Últimas indefectivações

quinta-feira, 25 de abril de 2019

8.º Campeonato Nacional

Sporting 1 - 3 Benfica
25-19, 23-25, 16-25, 19-25

Théo(22), Rapha(14), Honoré(8), Zelão(6), Lopes(4), Wolfhi(3), Violas(3), Winters(2), Pinheiro, Gaspar, Flip, Martins, Jardim; Casas

Época 'perfeita': Supertaça, Taça de Portugal e Campeonato Nacional... para ser super-perfeita, só 'faltou' aquela surpresa que teria sido a eliminação dos Russos na Europa... e esteve quase!!!

O CashBall está mais 'fraco' este ano, por razões óbvias (!!!), mas tenho quase a certeza, que este Benfica teria sido Campeão o ano passado!!! Hoje voltámos a ser bastante superiores... em todas as acções do jogo!

Inacreditável a forma como os jogadores do Benfica foram condicionados durante toda a partida, até parecia que não podiam festejar os pontos ganhos... isto quando mais uma vez, passaram o jogo todo a ser insultados, para gáudio da Lagartada, nas bancadas e com os microfones à frente!!!

Para quem não sabe: praticamente toda a equipa do Benfica foi aliciada nas últimas semanas, para ir para a Lagartada na próxima época!!! O CashBall nestas últimas duas épocas, tem usado como base de operações: Fiães (!!!), aparentemente para o ano vão-se mudar para Lisboa... e como os valores daquele gente são inexistentes, parece que tentaram 'baralhar' a cabeça dos nossos jogadores!!! Foderam-se...!!!

Acertámos em cheio na mini-revolução na secção: o Marcel foi um achado (aconselhado pelo Vinhedo...), eu sei que não será fácil manter o Marcel por cá a médio prazo, mas se calhar com a jovem família a adaptar-se bem a Lisboa, quem sabe...; o Théo chegou algo 'pesado' mas melhorou imenso, e com a lesão do Gaspar foi obrigado a jogar 'sempre', o que lhe deu um ritmo impressionante! O Pinheiro na minha opinião devia ter vindo mais cedo para o Benfica (a opção tardia foi dele...), mas mesmo não sendo a primeira opção teve sempre uma excelente atitude, e até as melhorias no Violas creio estarem ligadas aos 'conselhos' do Nuno... O Peter também foi uma excelente contratação, com o Honoré a 'sentir' a idade, foi fundamental... E como não podia deixar de ser: o Rapha... o regresso do Rapha foi importantíssimo, pelo que joga, e pela energia que transmite!!!

PS: Estou curioso para ver a capa d'A Bola esta madrugada!!!

Lanças... a luta não dá tréguas!!!

Vitória no Estoril...

Estoril 0 - 8 Benfica


Apesar de várias alterações (a ausência da Darlene a mais significativa...), voltámos a golear! Sendo que o primeiro golo só apareceu aos 43 minutos...

Mais uma pasquinada !!!

"Porque é um pasquim de merda liderado agora por um lagarto ainda mais fanático que o que lá estava anteriormente, nem sequer vamos colocar aqui o link da "notícia" que o Record do lagarto fanático Bernardo Ribeiro colocou há minutos no site referindo-se a uma eventual polémica por João Pinheiro ter sido nomeado VAR para o jogo Braga-Benfica.
A "notícia", criteriosamente redigida, refugia-se numa polémica gerada nas redes sociais! Ou seja, vão buscar supostas polémicas nas redes sociais para eles próprios lançarem a confusão. Não passam de uns frustrados lagartos cobardes.
Relembramos que no jogo Feirense-Benfica João Pinheiro teve actuação exemplar como comprovado pelas imagens 3D posteriormente apresentadas pela SIC Notícias e pelos testemunhos de árbitros internacionais Brasileiros, Mexicanos e Espanhóis, como aqui demos a conhecer na altura.
Já relativamente à nomeação do homem das pastelarias para o Rio Ave-Calor da Noite, o seboso Bernardo Ribeiro não vê qualquer tipo de polémica.
Enojas enfarda rojões a pingar em gordura!"

25 de abril, sempre! Sport Lisboa e Benfica, sempre!

