Últimas indefectivações

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Vitória inequívoca

"A resposta dada pela equipa à derrota na anterior jornada não poderia ter sido melhor. Numa das deslocações mais difíceis no Campeonato Nacional, assistimos a uma vitória assente em muita qualidade e serenidade dos campeões nacionais, perante um Braga bem organizado e que vinha de uma excelente vitória em Moscovo que lhe garantiu a passagem à fase de grupos da Liga Europa. 
Foco, forte ritmo competitivo desde o primeiro minuto e a liderança de Bruno Lage permitiram uma exibição consistente e contínua ao longo de todo o jogo.
Uma partida em que também importa assinalar a forma entusiástica e vibrante como os milhares de Benfiquistas que puderam ir ao estádio apoiaram a nossa equipa, numa demonstração de enorme confiança sobre o valor de uma equipa que vem de um ciclo impressionante de resultados positivos, só interrompido por uma derrota que importava ultrapassar rapidamente.
Foi uma vitória limpa, onze contra onze, sem qualquer tipo de intervenções externas a colocarem em causa a verdade do jogo, dando assim a oportunidade para que as duas equipas disputassem o resultado até ao final em igualdade de circunstâncias.
Num campeonato que, até ao momento, tem decorrido da melhor maneira e em que se tornou evidente uma melhoria global competitiva de diversas equipas – importando aqui deixar uma palavra particular de elogio para a liderança do Famalicão, que ascendeu esta época à Primeira Liga – e existindo um esforço de todos em promover a defesa dos espectáculos e dos seus principais protagonistas, apenas se torna premente acabar com os casos de muito difícil compreensão sobre decisões inexplicáveis como ocorreu ontem no jogo de um dos nossos rivais.
Conquistada a Supertaça e o prestigiante troféu ICC, contando, nas primeiras quatro jornadas do campeonato, com três vitórias e uma derrota, partilhando o segundo lugar com o FC Porto, sendo a nossa a equipa com maior número de golos marcados e tendo Pizzi como melhor marcador, é agora o momento para se fazer a primeira paragem desta competição, tendo em conta os jogos das selecções. 
Momento que servirá também para recuperar alguns jogadores do plantel que se encontram lesionados e que serão certamente uma preciosa mais-valia para uma época que se sabe de enorme exigência.
E, mais uma vez, nem depressão, nem euforia, apenas uma nova demonstração de força e qualidade de uma equipa consciente de que ainda se está no início de uma longa e extremamente difícil caminhada rumo aos objectivos que todos conhecem."

Cocktail na mão esquerda, cigarro na direita, um risco ao intervalo: habituem-se a Taarabt, magnífico alcoólico cadastrado

"Vlachodimos
Exibição discreta mas competente, tal como se queria a 24 horas do fecho do mercado. Menos uma novela para aturar. Avancemos com o amigo Odysseas para o que der e vier. #RoadToIstambul

André Almeida
Depois de algumas semanas de experimentalismo, nada melhor do que a via conservadora. Bruno Lage optou desta vez por obedecer aos mais elementares princípios de lógica e colocou um jogador destro na posição de lateral direito, mas não foi um jogador qualquer. Diz-se que a distância faz a paixão aumentar, e hoje tivemos prova disso. A cada simples gesto técnico, a cada recepção orientada ou cruzamento com o pé indicado naquelas circunstâncias do jogo, os benfiquistas regressaram lentamente ao convívio com André Almeida, símbolo de um mundo que nos convida a preferir o conhecido ao desconhecido, o tentado ao não tentado, e um lateral direito que joga com o pé direito. Podemos finalmente voltar a dormir descansados.

Rúben Dias
Por incrível que pareça não sofreu uma lesão grave.

Ferro
Os rumores da lentidão de Ferro adensaram-se na última semana, mas o craque voltou às grandes exibições sem pedir perdão nem elogios, com uma humildade quase irritante.

Florentino
Aquele clássico da época 2019/2020. Depois de uma exibição que deixou toda a gente de água na boca, parece que se lesionou com gravidade. E eu a pensar que não precisava de beber mais hoje. 

Taarabt
Até com um cocktail na mão esquerda e um cigarro na mão direita seria um dos melhores jogadores da liga a colocar a bola entre linhas. A isso juntou competência nas tarefas menos nobres, qualidade e critério nas transições e ainda mandou um risco ao intervalo na casa de banho. Só não foi o melhor em campo porque esse lugar estava reservado para Bruno Fernandes. Seja como for, habituem-se a este magnífico alcoólico cadastrado. Se continuar a jogar assim será muito difícil sair do onze.

Pizzi
Bom regresso ao papel de gajo que decide mais de metade dos jogos do Benfica, aparentemente sem sequelas da jornada anterior. Terá mais uma oportunidade de mostrar que é o melhor jogador da liga, frente ao Gil Vicente, poucos dias antes de voltar a eclipsar-se em noite de Champions. Mas esqueçam isso agora. Numa noite feliz para quem gosta do Benfica e de bom futebol, o gesto mais bonito aconteceu sem bola e pelo pior de todos os motivos. Pizzi converteu o penálti com tranquilidade e correu de imediato na direcção do banco. Exibe a camisola da Carolina, nome nas costas, do modo mais solene que pôde no frenesim que é um golo do Benfica. Foi aí que conseguiu um brevíssimo momento de silêncio, para que não ficássemos indiferentes ao momento. Ainda que tenha durado breves instantes, a dedicatória à filha do roupeiro do Benfica falecida esta semana foi muito bonita e lembrou-nos do quão pesada, violenta, triste e absurdamente injusta pode ser a vida, tudo isto de uma só vez, e das coisas minúsculas, ridiculamente pequenas perante tanta dor, mas ainda assim importantes, que podemos fazer para nos resgatar das trevas.

Rafa
Vou aproveitar a exibição ligeiramente mais discreta de Rafa, que voltou a aparecer com qualidade entre linhas mas deixou que outros resolvessem, mas dizia, vou aproveitar esta exibição ligeiramente mais discreta mas ainda assim bastante positiva do Rafa para perguntar: Onde é Que Estiveram no Sábado Passado?!

RDT
vi idosos com andarilho fazerem remates mais potentes do que uma tentativa sua a meio da primeira parte. Jogou e fez jogar quanto baste, tentou de todas as formas assistir Seferovic, mas já devia saber que também isso é uma perda de tempo nos dias que correm. Ninguém duvida que RDT tem bons pés e ideias interessantes, mas falta-lhe qualquer coisa para ser ídolo. Há ali uma complexidade emocional qualquer que não se coaduna com aquilo que esperamos de um avançado do Benfica. Para atrofiados já nos chega o Seferovic.

Seferovic
Continua a fazer muito pouco pela pacificação do futebol português, que, como todos sabemos, depende essencialmente de vitórias sucessivas do Benfica. Depois de falhar 3 ocasiões de golo na primeira parte, Seferovic iniciou a segunda parte à procura de outras zonas do terreno e lá arrancou um auto-golo. Felizmente não marcou, senão tínhamos levado com meia hora do Lage obcecado por explicar o que faz do Seferovic o melhor avançado desde o Van Basten.

Jota
Devia ter entrado com o número 93 só para chatear o Salvador e depois pagava-se a multa.

