Últimas indefectivações

sábado, 31 de agosto de 2013

Markou !!! (não resisti !!!)

Sporting 1 - 1 Benfica

Mais um jogo que não consegui acompanhar como gosto. Só vi bocados, e no meio de muita gente, e com alguns Sportinguistas (diferente de Lagartos), portanto não vou fazer analises profundas. Se tiver paciência e tempo, irei rever o jogo nos próximos dias, mas não prometo nada!!!

Num jogo onde sofremos um golo que devia ter sido anulado por fora-de-jogo, onde tivemos 3 lesões, que obrigaram a 3 substituições forçadas, onde ficou um penalty por marcar sobre o Cardozo a 3 minutos do fim, contra uma equipa que supostamente é a melhor do Mundo, acho que o empate até podia ser considerado um bom resultado. Mas pessoalmente, acho que o mais beneficiado por este empate são os Corruptos, mas dentro das circunstâncias...
Até podíamos argumentar que empatámos no mesmo local, onde os Campeões Corruptos do ano passado, empataram numa fase decisiva da Liga, contra uma equipa então destroçada, treinada pelo Juju, e não foi por isso que o Mundo acabou!!! Mas nós sabemos como as coisas funcionam em Portugal, e este resultado nesta altura da época, independentemente de tudo, nunca poderá ser satisfatório... é um mal menor, mas é um mal...

O momento do jogo, daquilo que vi, até não foi o golo do Markovic...!!! Foi a reacção do Markovic ao golo: não festejou, foi buscar a bola ao fundo da baliza, e correu para o meio-campo...!!! Um dos Sportinguistas que estava comigo, ficou surpreendido... Temos jogador, sem lesões, será o nosso melhor jogador, e com a atitude certa... neste momento já não tenho dúvidas.

PS: Mais do que os muito prováveis 5 pontos de atraso, estou muito mais preocupado com a extensão das lesões do Salvio, do Enzo e do Nico - por esta ordem de preocupação!!!

Boas pagaiadas !!!

Boa prestação do K2 1000m neste Mundial, o 7.º lugar na Final acaba por não ser extraordinário, mas esta é a primeira grande competição do João Ribeiro. Um bom resultado, para melhorar nos próximos Campeonatos. Aos 750m o Emanuel e o João - um atleta do Sporting e outro do Benfica, ao serviço da Selecção, em dia de derby!!! - passaram em 2.º, mas não conseguiram aguentar o sprint final e caíram para o 7.º!!!

Hoje de manhã a Joana Vasconcelos, também esteve muito bem, qualificando-se para a Final no K1 200m, com um 3.º lugar na Meia-Final. Independentemente do que se passar amanhã, este já é o melhor resultado da Joana, a este nível.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

7.º de "Ouro" !!!

O Célio Dias conquistou hoje de forma brilhante o 7.º lugar no Campeonato do Mundo de Judo (absoluto), que está a decorrer no Rio de Janeiro, na categoria de -90Kg.
Para quem não sabe o Célio tem 20 anos, no Judo ainda é considerado Júnior. Tem poucas competições internacionais como Sénior, e no ranking Mundial, iniciou este Mundial no 104.º lugar !!!
No primeiro combate derrotou por Ippon, o Egipcio Hatten Abd El Akher, 16.º no ranking Mundial, Campeão Africano!!!
No segundo combate, venceu por Yuko, o Russo Grigorii Sulemin, 5.º no ranking Mundial !!! O Russo 'desrespeitou' o Célio e lixou-se, ficou com uma cachola monumental no final!!!
No terceiro combate, derrotou o Ucraniano Valentyn Grekov, 17.º no ranking Mundial !!! Combate bem gerido, com um Waza-ri que 'enganou' o árbitro - inicialmente tinha marcado Waza-ri ao Uraniano!!! -, teve que ser a Mesa a rectificar a decisão, isto a pouco mais de 30 segundos do final. Emocionante. Mas fiquei logo com a impressão que o Célio estava a ficar muito cansado...
No quarto combate - Quartos-de-final -, perdeu para o Russo Kyiril Denisov, uma das estrelas da modalidade. Até começou bem, com um Yuko para o Célio, mas o Russo, ao contrário do compatriota Sulemin, levou o combate a sério, e com ataques muito fortes e constantes, deu a volta ao resultado, e ganhou por Ippon... Mas fiquei claramente com a impressão que foi o cansaço o principal adversário do Célio, que nos combates anteriores tinha gerido muito bem as advertências e neste combate rapidamente ficou carregado de 'amarelos'!!!
No quinto combate, na repescagem para o Bronze, o Célio não conseguiu derrotar o Sueco Joakim Dvarby, 64.º no ranking Mundial!!! Provavelmente o adversário mais acessível de defrontou em toda a competição!!! Mas o cansaço e a descompressão emocional, no intervalo entre as sessões, acabou por trair o Célio, sendo derrotado por Ippon.
Mesmo assim, depois da desilusão com a Telma, o Célio provou hoje que no futuro próximo vai estar nas grandes decisões. Sem lesões, poderá fazer 3 ciclos Olímpicos ao mais alto nível. Naquela que é provavelmente a categoria de peso, mais 'prestigiante', competitiva, e com os atletas mais espectaculares. O Célio, conjuntamente com o seu conhecido Húngaro Toth (terminou em 5.º) de também 20 anos, foram as grandes surpresas do dia...
Ainda existe muito espaço para evolução, o Célio foi inteligente, ganhou vantagem no início dos combates e soube aguentar sem fazer 'anti-jogo', no futuro terá que atacar mais, mas demonstrou uma maturidade rara para a idade... Muitos Parabéns.

Figoríficos

"1. Ao Madaleno nunca se conheceu um emprego. É o Destino. Há quem se mate a trabalhar para ganhar a vida e juntar umas côdeas para deixar aos filhos. Outros escravizam-se para nada economizar e para comer mal e porcamente as sobras alheias. E há quem se limite a cruzar as mãos sobre a barriga e a fazer rodar os polegares. Ao ritmo da sua própria preguiça.
2. O coronel Aventino Teixeira era um homem curioso. Curioso e divertido. Durante anos fomos amigos. E seríamos ainda se não tivesse a infeliz ideia de morrer. Do Madaleno dizia sempre o seguinte: «O azar dele foi o Pedroto não perceber nada de electrodomésticos. Senão ainda tinha ficado rico». Referia-se à falência de uma loja de frigoríficos...
3. Nunca gostei de gente que não trabalha. E de gente que vive à conta da especulação ávida de negócios dos quais nunca correr o risco de tirar prejuízo e dos quais vai retirando os seus gananciosos lucros. É bem mais fácil gerir uma loja de jogadores de bola do que uma de frigoríficos.
4. Tenho a certeza de que o Aventino Teixeira diria, hoje em dia, que o azar do Madaleno é o Pedroto não perceber nada de imobiliárias. Se bem que também estou convencido de que gerir imobiliárias seja mais complicado do que gerir lojas de máquinas de lavar. Lave cada uma delas aquilo que lavar... Por mim, lavo daí as minhas mãos.
5. Em duas jornadas, o Porto já beneficiou de dois «penalties». Já só faltam vinte e oito..."

Afonso de Melo, in O Benfica

Mais uma Final

Mais uma Final para o João Ribeiro, nos Mundiais de velocidade que estão a decorrer em Duisburgo. A dupla com o Emanuel Silva está a resultar. Desta vez no K2 500m os Portugueses, começaram nas eliminatórias por fazer um 3.º lugar, para no final da tarde, nas Meias-Finais terem ficado em 2.º, qualificando-se assim para a Final... tal como aconteceu na véspera no K2 1000m.
A Joana Vasconcelos, participou desta vez sozinha em K1 200m, e qualificou-se para as Meias-Finais, ficando em 3.º lugar na sua eliminatória.
Amanhã, Sábado, será um dia dedicado às Finais.

PS: Estes resultados, provam que afinal o Pimenta podia perfeitamente estar concentrado no K1, e o Emanuel com o João Ribeiro podiam representar a Selecção nos grandes Campeonatos dignamente no K2. É impressionante como Portugal, um País onde os talentos com nível Mundial são tão poucos, e mesmo assim, conseguimos abdicar deles de forma perfeitamente absurda, com guerrinhas de capelas...!!!
Tanto o Fernando Pimenta como a Teresa Portela são dos melhores atletas Portugueses de todos os tempos, e estão fora do Mundial !!! Que luxo !!!
No Triatlo vivemos uma situação parecida, com os dois melhores atletas nacionais em conflito com a Federação. Felizmente ainda não foram excluídos da Selecção, mas já faltou mais...!!!