"Nos 45 anos do 25 de Abril de 1974, relembremos alguns dos motivos, exemplos e casos que mostram que o Sport Lisboa e Benfica é uma das referências e símbolos da Liberdade e da Democracia em Portugal:
1. O Sport Lisboa e Benfica não foi o clube do regime. É um facto.
2. Uma mentira muitas vezes repetida não pode tornar-se verdade. Passa por nós contar e relembrar estas histórias para que não reescrevam a História.
3. O Benfica é na sua génese um clube do povo. Tal como hoje, a nossa força fez-se de gente de diferentes meios, classes, origens ou vivências.
4. O Sport Lisboa e Benfica equipa de vermelho. O vermelho era uma cor «proibida» durante o Estado Novo e riscada pela censura.
5. O Benfica não foi a equipa lisboeta com mais títulos de campeão nacional durante os primeiros anos da ditadura de Salazar.
6. O Sport Lisboa e Benfica não era a equipa portuguesa com mais triunfos no principal campeonato até à brilhante geração de 1960.
7. Manuel da Conceição Afonso foi diversas vezes presidente do clube e era um operário nos mais variados sentidos (enquanto profissão e alicerce do Benfica).
8. Júlio Ribeiro da Costa, presidente e conhecido oposicionista do regime, teve de se demitir para evitar problemas maiores ao clube.
9. A figura de Félix Bermudes é paradigmática. Autor do hino do Benfica, Avante, Avante p'lo Benfica, proibido de usar pela ditadura foi um conhecido filantropo e uma das mais importantes figuras da história do clube.
10. O Benfica realizou sempre eleições livres e directas para os seus órgãos sociais. Foi caso único durante todo o Estado Novo.
11. O ano politicamente mais incómodo para o Estado Novo foi 1961 (desvio do paquete Santa Maria e de um avião da TAP; oposição nas Nações Unidas; apoio de John Kennedy aos movimentos independentistas do Ultramar; massacre em Angola; invasão de Goa pela União Indiana), esse ano fica também marcado pela nossa vitória na final de Berna.
12. Na temporada de 1955/56, o Benfica sagra-se campeão nacional. Na época seguinte realiza-se a primeira edição da Taça dos Campeões Europeus e o representante português foi o Sporting.
13. O Sport Lisboa e Benfica não inaugurou o seu estádio no dia 28 de maio como outros clubes.
14. Os vários recintos por onde o Benfica passou nunca tiveram apoio estatal para a recuperação ou manutenção, foram sempre preservados com o dinheiro, esforço e ajuda dos adeptos e sócios.
15. O Sport Lisboa e Benfica nunca aproveitou uma alteração de estatutos para se manter na primeira divisão.
16. Figuras como Coluna e Santana eram referências como jogadores mas também como homens informados e seriamente politizados.
17. O Benfica nunca teve um presidente ou outra figura da direcção que fizesse igualmente parte de um governo do Estado Novo.
18. Além do futebol, também nas modalidades é notório que a queda do regime fascista não significou o fim de uma hegemonia.
19. O Sport Lisboa e Benfica não foi campeão no ano do caso Calabote. E, igualmente, não teve responsabilidade alguma na irradiação deste árbitro.
20. O Benfica nunca teve uma figura do clube num órgão de poder ou decisão da arbitragem nacional.
21. Em 1961, a Federação não aceitou a mudança de data para o jogo com o Vitória e o Sport Lisboa e Benfica jogou os oitavos de final da Taça de Portugal apenas um dia depois do primeiro título de Campeão Europeu.
22. O Benfica só foi reconhecido como Instituição de Utilidade Pública em 1960, ao contrário de outro clube que o era desde 1928.
23. A selecção nacional esteve 54 anos sem jogar num campo do Sport Lisboa e Benfica.
24. Foram inúmeros os jogadores do Benfica originários de zonas industriais e tendencialmente mais próximas do comunismo, como o Barreiro.
25. Salgueiro Maia.
26. O Benfica nunca realizou uma final da Taça de Portugal no seu estádio.
27. José Magalhães Coutinho não só foi um dos principais directores do jornal O Benfica como foi um dos maiores lutadores pela liberdade de imprensa e democracia em Portugal.
28. Salazar não gostava de futebol, aliás são públicas as afirmações negativas sobre o mesmo.
29. As vitórias no futebol, como no desporto, foram sempre alvo de aproveitamento político pelos regimes ditatoriais, o caso do Benfica não foi excepção.
30. O pavilhão da Luz chegou a receber encontros da Intersindical.
31. Borges Coutinho. Não só foi um dos mais importantes e vitoriosos presidente do Sport Lisboa e Benfica, como teve uma vida de lutador pela liberdade e democracia enquanto piloto da RAF.
32. Guilherme Espírito Santo, Melão e o caso do racismo num hotel madeirense.
33. João Tamagnini Barbosa foi desterrado pelo regime de Salazar para os Açores.
34. Eusébio não saiu do Benfica por manifesta opção e pressão política do Estado Novo.
35. Até Os Belenenses ganhou um campeonato durante a ditadura.
36. Todos os clubes e jogadores foram obrigados a manifestar gestos públicos de apreço para com o regime como, por exemplo, a saudação fascista.
37. Está tudo a pensar no mesmo.
38. O Benfica é povo, é República, e o recinto do Campo Grande foi inaugurado no dia 5 de Outubro.
39. A maior parte dos jogadores bicampeões europeus nunca jogou na Luz pela selecção portuguesa. 
40. O Sport Lisboa e Benfica não deixou de ganhar títulos depois do 25 de Abril.
41. A demora no processo de desobrigação de Eusébio deixa bem patente o poder que o Sporting tinha sobre a Federação.
42. Os sócios e simpatizantes do Benfica têm construído a nossa história na luta pela liberdade e igualdade de direitos entre todos, dentro ou fora do clube.
43. O jornal do clube foi censurado por inúmeras vezes e os seus directores perseguidos.
44. O Sport Lisboa e Benfica não foi o clube do regime. É um facto. Repito: passa por cada um de nós contar e relembrar estas histórias para que não reescrevam a História.
45. «De muitos, um.»"

