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quinta-feira, 13 de março de 2025

Mais uma vez o melhor em campo


"TIRO O CHAPÉU AO OTAMENDI SEMPRE AO MAIS ALTO NÍVEL

Tudo foram razões para mandar abaixo o Otamendi. Deve ser o lado para onde o capitão dorme melhor. Mas, não obstante, tem respondido à letra dentro do campo, com exibições do mais alto nível.
Aprecio no Otamendi, para além das suas muitas qualidades futebolísticas, a atitude competitiva - vai sempre com tudo a cada lance como se fosse o último da carreira; aprecio a forma imperturbável como lida com as situações mais complicadas e difíceis - seja dentro, seja fora do campo; aprecio a forma certeira como se expressa sempre que é chamado às flash interviews ou faz publicações nas redes sociais depois dos jogos.
Ontem, do alto do seu estatuto de campeão do mundo, num jogo tremendamente difícil, em especial na primeira parte, foi o nosso melhor jogador em campo: a defender, a marcar, a assistir, em tudo.
O Otamendi está a fazer, e está a fazer de longe, a melhor época no Benfica - e já vai na quinta. Por mim, pela forma como o vejo jogar, que renove por mais uma época."

A diferença entre Benfica e Barcelona não foi (só) Yamal


"Raphinha e Yamal foram protagonistas do apuramento do Barcelona, mas o Benfica não deve ignorar uma questão central na análise ao jogo de despedida da Liga dos Campeões

Só a melhor versão do Benfica conseguiria virar a eliminatória com o Barcelona, mas o que se viu no Olímpico de Montjuic foi a pior exibição da equipa de Bruno Lage em três derrotas frente ao conjunto orientado por Hansi Flick. O golo de Otamendi — melhor jogador do lado português — ainda deu a ilusão de que a eliminatória estava em aberto, mas ao intervalo já o Barcelona tinha o apuramento para os quartos de final assegurado.
Raphinha manteve o nível dos duelos anteriores com o Benfica — cinco golos apontados às águias, só esta época —, mas Lamine Yamal esteve muito acima daquilo que fez nas duas visitas à Luz, e mais próximo, portanto, de um patamar que o colocará muitas vezes como candidato à Bola de Ouro. O campeão europeu de seleções destacou-se na ausência de Álvaro Carreras, mas não foi por causa de Samuel Dahl, o substituto, que o Benfica entregou a eliminatória, até porque as falhas defensivas foram muito mais coletivas do que individuais.
A equipa de Lage até entrou bem em Montjuic, mas após o 1-1 começou a perder referências de pressão e de posicionamento. O treinador português não abdicou da organização defensiva em 4x4x2, mesmo perante as dificuldades sentidas para incomodar a saída de bola do adversário, e consequentemente para evitar os espaços abertos dentro da estrutura.
Elogiar a definição de Yamal e Raphinha serve também para destacar o fraco rendimento de Schjelderup e Akturkoglu, mas a diferença entre Barcelona e Benfica esteve sobretudo no centro do jogo, onde Pedri,
Frenkie de Jong e Dani Olmo foram brilhantes na forma como ludibriaram a pressão benfiquista, perante a fraca oposição do tridente preferido de Lage. Fredrik Aursnes não jogou na posição 6, desta vez, e embora incansável, como sempre, esteve invulgarmente infeliz no passe, contribuindo também para a incompetência encarnada a explorar a profundidade, perante a subida linha defensiva blaugrana. Florentino teve de apagar fogos que não eram da sua responsabilidade, é certo, mas foi também apanhado fora de posição pela dinâmica de circulação de bola do Barcelona. Kokçu esteve apagado, como tantas vezes, demasiadas até para um jogador que pode vir a custar até 30 milhões de euros.
A oposição era de classe mundial, mas o meio-campo do Benfica mostrou uma fragilidade que não é assim tão esporádica, e que merece ser devidamente valorizada na preparação de 2025/26."

Benfica nunca desistiu


"Está longe de ser fácil a preparação de um jogo, mesmo que caseiro, e com o 12.º classificado da nossa Liga. Vive-se entre o desgaste acumulado e as incidências de uma eliminatória da Liga dos Campeões por resolver e com a respetiva decisão no horizonte. Se acrescentarmos o nome do adversário europeu então, o estado de alerta era absoluto. A gestão era previsível e aceitável, partindo do princípio obrigatório que a vitória com o Nacional seria conseguida. O Benfica utilizava novamente com sucesso, a sua já experimentada opção tática alternativa. Os recursos existentes no plantel, mesmo diminuídos pela vaga de lesões davam mais uma vez resposta positiva, confirmando que o onze preferido pode também ser outro.
Do lado catalão, entretanto, a morte de um elemento do staff determinava a suspensão do jogo do Barça no campeonato. Uma fatalidade que acabou por originar o inoportuno descanso extra do adversário do Benfica, antes do confronto decisivo.