Objectivamente (Gil e Benfica TV)

"No rescaldo das duas primeiras jornadas deste campeonato - detesto chamar-lhe Liga, faz-me recordar coisas muito tristes desde que tomou conta do futebol português - notava-se alguma ansiedade na equipa e nos adeptos.. As responsabilidades de ganhar e jogar bem são a essência do grande SLB. Nós sabemos. Mas penso que a vitória sobre o Gil Vicente da forma como foi conseguida teve o condão de virar TUDO a nosso favor.
Era esse o «clique» que faltava para o arranque da época. A ignição pode ter vindo tarde, mas veio! E aí está o que o Glorioso precisava para entrar na via do triunfo!
Triunfal tem sido também o caminho traçado pela Benfica TV quer na sua reformulação, quer na qualidade que tem mostrado desde que se tornou canal premium com as transmissões dos jogos em directo. Para já de assinalar a grande vitória nas audiências de fim de semana ao bater a concorrente SportTV, dando-lhe um share de 5,5% correspondente a 168.300 espectadores, mais 200.000 que a concorrente no jogo Porto-Marítimo!
Para o ainda «bébé» BENFICA TV, é uma vitória estrondosa que dá forte ânimo a toda a estrutura de comando do Canal Benfica e que entusiasma quer os espectadores quer todos os que trabalham com tanto empenho no Canal do SLB. É bonito vê-los crescer e ganhar batalhas que ainda não há muito tempo pareciam impossíveis.
Mérito à perspicácia e saber do presidente LFVieira que demonstrou estar dentro da razão quando decidiu acabar com o monopólio da SportTV.
Quando logo no arranque o Canal Benfica consegue 150.000 assinantes espalhados por todo o Mundo e vê a sua transmissão por 35 países das Américas, Europa e África ultrapassar em audiências e rigor de informação o mais experiente canal desportivo português, é sinal de que muito em breve o Canal Benfica irá triplicar os assinantes e o sucesso será ainda maior!
De recordar que a Benfica TV transmite jogos dos campeonatos da América latina, Inglês, etc. e que não tem apenas assinantes sócios ou adeptos do SLB, o que lhe dá ainda mais credibilidade. Esta é a primeira grande vitória deste campeonato."

João Diogo, in O Benfica

Entre linhas

"Eu, leigo na matéria da leitura táctico-técnica das basculações ofensivas e outras ‘freitaslobices’ que tais, muito tenho ouvido os especialistas da dita perorarem sobre as dificuldades do nosso Benfica em jogar ofensivamente “entre linhas”. Aparentemente, do padecimento desta maleita resulta um cataclismo de muitas outras que leva a que especialistas em futebol perorem horas a fio.
Um dos antídotos para essa maleita parece estar a ser colocado em prática pelo FCP (o tal da “estrutura perfeita” a malhar também em delegados da Liga). A forma como o FCP joga ofensivamente entre as linhas defensivas do adversário parece-me ter ficado clara na última jornada da época passada (com o Paços de Ferreira), quando o solícito árbitro Hugo Miguel transformou tudo o que era espaço entre a linha de meio-campo e o começo da grande área em zona passível de grande penalidade a favor do clube das viagens Calheiros-Amorim.
Deste tipo de aproveitamento do espaço “entre linhas” muitos se parecem ter aproveitado, inclusivamente, aquele que, à época, era treinador do Paços, uma vez que agora é ele quem beneficia da “inovação” táctica. Aliás, esse conceito táctico teve de tal forma o apoio, conivência e incentivo dos opinadores de serviço e de bolso que, logo na segunda jornada do actual campeonato (contra o Marítimo), o diligente árbitro Jorge Ferreira decidiu aproveitar o tal espaço “entre linhas” e marcar a grande penalidade da ordem a favor do clube que, a julgar pelas escutas do Apito Dourado, costuma dar essas ordens.
Assim, o conceito de jogar “entre linhas” ganha uma nova dimensão e quem estiver atento fica a saber que, para o clube da “estrutura perfeita”, jogar “entre linhas” é aplicar a táctica de beneficiar dentro das quatro linhas dos jogos feitos nas margens e à margem das ditas."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica

Bati no fundo como adepto

"Imagino ter festejado o segundo golo contra o Gil Vicente, num jogo em casa, contra um modesto adversário, como o meu Pai festejou a vitória por 5-3 contra o Real Madrid na Final da Taça dos Campeões Europeus. Domingo passado Lima foi o meu Eusébio e Markovic o meu Coluna. Eu sei que é muito mau sinal. Não nego as evidências mas de facto foi assim.
O Benfica não pode passar por estes sufocos. No entanto há duas coisas que me distinguem dos insuportáveis comentadores do politicamente correcto: primeiro gosto de ver jogadores zangados quando perdem, gosto até de ver que estão descontrolados e fazem asneiras próprias de quem queria muito ganhar. Eu não culpo Cardozo de nada. Ele, como eu, queria ganhar a Taça de Portugal e por ter perdido fez asneiras em claro descontrolo. Irritava-me mais ver jogadores a rir depois de perder.
Segundo, gostei de ver a forma como se festejou a vitória contra o Gil Vicente, havia chama, havia alma, havia autenticidade nos festejos. Eles (jogadores), como nós (adeptos) querem ganhar. Isso cria união e afectividade. Não houve exagero nos festejos do passado domingo, houve sentimento, por muito que alguns funcionários de clubes que comentam tenham ficado com muita azia. É assim que gosto, é assim que quero. 
O sorteio da Liga dos campeões é uma oportunidade para ajuste de contas. Ao Benfica saiu em sorte um Olympiakos que nos goleou há poucos anos e do qual poderemos obter desforra. O histórico Anderlecht com quem temos a velha final de 83 atravessada. Do poderoso Paris Saint-Germain é uma oportunidade para a minha filha se vingar do pai, porque há dois anos me pede para ir a Paris!
Desportivamente será muito difícil o jogo de Paris, vamo-nos ver gregos em Atenas, sendo Bruxelas o chocolate mais doce deste sorteio."

Sílvio Cervan, in A Bola

Que jogo!...

"1. Era bem importante o Benfica-Gil Vicente do passado domingo. E os nossos adeptos responderam da melhor forma: na pior fase da equipa nos últimos anos, estiveram no Estádio mais de 37 mil. A equipa, essa, foi inexcedível em força de vontade, em garra, mas perdulária por demais. Tantos golos falhados! Tantas bolas baliza aberta (ou quase) desperdiçadas! Ao intervalo já poderíamos ter o jogo resolvido com dois ou três golos marcados. E quando se constroem as oportunidades de golo que tivemos, não se pode falar em má exibição. Má foi a actuação na Madeira, onde foram escassas as oportunidades. Neste jogo falhámos no mais fácil (e importante), na concretização. A segunda parte foi mais do mesmo: oportunidades criadas, oportunidades falhadas. Desesperante.
Depois, veio o falhanço do Maxi e o golo do Gil Vicente, que quase não incomodou o nosso guarda-redes ao longo de todo o jogo. O falhanço daquele que menos merecia falhar, dada a sua entrega de sempre. Os minutos corriam e nova derrota (mas imerecidíssima) parecia inevitável. Até que, já nos descontos, se fez finalmente justiça e se 'vingaram' (de forma bem limitada, claro) os azares dos descontos do final da época passada. Acabou por ser uma vitória saborosa e que pode ter sido importantíssima na viragem de uma fase menos positiva do nosso futebol. Amanhã, sábado, em Alvalade, vamos confirmá-lo, espero...
2. Jorge Jesus afirmou que se vai bater pelo fecho do mercado de transferências a 31 de Julho, no fórum de treinadores da UEFA, onde irá estar presente. Faz bem. E, a propósito disso, gostaria de saber a opinião do presidente da Federação, Fernando Gomes, sobre o assunto (nunca o ouvi falar disso nem me lembro que lhe tenha sido posta a questão). E mais: se ele alguma vez levantou o problema junto das instâncias internacionais ou se já tentou, junto de outras federações da dimensão da nossa, uma posição conjunta sobre o tema. Continuo a pensar que é um escândalo o que se passa: os campeonatos dos vários países a decorrerem, as competições da UEFA já iniciadas (embora em fases preliminares) e empresários e clubes a negociarem jogadores. Até quando? A UEFA fala em 'fair play' financeiro (ainda não vi nada de novo...) mas continua a permitir (ela e a FIFA) este 'regabofe' de transferências fora de horas... com algumas federações, até, a prolongá-lo por mais alguns dias. Até quando?"

Arons de Carvalho, in O Benfica

Luisão e a terapia de grupo

"Confesso que até gostei da reacção do nosso capitão quando se dirigiu aos adeptos reprovando-lhes, por gestos, os assobios. Finalmente, temos terapia de grupo!

