e se complementam, o retorno costuma ser superior ao investimento financeiro, humano e material. Em alguns clubes, 1+1 é igual a 1 ou até a 0. Noutros, 1+1 é igual a 2… ou mais."