Segunda mão com o Barcelona
Perdida que foi ingloriamente a oportunidade caseira para ganhar vantagem, o cenário traçado para o Benfica era de extrema dificuldade.
Entre o dilema sempre presente de dividir o jogo ou esperar, o Benfica escolhia arriscar na pressão, resultando em espaço para Pedri e Yamal progredirem, criando problemas consecutivos ao 4x3x3 recuperado por Lage. Acontecia a volta de Florentino à sua posição preferida, insuficiente, no entanto, para reprimir a arte adversária. Na ausência forçada de Carreras, Dahl era outra novidade, não pela sua escolha que vem sendo consecutiva, mas pela expectativa de o ver finalmente na posição para a qual foi contratado. Correspondeu positivamente.
Com adversários superiores, já se sabe, exige-se muita atenção, poucos erros e eficácia máxima. Logo no início do jogo, um passe longo, a evitar, para o jogador mais baixo em campo (Dahl), disputar no ar com um central de origem (Koundé), viria a criar o desequilíbrio que deu em golo, ampliando as dificuldades que se previam. Embora o empate não demorasse, o Benfica raramente conseguiu discutir a evidente superioridade adversária. Amadurecer pela posse de bola as possibilidades de aproveitar o espaço traseiro adversário, pouco foi permitido pela teia catalã. Terminado o sonho, fica a atitude da equipa que nunca desistiu até final, mote importante para a dura e mais realista luta pelo campeonato.

De engate
«É um guarda redes de engate» Expressão tradicional da bola que nos habituámos a ouvir, que retrata o rendimento de um atleta, que cresce no jogo de acordo com um bom início, e com as intervenções positivas que vai somando. O exemplo de Szczesny na Luz foi só mais um, de algo que faz parte e se repete. Por vezes o estado de euforia atingido em campo eleva o jogador para um nível paranormal, próximo do invencível. Antes desvalorizado pelos erros cometidos no duelo anterior, o guardião catalão acabou por renascer e influir decisivamente na decisão da eliminatória. Quem diria.
Curiosamente, Lucas França, guarda redes do Nacional que foi figura em destaque também na Luz, iniciou o jogo com uma reposição da bola em jogo falhada, que permitiu a Amdouni inaugurar o marcador. Porém, não se descontrolou, arrancando até para uma exibição de enorme destaque. Dois casos diferentes, mas em que a solidez mental dos atletas é predominante. As defesas importantes produzem efeito positivo nos guarda-redes, mas ao mesmo tempo, provocam insegurança nos que procuram fazer golo. A cada tentativa falhada o avançado vê agigantar-se o seu pesadelo entre os postes.

Os ciclos das equipas
A dinâmica das equipas acaba por funcionar com frequência na mesma onda, ou exaltada por um par de vitórias ou acabrunhada por outros tantos deslizes.
As equipas são arrastadas no sucesso ou inibidas pelas suas oscilações.
Estoril e Moreirense são expoentes coletivos desta teoria no corrente campeonato, de um fenómeno que se repete e que tem relação com uma das referências mais frequentes do discurso futebolístico: confiança ou falta dela. Estado anímico que se reforça ou a dúvida que se instala. Voltando às duas equipas citadas, viveram trajetos opostos.
O Estoril com um começo frouxo, cujo líder parecia condenado cair, mas que foi mantido e bem, tendo em conta a recuperação entretanto conseguida.
Já o Moreirense rentabilizou a dinâmica inicial, mas ante um posterior ciclo negativo foi incapaz de o reverter, o que resultou na saída do seu treinador, num contexto clubístico onde a substituição de treinadores é frequente. Manter a aposta ou desistir, será sempre a questão."

Caiu o Governo, caiu o Benfica. E que tal eleições em dia de dérbi?


"Duas derrotas do ponto de vista português e essa curiosidade de as eleições poderem realizar-se ao mesmo tempo que se conhece outra grande decisão. O futebol e política sempre de braço dado

Caiu o Benfica no mesmo dia em que caiu o Governo. Não é vulgar juntar as duas ideias numa frase, mas os tempos que vivemos são cada vez mais estranhos. Conceitos que tomávamos como surpreendentes num passado não muito distante são hoje uma espécie de «novo normal», essa expressão cunhada há exatos cinco anos quando uma pandemia emergiu para virar o mundo de pernas para o ar e cujas consequências ainda estão bem à vista – não, não ficou tudo bem.
Ao mesmo tempo que as águias sofriam no Estádio Olímpico de Barcelona, no Parlamento assistia-se a outro tipo de transições defesa-ataque, basculações ou recuos, estes de contornos bem mais difusos e até inéditos que os colocam no futuro livro de memórias coletivas, mas não pelas melhores razões.
Na perspetiva nacional, foram dois jogos com derrota: um país que avança para a quarta eleição em cinco anos e meio (nunca visto) revela sinais que roçam a esquizofrenia, ao passo que no jogo jogado na maior montra europeia mais uma vez a regra voltou a sobrepor-se à exceção: Portugal não terá representantes nos quartos de final da Champions – anda, Vitória, agora és o único embaixador de uma nação que aí viste nascer, mesmo que a única esperança lusa esteja na terceira competição da UEFA. Es lo que hay.
Muitos dirão que o que se viu na Catalunha foi muito mais belo do que em São Bento, embora com tonalidades azul grená em vez do vermelho. Porque quando está no ponto, este Barcelona é temível, que o diga o Real Madrid, goleado por duas vezes pelo grande rival nesta temporada. Lamine Yamal é um génio que merece elogios de todas as nacionalidades.
O problema é outro, quando os culés não estiveram no seu máximo nos outros jogos anteriores com os encarnados (como noutros nesta temporada), à formação de Bruno Lage faltou sempre qualquer coisa: os jogadores que não saltaram nos cantos (como bem lembrou o treinador em conversa acalorada com os adeptos) ou a incapacidade de aproveitar superioridade numérica durante 70 minutos. O que não colhe é o argumento da frescura física: recorde-se que o Benfica descansou no campeonato antes da partida da primeira mão dos oitavos de final. Não aproveitou as vantagens e pagou caro na cidade condal.
Regressa assim a velha narrativa bem conhecida neste cantinho à beira-mar: os grandes em Portugal (mas apenas classe média na Europa) voltam a olhar apenas para dentro. Agora há um campeonato e uma Taça de Portugal para disputar, dois títulos que terão os velhos rivais de Lisboa em posição de destaque, adivinhando-se, nos próximos dois meses, uma luta tão intensa quando a campanha eleitoral. Que sejam ambas dignas.
Num país onde o futebol e a política andam tantas vezes de braço dado, os atros colocaram o dia das eleições a bater com um dia de grandes decisões na bola. Marcelo Rebelo de Sousa terá muitas coisas em que pensar, mas não ficará alheio ao facto de uma das datas disponíveis (11 de maio) poder ser o do dérbi na Luz que pode determinar o próximo campeão.
Poderá ser o chamado novo teste à maturidade do povo, que há um ano deu mostras de conseguir conciliar dia de jogo com o dia de voto, esse tabu que resistiu durante tantos anos. Nem tudo é mau."