45 anos da Revolução dos Cravos: o Benfica resistiu contra a Ditadura Salazarista

"Neste dia 25 de abril de 2019, Portugal recorda e celebra o 45º aniversário da Revolução dos Cravos, movimento político e social que derrubou o regime ditatorial e fascista do Estado Novo, o qual durou de 1933 e 1974, e trouxe a Democracia de volta à Terrinha. Dos 41 anos de retrocesso e autoritarismo impostos pela Extrema Direita, 35 foram encabeçados pelo ultranacionalista Antônio de Oliveira Salazar (1889-1970). Ele se afastou do poder após sofrer um derrame cerebral, dando lugar ao seu primeiro-ministro Marcello Caetano (1906-1980), que prosseguiu com a perseguição aos opositores e a censura à liberdade de expressão.
O nome "Revolução dos Cravos" remete ao cravo, flor-símbolo do país. Revoltados com a recessão econômica e com o desgaste provocado pela Guerra Colonial, onde Portugal se recusava a reconhecer a independência de suas colônias na África e acabou estimulando a formação de movimentos guerrilheiros na Angola, em Moçambique e na Guiné-Bissau, os soldados das Forças Armadas articularam a derrubada do então presidente - àquela altura, Salazar já havia falecido. Após a concretização do plano, os militares rebeldes foram presenteados por cravos pela população, que celebrava o retorno à liberdade e via o general Antônio de Spínola assumir o poder. Deposto, Caetano se mudou para o Brasil, que naquele período vivia a Ditadura Militar (1964-1985). Em território brasileiro, seguiu carreira acadêmica na área de Direito e foi professor universitário. Faleceu no Rio de Janeiro.
Como sabemos, o futebol é uma extensão da sociedade. E o Sport Lisboa e Benfica, clube mais popular entre os portugueses e agremiação democrática em sua essência, foi directamente afectado pela Ditadura. Mesmo sendo anti-futebol, Salazar interferiu no hino do Benfica por considerá-lo "subversivo". A famosa canção "Avante Benfica" foi censurada pelo regime porque o político de Extrema Direita a qualificara como "coisa de comunista", sobretudo pela presença da palavra imperativa "Avante". A equipe lusitana de maior prestígio ainda modificou o apelido, de "Vermelhos" para "Encarnados", como forma de resistir à perseguição.
Eis o hino censurado pelo Estado Novo:

Avante Benfica
“Todos por um!”, eis a divisa
Do velho Clube Campeão,
Que um nobre esforço imortaliza
Em gloriosa tradição.
Olhando altivo o seu passado,
Pode ter fé no seu futuro.
Pois conservou imaculado
Um ideal sincero e puro.

Refrão
Avante, avante p’lo Benfica,
Que uma aura triunfante Glorifica!
E vós, ó rapazes, com fogo sagrado,
Honrai agora os ases
Que nos honraram o passado!
Olhemos fitos essa Águia altiva,
Essa Águia heráldica e suprema,
Padrão da raça ardente e viva,
Erguendo ao alto o nosso emblema!
Com sacrifício e devoção
Com decisão serena e calma,
Demos-lhe o nosso coração!
Demos-lhe a fé, a alma!
O "Avante Benfica" foi substituído pela canção "Ser Benfiquista".

Ser Benfiquista
Sou do Benfica,
Isso me envaidece.
Tenho a gênica
Que a qualquer engrandece.
Sou de um clube lutador,
Que na luta com fervor
Nunca encontrou rival
Neste nosso Portugal.