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol está preocupado com a Benfica TV. Esta temporada o canal do Benfica assegurou a transmissão dos jogos do campeonato inglês e passa a transmitir todos os jogos do Benfica disputados no Estádio da Luz.
Não é com a transmissão dos jogos do campeonato inglês que Fernando Gomes está apreensivo, o que se compreende. A Inglaterra é a terra do fair-play, é tudo gente séria e aprumada.
O problema é que tal como a Inglaterra é a terra do fair-play, Portugal é a terra da verdade desportiva, coisa completamente diferente. E o presidente da FPF não pode deixar de estar, por inerência de cargo, sempre aflito não vá a verdade desportiva descambar. 
Segundo algumas consciências, a última segunda-feira terá sido um dia mau para a verdade desportiva. Foram divulgadas as medições das audiências televisivas e soube-se que a transmissão do Benfica-Gil Vicente na Benfica TV bateu a transmissão do Vitória de Setúbal FC Porto na Sport TV. Ambos os canais funcionam por subscrição livre do público, é importante não esquecer.
As declarações de Fernando Gomes ao Diário Económico sobre a questão dos direitos televisivos foram amplamente divulgadas na net no mesmo dia. Para o presidente da FPF trata-se de «uma situação que não é normal». E levantou uma questão premente o ex-vice-presidente do FC Porto sobre os «constrangimentos» de um «canal próprio», reconhecendo que, ele próprio, ainda não tem «traquejo» nem «experiência» para concluir «se isso pode ter algum tipo de implicação que condicione a verdade desportiva».
Lá está, justamente, a nossa velha amiga verdade desportiva.
Fernando Gomes, que era vice-presidente do F.C. Porto à época da investigação policial do Apito Dourado, é a figura desprevenida quem o senhor António Araújo, o da «fruta para logo à noite», solicita bilhetes para «as três deusas» que quer levar consigo ao futebol. Tudo isto é lamentavelmente público graças ao YouTube.
Com o traquejo até então adquirido, o então vice-presidente do FC Porto, actual presidente da FPF hoje preocupado com «a verdade desportiva» posta em causa pela Benfica Tv, diz simplesmente ao empresário que suba «ao 14.º andar» para tratar do assunto em causa.
- É daquele assunto que falámos, não é? - pergunta Fernando Gomes, prudente e avisado, ao senhor Araújo das três deusas.
- É, é - responde prontamente o senhor Araújo.
Ouvindo-o responder à solicitação do sr. Araújo, quase dez anos depois da gravação dessa conversa, não parece ter ficado muito preocupado com as três deusas o actual presidente da FPF. Certamente porque não viu ali nada que, tal como a Benfica TV ameaça presentemente vir a fazer, pudesse «ter algum tipo de implicação que condicione a verdade desportiva».
E com certeza que não teve implicação nenhuma. Deusas são deusas, gente bendita, e logo três…
Já a Benfica TV pode vir a tornar-se num perigo público e com isso todos os cuidados são poucos não vá a verdade desportiva fenecer ou mesmo falecer. E isso seria uma grande tragédia.
Como benfiquista, constato com satisfação que o actual presidente da FPF não apoia inequivocamente a Benfica TV.
As situações normais resolvem-se no 14.º andar, é verdade. Mas sendo esta uma situação anormal, falta traquejo a Fernando Gomes. Assim é que é bonito.

POR estes dias perguntam-me muito nas ruas se estou zangada com Luisão. Na verdade, não estou. Talvez por uma questão de educação, da minha educação, não da educação do Luisão.
Comecei cedo a frequentar o estádio da Luz na companhia do meu avô e sempre o ouvi dizer, quando as coisas não nos corriam bem e o público protestava, que assobiar um jogador do Benfica era mais feio do que cuspir na sopa e tão feio como bater na mãe. Foi uma coisa que me ficou.
É dele que me lembro sempre que ouço, na Luz, o público dirigir os seus protestos contra um ou outro jogador ou mesmo contra a equipa toda. Não me considero uma benfiquista exemplar, longe disso, e nunca tive grande paciência para as estéreis e intermináveis discussões que envolvem recurso ao benficómetro, o ainda não inventado aparelho que medirá a devoção dos benfiquistas bons, dos benfiquistas maus e dos benfiquistas assim-assim, entre os quais voluntariamente me incluo.
Por isso, é com todo o à-vontade que falo. E confesso que até gostei da reacção do nosso capitão quando, assegurada a vitória épica sobre o Gil Vicente, se dirigiu desabridamente aos adeptos reprovando-lhes, por gestos, os assobios a Maxi Pereira que, ao contrário do benficómetro que ainda não foi inventado, conseguiu inventar sozinho o lance que resultaria no golo do Gil Vicente lançando a Luz ao desespero.
Se me perguntam se, nesse preciso momento fatal do uruguaio, me levantei do meu lugar em aplausos piedosos a Maxi Pereira, porque é dever apoiar a equipa nos bons e nos maus momentos, terei de responder que não, não me levantei. Francamente, não sou pessoas de extremos.
Mas sou quero ser crente. Antes do jogo com o Gil Vicente perguntava-me que tipo de prodígio, que tipo de milagre poderia vir a salvar o Benfica doente que todos conhecemos desde Maio último. Portanto, naturalmente, quis acreditar que era aquilo o prodígio sonhado quando vi, no espaço de minuto e meio, o golo de Markovic a empatar o jogo, o golo do Lima a ganhar o jogo, o beijo do mister no Mini Pereira, os abraços dos demais jogadores e, finalmente, os gestos de Luisão para a bancada.
Olha, finalmente, tempos sessão de terapia de grupo! Foi nisto que pensei. E continuei tranquilamente a ver o jogo que, como estarão recordados, terminou logo a seguir.
Volto a dizer que o Benfica terminou doente a última temporada e todo o longo tempo do defeso foi apenas a continuação dessa mesma doença sem que nada de visível fosse feito para curar o doente, embora milhares de especialistas tivessem dado as suas opiniões clínicas. Houve até uma maioria de especialistas que, considerando que o mal estava na cabeça e não nas pernas, descurou o assunto pensando, à moda antiga, que os males da cabeça se tratam com banhos de mar. Ideia errada.
A questão é que o mal é mesmo na cabeça. É um desatino o que se tem visto em campo desde o início da pré-temporada. Um desatino que se continuou a ver no Funchal e que se voltou a ver no final da tarde de domingo, na Luz, até ao momento em que Markovic fez o primeiro golo do Benfica.
Depois o doente acordou e, como por milagre, voltou à vida activa envolvido numa aura de inesperado esplendor. Segue-se o jogo com o Sporting, em Alvalade, ocasião que será fabulosa para testar no doente, ou no ex-doente, os efeitos da tão celebrada sessão de terapia de grupo.
No sábado se verá.

O Rio Ave e o Estoril voltaram em excelente plano ao futebol a sério. Duas vitórias em dois jogos é o balanço do arranque da época para as equipas de Nuno Espírito Santo e de Marco Silva. Ora aqui estão dois que não perderam a embalagem.
Já o Paços de Ferreira que foi a enorme sensação do último campeonato começa agora a ser sensação por não conseguir ganhar um jogo. Soma duas derrotas nas duas primeiras jornadas da prova e até acabou, imerecidamente, goleado pelo Zenit de São Petersburgo no jogo da primeira-mão do play-off de acesso à Liga dos Campeões.
Como se não bastasse, tem agora um adversário impossível pela frente. Nem mais nem menos do que o campeão nacional. O FC Porto vai no domingo a Paços de Ferreira, campo de boa memória porque foi lá que, na época passada, selou o título.
O jogo é em Paços de Ferreira, não é? Ou é no Dragão?"

Leonor Pinhão, in A Bola

O caminho para a Luz !!!

É verdade, o sorteio podia ter sido pior, mas também podia ter sido melhor !!! Acho mesmo, que o grupo deste ano, é mais difícil do que o do ano passado!!! Se o Barça é mais forte que o PSG, parece não existir dúvidas - pelo menos vamos ter a bola nos pés!!! -, mas numa comparação directa, acho que o Olympiakos é mais complicado do que o Celtic, enquanto o Anderlecht tem uma valor colectivo idêntico ao Spartak de Moscovo. Não queria viagens longas, e pelo menos esse desejo foi concedido...
Vai ser muito importante vencer os jogos em casa - como é sempre -, e será provavelmente decisivo o jogo em Bruxelas... onde apesar de muitos Benfiquistas nas redondezas, o ambiente será bastante adverso, e o relvado no final de Novembro deverá ser pedra, ou lamaçal!!! Mas vencendo na 1.ª volta, os Belgas e os Gregos na Luz, tudo ficará mais fácil...
17/09 - Benfica - Anderlecht
02/10 - PSG - Benfica
23/10 - Benfica - Olympiakos
05/11 - Olympiakos - Benfica
27/11 - Anderlecht - Benfica
10/12 - Benfica - PSG