Caio
ali qualquer coisa.

Vinicius
Passou a maior parte do tempo fora da área a tentar construir jogo com os colegas de equipa em vez de colocar a bola nos jogadores do Braga e deixar que estes resolvessem."

SC Braga 0-4 SL Benfica: Doses duplas de Pizzi e de autogolos neutralizam equilíbrio inicial

"“André Horta? Vamos jogar com dez?” “Não, com nove, o Hassan também é titular”. Apesar do exemplar arranque de temporada do SC Braga (apenas o empate com o Gil Vicente se pode considerar um mau resultado), nem todos os adeptos dos minhotos estavam confiantes com as escolhas de Sá Pinto para o segundo embate dos arsenalistas com um dos três grandes neste início de época, depois da derrota em Alvalade.
Tivessem ou não razão os interlocutores desta conversa, o jogo não seria tarefa fácil, já que pela frente estaria o Campeão Nacional, um Benfica forte e com intenção de vingar o orgulho ferido pela queda aos pés do FC Porto na última jornada, registando a primeira derrota para a Liga sob o comando de Bruno Lage.
O encontro começou rápido e com ambas as equipas com uma postura ofensiva, procurando criar espaços e também não hesitando em recorrer à falta, forçando o árbitro a intervir bastantes vezes na partida. Contudo, este grande caudal atacante de parte a parte não era correspondido em claras oportunidades de golo, ainda que proporcionasse um bom espectáculo.
A meio da primeira parte, uma jogada ofensiva do Benfica que parecia resolvida resultou num grande problema, com o árbitro a apontar para a marca dos 11 metros. Vista a jogada da bancada de imprensa, fica a dúvida se é ajustado o castigo máximo ou se deveria antes ter sido livre indirecto, mas Nuno Almeida não teve dúvidas. Com tranquilidade, Pizzi colocou a bola do lado oposto ao para o qual Matheus se lançou e inaugurou o marcador.
A vontade dos da casa de ripostar fez com que o jogo se abrisse ainda mais, dando espaço à criação de maior perigo junto das balizas de Matheus e Vlachodimos. Aos 33’, Seferovic teve tudo para aumentar a vantagem, mas, com a baliza aberta, deixou-se surpreender por um dos defesas bracarenses, que cortou para canto. Pouco depois, aos 37’, Ricardo Horta surgiu isolado, mas respondeu a bom cruzamente com uma bola ao poste. E, a encerrar o primeiro tempo, Seferovic voltou a desperdiçar ocasião soberana, atirando muito por cima só com Matheus pela frente.
Sá Pinto mexeu duplamente ao intervalo, lançando Fonte e Murilo, mas não conseguiu sequer perceber a influência das mexidas no conjunto arsenalista antes de novo golpe. Novamente Pizzi a faturar, desta vez aparecendo de trás na área para responder da melhor forma a cruzamento a meia altura do lado direito do ataque benfiquista.
Ainda não havia o Braga digerido o segundo e já estava a sofrer o terceiro. Cruzamento rasteiro do lado esquerdo e Bruno Viana, tentando desviar a bola, acaba por enganar Matheus e colocar a bola no fundo das redes da própria baliza.
Foi como um golpe de misericórdia. Os Guerreiros do Minho nunca mais se encontraram e o jogo entrou num estado mais abúlico, com um Benfica sem vontade ou necessidade de acelerar e um Braga sem capacidade mental para o fazer.
Aos 72’, chegou-se a um estado de quase humilhação, quando o Benfica se encontrou de novo a aumentar a vantagem graças a um autogolo, desta feita por Esgaio. A partir daí, não houve mais que valha a pena contar, ambas as equipas limitando-se a contar os minutos até poderem finalizar o jogo. 
Se o Benfica se reencontra com os triunfos, o Braga soma o terceiro encontro consecutivo para o Campeonato sem ganhar e conta apenas com quatro pontos ao fim de igual número de jogos, manifestamente pouco para as ambições arsenalistas, ainda que com o consolo de já terem defrontado águias e leões. Nota final para o pouco público presente no estádio (15499 espectadores). Meia casa é manifestamente pouco para um jogo com dois dos mais fortes conjuntos da nossa Liga.

Equipas Iniciais
SC Braga: Matheus; Esgaio, Lucas, Bruno Viana, Sequeira; Palhinha, Novais, André Horta (Trincão 70’); Galeno (Murilo 45’), Ricardo Horta, Hassan (Rui Fonte 45’)

SL Benfica: Vlachodimos; André Almeida, Ruben Dias, Ferro, Grimaldo; Pizzi (Caio 75’), Florentino, Rafa, Taarabt; Raul De Tomas (Jota 68’), Seferovic (Vinicius 76’)

A Figura
Pizzi Converteu o penalti que abriu o marcador, voltou a fazer o gosto ao pé a abrir a segunda metade e deu a todo o tempo solidez ao meio-campo dos campeões nacionais.

O Fora De Jogo
Seferovic O avançado suíço voltou a desperdiçar várias situações claras de golo. Felizmente para os encarnados, houve outros a descobrir o caminho para a baliza minhota, mas o seu desperdício poderia ter custado mais caro ao Benfica.

BnR Na Conferência de Imprensa
SC Braga
BnR: Apesar do apuramento europeu, a equipa soma três jogos consecutivos sem ganhar para o Campeonato. Qual será a sua prioridade no trabalho a desenvolver durante este período sem jogos?
Ricardo Sá Pinto: Agora é analisar o último jogo, recuperar a equipa fisicamente e continuar a trabalhar como temos feito até aqui, em todos os momentos que nós achamos importantes do nosso jogo.
Outras declarações: 
«Acho que entramos bem no jogo, estivemos bastante igualados até ao penalti».
«Normalmente, somos uma equipa mais compacta, mais equilibrada. Permitimos alguns espaços ao adversário e tentei corrigir isso ao intervalo».
«Foi muito difícil para nós a partir do 0-3. Foi um jogo muito atípico».
«Dizer à equipa que perdemos apenas três pontos. Mas não podemos valorizar em demasia. Estamos tristes, porque queremos sempre ganhar, mas as circunstâncias não nos permitiram fazer um jogo melhor».

SL Benfica
O BnR não colocou nenhuma questão ao treinador Bruno Lage.
Outras declarações:
«Mostramos em campo a forma como gostamos de jogar. Isso foi o mais importante».
«Não responsabilizamos ninguém, nem o Samaris, nem o Tavares pela derrota [com o FC Porto]». 
«Aquilo que eu lhes pedi [ao jogadores] foi: mostrem em campo aquilo que nós treinamos»."


PS: O autor desta crónica enganou-se, a tal conversa antes do jogo não era entre adeptos minhotos, eram Dragartos, que duas vezes por ano são supostamente adeptos do Braga, sempre que este joga contra o Benfica!!! Porque se fossem adeptos do Braga, sabem que o André Horta tem sido de longe o melhor jogador do Braga esta época, e sabiam que o André apesar de Benfiquista assumido, é profissional...