Terceiro Anel: Bola ao Centro #116 - Um banho de realidade!!!

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - O que ganhou o Benfica com esta Champions League

Jogo Pelo Jogo - S02E31 - Sporting à boleia de Gyokeres

Observador: E o Campeão é... - O ranking já "Yamal", agora vai pior

Observador: Três Toques - Dramas no desporto. Mulheres e mais mulheres

Zero: Negócio Mistério - S03E25 - Van Hooijdonk no Benfica

Voleibol...

Siga...


"No intervalo de uma eliminatória da Champions, o jogo com o Nacional tinha inegáveis perigos, não só pela qualidade de jogo da equipa de Tiago Margarido, mas também pelo risco de desfocagem do objetivo principal - o campeonato. Não foi assim, o Benfica fez uma bela exibição, com habituais suplentes como Samuel Soares, Belotti e Amdouni em destaque, e onde só o já habitual desperdício de oportunidades de golo impediu uma goleada que seria justa. Pressionantes, objetivos e com futebol ao primeiro toque, o Benfica confirmou que está a subir exibicionalmente e, para tal, contando com todos. Hoje, em Barcelona, será necessário o mesmo Benfica, pressionante e concentrado, mas muito mais eficaz, com a tal “mentalidade assassina” que Bruno Lage referia há umas semanas, e com a “ponta” de sorte que faz sempre falta e a diferença. Acredito que é possível surpreender o Barcelona e trazer uma eliminatória que parece perdida. Satisfeitos com os resultados e a “nota artística” que a equipa tem revelado, os adeptos só podem desejar em bom português que esta boa fase… “siga”!

PS - A aprovação dos novos estatutos do SLB no passado sábado não só vem dotar o clube de instrumentos legais atualizados, ainda que possamos discordar de algumas das opções tomadas, como correspondem ao cumprimento de mais uma promessa eleitoral de Rui Costa, e, sobretudo num dia de tempestade, demonstram vitalidade e espírito democrático. Fora, como dentro do campo, siga..."

A festa do surf em Peniche


"As sensações que o mar e a praia nos transmitem são um pouco esse reflexo. A junção entre a vontade de domar a rebeldia da água com a diversão e o prazer de “brincar” e inovar em cima de uma prancha.

Confesso que mesmo não sendo praticante, o surf é um dos desportos que mais me fascinam. Talvez pela sensação de liberdade, mas também pelo encontro com o mar, os valores e o respeito que encerra toda a competição e o amor incomparável dos seus indefetíveis praticantes que invariavelmente marcam as suas férias e sujeitam as suas agendas à pratica deste desporto. O culto de surfar umas ondas é quase como uma religião para quem o segue fielmente. É fascinante de ver, mas também de sentir, o respeito e a dedicação quase a toda a prova. Para além disso é feito de uma comunidade, cheia de gente gira, que atrai pessoas descomplexadas e que vivem uma vida ligada à natureza e em condições muito particulares. As sensações que o mar e a praia nos transmitem são um pouco esse reflexo. A junção entre a vontade de domar a rebeldia da água com a diversão e o prazer de “brincar” e inovar em cima de uma prancha.
Este ano a principal competição regressa ao nosso país pela mão de uma nova geração de dirigentes que muito têm feito pela prática em Portugal. A World Surf League com o seu MEO Rip Curl traduz-se não só no agregar dos melhores atletas do mundo da modalidade mas tem um impacto direto a nível mediato como económico-financeiro da região. Basta para isso perceber que somos neste momento o terceiro destino mundial de surf mais procurado em motores de busca e o primeiro a nível europeu. São já mais de 120 mil os espetadores que enchem os nossos areais em Peniche e muitos mais os que seguem o evento nas diversas plataformas. Um dos pontos altos será sem dúvida a festa que marca o inicio do certame. Este ano no Pavilhão Multiúsos dos Bombeiros de Peniche, no próximo sábado dia 15 de Março, a diversão parece garantida, juntando alguns dos surfistas mais bem cotados com muitos amantes e curiosos.
Nomes fortes como Ahmed spins, uma presença cada vez mais constante nos grandes palcos, o marroquino traz-nos o melhor da música eletrónica. Mas não se esgota aqui. O português Xinobi numa vertente mais Nu-Disco e Indi-Dance, o dj Toby One e um ZIP Showcase com Luca Guichard, Nadezda e Tubarão são motivos mais do que suficientes para que que seja um sucesso numa vertente, onde a música e o surf se cruzam trazendo a comunidade local para o espírito do desporto, que vai ganhando cada vez mais adeptos por esse mundo fora. Essa tem sido aliás uma constante desde sempre, a ligação entre as ondas sonoras e as ondas do mar como são disso perfeito exemplo os Beach Boys desde os anos 60 e depois com nomes importantes em diversos estilos por onde passaram Sublime, Bob Marley, Jack Johnson e muitos outros.
Nos dias 17 e 18 de Março na zona corporate a novidade é um Summit dedicado ao tema. No primeiro dia com a temática “Como maximizar o valor de uma parceria desportiva e no segundo a transformação criativa que impacta o próprio Surf numa parceria que inclui o Instituto Superior de Economia e Gestão de Lisboa. Razões de sobra para que Peniche seja o epicentro de um nos maiores eventos nacionais desportivos de 2025 e que se inicia com uma festa que promete. Lá estarei. Absolutamente a não perder."