Será fácil desvalorizar os nossos adversários, aliás isso já se tornou numa tradição... mas nós Benfiquistas, não devemos entrar na onda:
- O PSG tem um plantel de fazer inveja a qualquer um. Daquela equipa que nós eliminámos em 2012, praticamente não sobra ninguém. E não foi fácil nessa altura, aliás o jogo da Luz foi mesmo muito complicado. Vamos ter muito apoio em Paris? É verdade. Mas não será como em 2012. Pois neste momento, os Parisienses acreditam na equipa, eu sei que os Benfiquistas vão tentar comprar bilhetes destinados aos Franceses, mas não será 50/50 como foi em 2012.
Só alguns nomes para avivar a memória: Thiago Silva, Alex, Maxwell, Marquinhos, Van der Wiel, Ménez, Thiago Motta, Verrati, Pastore, Lucas, Cavani, Maurice, Lavezzi, e Ibrahimovic. Além de jovens como o Digné, ou o Rabiot...
- O Olympiakos é o crónico Campeão Grego dos últimos anos, acreditando nas palavras do Juju, é a aproximação mais fiável dos Corruptos na Grécia: compra tudo!!! Não sei com que fruta, mas compra tudo...!!! É fácil treinadores e jogadores terem sucesso neste Clube, pelo menos internamente. É verdade que apesar do domínio total interno, na Europa não têm conseguido resultados de relevância, mas em casa, com um ambiente super-agressivo conseguem sempre bons resultados. Com o Quique levámos 1-5 em Atenas, recordo-me do jogo, foi um jogo estranho, já que até entrámos bem, mas cada vez que os Gregos rematavam, era golo, creio mesmo que os primeiros 5 remates foram golo, só depois é que remataram mais duas vezes e a bola não entrou... a arbitragem foi a esperada. Quando jogam fora, costumam jogar na expectativa, em puro contra-ataque, e no passado, no antro Corrupto, já conseguiram vencer!!!
Obviamente que os nomes Roberto e Saviola vão ser muito falados, por razões diferentes - creio que o Roberto não tem sido titular... -, mas o Paulo Machado, Leandro Salino e até o Pablo Contreras são velhos conhecidos...!!!
Plantel vasto com vários nomes conhecidos: Carroll, Roberto, Contreras, Maniatis, Papadopoulos, Torres, Salino, Machado, Ibagaza, Weiss, Campbell, Saviola, Djebbour, Mitroglou, Fuster, Dominguez...
- O Anderlecht nos últimos anos tem andado afastado dos grandes palcos, mas recordo que neste momento a Selecção Belga é uma das mais fortes da Europa. Pessoalmente acho mesmo que em termos de profundidade de plantel, neste momento só a Espanha, a Alemanha e a França tem tantos jogadores de qualidade como a Bélgica. Sendo que alguns desses internacionais jogam aqui. Vai-se recordar a Final da Taça UEFA na Luz nas antevisões, mas acho que devemos recordar é a derrota por 0-3 em Bruxelas recentemente. Num jogo curiosamente, onde até podíamos ter saído a ganhar, com o Carlitos - actualmente no Estoril - a falhar alguns golos, e depois acabámos a perder, com uma equipa do Anderlecht provavelmente inferior a esta!!!
Alguns nomes: Gillet, Vandem Borre, de Zeeuw, Milivojevic, Fede Vico, Tielemans, Vargas, Mitrovic, Suarez, Cyriac, Achempong, Alvarez...


Adenda: Recordo que esta época, também vamos ter uma Champions em Juniores, os adversários são os mesmos, e neste caso vamos defrontar 3 boas escolas. Com um Nacional de Juniores muito pouco competitivo nesta 1.ª Fase, os nossos jovens tem aqui uma excelente oportunidade para evoluírem...



Não faz mal nenhum sentirmos orgulhosos pelo Estádio da Luz ter sido escolhido para receber a Final da Champions deste ano. Não é um título - tenho que dizer isto, antes que me acusem de mau-Benfiquismo!!! -, mas é um privilégio. Não entro em loucuras, a equipa do Benfica não tem qualquer obrigação em chegar à Final. Aliás se o Benfica por acaso fosse à Final e perdesse, aí é que o Jesus seria crucificado, empalado, e imolado, tudo a respirar...!!! Passar aos Oitavos-de-final é o objectivo, depois conforme o Sorteio logo se vê...!!!

Numa analise rápida aos outros grupos, tenho que destacar a tremenda 'vaca' do Mourinho, e o tremendo azar do Wenger!!! Quando vi o Marselha - a equipa mais acessível do Pote 2 - a sair ao Arsenal, ainda pensei que seria um grupo fácil, mas depois nos Potes 3 e 4 saíram as duas favas: Dortmund e Nápoles!!! Prevejo também dificuldades para o Manchester United... Estou curioso, para saber se o Givanildo vai estar lesionado quando jogar com o fornecedor da amarelinha!!!
Grupo A:
Manchester United
Shakhtar Donetsk
Bayer Leverkusen
Real Sociedad

Grupo B:
Real Madrid
Juventus
Galatasaray
Copenhaga

Grupo D:
Bayern Munique
CSKA Moscovo
Manchester City
Viktória Plzen

Grupo E:
Chelsea
Schalke 04
Basileia
Steua Bucareste

Grupo F:
Arsenal
Marselha
Dortmund
Nápoles

Grupo G:
Corruptos
Atlético de Madrid
Zenit
Austria de Viena

Grupo H:
Barcelona
AC Milão
Ajax
Celtic

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Contra o escárnio e o menosprezo dos italianos

"A primeira viagem de Eusébio a Itália foi a terceira do Benfica àquele país. E também não foi feliz. Como se houvesse uma maldição estranha a ameaçar os 'encarnados'.

NA semana passada trouxemos aqui, às suas páginas, a nota sobre a primeira deslocação do Benfica a Itália, agora que pouco tempo passou sobre a mais recente viagem dos 'encarnados' a esse país tão belo. O Benfica jogou a Taça Latina, em Milão, frente ao Milan e ao Nice. Ficaria em terceiro lugar. Os anos passaram. O Benfica regressaria a Itália em Março de 1962. Já era Campeão da Europa e já tinha Eusébio.
Não deve haver muitos clubes do Mundo que tenham defrontado tantas selecções nacionais como o Benfica. Em jogos particulares, como é lógico.
Em Maio de 1962, Eusébio estava no centro da vida do Futebol europeu. Ainda não tinha vencido o Real Madrid na final de Amesterdão, mas ganhava o seu lugar na história do Benfica e do Desporto. Toda a gente queria ver Eusébio. A Itália queria ver Eusébio! No livro «Viagem em Redor do Planeta Eusébio» tive a oportunidade de revisitar essa viagem de Eusébio a Itália, a primeira da «Pantera Negra», a terceira do Benfica após a tal Taça Latina. Falava-se que os clubes italianos estavam loucos para ter Eusébio. E, em Milão, no particular do Benfica frente à selecção de Itália, Eusébio pagou caro o preço que colavam ao seu nome - vinte, trinta, quarenta, cinquenta mil contos, qual ele fosse. A derrota (1-4) e a pálida exibição dos portugueses foi motivo para escárnio na imprensa italiana.
Renato Marino, jornalista do «Tuttosport»: «Veio muita gente para o ver. Quase todos regressaram parcialmente desiludidos. Com efeito, Eusébio é um bravo jogador mas não vale os 375 milhões de liras ou os 6000 mil dólares que, segundo se afirma, pedem por ele».
Ah! Mal sabia o pobre Marino que iria engolir as suas palavras.
Emilio Violanti, jornalista de «La Gazzetta dello Sport»: «Eusébio vale 375 milhões? Muito bem. Nesse caso, Altafini valerá um bilião e Rivera um bilião e meio!...».
Gino Palumbo, jornalista do «Corriere della Sera»: «Eusébio deve valer muito mais. De outro modo, Pelé teria todo o direito de se sentir ofendido com aqueles que o comparam ao jogador português».
Mercantilistas, como é seu hábito, educados na valha cultura italiana do «mercato», os repórteres italianos olhavam para Eusébio como uma pilha de notas com pernas. Na sua maioria ignoravam o golo que marcou e desvalorizavam o facto de ser um encontro de carácter particular: um «amichevole», como eles gostam de dizer.

Havia quem soubesse...
HAVIA, no entanto, quem fosse capaz de perceber a realidade do jogo e a verdade da exibição de Eusébio.. Havia quem soubesse... E o escrevesse...
As excepções eram poucas.
Alessio Cerrati, jornalista do «La Stampa»: «Muitos olhares atentos sobre Eusébio. Todavia, o negrito de falhou a prova de Milão, pelo menos em parte. Apenas acordou no fim do encontro, quando efectuou dois remates poderosos e marcou um golo, colocando a bola em sítio inacessível aos esforços do guarda-redes Negri».
Alfredo Toniolo, jornalista de «La Gazzetta del Popolo»: «Eusébio é m avançado-centro, mas não é ainda um super-campeão. Encontrou no seu caminho, na primeira parte, um Trapattoni muito forte; depois, no segundo tempo, pode mostrar-se. Ágil, ligeiro e com movimentos de exemplar harmonia atlética, o homem de Moçambique assinou o único golo dos visitantes mas não pareceu, pelo menos hoje, o super-futebolista que todos esperavam. Tem 19 anos. Poderá ainda vir a sê-lo?».
Giani Brera, jornalista de «Il Giorno»: «Na primeira parte, marcado por Trap, o flexível interior do Benfica apenas rematou três vezes, mas sem acertar no alvo. No segundo tempo foi diferente. Não é que Losi tenha sido menos valente e menos enérgico que Trap. É que, enquanto o português, na primeira parte, tinha ainda de haver-se com Maldini, depois, na segunda, bastava-lhe passar por Losi para ter as redes abertas na sua frente. Quase no fim, o Benfica içou a sua bandeira verde e encarnada com um tiro fulminante de rasteiro de Eusébio. Como se quisesse dizer aos dois  Agnelli que se tinham deslocado a Milão para o ver jogar: 'Estou aqui!' Infelizmente, porém, os dois dirigentes da Juventus já tinham saído do estádio uns bons dez minutos antes. Saberão, todavia, o que se passou se lerem os jornais...».
Eusébio saía desvalorizado da sua primeira viagem a Itália. Em apenas dois meses, recuperaria o seu valor acrescido de mais-valias. Vinte mil contos era, de facto, demasiado pouco para um jogador da sua categoria. Viriam os clubes italianos a oferecer muito mais. Debalde. Eusébio ficaria no Benfica até ao fim. E teria oportunidade de numa célebre meia-final da Taça dos Campeões Europeus, em 1968, desfazer a soberba da Juventus, a «Velha Senhora». Também falaremos disso, um dia..."

Afonso de Melo, in O Benfica

João Ribeiro em grande...