Sobre a incompatibilidade genética de RDT e Seferovic, avançados que combinam tão bem como sardinhas e maionese

"Fui acusado de incoerência. Acontece a todos. Uma pessoa reage a quente aos acontecimentos, não tem o cuidado de rever aturadamente tudo o que escreveu e logo aparece alguém dado a arqueologias a brandir uma folha ou um tablet e a gritar: “incoerente!” É aborrecido sermos acusados injustamente, mas, neste caso, a acusação é inteiramente justa. Mais, era quase obrigatório que alguém me atirasse a incoerência à cara como quem atira uma pedra à cabeça de uma prostituta (era assim que se fazia nos tempos bíblicos e hoje ainda se faz em certas sociedades desenvolvidas) porque, ao reler a crónica que escrevi há umas semanas, intitulada Indícios de Desgraça, eu próprio fiquei com vontade de partir a cara ao escriba. E olhem que sei onde é que ele mora e a escola em que os filhos andam. É de facto muita húbris, muita bazófia, ainda por cima resguardadas pela ironia, para um texto tão curto.
Mas em minha defesa devo perguntar: quem poderia imaginar que o entendimento telepático entre Rafa e Pizzi fosse abruptamente cortado por aquele meio-campo musculado do Futebol Clube do Porto? Quem diria que a dupla Ferro e Dias teria um retrocesso à primeira infância? Quem, no seu são juízo, poderia adivinhar a incompatibilidade genética entre Seferovic e Raul De Tomas? Bem, esta, pelas anteriores amostras, era de certa forma adivinhável pois os dois avançados combinam tão bem como sardinhas e maionese. Dos trezentos golos que o Benfica marcou neste início de época apenas um foi da autoria de um dos avançados. Noutros tempos, isto seria motivo de alarme. Agora não. Esperar golos de um avançado é, nesta pacífica Era de Aquário em que talvez vivamos (os astrólogos não sabem muito bem se já começou ou não), uma heresia.
Nunca pensei que os efeitos do movimento #metoo chegassem tão depressa ao futebol. Mas, se pensarmos bem, faz sentido. Afinal, os guarda-redes estão lá para manter a baliza inviolada e não é por acaso que os avançados à moda antiga, os que tinham como função marcar golos, eram chamados de predadores. Tudo isto era de uma enorme violência e agressividade, um exemplo acabado de masculinidade tóxica. Hoje, um avançado deve preocupar-se em ser, desde logo, o primeiro defesa. Depois, caso a ocasião se proporcione, nunca deve atirar para a baliza sem o consentimento do adversário. É fundamental que o avançado moderno fale com os centrais e os guarda-redes e lhes pergunte se estão em condições de sofrer, perdão, de conceder um golo. Querer marcar golos à bruta é um resquício do paleolítico que as novas tácticas logo eliminarão.
Por isso, é de elogiar o comportamento digno de Seferovic que só marca golos se não tiver outra alternativa. Ele, sim, é o avançado moderno que compreende a nova mentalidade dos adeptos. Estes ainda apreciam os golos, sobretudo se marcados por médios interiores ou centrais, mas ficam extasiados é com uma boa transição defensiva. Que alegria ver um avançado que custou vinte milhões de euros a pressionar os centrais adversários, a condicionar a saída de bola, a exibir o seu talento gregário! O golo é a bifana, a sandes de courato e o adepto moderno prefere pratos mais elaborados, com a sofisticação de um chef com duas ou três estrelas Michelin.
Ontem, a meio da segunda parte, RDT foi substituído e via-se-lhe no rosto alguma desilusão. É natural. O homem chegou esta época e ainda não se habituou à prática do jejum. É uma questão de tempo até perceber que um avançado não tem de marcar golos para ser aplaudido e admirado. Para quê gastar energias e concentração numa tarefa que pode ser desempenhada com tanto ou maior sucesso pelos defesas adversários como ontem se viu nos dois autogolos do Braga ou no golo que Koulibaly, central do Nápoles, marcou na própria baliza contra a Juventus?
No Benfica de Bruno Lage já se viu que os avançados têm mais que fazer do que andar a marcar golos. Têm de defender, abrir espaços para os colegas, participar em campanhas publicitárias, criar um bom ambiente no balneário, aconselhar Domingos Soares Oliveira, conversar com Rui Costa sobre como era jogar no antigo Estádio da Luz, trocar lâmpadas, visitar a Baía do Seixal, participar em acções de solidariedade, ir a escolas dar autógrafos e camisolas às crianças, enfim, toda uma série de responsabilidades bem mais importantes do que a obsessão primitiva em marcar golos, em “desfeitear” as redes. Consultem um dicionário. Desfeitear é fazer uma desfeita, desconsiderar, ofender, ultrajar. Alguém quer um avançado com estes modos?
RDT está a aprender a ser um avançado sem golo. Custa um bocadinho ao princípio, mas ele é um rapaz inteligente e acabará por se habituar. O grande desafio que tem pela frente não é o de ser o melhor marcador do campeonato. Por amor de Deus, isso é algo ao alcance até de um Seferovic, de um Pena, de um Vata Matanu Garcia. O que é difícil para um avançado é conseguir chegar ao fim do campeonato sem marcar um golo e, mesmo assim, ser um ídolo do Terceiro Anel. Fernando Gomes, o “bibota”, comparava a sensação de marcar um golo a um orgasmo. Porém, atravessar todo um campeonato sem faturar uma única vez é como atingir o nirvana após um prolongado jejum místico. RDT não deve desesperar com a falta de golo. Pelo contrário, deve alegrar-se. Só faltam trinta jornadas para ser um avançado sem mácula e sem golo, um santo dos relvados."

Benfica de salto alto na Elite

"Há pouco mais de um ano que o SL Benfica criou uma equipa de futebol feminino e a época de estreia não podia ter corrido melhor. A equipa conquistou a Segunda Divisão sem qualquer contestação e ainda conquistou a Taça de Portugal, depois de ter eliminado o SC Braga nas meias-finais. Para além do mais, ainda foi a melhor equipa nacional em todos os escalões (sub-15, sub-17 e sub-19).
Para a nova época, a estrutura do futebol feminino do Benfica sofreu algumas alterações, a começar pela saída de Ana Filipa Godinho do cargo de Team Manager. O comando técnico da equipa também sofreu alterações, com João Marques a aceitar o desafio de treinar a recém-criada equipa do FC Famalicão, sendo sucedido por Luís Andrade. O antigo médio, que representou o clube entre 1998 e 2003, já tinha chegado ao clube a meio da época passada, onde ocuparia na altura o cargo de Secretário Técnico.
O plantel também sofreu algumas alterações, com o objectivo de atacar todas as competições nacionais. Saíram as brasileiras Ana Alice, Rilany e Maiara, bem como a guarda-redes Catarina Bajanca, a defesa-central Filipa Rodrigues e a extrema Jassie Vasconcelos. As jovens Carolina Vilão e Carlota Cristo foram emprestadas ao Valadares Gaia.
Em termos de contratações, o Benfica voltou a apostar no mercado internacional, mas também em jovens promessas nacionais. Nesse sentido, o clube contratou duas jovens em destaque no último campeonato: as avançadas Lúcia Alves e Catarina Amado, oriundas do Valadares Gaia e GD Estoril Praia, respectivamente. Contrataram ainda a defesa-central Ana Seiça (ex-Condeixa) e a guarda-redes Adriana Rocha (ex-Ribeirão 1968), que foi titular pela equipa das quinas no Europeu de sub-17. A nível de estrangeiras, o Benfica contratou a guarda-redes brasileira Dida, e contratou para o ataque as brasileiras Annaysa Silva e Nycole Raysla e a canadiana Cloe Lacasse.
A aposta nestes mercados e o perfil das jogadoras contratadas mostra bem o que o Benfica pretende no futebol feminino. As defesas-centrais Sílvia Rebelo e Raquel Infante são as únicas jogadoras de selecção nacional que o Benfica conseguiu recrutar. Como tal, a aposta a nível nacional passa por recrutar a formar as novas pérolas do futebol feminino de modo a construir uma base para o futuro. Sendo que depois essa aposta na prata da casa é doseada com a contratação de jogadoras estrangeiras, sejam elas jovens de grande potencial (Pauleta, Geyse, Ana Vitória) ou jogadoras experientes com tarimba internacional (Dani Neuhaus, Daiane Rodrigues, Darlene Souza).
Os reforços contratados para esta época também são na grande maioria, jogadoras jovens que serão apostas a médio prazo, mas com pretensões de acrescentarem qualidade a uma equipa que já tem uma espinha dorsal bem definida, com Dani Neuhaus na baliza, Daiane, Sílvia Rebelo e Yasmin na defesa, Pauleta e Ana Vitória no meio campo, e Evy Pereira, Geyse e Darlene no ataque.
A época oficial irá ter início no próximo dia 8 de Setembro, com a disputa da Supertaça contra o SC Braga. Um desafio que não será nada fácil, tendo em conta aquilo que a equipa arsenalista já mostrou na Champions. Vai ser necessário um Benfica no seu melhor para ganhar no dia oito, bem como para se superiorizar nos confrontos mais importantes da época."