ESG no Desporto


"As estratégias ESG (ambiental, social e de governança) tornaram-se cada vez mais relevantes em várias áreas, incluindo no desporto. Este setor, especialmente o futebol, tem grande influência global e pode ser um poderoso agente de mudança, promovendo práticas sustentáveis e éticas.
As estratégias ESG referem-se a critérios usados para avaliar e gerir as práticas de uma organização nas áreas ambiental, social e de governança. No contexto do futebol, isso envolve ações voltadas para a redução do impacto ambiental dos eventos, a promoção dos direitos humanos e a melhoria das práticas de governança nas entidades organizadoras ou envolvidas em eventos.
A UEFA e alguns parceiros locais assinaram recentemente uma declaração conjunta, comprometendo-se a promover os direitos humanos e a responsabilidade social durante o Euro-2025 feminino que se realizará na Suíça. Esta declaração estabelece a responsabilidade de garantir que o evento seja inclusivo e que tenha um impacto positivo nas comunidades envolvidas.
A UEFA também se compromete a garantir igualdade de oportunidades para todos os participantes e a criar um ambiente acolhedor para jogadoras, treinadores, árbitros e adeptos. Assim, no que diz respeito a esta competição, a UEFA adotará práticas ESG em três áreas principais: redução do impacto ambiental, promoção de direitos humanos e inclusão e governança responsável.
Também a FPF, no âmbito nacional, caminha no sentido de implementar boas práticas de governança na sua gestão. À medida que adeptos e patrocinadores se tornam mais exigentes em relação a práticas sustentáveis e responsáveis, a implementação de estratégias ESG no deporto torna-se uma necessidade para construir um futuro ainda mais positivo."

Orgulho e frustração


"O Benfica foi eliminado pelo Barcelona nos oitavos de final da Liga dos Campeões, ao ser derrotado, por 3-1, na 2.ª mão. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Percurso positivo
O treinador do Benfica, Bruno Lage, manifesta "orgulho pelo percurso realizado". "Jogámos contra uma grande equipa. Senti na forma como prepararam o jogo e o respeito que tiveram para connosco. Por isso, fechar este capítulo da Liga dos Campeões com orgulho, e a frustração de não conseguirmos seguir em frente, e com o foco total no jogo com o Rio Ave", afirma.

2. Olhar em frente
Otamendi refere: "Lamentavelmente, não conseguimos defini-la [a eliminatória] em casa, aqui estávamos em desvantagem." E já pensa nos desafios vindouros: "Temos de pensar nos nossos próximos objetivos. Vamos descansar e pensar na próxima partida, que é do Campeonato. Esse é o nosso principal objetivo."
Florentino salienta: "Tentámos fazer o nosso jogo. Criámos as nossas oportunidades e podíamos ter feito um ou outro golo, mas não tivemos essa felicidade. Demos tudo o que nós tínhamos, honrámos a camisola até ao fim. O nosso objetivo é sermos campeões, mas vamos olhar jogo a jogo, com os pés no chão."
Barreiro frisa: "Agora é focar no próximo jogo, focar nas competições em que estamos envolvidos e dar o melhor para conquistar títulos."

3. Juntos
Em Barcelona, mais uma jornada de grande apoio.

4. Chamadas internacionais
Schjelderup integra a mais recente convocatória da seleção da Noruega, e Dahl foi eleito para representar a seleção da Suécia.

5. Bilhetes esgotados
Já não há ingressos disponíveis para o Rio Ave-Benfica do próximo domingo.

6. Contributo internacional
Onze jogadores do Benfica ao serviço das seleções de andebol.

7. Bom desempenho
Nos Campeonatos de Juvenis e Absolutos de Lisboa, os nadadores do Benfica alcançaram 95 medalhas (36 de ouro, 38 de prata e 21 de bronze), resultando no título de melhor equipa da competição.