No 1.º dia do Mundial de Canoagem que está em decorrer em Duisburgo, na Alemanha, sortes diferentes para os Benfiquistas:
O João Ribeiro, a competir no K2 1000m, conjuntamente com o medalhado Olímpico Emanuel Silva, de manhã nas eliminatórias venceram a sua regata. Ao final da tarde, nas Meias-Finais conseguiram um bravo 3.º lugar - depois de terem passado nos 250m, nos 500m e nos 750m à frente -, garantindo assim a passagem à Final da prova, que se vai realizar no Sábado.
A Joana Vasconcelos, no K2 500m, com a Francisca Laia, nas eliminatórias conseguiram um 3.º lugar. Qualificando-se para as Meias-Finais, onde não foram além do 7.º lugar, ficando assim afastadas da Final.

Tinha vontade de competir

"Esta foi uma diferente época desportiva. Treinei com atletas diferentes, locais diferentes, treinos diferentes, uma temporada cheia de desafios, que tornaram por isso esta temporada única, importante e essencial para me conhecer ainda mais como atleta. Desde o início tive o apoio incondicional do meu Clube, o Benfica, sendo essencial para que realmente conseguisse tornar esta época possível. Gostei d tudo o que fiz, de como fiz, e por isso estou contente com as minhas opções, com as minhas experiências, e sobretudo orgulhosa por ter-me superado nos desafios a que me propus.
Foi uma época diferente, mas ainda assim conquistei quatro títulos nacionais, e um 4.º lugar numa Taça do Mundo, numa distância olímpica, em K1 200 metros. Claro que estaria mais contente se pudesse estar presente no Campeonato do Mundo, preparei esta temporada para estar bem nesse Mundial (mas por incompatibilidade técnica, não vou estar presente).
Tinha vontade de competir e curiosidade em saber como iria estar em competição e qual o resultado final desta época, apesar disso estive na Dinamarca há pouco tempo a estagiar e gostei de como me estava a sentir, por isso, esta época ainda valeu a pena, pela experiência e pelo meu bem-estar físico e psíquico, que foram no fundo o objectivo principal desta época desportiva. Objectivo cumprido.
Obrigado Benfica por todo o apoio desde o início, mas também a todos que me apoiaram e confiaram em mim.

Nota: Opinião da atleta olímpica que não vai estar presente em Duisburgo por incompatibilidade técnica com a FPC."

Teresa Portela, in O Benfica

Os insuportáveis 'briefings'

"O noticiário televisivo havia-se iniciado com a dramática situação decorrente dos fogos. Estavam a passar imagens da evacuação dos doentes de um hospital. Eis, que, subitamente, a jornalista de serviço diz que esta reportagem seria interrompida porque «se impõe» (foi este o verbo!) um directo para Alcochete onde Leonardo Jardim estava a iniciar a conferência de imprensa pré-jogo.
Para além do insólito da interrupção, o que este caso evidencia é o inqualificável critério de prioridades noticiosas. Gosto muito de futebol. Mas abomino o exagero e a fantasia oca à volta dos jogos.
Calhou desta vez ao treinador do Sporting, como de outras vezes calha ao do Benfica, do Porto, do Braga, de Paulo Bento, ou a uma banalidade com ar científico de Mourinho transmitida ad mauseam. A oferta é exaustiva: directos a toda a hora e repetição seleccionada mas extensa em todos os noticiários. Mais do que qualquer outro assunto para o qual sempre se coloca a escassez do tempo que sobra do futebol.
Na larga maioria destes briefings - agora tontamente copiados na política - o que vemos e ouvimos? Simplesmente nada. Um amontoado de frases feitas, umas perguntas de micro-ondas, uns tiques de falar sem dizer, uma perda total de tempo. Se, eventualmente, há uma pergunta interessante e que possa dar aso a uma verdadeira notícia, a resposta - com ar mais enfastiado ou mais descontraído - é sempre uma de duas: 'não respondo' ou 'a pergunta está fora do tema de hoje'.
Sei da ditadura das audiências. Mas não me curvo perante a banalização intragável da banalidade. Se tivesse poderes num clube, acabava com essa charla pré-jogos."

Bagão Félix, in A Bola

Lima em bate-papo !!!

E a televisão ficou intacta !!!



Imaginem estes senhores a assistirem a um jogo do Benfica, atrás do banco do Benfica?!!! Imaginem as reacções...!!!
Pessoalmente, acho que num Benfica-Corruptos, atrás do banco Corrupto, com o Pintinho como delegado ao jogo - à moda antiga -, e o País ficaria mais despoluído!!! Mas isso sou eu a sonhar...

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Descontos entre Deus e Jesus

"O minuto 92 iniciou a temporada para os lados da Luz. Desta vez, em dose dupla e favorável ao Benfica. Três pontos conseguidos nos descontos que podem ser importantes nas contas finais. ln extremis Jesus (do Benfica) venceu Deus (do Gil Vicente) nos céus da Luz. A equipa de Jorge Jesus ganhou, com o tal minuto 92, um alento bem superior se comparado com uma vitória mais simples e folgada perante o esforçado Gil Vicente. Gostei das imagens finais do técnico abraçando Maxi Pereira e consolando-o depois do clamoroso erro que cometeu, e Luisão que bem mereceu celebrar 10 anos na Luz com esta suada vitória. E os sérvios prometem.
Estas duas jornadas evidenciaram um Porto com a habitual capacidade de mudar de treinador e de jogadores essenciais sem se dar por ela, um surpreendente 5porting não tanto pelas (normais) vitórias mas pela sua expressão concretizadora ainda que perante adversários demasiado macios e um Benfica ainda sob a influência traumática da última época e revelando alguma incapacidade concretizadora, tipo síndrome Cardozo. A terceira jornada é a última antes da data estúpida (mas bem interessante para os tubarões embalados pelo falso fair-play da UEFA) do encerramento do mercado de transferências. O mais vulnerável aos ataques parece ser o Benfica que, assim, tem nos próximos dias dois testes relevantíssimos: o derby lisboeta e o tal fecho de mercado.
Gostei da transmissão da Benfica TV; Imparcial na realização, equilibrada e responsável na repetição de lances mais discutíveis e brilhante no profissionalismo e isenção de Helder Conduto. Tudo bem melhor que certas transmissões da concorrência..."

Bagão Félix, in A Bola

Lixívia 2

Tabela Anti-Lixívia:
Sporting..... 6 (0) = 6
Braga..........6 (0) = 6
Corruptos... 6 (0) = 6
Benfica....... 3 (-1) = 4

Semana relativamente calma em termos arbitrais!!!
Na Luz a habitual permissividade disciplinar do Paulo Baptista, que permitiu ao Gil Vicente jogar à vontade, parando o jogo sucessivamente com faltas, sem o respectivo amarelo... Erros grave num fora-de-jogo ao Rodrigo, que ficava isolado... e pouco depois, anulou um golo ao Lima, por Mão na bola, quando o controle de bola do Lima foi completamente legal. É verdade que no início da jogada o Lima estava fora-de-jogo, erradamente não assinalado, mas o Paulo Baptista quando anulou o golo, não sabia disso!!!

Mais um penalty inexistente marcado a favor dos Corruptos... a falta é fora da área, mesmo assim é um engano aceitável, comparando com outros!!! Além disso não teve influência no resultado, porque já estava 2-0 e o Marítimo nunca discutiu o jogo, nem quando estava 0-0!!!

Os Lagartos beneficiaram de dois penalty's, justos - se fosse o Benfica nunca mais se calavam que tinham sido dois penalty's no mesmo jogo... -, isto depois de no 2.º golo, ter existido um fora-de-jogo não assinalado ao Montero, é verdade que ele não toca na bola, mas faz-se ao lance - por duas vezes - o Rojo é que o empurra!!!

O Braga safou-se ao minuto 92, tal como o Benfica, isto depois na 1.ª parte, ter visto o Tomas Dabó, pontapear escandalosamente um jogador do Belenenses - para vermelho directo -, e o Xistra nem falta marcou!!!


Anexos:
Benfica
1.ª-Marítimo(f), D(2-1), Jorge Sousa, Prejudicados, (2-2), (-1 ponto)
2.ª-Gil Vicente(c), V(2-1), Paulo Baptista, Prejudicados, Sem influência no resultado

Sporting
1.ª-Arouca(c), V(4-1), Rui Costa, Nada a assinalar
2.ª-Académica(f), V(0-4), Soares Dias, Beneficiados, Sem influência no resultado

Corruptos
1.ª-Setúbal(f), V(1-3), João Capela, Beneficiados, Impossível contabilizar
2.ª-Marítimo(c), V(3-0), Jorge Ferreira, Beneficiados, Sem influência no resultado

Braga
1.ª-Paços de Ferreira(f), V(0-2), Bruno Paixão, Nada a assinalar
2.ª-Belenenses(c), V(2-1), Xistra, Beneficiados, Impossível contabilizar

Jornadas anteriores:
1.ª jornada

Épocas anteriores:

Lagartos rastejantes...