Ser benfiquista
É ter na alma
A chama imensa,
Que nos conquista
E leva à palma À luz intensa
Do Sol que lá no céu
Risonho vem beijar.
Com orgulho muito seu,
As camisolas berrantes,
Que nos campos a vibrar
São papoilas saltitantes.

Ser benfiquista
É ter na alma
A chama imensa,
Que nos conquista
E leva à palma
À luz intensa
Do Sol que lá no céu Risonho vem beijar.
Com orgulho muito seu,
As camisolas berrantes,
Que nos campos a vibrar
São papoilas saltitantes.

Ao avaliar o comportamento doentio e obsessivo por trás do Salazarismo, a lembrança do avanço da Extrema Direita em pleno século XXI, onde figuras públicas como Viktor Orbán, Marine Le Pen, Jaroslaw Kaczynski, Steve Bannon, Donald Trump e Jair Bolsonaro, partidos como o espanhol Vox e o italiano Lega Nord e a articulação de movimentos supremacistas nos Estados Unidos e na Europa estão em evidência, é inevitável.
E não para por aí: em Setembro de 1965, o Estado Novo proibiu o SLB de viajar à União Soviética, celeiro do comunismo, onde jogaria um amistoso contra o Spartak Moscou, clube de raiz operária que carrega consigo uma história de luta pela popularização do futebol. O jogo amigável renderia às Águias um cachê de 4 mil contos, valor equivalente a 20 mil euros na cotação actual. Os moscovitas queriam ver de perto o Benfica de Eusébio, Mário Coluna, Antônio Simões e José Augusto. A notícia causou enorme rebuliço em terras portuguesas, de modo que a PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado), força policial responsável pela repressão aos opositores do Salazarismo, abriu um inquérito em carácter de urgência. Foram interrogados o chefe do departamento de futebol do clube, Gastão Silva, que admitiu o desejo de viajar à URSS, e o director da agência Turexpresso, Albino André, que estava articulando a mencionada viagem - a empresa em questão organizava as viagens do Glorioso ao exterior. Segundo o jornal português Diário de Notícias, as negociações entre Benfica e Spartak também envolviam a proposta de um intercâmbio cultural que levaria a Moscou os cantores Carlos Ramos, Amália Rodrigues e Fernanda Maria e o conjunto Pauliteiros de Miranda.
No dia 8 de Setembro daquele ano, o DN publicou uma nota da assessoria de comunicação do Maior de Portugal, na qual a instituição demonstrava o desejo de “manter o intercâmbio desportivo com todos os clubes do mundo” e se mantinha firme contra a postura anti-soviética do regime de Salazar. “O Benfica não tem quaisquer razões para pensar que seja considerada impossível pelas competentes autoridades portuguesas a realização de um encontro de futebol entre a sua equipe e a de um clube russo”, dizia a nota.
“Com esse comunicado, a direcção do Benfica demarcou-se da posição do governo e espicaçou o regime dizendo que era um clube universalista. Afinal, naquela altura, o time fazia muitas excursões, tendo, inclusive, estado em vários países da América do Sul e, ainda, na Ásia”, afirmou o escritor Alberto Miguéns, que pesquisa a história do Benfica, em entrevista ao Diário de Notícias em 2017. Paralelamente ao discurso cirúrgico e necessário de Miguéns, o ídolo benfiquista Antônio Simões, reconhecido líder na luta pela profissionalização dos jogadores de futebol juntamente com o Rei Eusébio, também dá sua contribuição em conversa com o jornal. “Este episódio prova que o Benfica nunca poderá ser catalogado como o clube do regime”, enfatizou.
O ódio de Antônio Salazar contra manifestações populares como o futebol e o fado, gênero musical de raiz portuguesa conhecido em todo o planeta, não surpreende. Ele os apontava como “aglomeradores de massas, espectáculos de duvidoso gosto popular, potencialmente subversivos e portanto perigosos para a paz social, feita de repressão e apelos ao conformismo”, escreve o cineasta Antônio-Pedro Vasconcelos no veículo de comunicação lusitano Expresso.
O fascismo português também se incomodava com a ligação do Sport Lisboa e Benfica às camadas mais populares da sociedade. O SLB, que sempre elegeu suas directorias através dos sócios, já teve um presidente operário, Manuel da Conceição Afonso, que alternou três mandatos: 1931-1933; 1936-1938; 1946-1947. A PIDE acompanhava de perto as eleições e as assembleias gerais do clube. Além de Manuel da Conceição Afonso, Félix Bermudes (autor do hino "Avante Benfica"), Júlio Ribeiro da Costa (um dos torcedores mais fanáticos) e José Magalhães Godinho (primeiro director do jornal "O Benfica") foram outros renomados benfiquistas e opositores do Estado Novo. No elenco de futebol, o meio-campista Mário Coluna, nascido na Ilha da Inhaca, Moçambique, e o ponta-direita Joaquim Santana, natural de Lobito, Angola, eram declaradamente favoráveis à libertação das colônias portuguesas na África.
Vale lembrar, também, a maiúscula vitória de 8 a 2 contra o arquirrival FC Porto na inauguração da antiga casa azul e branca, o Estádio das Antas, cuja construção teve forte ajuda do Salazarismo e cuja inauguração aconteceu em 28 de maio de 1952, data do 26º aniversário do golpe militar liderado pelo general Gomes da Costa.
Portanto, benfiquistas de Portugal e de todo o mundo, temos muitos motivos para nos orgulharmos do nosso clube. Tal qual 28 de Fevereiro de 1904, 25 de Abril de 1974 também é uma data significativa para a nossa História. Resistimos contra o Fascismo, somos uma nação que nasceu para vencer e formamos o Clube do Povo!"