8. Nos bastidores de uma conquista
Uma vista privilegiada da 21.ª conquista da Taça de Portugal de voleibol."

Barcelona-Benfica: 3-1 As notas da equipa do Benfica: Otamendi, esse jovem talento


"Argentino marcou, deu a marcar, impediu desvantagem maior; infelizmente para os encarnados, só havia um Otamendi em campo; meio-campo foi um desastre

O melhor do Benfica: Otamendi (7)
Seriam precisos 11 Otamendis, pelo menos 11, para que o Benfica pudesse sequer pensar na recuperação em Barcelona. Infelizmente para os encarnados, havia apenas um Otamendi em campo, um jogador capaz de fazer a diferença atrás e à frente. Com uma bela cabeçada ainda ofereceu o 1-1 e a possibilidade de sonhar à sua equipa, foi visto a ir às dobras, a fazer passes (corretos) de 50 metros e cortes incríveis. Fez, inclusivamente, um belo cruzamento para a cabeça de Amdouni ao minuto 86. Lamentavelmente para o Benfica, era apenas um e não conseguia estar em todo o lado. E os companheiros de defesa bem precisavam, face aos maus bocados provocados por Lamine Yamal, Raphinha e companhia. Não há como não pensar na renovação de contrato deste miúdo de 37 anos.

Trubin (5) — Duas primeiras defesas fáceis do guarda-redes do Benfica, aos 6' e aos 10', sugeriam tarde agradável. Não. Um minuto depois, golo do Barcelona, Raphinha, sem qualquer chance de defesa. Aos 22', boa antecipação a Raphinha, aos 41' bela defesa perante disparo violento de Lewandowski na área, mas nada a fazer nos outros golos. E, com surpresa, pouco trabalho na segunda parte.

Tomás Araújo (3) — Quem vir o resumo na televisão, verá Tomás Araújo em todos os golos sofridos. Mas não é o único que deve responder por isso, longe disso. No primeiro, sim, esqueceu-se de Raphinha, que apareceu nas costas, mas no 2-1 bem pediu ajuda para impedir a fuga de Lamine Yamal. Dahl, porém, demorou a atacar o portador da bola e o resto é história. Depois, no terceiro bem tentou chegar a tempo de evitar o disparo de Raphinha, mas vinha de longe e o brasileiro ainda fez uma simulação que lhe permitiu ganhar tempo. Tomás, refira-se ainda, esteve mal onde costuma ser bom, no passe.

António Silva (5) — Lewandowski caiu mais do lado de Otamendi do que do seu e foi limpando muito coisa. A construir, mais dificuldades, sobretudo no passe, pois nunca arriscou subir com a bola controlada.

Dahl (4) — Como primeira experiência a tempo inteiro na posição teoricamente natural, lateral-esquerdo, não correu muito bem, sobretudo na primeira parte. Um passe errado condenou o que poderia ser ataque prometedor do Benfica aos 2'. No 1-0, estava adiantado, procurando receber bola que vinha alta, e viu ao longe o ataque finalizado por Raphinha. Depois, no 2-1, não ajudou Tomás Araújo como deveria, pressionando Yamal. A segunda parte foi melhor: aos 49' fugiu bem pela esquerda, aos 66', boa receção e bom passe para Pavlidis, já na área catalã. Aos 77', com espaço e toda a baliza à frente, demorou a rematar e não evitou que a bola encontrasse o adversário.

Aursnes (3) — Entrou bem, aplicando a boa técnica, mas depressa perdeu qualidade. Ao minuto 31, má receção quase dava oportunidade ao Barcelona, mas foi sobretudo no passe que desiludiu a equipa. Nunca terá errado tantos passes desde que chegou à Luz. O desgaste, visível ainda na primeira parte, pode explicá-lo.

Florentino (3) — Esteve parado várias semanas e notou-se. A diferença de velocidade para Pedri e companhia era gritante, a dificuldade na primeira fase de construção e no passe agravou a situação.

Kokçu (3) — Parecia cansado, ele que cumpre o Ramadão, ainda na primeira parte. Correu muitas vezes para tentar pressionar, por vezes sem sentido, queimando energia que depois não tinha para aplicar no passe e na organização. O cérebro da equipa não funcionou.

Akturkoglu (4) — Começou bem, mas nunca conseguiu aparecer onde é mais perigoso, na área, e o desgaste ajudou a deteriorar a qualidade de passe e a velocidade.

Pavlidis (5) — Atirou à figura de Szczesny na melhor ocasião de que dispôs, foi apanhado algumas vezes em fora de jogo, uma delas dolorosa, pois oferecera o golo a Ausrnes, mas soube jogar, mesmo solitário na frente.

Schjelderup (4) — É ele que marca o canto do golo do Benfica, sobressaiu nos primeiros 15 minutos, mas depois foi sempre a descer, acusando o cansaço, a falta de apoio e de inspiração.

Amdouni (5) — Entrou aos 56', bem, para a esquerda. Isolou Dahl aos 77' e quase marcou de cabeça aos 86'.

Renato Sanches (4) — Entrou aos 56', aos 80' fugiu bem pelo centro mas disparou mal, quando até poderia/deveria servir alguém.

Belotti (3) — Entrou aos 70' e não se deu por ele.

Leandro Barreiro (5) — Entrou aos 70' e ajudou a refrescar e a dar algum discernimento a um meio-campo que estava 'de gatas'.

João Rego (-) — Entrou aos 84', para ver as estrelas ao perto."