Aquilo que se passou no final da partida de futsal, entre o Benfica e Sporting foi muito grave.
Pessoalmente, enquanto jogador do Sporting, nunca apreciei o Gonçalo Alves como pessoa, respeitei a sua contratação, admito que não gostei nada - mesmo nada - quando passou a ser Capitão do Benfica. É uma opinião pessoal.
Agora, as imagens são esclarecedoras, o Gonçalo, foi violentamente e cobardemente agredido por um filho-da-puta, que como jogador e agora como treinador, foi sempre um filho-da-puta. Pior que agressão só mesmo o comunicado do Sporting, mentindo, e tentando desculpar a agressão... nada de novo, a cultura Lagarta foi sempre assim, a diferença que eles reclamam é só garganta, e os exemplos são muitos...
Quando eu pensava que ninguém podia ser mais ridículo, leio um post do entretanto regressado após desaparecimento Valdemar no Cabelo do Aimar...
O Clube das Pedradas, o Botafogo do Lumiar, o Clube onde um jogador cuspiu na cara do treinador adversário e nada acontece, entre tantos outros exemplos - como a maneira execrável como tentou receber os adeptos do Atlético de Madrid à pedrada (apesar dos avençados terem tentado virar a culpa!!!) -, armado em virgem ofendida, em pilar da ética, quando mais uma vez após o comportamento vergonhoso de um funcionário seu, tenta sacudir a água do capote... Hipócritas de merda.

Espero uma reacção do Benfica, pública e na sede própria,... aceito que seja só após o jogo de Sábado...

"O Museu vai crescer"

"Vice-presidente, Alcino António, perspectiva o futuro 
O Museu Cosme Damião abriu as portas ao público no passado dia 29 de Julho e já recebeu mais de cinco mil visitantes. O novo espaço do Clube promete proporcionar a pequenos e graúdos uma viagem no tempo pela história do Benfica, do País e do Mundo. Não deixe de visitar!
A Benfica TV esteve à conversa com cinco figuras que foram cruciais na construção deste projecto: Alcino António, Luís Lapão, António Ferreira, Inês Mata e Rita Costa revelaram alguns dos segredos do Museu Cosme Damião...

- Este era um projecto muito ambicionado pela Direcção do Sport Lisboa e Benfica. Agora, que já foi inaugurado, é um sonho tornado realidade?
- Penso que sim. A Direcção do Benfica, em meu nome e do seu presidente, com toda a cautela, deve agradecer a todos os que estão aqui como representantes da pirâmide que contribuiu ao longo destes quatro anos para que este museu se tornasse realidade. São pessoas que estiveram à frente deste projecto, que dormiram menos horas. O Benfica está-lhes grato.
Creio que todos os adeptos e simpatizantes quando visitarem o Museu se vão rever um pouco. As pessoas que aqui estão carregaram o fardo de serem a força do Benfica com toda a dedicação e perseverança. A eles se deve esta obra magnífica e espero que eles continuem por cá a desenvolver outros projectos para bem do Clube e deles.
- Como é que este sonho do Museu Benfica começou?
- Todos os benfiquistas tinham este sonho, devido ao grande valor histórico que o Benfica tem, devido às pessoas envolvidas e às dificuldades, até porque, como é sabido, vivemos tempos muito difíceis mas, por exemplo, em 1904, 1905, 1906 os tempos eram ainda piores. A primeira bola do Benfica foi comprada em segunda mão e não foi por isso que deixamos de crescer, unir e que construímos o que é hoje o Clube. Esperamos que os nos vão proceder tenham orgulho, porque o Benfica tem um capital humano, tem sócios em todo o Mundo, e somos inigualáveis. É isso que queremos transmitir às actuais gerações.
- Era esta ideia que se tinha quando se começou? Era este o Museu que esperava?
- A ideia de alguns anos atrás foi recuperar todo o acervo e todo o trabalho desenvolvido foi no sentido de não perdermos traços da nossa história. O que se apresenta aqui é uma ideia, no início não era bem assim, foi-se construindo aos poucos, foi-se desfazendo, foi-se adaptando e fomos aprendendo porque ninguém aqui sabia qualquer coisa de museologia.
Um dos cuidados que tivemos foi de que aquilo que está exposto seja entendível por crianças, por adolescentes, por pessoas maduras e até por velhotes. Se conseguimos isso, está feito um trabalho fantástico. Se um menino pequeno e um adulto percebem o que vêem então é sinal que que Luís Filipe Vieira cumpriu. Esta é uma obra que a ele se deve, até pela sua força interior. Deixou-nos trabalhar à vontade, nunca nos pressionou e isso é fundamental para se ter êxito.
- Tendo por base essa preocupação de tudo estar perceptível a todas as idades, géneros e gostos... o que se teve de fazer?
- Muita pesquisa, muito trabalho, um trabalho feito por centenas de pessoas que andaram nos diversos locais de Lisboa, a beber informação para que qualquer coisa que esteja aqui exposta seja verídica, que tenha um vídeo, um áudio, ou um registo na Imprensa escrita.
Pode haver alguma vírgula mal colocada, mas isso é fácil de reparar. Não nos podemos levar pelas críticas, temos de nos manter unidos, o Benfica tem a capacidade de passar do 8 ao 800 sem passar pelo 80. Queremos tornar o Clube maior o melhor.
- Como é que está a ser garantido que, no futuro, a evolução do próprio Museu acompanhe a evolução do Sport Lisboa e Benfica?
- Gostava de dizer uma coisa que não é muito agradável, e aí estou a falar como benfiquista. Não é agradável, com o envolvimento que eu tive ao longo destes anos, as pessoas, digo uma figura do País que, após uma derrota do Benfica, e que tem alguma responsabilidade, porque ao longo dos anos cometa a vida do Benfica, a história do Benfica, ter-se referido ao Museu apenas porque perdemos, e, toda a massa associativa, dirigentes e sócios estavam tristes. Essa pessoa referia-se ao museu do Benfica como o 'mausoléu'. Isso foi o que me magoou mais, porque perder um jogo não significa que se apague a história do Benfica. Não significa que, no futuro, não se ganhe tudo. E não podemos menosprezar ou apagar todas as pessoas que desde 1904 tornaram o sonho do Benfica realidade. Não podemos apagar, também, nesta juventude, nestes jovens todos que tiveram o azar de ver o Benfica perder este jogo.

António Ferreira, director-técnico - "O Museu tem paixão tem carinho"
- António, neste projecto trabalharam 100 pessoas, instituições, vários departamentos do Clube, empresas. Foi fácil aglutinar todos eles em torno deste projecto?
- Claro que sim. São pessoas, não todas, mas que habitualmente trabalharam com o Clube e que estão habituadas a esta dose de loucura que colocamos em todo e qualquer projecto, porque o Museu foi sendo descoberto, com uma base de trabalho, sim, mas no nosso dia-a-dia fomos descobrindo maneiras que nos pareceram mais eficazes e com mais expressão para contar a história que podemos observar aqui hoje.
- Esta história está contada de forma especial. Como é que se chegou a esta fórmula?
- Caminhando todos os dias, descobrindo, chegando ao fim d dia e percebendo que é preciso desfazer a fazer de outra maneira.
- Foi-nos dito que a tecnologia presente no Museu é a última existente no mercado. Que tecnologia é esta? Do que vão os visitantes poder usufruir?
- Não sei se é de ponta ou a última do mercado, o que sei dizer é que foi totalmente desenvolvida pela nossa direcção de sistemas de informação que apostou me algo que fosse usável por toda a gente. O que nós pretendemos aqui é, não só aguçar o apetite para conhecer a história, mas tornar isso fácil, para o pequenino e para o que teve a hipótese de ver parte desta história. Nós não queremos que a tecnologia seja a vedeta, pelo contrário, queremos que seja discreta e um meio auxiliar de contar a história.
- Este Museu é a imagem do Benfica?
- Acho que sim, porque tem paixão, tem carinho, tem o não olhar para o lado quando há um desafio.
- Quando se fala de Benfica fala-se de emoções. São emoções que estão aqui expostas?
- Nós vimos nestes últimos dias várias figuras do Benfica visitarem o Museu e penso que não é fácil para eles verem a sua imagem retratada, verem os feitos que fizeram. Deve ser um turbilhão de ideias que lhes vem naquele momento quando vêem a fotografia, os golos que marcaram e as partidas que fizeram. É terrível, mas o efeito é espontâneo e isso é o que vale na vida. As emoções aqui retratadas fazem-nos reviver memórias.
- Como é que está a ser garantido que, no futuro a evolução do próprio Museu, acompanhe a evolução do Sport Lisboa e Benfica?
- Eu tenho um amigo argentino que, por acaso, é o director criativo deste Museu e que diz que as grandes obras não se acabam, abandonam-se. Nós não abandonamos. Abandonamos num sentido, mas não abandonamos porque, se calhar, metemos um parafuso de cabeça de tremoço invés de cabeça chata, porque ficava mais bonito. Nesse sentido, abandonamos.
Agora, isto para nós é o arranque. Dizia há pouco que, certamente, terá erros aqui e além, nesta parede que está aqui ao nosso lado. Existem milhares de palavras que, certamente, têm uma vírgula fora do sítio, mas nós vamos descobrir e vamos corrigir. Vencemos essa inércia. E a própria história tem particularidades que queremos acrescentar. Isso não se faz num ano e três meses, está completamente fora de questão e nós aprendemos isso. Se calhar, faz-se em três anos e, este Museu foi feito em uma ano. Vai crescer, sim, vai crescer. Temos continuidade, temos projecto. Temos o que queremos e, o público dirá o resto, porque, de facto, vão haver muitos 'se'. 'Se tivesse isto, se tivesse aquilo', e muitos 'por que é que não tem aquilo'. O tempo levar-nos-á mais longe.