Cadomblé do Vata

"1. É nestes jogos que se vê a sacanice do FC Porto... convidam o Salvador para almoçar, convidam os bracarenses para jogo à porta fechada, sacam-lhes mais bilhetes do que o previsto mas não partilham o segredo para ganhar ao SL Benfica.
2. Belo jogo de De Tomas com excelentes pormenores técnicos e 50% do auto golo de Bruno Viana... é evidente que o defesa bracarense escorrega numa poça de gel que tinha caído da cabeça do espanhol.
3. Quatro secos no S4 Pinto e no S4lv4dor dá gosto mas sabe a pouco... até porque ficamos muito perto de dar 5 ao 5á Pinto e ao 5alvador.
4. Ver Taarabt defender com agressividade é uma daquelas novidades lindas de ver... ao contrário da derrota na Liga da semana passada que foi uma novidade horrível de ver.
5. Costumo dizer que a qualidade das equipas vê-se na reacção à primeira derrota... hoje digo que os nossos rapazes tiveram uma reacção Carolinda."

Curtas da goleada do Benfica

"- Enorme reacção ao primeiro desaire da equipa de Bruno Lage – A organização colectiva começa logo na forma como os seus avançados defendem a primeira fase – Sobre a saída para o ataque do Braga. O acerto da pressão e a qualidade em momento de fechar espaços inviabilizou as investidas do Braga;
- Ofensivamente, Taarabt mudou tudo! Muita qualidade a decidir as rotas ofensivas, e ainda mais qualidade a executar – Com o marroquino, o Benfica incrementou de sobremaneira o número de vezes que chega a zonas de criação – Taarabt foi o homem que permitiu que mais adiante se crie!; 
- Florentino novamente a um nível estratosférico – O número de bolas que recupera, ou a forma como condiciona com a sua pressão rápida sobre linhas de passe próximas, as possíveis saídas rápidas do adversário, retiraram ao Braga a possibilidade de ser efectivo em Transição Ofensiva – Quando já não o era em Organização;
- Bom regresso de André Almeida – Ainda que com um ou outro erro, a diferença notou-se bastante – Mais inteligência, pausa, critério e… profundidade no corredor;
- O melhor jogo de RDT em Portugal – Criou, criou, criou, disponibilizou-se para defender. A um nível sensacional, ao contrário do colega da frente. Seferovic voltou a um jogo ao nível do costume – Terrível sempre que é preciso tocar na bola;
- Grande qualidade colectiva em todos os momentos do Benfica – Golos a chegarem depois de ligações interiores em ataque posicional, às quais se seguiram acelerações em direcção à baliza adversária. Dos momentos de organização aos de transição, foi um Benfica crescido! Eficiente e eficaz;
- Braga uma vez mais a sentir a diferença para com os grandes – Abel fez a equipa da pedreira crescer muito nas pontuações – Faltou lidar com os grandes, e na presente temporada o registo começa a ser preocupante."

SC Braga - SL Benfica

"Benfica apresentou duas mudanças no onze relativamente ao último jogo. Entraram André Almeida e Adel Taarabt para os lugares de Nuno Tavares e Andreas Samaris. O Braga, com algumas baixas importantes (Wilson Eduardo, Paulinho e Raul Silva), apresentou-se num 4-4-2 e a fechar de uma maneira muito parecida com o que o FC Porto fez a semana passada. Vitória por 4-0. Umas notas sobre o jogo.
1. Adel Taarabt. Foi o melhor jogador em campo para a Sport TV e é merecido. O Taarabt fartou-se de correr, de recuperar bolas, de pressionar e ao mesmo tempo, naquele jeito desengonçado, criou vários desequilíbrios com passes verticais a descobrir jogadores entrelinhas. Tem uma qualidade de passe incrível. Dá outro critério ao Benfica à construção do Benfica. 
2. Pizzi. Mais dois golos. Abriu o marcador de penalty numa altura que o Benfica ainda só tinha tido uma-duas boas jogadas em construção. A nossa melhor fase veio depois desse golo. Os últimos quinze minutos da primeira parte e os primeiros quinze da segunda parte.
3. André Almeida. Dentro da melhor fase, o Benfica voltou a assumir aquele modelo que já falámos várias vezes. O 4-2-2-2, onde os médios-ala entram por dentro e os laterais fazem toda a ala. André Almeida dá outra qualidade a nível de cruzamento que Nuno Tavares não é capaz de dar no lado direito. Tinha alguma expectativa para o jogo por causa disso. Numa das primeiras jogadas da segunda parte, Rúben Dias colocou em Rafa que recebeu entrelinhas no centro do terreno. Rafa abriu para André Almeida, Seferovic puxou os centrais na área e abriu uma clareira para Pizzi fazer o segundo golo do encontro.
4. Ferro e Rúben Dias. Os dois imperiais e assumirem mais o jogo, participando na construção mais vezes do que no jogo do FC Porto. Custa a acreditar que para Fernando Santos não sejam ambos opção para a selecção nacional.
5. Florentino Luís. Saiu todo rebentado. Na cara porque levou um pontapé do Hassan que deu o penalty. No corpo porque fartou-se de correr. Fez uma boa exibição. Acho que ainda pode melhorar o passe. Ainda falha alguns quando está pressionado. Mas é novo e isso corrige-se.
6. Haris Seferovic. O jogo podia ter tido um resultado mais volumoso. Seferovic teve três oportunidades clamorosas no fim da primeira parte e não marcou nenhuma. Está com uma crise de confiança qualquer. Umas semanas no banco talvez lhe fizessem bem, mas agora também vem a pausa das seleções. Pode ser que tenha o mesmo efeito. Na segunda parte acaba por estar envolvido num golo. No 3-0 ganha a frente ao defesa do Braga, faz uma arrancada e quando vai cruzar para RDT, Bruno Viana desvia para dentro da baliza.
7. Jota e Caio Lucas. Entraram na parte final do jogo e deixaram bons detalhes, o que é sempre bom porque a época é longa e eventualmente vão ser chamados para papéis mais importantes. Jota acaba por estar envolvido no 4-0. Ferro passou para Rafa entrelinhas que colocou em Jota que cruzou para Seferovic mas acabou por ser Ricardo Esgaio a desviar para dentro da baliza.
Exibição algo sólida do Benfica que depois do primeiro golo conseguiu tornar fácil um jogo que é sempre difícil seja para quem for. Vêm aí as paragens para as selecções. Vamos ver se voltamos com menos clientes no boletim médico. Seria uma boa notícia."