Barcelona-Benfica, 3-1 Raphinha foi carrasco de uma águia que tentou escapar ao cepo


"A sentença estava quase assinada, o Benfica ainda conseguiu apresentar argumentos, mas o juízo final foi inequívoco. Ataque em campo aberto e rapidez de execução ‘mataram’ as aspirações dos encarnados

O sonho comanda a vida. E sempre que o homem sonha, o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança, escreveu António Gedeão na sua Pedra Filosofal. Na Catalunha, no imponente Estádio Olímpico Lluís Commpanys a bola que rolou era branca com estrelas pretas, atrás dela 22 jogadores com o mesmo objetivo: levá-la até às redes da baliza do adversário.
O Barcelona, com vantagem conseguida na Luz (1-0), carregava aos ombros a missão de homenagear Carles Miñarro Garcia, o médico da equipa que faleceu nos últimos dias, envergando uma braçadeira preta em sua homenagem, tal como foi cumprido um minuto de silêncio em sua memória.
Do outro lado estava o Benfica, à procura da glória, com o seu treinador, Bruno Lage, empenhado em cumprir promessa aos filhos Jaime e Manuel, de que ia ganhar um jogo de Champions, desejo também de todo os benfiquistas. A tarefa não era fácil, é certo, a desvantagem na eliminatória quase que assinava a sentença, ainda assim, os encarnados apresentaram alguns argumentos na Catalunha. Com Dahl a ocupar-se da lateral esquerda, com Florentino a surgiu no onze para se ocupar do miolo, enquanto a Schjelderup e Akturkoglu coube a missão de ladear Pavlidis no ataque à baliza de Szczesny.
Da parte dos catalães os suspeitos do costumo, com Ronald Araújo a ser o escolhido para substituir o castigado Cubarsí no eixo da defesa e, claro, lá na frente aquele tridente ofensivo que impõe respeito a qualquer adversário: Raphinha, Lewandowski e Yamal.
A equipa da casa foi quem saiu com bola e a pressão quase asfixiante foi imediata, com o Benfica a reagir muito bem, a tentar jogar, com Florentino a ter um par de boas intervenções na construção ofensiva, sendo que aos 10 minutos de jogo já o guarda-redes das águias, Trubin, tinha feito duas intervenções, com o jovem Yamal a ser o protagonista, numa delas de trivela, um gesto técnico que tanto aprecia e melhor executa.
O primeiro golo da noite, aos 11 minutos, é de se tirar o chapéu a Yamal, deixou Florentino estendido no chão e sacou um cruzamento teleguiado ao segundo poste onde estava quem? Isso, Rapinha, o carrasco do Benfica (marcou os golos das vitórias dos blaugrana nos dois jogos desta época, um na fase de grupos e o outro na 1.ª mão dos oitavos, ambos na Luz).
Certo é que a resposta do Benfica não podia podia ter sido melhor, volvidos apenas três minutos, na sequência de um pontapé de canto cobrado por Schjelderup, do lado esquerdo, a bola voou para o coração da área, onde acabou por encontrar a cabeça do capitão Otamendi, que aproveitou da melhor forma mau alívio de Lewandowski e assinou o golo 500 do Benfica na Champions.
Nova fase de investida dos catalães, a mastigar muito bem a bola a meio-campo e a subir no terreno, obrigando o adversário ao erro, sem medos no um para um e num desses lances foi ganho um livre lateral que, aos 27 minutos, resultou em golo. Balde na cobrança, a bola andou a rondar a área, até que foi parar aos pés de Yamal, na direita, que bailou à frente de Tomás Araújo e, claro, não desperdiçou oportunidade de bater Trubin. Sensacional, tanto o golo como este diamante lapidado que veste a camisola 19 do Barcelona.
A passagem da meia-hora de jogo trouxe pausa para que os muçulmanos que cumprem o Ramadão, nomeadamente Kokçu, Akturkoglu e Yamal, se alimentarem e hidratar, mal o sol se pôs, depois, o jogo conheceu momentos bonitos, com muitas faltas e paragens. A linha defensiva do Barcelona estava a jogar a cerca de 30 metros do guarda-redes, o Benfica bem viu isso, e colocar a bola nas costas? Pois, não acontecia e já perto do intervalo a sentença acabaria por ser assinada pelo carrasco Raphinha, após contra-ataque conduzido por Balde, que, no momento certo, soltou a bola para o brasileiro não dar hipótese a Trubin e bisar.
Lage mexeu na equipa aos 56 minutos, tirando os dois extremos, Schjelderup e Akturkoglu lançando Amdouni, jogador com muita facilidade de remate, e Renato Sanches, com o intuito de dar mais energia à equipa, pressionar e levar a bola para a frente, com o Barcelona a dar-se ao luxo de descansar com bola e, ainda assim, conseguir criar perigo: tabelinha de Olmo com Yamal, com Trubin a ter de aplicar-se (56’), depois foi De Jong a combinar com Raphinha, que temporizou, meteu em Yamal, que, de calcanhar serviu para Koundé, que devolveu a De Jong, cujo remate passou a rasar o poste, um autêntico carrossel.
O Benfica tinha dificuldades em soltar amarras, cada vez mais apertadas, com os minutos a correr e os caminhos para a baliza dos blaugrana cada vez mais turvos, tentando através de lances de bola parada criar algum incómodo, ainda se pediu penálti em Montjuic, aos 77’, com Dahl a tirar Ronald Araújo da frente e rematar para corte de Iñigo Martínez que pareceu com o braço, mas o árbitro francê François Letexier mandou seguir.
Momento apoteótico aos 81’, com a saída de Yamal, debaixo de salva de palmas, com os adeptos culé todos de pé, rendidos ao génio do jovem atacante.
O Benfica, já com Belotti, Leandro Barreiro e João Rego em campo, não descurou a baliza do Barça, com Otamendi, aos 86’, a cruzar para o segundo poste, onde Amdouni cabeceou, mas Koundé impediu que a bola chegasse à baliza! Apito final. Festa de um lado, tristeza do outro, sendo que, diga-se, os encarnados tentaram livrar-se do cepo, mas os argumentos foram insuficientes."