Luís Lapão, curador do Museu - "Todos os benfiquistas sonhavam com o Museu"
- Luís, recentemente falou que o Museu oferecia uma proposta de observador do Clube. Que proposta é esta?
- Disse isso no sentido de que a história do Clube é vasta. Tratar de comunicar a história do Clube é uma tarefa muito difícil e, se pensarmos que somos uma instituição com 109 anos de história, não é fácil organizar toda esta informação que está à nossa disposição e transmiti-la ao público de forma exemplar. Ou seja, as abordagens possíveis são tantas e infinitas que nós tivemos de encontrar a nossa. O que nos preocupou foi não deixar de fora nenhum dos grandes temas da história do Clube. Este é, sobretudo, um Museu temático, para que se possa compreender aqui cronologicamente de que forma a história do Clube foi evoluindo.
Poderia haver mil museus, esta é a nossa maneira de contar uma história, e não a história, porque diria eu, uma história escreve-se todos os dias.
- Por falar em história, essa acaba por ter várias interpretações. Este Museu permite, isso mesmo, ou seja, várias interpretações?
- Permite, com certeza, tal como um livro escrito, a partir do momento em que o autor o termina deixa de ser dele e passa a ser do leitor. Penso que este Museu deixou de ser nosso, passou a ser do grande público, dos benfiquistas, dos lisboetas, dos portuguesas, de todos os que nos visitarem. É a memória do Clube que está comunicada, é uma história que cada um lerá à sua maneira.
- Foi difícil escolher os troféus que estão presentes neste espólio de 30 mil peças?
- Não foi fácil. Mas foi, sobretudo difícil excluir, porque numa colecção de 29 mil objectos as possibilidades eram inúmeras. O que mais nos move em termos de comunicação neste Museu é a memória do objecto. Claro que existem alguns objectos neste Museu que, pela sua estética, pela sua materialidade, quase se impõem.
De qualquer modo, tendo em conta que o Museu foi pensado numa fase inicial, naquilo que seriam os seus conteúdos principais, os seus temas incontornáveis, a partir daí começou um trabalho de documentação com objectos, com documentos, com camisolas, com tudo aquilo que figura habitualmente num Museu de um Clube. Mas aquilo que foi o principal na escolha dos troféus foi ter primeiro uma ideia muito concreta do que se queria comunicar aqui. O difícil foi, de facto, excluir, porque houve primeiro a ideia de ter alguns objectos em determinadas zonas que, com o tempo, percebemos que ficava melhor noutras zonas. Foi uma fase de amadurecimento e de perceber quais seriam as escolhas mais acertadas.
- Desde início foram colocados critérios nessa escolha?
- Critérios é uma questão sensível, porque há zonas aqui que, de facto, têm de ter critérios. Foi pela análise que se foi percebendo quais as escolhas que eram mais sensatas para cada uma das 29 áreas. São todas diferentes, cada uma com as suas características, com as suas exigências. Houve todo o trabalho de uma equipa até chegarmos a este belíssimo Museu, tendo visitado eu outros, não tenho qualquer problema em dizer que é o que eu gosto mais.
- Porque tem um pouco de si?
- Não. Claro que não fico indiferente ao facto de ter participado, para mim foi um privilégio. Desde que me lembro existir que gosto do Benfica e desde que comecei a vir ao Futebol, pela mão do meu pai, a paixão nunca mais se apagou e eu penso que isto aconteceu com todos os benfiquistas sonhavam ter um espaço onde se encontrassem com a história do Clube. Aquilo que o Benfica é hoje, ao fim destes 109 anos não é fruto do acaso, os insucessos também fazem parte da nossa história e nos últimos anos foram alguns, mas o Benfica é uma instituição muito sólida, porque construiu desde 1904 até a presente data... isso é inabalável.

Rita Costa, responsável do Centro de Documentação e Informação - "Objectos apelam à memória benfiquista"
- Estamos a falar de uma história baseada em factos que as pessoas vão poder ver ao longo de todo o Museu. Foi difícil reunir todos os dados históricos que hoje vemos aqui?
- Por um lado sim, a história do Benfica é muito vasta e é contada de muitas maneiras diferentes. Precisamos de uma equipa grande e dedicada à causa. Quisemos ter todo o rigor possível e foi feita uma investigação profunda, foi feita a validação de todos os dados que aqui temos. Tentamos envolver as mais diversas instituições, falamos com diversas federações, associações, antigos atletas de forma a contarmos de forma mais fiel a história do Benfica.
- Rita, os objectos aqui expostos permitem viver a paixão associada ao Benfica?
- Eu penso que sim, até porque, parte dos objectos aqui expostos dizem, apelam à memória benfiquista e, para mim, uma das coisas mais importante deste Museu é a homenagem que quisemos fazer aos adeptos pela paixão e emoção que entregam ao Benfica todos os dias, é isso que faz a grandeza do Clube. As pessoas vão relacionar-se, vão emocionar-se, vão sentir-se reflectidas neste Museu. É isso que faz deste Museu um Museu vivo.
- Uma das mais-valias deste Museu é, não só mostrar factos mas, também, dar a possibilidade das pessoas interpretarem diferentes experiências...
- Sim, quisemos não só tocar na vida das pessoas desportivamente mas, também, com eventos da sua vida social, cultural e política. Vemos aqui o Mundo reflectido, a história, do País, de Lisboa e todas as pessoas, incluindo estrangeiros, pessoas que não são benfiquistas podem relacionar-se com este Museu.

Inês Mata, responsável do Departamento de Conservação e Restauro - "O Museu não é um conjunto de objectos, é um veículo de comunicação"
- Inês, é responsável pela parte mais visível do Museu, a restauração e preservação dos objectos que aqui estão expostos. Quanto tempo levou tudo isto que aqui vemos hoje?
- O que aqui vemos é uma pequena parte de um projecto muito maior. Começamos em Novembro de 2009 um novo olhar sobre aquilo que é o património do Clube. O acervo é muito superior ao que está aqui, hoje e em reserva temos cerca de 30 mil objectos, que incluem troféus, ofertas, donativos, entre outros. O trabalho que começamos por fazer foi de preservação, de acondicionamento de todas estas peças e esse é o trabalho que se pode ver na reserva actualmente. Os objectos que foram sendo seleccionados para estarem aqui, esses foram alvo de um trabalho de restauro um bocadinho mais atento, porque iam ser expostos.
Nos restauros interessa-nos, não que os objectos fiquem exactamente iguais à imagem que tinham quando foram ganhos, não queremos andar para trás no tempo, mas principalmente deixá-las, fisico-quimicamente estáveis e permitir-lhes uma leitura. Um troféu é um troféu e temos que lhe permitir uma leitura de grandeza e de vitória. Foi um cuidado que nós tivemos desde há muito anos e com uma grande equipa. Nós estamos aqui em representação de um grande número de pessoas. Neste momento estão expostas 932 peças, mas é muito difícil fazer uma distinção entre o que são troféus, conquistas desportivas, e as que são ofertas, as que foram ganhas em momentos importantes da história do Clube. Temos aqui peças, que não só para o Clube, mas também para o País são fantásticas, com uma relevância histórica ímpar.
- Uma curiosidade, olhar para as peças pela primeira vez e olhar para elas agora, aqui expostas no Museu... Qual é o sentimento?
- É de um trabalho bem feito. É claro que isso se sente nas peças aqui expostas, mas também na formação , como no resto do património que está hoje inventariado. Nós costumamos dizer que temos uma pirâmide em construção e o Museu é a pontinha dessa pirâmide. É a ponta visível do trabalho que está por baixo e que é muito maior. As peças expostas, no fundo, mostram-nos a qualidade do trabalho que está por baixo.
- Inês, que acompanhamento vão ter os visitantes do Museu?
- Nós sentimos, com a conclusão deste projecto, que ele fica entregue ao público. Tudo o que aqui está, foi muito bem documentado. O Museu não é um conjunto de objectos, é um veículo de comunicação. Tudo tem a sua informação, a partir daí cada um tem a sua experiência. São 29 áreas temáticas, o espaço é claro em termos de percurso, cada um pode perder-se onde quiser, cada visitante é diferente e tem as suas preferências. De qualquer forma, temos uma equipa de mediadores culturais e assistentes que vão ajudando a que cada um possa montar a experiência que quer viver."

Bárbara Alves e Mara Fontoura, in O Benfica

Famiglia

"1. A Juventus é um clube mais conhecido pela quantidade de escândalos em que se viu envolvido do que pelos seus (muitos) títulos nacionais e internacionais. A forma como conquistou à sua primeira Taça dos Campeões foi vergonhosa; a alcunha que transporta, «Vecchia Signora», tem tudo de sinistro. Há em seu redor uma aura de corrupção que não sai nem com dezenas de épocas de barrela de lixívia e sabão azul.
2. Houve tempos em que a FIAT, empresa maior do universo ao qual a Juventus pertence, patrocinava os árbitros em Itália. Ou seja: os árbitros deslocavam-se guiando FIATS para os jogos nos quais participava a Juve, propriedade dos donos da mesma FIAT.
3. Uma vez por ano, a Juventus organiza um encontro entre os seus jogadores e funcionários. Chamam-lhe «incontro famiglia». O nome vem totalmente a propósito.
4. Estranha-se que, em Portugal, o irmão-gémeo da Juventus ainda não tenha introduzido nos festejos do seu aniversário martelado a ideia de um «incontro famiglia»... Viria também totalmente a propósito.
5. Não sei se já repararam que ao longo de todo o «Padrinho» (o primeiro, o verdadeiro) de Francis Ford Coppola nunca se usa a palavra máfia. É algo de verdadeiramente extraordinário.
6. Não sei se já repararam que ao longo de toda a história da imprensa desportiva em Portugal nunca se usou a palavra máfia. Igualmente extraordinário. Mas não surpreendente."