O improvável destino de Adel Taarabt

"Depois de uns 45 minutos equilibrados, o Benfica entrou de rompante na 2.ª parte perante um Sp. Braga que foi quebrando a cada golo dos encarnados, num jogo em que para lá da vitória por 4-0, ganhou um novo Gabriel: Adel Taarabt, o homem que fintou o destino, foi titular e o pêndulo do jogo do Benfica

uns anos valentes tive um gato que deixou marca lá em casa. Era um paz-de-alma, daqueles gatos que às tantas parecem ter desistido de ser gatos para se assumirem apenas como sacos de mimos, a quem podíamos fazer tudo. Mas a verdade é que o Cantona (sim, era esse o nome dele) era mesmo um gato, com tudo aquilo que os gatos mais independentes têm lá dentro, ainda para mais sendo ele um gato do campo.
O Cantona desaparecia longas temporadas, talvez procurando amores em casas vizinhas, e reaparecia sempre de surpresa, quando lhe dava na gana, não sei se por ter fome ou por os amores não lhe estarem a correr bem. Até que um dia se deixou ficar, talvez já cansado de andar a cirandar, aceitando, talvez, que o mimo daqueles humanos era bom e que devia aproveitá-lo.
Longe de mim querer comparar Cantona, o gato, a Adel Taarabt, mas a verdade é que tal como o felídeo, também o marroquino parece ter algures na sua vida ter metido na cabeça que as suas capacidades eram boas demais para andarem a ser desperdiçadas por aí, entre comportamentos pouco profissionais e empréstimos mais ou menos inconsequentes. Taarabt quis voltar, que nem filho pródigo, e agarrou o seu destino.
É certo que já desde a época passada que Bruno Lage paulatinamente começou a integrar o marroquino na equipa principal, dando-lhe uns minutos aqui, outros ali e algumas, poucas, titularidades. E Taarabt nunca desiludiu, embora também não tenha brilhado intensamente.
Até este domingo.
Se formos à ficha de jogo, não vamos ver Adel Taarabt, de 30 anos, demasiados deles desperdiçados, a fazer assistências ou golos, mas há coisas que não entram nas estatísticas mais imediatas, aquelas que dão pontos nas ligas de fantasia que tantos de nós gostamos de fazer. Não entram, por exemplo, as boas decisões, as bolas recuperadas que dão origem a ataques perigosos, a solidez defensiva, a capacidade de fazer jogar entre linhas, os passes de ruptura - Taarabt deu tudo isso ao Benfica frente ao Sp. Braga e enquanto Gabriel estiver no estaleiro, Bruno Lage terá aqui o seu homem do meio-campo.
Tudo isto num jogo que começou equilibrado, mas enfadonho, com o Benfica a colocar-se na frente através de uma grande penalidade marcada por Pizzi aos 23’, após uma falta imprudente e desnecessária de Hassan sobre Florentino. Mesmo sem jogar particularmente bem e demasiado lento nos processos, o Benfica até podia ter marcado mais, não fosse o festival de desperdício de Seferovic nos últimos minutos antes do intervalo.
O Sp. Braga viu-se pouco, mas quando se viu foi com perigo: aos 37’, Ricardo Horta rematou ao poste após um belo cruzamento de Esgaio, ao qual Horta respondeu com uma recepção fantástica e um remate não mau, mas com demasiada pontaria.
Foi depois do intervalo que apareceu a melhor versão do Benfica, sempre sobre o controlo circunspecto, mas terrivelmente eficiente, de Taarabt. Dois golos ditaram logo a sorte do jogo: aos 47’ André Almeida cruzou e Pizzi entrou de rompante pelo espaço vazio na área para rematar sem hipóteses para Matheus. Três minutos depois, infelicidade para Bruno Viana, que ao tentar evitar o golo de RDT, colocou a bola na própria baliza.
O Sp. Braga, mesmo visivelmente atordoado pelos dois golos encarnados, demorou uns minutos a reagir: o remate de Murillo aos 55’, para grande defesa de Vlachodimos, terá sido a melhor oportunidade, numa altura em que o Benfica baixou a intensidade de jogo.
A reacção da equipa da casa seria, no entanto, travada por mais um auto-golo, desta vez de Esgaio, aos 72 minutos, na sequência de um cruzamento de Rafa para Seferovic.
A partir daí o Benfica controlou quase sempre com bola, voltando a aparecer o bom senso de Taarabt, como um pêndulo a decidir a melhor forma de manter tudo equilibrado em toda a extensão do campo.
O Benfica ganhou três pontos e três pontos num campo difícil. Mas também ganhou um titular, um homem de improvável destino, que decidiu finalmente assentar em casa."

Benfica After 90 - Braga - Benfica

Live - Vinte e Um - Braga em directo!

Benfiquismo (MCCLXXX)

Mais um...!!!

Vermelhão: regresso às goleadas...

Braga 0 - 4 Benfica


Esta semana foi dolorosa, após a derrota da Luz, devíamos ter jogado logo a seguir... foram 8 dias de expectativas nem sempre positivas, mas acabou por ter um 'fim' feliz!