Acreditar, Acreditámos, Mas Caímos Rápido Na Real


"Barcelona 3 - 1 Benfica

Entrada tranquila em caixa de segurança. Polícias respeitadores. Revistas normais, nada de exageros inúteis. Falta mais de uma hora para o jogo e já estamos cá dentro. Ventinho agreste, vai fazer um briol do caraças, que o Benfica jogue para nos ajudar a aquecer.
Regresso do Tino. Muito importante para ganhar duelos, cortar linhas de passe e recuperar bolas. Eles fazem muito jogo interior, de posse, a procurar o desequilíbrio de forças naquela zona do campo, parece-me lógica a inclusão do Tino. A ver vamos como está depois da paragem.
Diz-me um amigo aqui ao lado que com este árbitro francês as equipas espanholas ganham sempre. Será mesmo assim?
Hino da Champions. Não há nada que se compare à grandiosidade desta competição. Um privilégio estar aqui.
E VAMOS AO JOGO
00 Minuto silêncio pelo médico do Barcelona recentemente falecido. Respeitado pelos nossos, do princípio ao fim. Bem.
10 entrámos com a equipa subida, atrevidos, a pressionar e a jogar bem, mas o Barça já está na frente. Fdx!
12 grande Nico, de canto lá para dentro. Jogo empatado outra vez! Não podia ter sido melhor a reação ao golo deles.
15 jogo parado, é por causa do ramadão? 20 estão a começar a impor o jogo deles... isto está a ficar mais difícil.
27 nossa, sai um movimento tipico do Yamal, mal defendido, bola lá dentro, ao segundo poste, sem hipóteses. A sentir-se a falta do Carreras: o Yamal já leva uma assistência e um golo.
30 a levar com o fumo das tochas, lançadas aqui mesmo em baixo, não faço ideia do que se passa no relvado. Venham as multas e os castigos, esta malta não aprende.
40 o Aktur está cá? O Pedri está, e de que maneira, o que joga este menino, isto é fora do normal. Agora uma oferta do Tino, que não tem estado mal, para o Trubin voltar a brilhar.
42 dar espaços ao mais poderoso ataque da Europa dá nisto: três-um, resultado de uma transição super bem executada. Acabou-se a eliminatória, acabou-se o sonho.
45 intervalo chega em boa altura, isto estava a ficar um passeio para o Barça. O que fazer agora, Lage? Rodar a equipa já a pensar no fim de semana? Sendo tarefa impossível marcar três golos sem sofrer nenhum em 45 minutos, talvez não seja má ideia.
46 voltaram os mesmos.
55 tudo igual no jogo, mas com ritmo mais baixo das duas equipas, era esperado.
65 isto está uma espécie de jogo treino: eles vão colecionando perdidas; nós sempre que criamos perigo aparece um fora de jogo ou um passe errado.
75 deviam devolver meio bilhete à malta e dar um prémio a quem conseguir tirar a bola ao Pedri ou ao menos obrigá-lo a errar. Outro que me enche as medidas é o lateral esquerdo, o Baldé.
84 era tão bom que este Renato que tem estado a aparecer aos poucos fosse para continuar assim até final da época.
87 para o Otamendi é sempre a 100, não há cá ritmos de treino, está a fazer a melhor época connosco.
90+2 cumprimos com o que era exigível na Champions: bons jogos, oitavos de final, mais de 70M€ em caixa. Da minha parte, nada a apontar.
ATÉ MORRER, ATÉ MORRER, ATÉ MORRER, BENFICA ATÉ MORRER"

Em Barcelona, Raphinha e Lamine Yamal sacaram das artes mágicas que o Benfica não conseguiu impedir


"Na segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, os catalães venceram (3-1) e eliminaram as águias. Os dois canhotos marcaram os golos culés, com o brasileiro a bisar e o espanhol a desenhar uma obra de arte, mostrando que o poderio do Barça está numa dimensão diferente à da equipa de Lage