Afonso de Melo, in O Benfica

Calheiros a saga continua...

No último fim-de-semana vários blog's benfiquistas receberam um e-mail anónimo, descrevendo mais uma história trágico/cómica envolvendo o famoso José Amorim a.k.a. Carlos Calheiros. Não posso garantir a veracidade da história, mas parece-me bastante verosímil. Digo mesmo, se não for verdade, o autor merece um trabalho, como argumentista!!!
Um dos problemas dos Corruptos, é a vaidade... muito dificilmente se conseguem conter, e mais tarde ou mais cedo, aquilo que eram opiniões mentirosas e ressabiadas, passam a ser verdade e assumidas sem pudor...
Aqui está também um exemplo de como o vírus da corrupção passa de geração para geração, quando são os Calheiros e os Garridos - noutras ocasiões - desta vida a dar formação aos mais novos!!! 

"Olá amigo,
Começo-me a apresentar como um árbitro da associação de futebol de Viana do Castelo e simpatizante do Benfica. Por isso, não quero que o que se passou recentemente fique em claro, como muitas outras situações já passaram. Como o nome da cidade já te deve inspirar alguma coisa (em termos de futebol e de arbitragem) esta é a cidade do famoso José Carlos Amorim Calheiros (mais conhecido na TAP por José Amorim) árbitro durante os saudosos anos 90.
Mas para te dizer o que se passou, aquilo que não deves saber é que actualmente ele é VICE-PRESIDENTE da Associação de Futebol de Viana do Castelo desde 1997 (ano em que deixou a arbitragem), instituição de utilidade pública, e segundo ele, com as funções de servir de 'ponte' entre o conselho de arbitragem da dita associação e o seu presidente. Sim, já sei o que estás a pensar: se o Martins dos Santos sem cargos deste género por si só já fez o que fez recentemente (corrupto uma vez, corrupto para sempre), agora imaginemos o que o nosso estimado José Amorim faz ao abrigo daquelas funções.
Ora, recentemente o presidente do conselho de arbitragem desta associação, de seu nome José Costa Valente (apelido que também inspira muita coisa), tio de Pedro Valente, árbitro da fpf que chegou a ser acusado de 2 crimes de corrupção no processo "Apito Dourado", convocou um plenário, uma espécie de reunião, com os seus árbitros dos quais eu faço parte, para entre outras coisas, limpar a sua imagem de situações recentes (compadrios, classificações de árbitros suspeitas, e outras situações pouco transparentes) e levou consigo o seu aliado nº1, o que na prática é o que o mantém no cargo, e quem é ele? CARLOS CALHEIROS! Este falou aproximadamente 2,5 horas e aquele falou 2 horas (!). Entre muitas coisas, entre as coisas banalidades, o Sr. José Amorim (como aparecia na factura) teve o descaramento de falar na sua prodigiosa carreira (provocou um sorriso em todos os presentes), mas excedeu-se. E porquê? Porque, num tom de indiferença e quase gozo, confessou a seu clubismo, a sua tendência para o FC PORTO, lamentando-se dos jogos em que com ele o dito clube não conseguiu ganhar.Perante isto, houve um árbitro das filas da frente que disse algo, num tom digamos meio a sério meio a brincar, que provocou o seguinte diálogo entre eles:
- Então que inventasse um penalti!
- EU INVENTAR, INVENTAVA mas a bola às vezes não entrava! (Calheiros)
Pois, para bom entendedor meia palavra basta e caso para dizer também que pela boca morre o peixe e relembre-se que às vezes a bola entrava mesmo (o 3-3 nas antas, por exemplo) É que se em 1995 o Ministério Público arquivou o caso das 'viagens' porque alegadamente não conseguiu provar que o pagamento por parte do porto teve como contrapartida favores ilícitos, a verdade chegou tarde, mas chegou, foi dita publicamente por Calheiros que admitiu que beneficiava o porto deliberadamente para ter no final da época esse prémio generoso (uma viagem para si e para a sua família no valor de 760 contos).
Para que fique claro, tais palavras foram proferidas no passado dia 12 de Agosto de 2013, entre as 20h30 e as 23h por José Carlos Amorim Calheiros no auditório da sede do Grupo Desportivo e Cultural dos Trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo para uma plateia de aproximadamente 30 árbitros, após aquele ter chegado, diga-se ainda, num majestoso JAGUAR que é seu, mesmo sendo funcionário público (trabalha no hospital público de Viana do Castelo).
Portanto, temos esta confirmação do que já sabíamos e, uma vez que tenho vergonha de ter como superior e conterrâneo tal indivíduo desprezível, gostava que isto fosse tornado público o mais possível para desmascarar um sem-vergonha como este. Espalhem tal facto, escrevam sobre isto usando palavras vossas com base na matéria aqui exposta que é rigorosamente verdade (pode ser atestada por várias pessoas) não só na blogosfera mas também nas redes sociais e orgãos oficiais do Benfica, editorial do Benfica e BenficaTV, porque tal não pode passar incólume.
Saudações"

in Anónimo!!!

ADENDA:
O anónimo em causa resolveu alterar a versão, aqui fica a rectificação:
"Boa Noite
Escrevo-te para te dizer que o que te informei sobre este caso, informei-te através do testemunho de um colega meu, arbitro que esteve presente nessa reunião e que me disse logo por msg de telemóvel o que o Calheiros alegadamente disse. Acreditei nele mas parece que aquilo era mentira pois acontece que esse meu colega, ainda estou por saber se de propósito ou a brincar, informou-me mal sobre o que se passou.
É que aquelas palavras foram ditas tanto quanto sei a brincar quando falava da carreira do Calheiros, por um dos dirigentes do conselho de arbitragem de Viana que estava no auditório nesse momento. Nesse momento o Calheiros já se tinha ido embora depois de discursar a sua parte sobre o que tinha corrido mal na época anterior a nível de arbitragem.
Este escândalo rebentou e ouvi esta versão da boca de várias pessoas pelo que agora acredito que não tenha sido assim como te contei. Portanto, peço-te para que retires o post em questão porque acho que não corresponde à verdade, apesar de, isto digo-te eu, o Calheiros age hoje como se nada fosse em relação aos roubos que fazia nos anos 90 contra o nosso clube.
Não aceitaste o meu pedido quanto a editares o post (por outros motivos), mas agora peço-te por favor para que o retires sem que agora dê nas vistas ou então que esclareças desta maneira este assunto. É muito importante.
Obrigado."

in Anónimo

A redenção

"1 - Aos 92 minutos o Benfica tinha o desafio perdido. Aos 93 tinha-o ganho. Pode soar a algo épico - e, do ponto de vista emocional, é capaz de ser - , mas o que sucedeu na Luz é apenas o reavivar de uma velha máxima que recorda que os jogos só acabam com o apito final do árbitro. O Benfica aprendera-o da forma mais cruel (no Dragão e em Amesterdão) e, desta vez, reverteu-o a seu favor. Os jogadores encarnados não abdicaram, como se a sua "sobrevivência" dependesse disto, e o público não os largou. Ganharam todos.
Aqueles derradeiros minutos, contudo, não fazem desaparecer o que ficou para trás, porque foi precisamente isto que ditou o autêntico tormento vivido até ao minuto 92. É verdade que a equipa entrou ansiosa, nem outra coisa seria de esperar, mas tal não impediu que as águias fossem fazendo o seu jogo, construindo oportunidades e ocupando o meio campo adversário quase em permanência, já que o Gil Vicente só em pensamento admitia chegar à baliza de Artur.
O problema é que todos aqueles factores somados deram...zero. Lima foi o perdulário de serviço, Rodrigo não conseguiu melhor, o máximo que Gaitan logrou foi acertar no poste e Salvio é muito bom jogador só que ainda não está em condições plenas. Esperava-se de Jorge Jesus que tirasse um coelho da cartola, o que ele fez, é verdade, quando já ia com uma hora de jogo. Markovic foi o tal "agitador-mor" que trouxe uma segunda alma, ao qual o técnico acrescentou Sulejmani e Djuricic.
Parecia que. Simplesmente, logo a seguir, Maxi compromete, Diogo Viana não perdoa, e o Gil Vicente passa para a frente. Perder seis pontos nas primeiras duas jornadas seria uma catástrofe para o Benfica. A equipa entendeu perfeitamente a situação e, a partir desse momento, valeu tudo. De Luisão a ponta de lança, a Maxi na frente de ataque. Mas seria Markovic (ora quem) e Lima , à enésima tentativa, a garantirem a redenção.
Jesus diz que uma vitória obtida desta maneira é mais marcante do que uma goleada. Pela reacção dos jogadores (e dos adeptos), no final da partida, percebe-se onde o treinador quis chegar. Se há um novo rumo na Luz, ficaremos a perceber melhor no próximo sábado.

(...)"