Ainda não 'encontrámos' a equipa ideal, mas as duas alterações introduzidas ajudaram... O Almeidinhos, deu-nos profundidade na 'direita', e maior consistência defensiva, principalmente nos duelos; o Taarabt deu-nos 'critério', criatividade, segurança nas transições ofensivas, capacidade de passe vertical... e mais importante ainda: deu imprevisibilidade à nossa construção ofensiva, em posse, ou em contra-ataque... Nem sequer se trata de uma 'crítica' ao Samaris, é simplesmente uma questão de 'parceria': aquilo que 'falta' ao Tino é passe vertical, portanto o melhor 'companheiro' terá que ser sempre alguém 'tipo' Gabriel ou Taarabt! As condições da última época, não são iguais a esta época, sem o Félix e o Jonas, que compensavam alguma falta de criatividade do meio-campo... aquilo que 'resultou' o ano passado, não quer dizer que volte a resultar este ano!!! 
Para mim, ainda falta uma 'alteração' para ficarmos com a equipa 'ideal': dupla de avançados, o Seferovic não pode continuar a ser titular...!!!
Na questão do Taarabt, a 'dúvida' não era somente do Lage, a maioria dos Benfiquistas que conheço, não confiavam na capacidade 'defensiva' do Taarabt para jogar como '8'! Tenho alguns amigos, que defendiam que jogar com Taarabt a '8' seria suicida!!! Sinceramente nunca percebi o 'medo', o homem não é um 'Fejsa', mas também não é 'parvo', tem cultura de jogo, e sabe-se 'defender'! Não pressiona no 'contacto' como o Samaris, mas sabe ocupar o 'espaço'! E hoje, num campo difícil, provavelmente contra a 3.ª melhor equipa da Liga, fora da Luz, provou que é de facto a melhor alternativa ao Gabriel... e naqueles jogos onde o Gabriel não estiver 'inspirado', o Taarabt pode perfeitamente jogar! Nos próximos meses, vamos ter dois jogos por semana, portanto precisamos mesmo de alternativas para todas as posições!!!
Na conferência de imprensa, os jornaleiros bem tentaram desvalorizar a goleada do Benfica, com o cansaço do Braga. Recordo que o Braga em Barcelos, jogou com uma equipa totalmente diferente, portanto é verdade que tiveram dois jogos  em 4 dias, com uma viagem grande pelo meio, mas foi uma série de 2 jogos, não foi uma série de 4 ou 5 jogos, em duas semanas, com o mesmo 11 titular!!!

O jogo só ficou decidido na 2.ª parte, porque o Seferovic está numa forma deplorável! O R.d.T mesmo fora de posição está de facto a 'melhorar' na capacidade de passe, mas falta-lhe 'movimentação': não 'cai' para Alas como devia, e falta-lhe capacidade de 'levar' a bola no pé, para a frente, sobre pressão, algo que por exemplo o Jota já tem...!!!
Normalmente seria o Chiquinho, mas agora temos o Jota e na minha opinião o próprio Caio tem características que encaixam perfeitamente na posição de 2.ª avançado. Sendo que o R.d.T deverá ser o nosso '9'...
Esta 'paragem' para as Selecções poderá ser o álibi ideal para fazer a alteração. A ideia que o Seferovic depois de ser o melhor marcador da época passada, tem um estatuto de intocável, é ridícula...!!! Este mês de Agosto acabou por ser um mês atípico, porque só tivemos um jogo por semana, a partir de agora, vamos jogar quase sempre duas vezes por semana, portanto, terá que haver rotação no onze... e espero que nos jogos 'importantes', esta dupla R.d.T / Seferovic não seja reeditada!!!
Não é fácil escolher o MVP desta partida, entre o Taarabt e o Tino, ambos o mereciam! Controlamos quase sempre o meio-campo, e só após o 0-4, a equipa relaxou (em demasia) e permitimos alguns remates perigosos ao Braga... A bola ao poste do Ricardo Horta, foi a excepção: uma posse de bola do Braga que nasce numa falta mal assinalada contra o Benfica!!!
O primeiro jogo do Almeida esta época, e quase não se notou... nos últimos minutos, já se notou um bocadinho! Nada contra o Nuno Tavares, que numa posição que não é a dele, deu o melhor... mas estávamos a precisar de um defesa direito que desse profundidade na direita, com o pé direito!!! O Nuno agora, só tem que se concentrar no treino e melhorar... principalmente, nos duelos defensivos, onde tem que ser mais agressivo!

A arbitragem não 'complicou' mas o corte com o braço do Novais aos 5 minutos é inacreditável: árbitro, fiscal e VAR ninguém viu?!!! Sim o VAR, porque o R.d.T ficava isolado, portanto seria Vermelho directo!!! Inacreditável...
Esta paragem das Selecções vem num bom momento: recuperação do Gabriel... e talvez do David Tavares, fecho do Mercado amanhã, e com humildade perceber que a equipa tem que melhorar!
Creio que neste momento já todos perceberam que o Leipzig será um adversário fortíssimo e infelizmente nas últimas épocas, quando começamos a Champions na Luz, temos tido a tendência de perder o jogo inaugural em casa!!! A nível interno depois da extraordinária exibição do Xistra no Dragay creio que já todos perceberam que nada mudou na arbitragem no Tugão e a roubalheira vai continuar com a força toda, portanto muita ambição e muita cabecinha é aquilo que se pode, a todos: jogadores, treinadores, dirigentes e adeptos!

PS1: Parabéns à Katie Zaferes, a nossa Triatleta Norte-Americana tornou-se hoje Campeã do Mundo...

PS2: Parabéns ao nosso Edward Zakayo, que em Rabat, Marrocos, conquistou a medalha de Prata, nos Jogos Africanos, nos 5000 metros.

De Tóquio a Braga

"Como ocorreu com Jorge Fonseca, há momentos intensos e que mostram que «quanto melhor se enche a vida, menos se tem medo de perdê-la»

1. A vida vivida é uma dádiva. O meu bom e querido Amigo Joaquim Barbosa - médico reconhecido, cirurgião reputado e Amigo do coração - ensina-nos, com a consequência de ter salvo muitas vidas e de ter melhorado substancialmente a qualidade de vida de muitas outras que a vida vivida deve ser sentida e reconhecida, abraçada e entrelaçada, partilhada e saudada. Recordei estas palavras ao ver o campeão do Mundo de Judo Jorge Fonseca a comemorar, dançando, o seu título em Tóquio. E vendo a filha de um grande Mestre de Judo, Kobayashi - a Senhora Sashiko - a aplaudir, com uma alegria bem expressiva, aquele momento marcante para o judo português. E sejamos justos para o seu clube, o Sporting! Jorge Fonseca é um dos exemplos que a vida vivida vale a pena. Ultrapassou um sério problema de saúde, é também sentindo as forças do sorriso de seu filho e a tenacidade do seu treinador, olhou para cada combate com mais força, com mais energia, com mais competência, com toda a excelência. E, afinal e no final, ali em Tóquio - a um ano de mais uma edição dos Jogos Olímpicos de Verão - cantou, com uma força interior que se expressava em toda a face, o hino de Portugal e levou-nos a recordar outros momentos do nosso Judo em que foram relevantes protagonistas Nuno Delgado, Telma Monteiro e, mais atrás, Filipa Cavalleri. Por mim não esqueço que a partir de Sintra e do Mestre Bastos Nunes, uma das referências do nosso Judo, o Judo entrou no meu coração e que nele e no seu ippon há mesmo uma radical fraternidade. Que é, de verdade, a base de um(a) verdadeiro(a) desportivismo. Parabéns Jorge Fonseca! Bem haja por este sentimento que a vida merece ser vivida! Da Damaia a Tóquio. E, agora, de Tóquio a Tóquio!