Durante algum tempo, o Benfica foi transportado, no olímpico de Montjuïc, para um terreno no qual era quase impossível competir com o Barcelona. Se a tarefa na Catalunha seria sempre hercúlea, particularmente após o 1-0 da Luz, ir para um duelo de feitiçaria perante um coletivo cheio de candidatos a receberem as corujas de Hogwarts ia quase além do humanamente exequível.
Perante Lamine Yamal, mago que desafia o tempo, a idade, a lógica, o ciclo da vida, e Raphinha, craque a viver a temporada de uma vida, um Raphinha a triplicar face ao Raphinha do passado, minutos houve em que o Benfica esteve num jogo que não conseguia plenamente decifrar. O resultado foi o esperado, um 3-1 que leva os espanhóis para os quartos de final da Liga dos Campeões.
A hipótese de um dia épico em Barcelona começou, cedo, a esfumar-se para o Benfica. 1-0 aos 11', 2-1 aos 27', 3-1 aos 42'. Rapidamente o que esteve em causa deixou de ser a eliminatória, mas sim a memória dos feitiços de Yamal, da eficácia de Raphinha, na longa espera até ao final que se deu no segundo tempo. Às vezes, uma equipa ganha simplesmente porque o futebol é simples e quem tem os melhores ganha. Foi o que sucedeu.
O grande prodígio adolescente do futebol global até sofrera bastante nos dois jogos anteriores diante do Benfica. Muito bem defendido por Álvaro Carreras, Yamal pouco desequilibrou em ambas as partidas na Luz, tendo sido substituído, na primeira mão destes oitavos de final, com visíveis sinais de frustração.
Sem o seu compatriota pela frente, Lamine foi rápido a provar que tudo seria diferente. O seu jogo foi mais bailado que futebol, mais troca de pés do que dribles. Tu vais para ali, eu vou por ali. Engano, simulação, intuição, como se ainda estivesse em Rocafonda, o bairro da sua infância e cujo código postal — 304 — mostra como celebração de cada golo.
O primeiro remate do fim de tarde foi de Yamal, uma finalização para defesa segura de Trubin. O segundo, de Lewandowski, surgiu de um lance criado pelo craque que ainda não tem idade para votar nem para conduzir.
Entre as ações de brilhantismo de Lamine Yamal, a madrugada do jogo viu uma sucessão de foras de jogo, como se este fosse um confronto entre equipas de miúdos que só agora começaram a jogar com esta regra em vigor. Nos oito primeiros minutos, houve quatro futebolistas apanhados em posições adiantadas.
Aos 11', o menino dos pés de ouro e da mente com uma velocidade de raciocínio de um super computador foi o fator que fez a diferença. Com uma simulação, Florentino e Otamendi saíram do caminho de Yamal, que serviu Raphinha para o 1-0.
A resposta do Benfica não poderia ter sido melhor. Canto da esquerda batido por Schjelderup, cabeceamento de Otamendi para o 1-1. O campeão do mundo terminou com 346 minutos seguidos de futebol sem o Benfica lograr marcar em casa do Barcelona. Desde o golo de César Brito, aos 27' de uma visita das águias em 1992, o Benfica ficara em branco em 2006, 2012 e 2021.
Foi o único disparo dos visitantes no primeiro tempo. A igualdade só durou 14 minutos, antes dos feitiços de Yamal voltarem a encantar Montjuïc. O adolescente pegou na bola na direita, tirou Tomás Araújo do caminho e, na passada, acariciou a bola, deu-lhe um mimo, um suave toque que a fez ir deslizando pelo ar da Catalunha, pelos céus de Barcelona, que naqueles instantes concentraram os olhares da Península Ibérica, atónitos perante tamanha magia.
Montjuïc foi construído em 1927 para albergar a exposição internacional de 1929. Foi renovado em 1989 para receber os Jogos Olímpicos de 1992. É palco de proezas e façanhas, lá Messi estreou-se na equipa principal culé. É, a partir desta tarde, palco de nova pintura do menino do código postal 304.
A partir do 2-1, os visitantes tiveram ainda mais dificuldades. A linha muito subida do Barça encolhe muito o campo, aperta-o, obriga a precisão na circulação e coordenação para aproveitar o espaço nas costas. O Benfica não teve nenhuma das duas e, depois do golo de Otamendi, só voltou a rematar aos 66', com Szczęsny a negar Pavlidis.
Os homens de Flick, líderes da La Liga e ainda em disputa pela Taça do Rei, chegam a esta fase da temporada a sonhar com a melhor campanha do passado recente do clube, cheios de otimismo e energia. A certo momento antes do descanso, os blaugrana foram uma tempestade de talento que o Banfica, simplesmente, não conseguia conter, como se do outro lado estivessem pessoas que falavam uma linguagem diferente, que jogavam num comprimento de onda diverso, ilegível e imparável.
Aos 41', Lewandoski não conseguiu superar Trubin, num embate entre polaco e ucraniano que foi sempre vencido pelo guardião. O 3-1 chegaria mesmo antes do descanso, num contra-ataque conduzido por Balde e finalizado por Raphinha. O brasileiro marcou cinco vezes em três confrontos contra o Barcelona em 2025/26.
A etapa complementar arrancou com Raphinha e Olmo a ameaçarem, mas rapidamente se perdeu que os feitiços do primeiro tempo ficariam lá, na primeira parte, como tesouro a guardar na memória, como marca mais especial destes oitavos de final. Com o passar dos minutos, as substituições de ambos os lados e a consciência de que tudo estava decidido levaram a um relaxamento mútuo, quase à espera da conclusão.
O Benfica teve, nos derradeiros instantes, chances para o 3-2. Dahl foi negado por Iñigo Martínez, Koundé evitou males maiores de Amdouni. O apito final chegou com a sensação de uma lição de magia a abrir e conformismo a fechar. O melhor ataque da Liga dos Campeões (já 32 golos marcados) foi demasiado para o Benfica."

Terceiro Anel: Barcelona...

Observador: A Força da Técnica e a Técnica da Força - "Benfica 'suicidou-se' ao querer discutir jogo"

Benfica Podcast #554 - Another Level

Falar Benfica #198

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