2. Os oitenta clubes - 32+48 - que vão participar na fase de grupos respectivamente da Liga dos Campeões e da Liga Europa já sabem os dias e as horas dos seus jogos que vão de meados de Setembro a meados de Dezembro. E com a UEFA, e muito bem, a estabelecer limites máximos para preços de bilhares para adeptos de clubes visitantes que se situam nos setenta (70) euros para a Liga dos Campeões e quarenta e cinco (45) para a Liga Europa. Estou certo que este exemplo marcante será, de imediato, replicado na Liga portuguesa, suscitando, até, uma reunião extraordinária da Direcção da Liga de modo a que preços exorbitantes - como alguns de hoje em Braga! - não se repitam. Os sorteios das passadas quinta e sexta feiras permitem-nos salientar três pontos. As sete principais ligas do ranking da UEFA - e Portugal está em sétimo lugar logo a seguir à Rússia e depois das cinco grandes (Espanha, Inglaterra, Alemanha, Itália e França) - têm quarenta e uma (41) equipas nas duas competições, ou seja, mais de 50%! E no que concerne a equipas possíveis vs equipas apuradas após as pré-eliminatórias só a Espanha (7), a Inglaterra (7), a Alemanha (7) e Portugal (5) fazem, nesta época, o pleno. O que é um feito notável do futebol português e que alimenta fundadas e legítimas esperanças de ultrapassarmos em Maio de 2020 a Rússia e chegarmos ao sexto lugar de um ranking que determina o número de clubes com acesso directo à Liga dos Campeões e à Liga Europa. O segundo ponto tem de ver, como aliás a UEFA crescentemente percebe em razão da mobilidade europeia, com a importância do turismo desportivo. Na verdade as cidades de Lisboa, Porto, Braga e Guimarães vão receber entre Setembro e Dezembro milhares de alemães e holandeses, escoceses e suíços, franceses e ingleses, belgas, eslovacos e russos. O turismo desportivo é uma realidade crescente e já é relevante em termos de economia de muitas cidades da Europa, como, aliás, se vai perceber bem com a realização do singular Europeu de 2020. E esse turismo deve merecer uma atenção crescente por parte dos responsáveis da Economia e do Turismo, mesmo que alguns não queiram entender a importância do futebol profissional para o PIB de certos países. O terceiro ponto é conexo com o último. As receitas directas da Liga dos Campeões vão ser bem interessantes para o Benfica. Acredito que superarão os 65 milhões de euros, numa previsão bem cautelosa. E acredito que arrecadará alguns milhões com os resultados nas primeiras três jornadas da fase de grupos da Liga dos Campeões. Dois jogos em casa e um fora, este frente ao Zenit, permitem sonhar com um arranque promissor rumo aos desejados oitavos de final desta milionária competição. E combinando a ambicionada afirmação europeia com a necessária confirmação interna. Já que só o campeão regressa, de pleno direito, à próxima edição da Liga dos Campeões.

3. Hoje em Braga o Benfica vai ultrapassar, assim o creio, uma equipa bem liderada por Sá Pinto e que com o moral em alta após a merecida vitória em Moscovo e a consequente entrada para a fase de grupos da Liga Europa. O Benfica, após a derrota justa frente ao Futebol Clube do Porto, sabe, na linha do sempre proclamada por Bruno Lage, que cada jogo é uma final. Cada jogo são três pontos a conquistar. A amealhar e, logo, a somar. Para que, no final, o Benfica tenha mais pontos e, logo, receba, com orgulho e honra, o troféu correspondente a mais um título conquistado. Hoje não pode haver ansiedade mas sim intensidade. Hoje perante circunstâncias diferentes do jogo tem de haver inteligência - já que capacidade não falta! - para as ultrapassarem. È inequívoco que o jogo desta noite em Braga implica muita cautela e total disponibilidade. Muita entrega e total concentração. Um colectivo forte e instantes individuais de verdadeira e efectiva inspiração. E se tudo ocorrer, como espero e firmemente desejo, o Benfica, este Benfica, terá razões para sorrir na noite larga deste domingo. O que seria não só importante mas, acima de tudo, e antes desta primeira pausa para um tempo de selecções, bem entusiasmante. E como disse um dia Napoleão Bonaparte «o entusiasmo é a maior força da alma»! É mesmo!

4. Duas notas finais. Arrancou ontem na China mais um Mundial de basquetebol. No dia 15 de Setembro saberemos se os EUA conseguiram, ou não, o tri! O que sabemos é que os grandes nomes da NBA não marcam presença o que permite que Sérvia ou França, Espanha ou Grécia, Argentina ou Austrália possam sonhar com a conquista deste Mundial. A segunda nota para a confirmação do que aqui escrevemos há quinze dias: o Famalicão é uma equipa - uma SAD - a ter em conta. Está no topo da classificação. Tem adeptos apaixonados e fiéis. Como ontem se viu em Vila das Aves.


5. A vida é mesmo para ser vivida. E se assim for, e na sua variedade, como ocorreu com Jorge Fonseca, há momentos intensos e que mostram que «quanto melhor se enche a vida, menos se tem medo de perdê-la»!"


Fernando Seara, in A Bola

Sobre saúde, doença e crime

"O médico como aquele que tem na sua gaveta o passaporte bom: o da saúde

1. A 7 de Novembro de 1991, o basquetebolista Magic Johnson anunciou ser portador de HIV.

2. Em A Doença como Metáfora, de Susan Sontag, este belo começo: «A doença é o lado sombrio da vida, uma cidadania bem pesada. Ao nascer, todos nós adquirimos uma dupla cidadania: a do reino da saúde e a do reino da doença. E muito embora todos preferíssemos usar o bom passaporte, mas tarde ou mais cedo cada um de nós se vê obrigado, ainda que momentaneamente, a identificar-se como cidadão de outra zona».
O país da doença e o país da saúde. E depois, talvez, o país dos mortos. O terceiro país.

3. O médico, portanto, como aquele que tem na sua gaveta o passaporte bom: o da saúde - aquele que nos permite voltar a entrar no país onde o corpo e a cabeça avançam e de modificam.
O médico como funcionário de um posto fronteiriço essencial, o guarda de mais interior das fronteiras, uma fronteira que não está no exterior nem em qualquer mapa, mas algures nos órgãos, células e tecidos.
Não é pelo andar dos pés ou por meios de transporte exteriores que entras no país dos saudáveis; há um passaporte sim, mas que é traduzido em análises ao sangue, à urina, às fezes, etc... Se está tudo em ordem nestas análises, podes respirar de alívio: estás autorizado a entrar no país dos saudáveis.
Os hospitais, então, podem ser vistos como micro-países da doença ou, de uma forma mais esperançada: micro-países que tentam recolocar rapidamente o corpo de volta ao exterior. Ao país certo.

4. E sim, podemos pensar a morte como um terceiro e enorme país; um país, até ver - se não acreditarmos em mitos nem em ressurreições religiosas - que não tem possibilidade de reversibilidade. Só entras. Não sais.

5. A morte, como o terceiro excluído. Se não está morto, ou está saudável ou está doente.
Quanto o terceiro excluído, a morte, entra em acção, os outros dois estados, os outros dois países, recuam. Só o morto não pode estar saudável ou doente.
Não há mortos saudáveis não há mortos doentes.

6. O reino dos mortos ou a república dos mortos? Pode a política entrar até nesse terceiro mundo que tão mal conhecemos?
Sim! Pensar em alguém que quer deitar abaixo a monarquia dos mortos e implementar uma república. A república dos mortos.

7. Susan Sontag lembra as teses do século XIX de Samuel Butler em que defendia que a «criminalidade era uma doença»; que os criminosos deveriam ser tratados como doentes e isolados como se tivessem uma enfermidade contagiosa. Como lembra Sontag, para Butler era «absurdo condenar um doente» que cometesse um crime pois o doente tinha já uma condenação, uma condenação não social, mas orgânica: a própria doença.
A ideia de base era a de que ser doente era ser culpado; um inocente, portanto, não poderia estar doente.
Se está doente é quase um criminoso - algumas teses do século XIX chegavam a este extremo. Pois bem, isto está completamente ultrapassado, dirão uns. Ninguém vê hoje um doente como se fosse um assassino ou um ladrão, um criminoso.
Será? Talvez sim, talvez não. Se pensarmos na Sida e noutras doenças, como a sífilis, de conteúdo sexual - veremos que não só no início do aparecimento deste epidemia - estar doente era, e é ainda por vezes, infelizmente, equivalente, para algumas pessoas, a um juízo moral do destino ou de deus. Estás doente porque não te comportasse bem - eis uma frase que sobrevoa muitas cabeças.
Daí a importância do livro de Susan Sontag A Doença como Metáfora e A Sida e as Suas Metáforas.
A visão da doença como julgamento moral da natureza e da vida não está, de facto, ainda ultrapassada. Se tens Sida não podes estar inocente - ainda se sussurra, aqui e ali, em pleno século XXI.
Pode o século XXI ser por vezes mais básico e manifestar um menor uso do cérebro do que o já longínquo século XIX? Pode."

Gonçalo M. Tavares, in A Bola

Em Timor...

"Ao ouvir falar dos 20 anos do referendo para a Independência de Timor, lembrei-me do Eusébio em Timor anos depois (e eu com ele por lá).
Lembrei-me do Eusébio em Santa Cruz - e de me parecer que bungavílias vermelhas lhe subiam aos olhos a molharem-se na reza junto ao túmulo de Sebastião Gomes, um dos mortos no massacre do cemitério. E quando, de seguida, lhe contaram a Tragédia da Kareta que que se vivera à sombra do estádio onde o esperavam para marcar um simbólico pénalti a Xanana, ao explicarem-lhe que a Kareta era a camioneta atafulhada de corpos queimados pelas milícias Indonésias levados para atirar ao mar - olhando-o nos olhos outra vez, eu já não vi as bungavílias vermelhas, vi um coração, o molhado coração do Eusébio.
Coração diferente vi-lhe depois, também, quando, com Xanana Gusmão já equipado a preceito e debaixo da baliza, o Eusébio chutou, o Xanana voou - e ao agarrar a bola, ergueu-se do chão, eufórico, atirando ao ar o seu brado:
- Foi a defesa da minha vida, pois até hoje só quatro guarda-redes tinham defendido penáltis do Eusébio...
e o Eusébio, piscando-me o olho, por entre o frenesim de bailarinas dançando tébedais, soltou de si o murmúrio que me apanhou e comoveu (digo-o agora):
- Chutei devagarinho para a mão dele pois não seria capaz de marcar um golo ao Benfica - e Xanana é Benfica!
Lembrei-me do Eusébio a distribuir bolas de futebol pelas escolas da Ilha ainda martirizada pelo descabelo das milícias (e pelo jugo Indonésio) e de, em Alleu, lhe surgir, sorrateiro, um rapazinho a mostrar-lhe o BI que tinha no nome: Eujébio das Neves - e vendo o Eusébio em espanto o rapazinho lhe explicou:
- Chamo-me assim porque meu pai era louco pelo Benfica. Os Indonésios estragaram-me o nome, em vez do s puseram j. Não faz mal porque eu sei que sou Eusébio, Eusébio como o senhor...
Lembrei-me do Eusébio a... a... a... (e falta-me o espaço para contar mais do Eusébio: eterno e coração em Timor)."

António Simões, in A Bola

O futebol, as mulheres e os direitos humanos

"Alguém que percebe muito mais de Direito do Desporto do que eu chamou-me, há dias, a atenção para o artigo 3.º dos Estatutos da FIFA. Tal artigo tem como epígrafe 'Direitos Humanos' e refere o seguinte (tradução livre): «A FIFA está comprometida em respeitar todos os direitos humanos reconhecidos internacionalmente e deve esforçar-se para promover a protecção desses direitos».
Por respeito a este princípio, a FIFA endereçou, recentemente, uma espécie de ultimato à Federação Iraniana no sentido de banir a proibição das mulheres de assistirem, nos estádios, a jogos de futebol. Fonte da FIFA referiu: «Ao fazer isto, garantiremos o cumprimento de um dos princípios mais básicos estabelecidos nos estatutos da FIFA - o de garantir que o futebol esteja disponível para todos que desejam participar, independentemente do seu género». Tal pedido da FIFA parece estar já a dar resultados, uma vez que foi noticiado esta semana que o jogo de qualificação para o Mundial de 2022, entre o Irão e o Camboja, terá mulheres a assistir, ao vivo, nas bancadas.
A mesma pessoa que refiro no primeiro parágrafo chamou-me também, há uns tempos, a atenção para a publicação, em Portugal, da Lei n.º 45/2019, de 27 de Junho, que procede  a uma revisão global da linguagem utilizada nas convenções internacionais relevantes em matéria de direitos humanos a que Portugal se encontra vinculado, determinando que «nas versões em língua portuguesa de todas as convenções internacionais a que a República Portuguesa se encontra vinculada, publicadas no Diário da República, onde se lê 'direitos do homem' deve ler-se 'direitos humanos'».
Tudo em nome da igualdade entre homens e mulheres."

Marta Vieira da Cruz, in A Bola

Antevisão SC Braga x SL Benfica

"⚽ Liga NOS - 4ª Jornada
📅 Domingo, 01 de Setembro de 2019
⏰ 21h:00m
🏟 Estádio Municipal de Braga
📺 SportTV1
Partimos para Braga à conquista de 3 pontos, como sempre. Depois de um jogo menos conseguido em casa contra um rival directo, é hora de voltar às vitórias e não podemos pensar em mais nada que não seja: Ganhar!
🔴⚪ Benfica
▶ Procurar um resultado positivo após uma derrota contra um adversário directo,
▶ O possível regresso de André Almeida, dando uma capacidade de cruzamento diferente,
▶ A dúvida na colocação de jogar com um médio defensivo e outro ofensivo,
▶ Perceber a evolução na dinâmica e interacção entre os dois avançados.
🔴⚪ Braga
▶ Rendimento de Ricardo Horta,
▶ André Horta jogador com potencial, médio de ligação em condução e na qualidade do seu passe médio e longo,
▶ Regresso de uma viagem longa à Rússia, com uma exibição consistente mas com pouco tempo de recuperação,
▶ Reacção do Braga às lesões de Tormena e Wilson Eduardo.
Onze provável do Benfica: Homero Grimaldo, Ferro, Rúben Dias, Nuno Tavares Florentino, Samaris, Rafa, Pizzi Seferovic e Raúl de Tomás
Histórico de Confrontos:
28/04/2019: SC Braga 1-4 SL Benfica
13/01/2018: SC Braga 1-3 SL Benfica
19/02/2017: SC Braga 0-1 SL Benfica
30/11/2015: SC Braga 0-2 SL Benfica
26/10/2014: SC Braga 2-1 SL Benfica
🔮 Palpite da Magda
SC Braga 1-3 SL Benfica
Vencer, Vencer!"

TriFuck !!!