O tempo e a sorte

"Não vou entrar aqui em grandes reflexões filosóficas sobre comportamentos geracionais, pois falta-me o engenho e a arte para tal. Até podia tentar sacar uma reflexão importante de Bauman, fazendo uma ligação à sua modernidade líquida, mas, lá está, sobra-me a preguiça e o talento escasseia.
O que falta também nos dias que correm é paciência e capacidade para resistir ao imediato, pois rapidamente conseguimos aceder a imensa informação já trabalhada, organizada e agregada para consultar o que queremos. No futebol é fácil saber como joga o defesa direito titular do quarto classificado da liga checa – olá, Tomas Holes – e com meia dúzia de cliques e alguma manha para evitar fake news conseguimos fazer brilharetes entre amigos, quando as discussões futebolísticas aquecem – “o teu clube precisa é de um médio posição 8, com perfil x, conheço um muito bom na liga dinamarquesa”. Se temos acesso a esta informação toda em pouco tempo e não somos profissionais de futebol, estes têm mais que obrigação, do ponto de vista do adepto comum, de garantir num curto espaço de tempo os melhores resultados possíveis e tomar as melhores decisões, independentemente do clube onde estão, dos meios financeiros que têm, ou de outras condicionantes importantes. A falta de resultados – ou quererei dizer sucesso? – de um clube é encarada, por estes dias, como uma grande frustração e a vontade de alterar tudo em pouco tempo passa sempre pela cabeça de muitos.
Os treinadores há muito que são vítimas preferenciais da falta de paciência e de tempo por parte de adeptos e dirigentes. As chicotadas psicológicas em massa são um fenómeno já não muito recente, embora se tenham intensificado nos últimos 25 anos. Já muito se escreveu sobre os efeitos positivos e negativos da mudança de treinador a meio da época. Não quero entrar por aí. Atentem, apenas, no exemplo de Vítor Oliveira. Como era visto este treinador há vinte anos, ele que agora é, e justamente, encarado como um treinador de culto? A quem é que andamos a cortar as pernas nos dias que correm e que se tornará, daqui a duas décadas, no treinador da moda por essa altura?
E não são só os treinadores que sofrem na pele este tratamento. Os jogadores de futebol de elite também já não escapam a esta lógica. Penso, sobretudo, em Marega – mas podia, por exemplo, pegar em Rafa. Pode-se discutir o perfil do maliano, defendendo que não tem qualidades para uma equipa de topo em Portugal ou achar que é um jogador fortíssimo em transições e que assenta como uma luva no estilo de Sérgio Conceição? Claro que sim. Mas Marega já provou que as primeiras impressões sobre a sua qualidade quando chegou ao Dragão foram, como as notícias da morte de Mark Twain, manifestamente exageradas. Por isso, talvez seja importante fazer uma avaliação final quando acabar o consolado do maliano no Futebol Clube do Porto. Até porque durante os reinados de Jardel e Hulk, que a esta distância são encarados como jogadores inquestionáveis em relação à importância que tiveram quando passaram pelo clube portuense, houve quem abrisse os seguintes debates: “a equipa está dependente de Jardel e o brasileiro não joga bem com os pés” e “Hulk é individualista e não estimula o jogo colectivo”. E não, não estou a comparar Marega com nenhum deles. Creio é que se Marega tem marcado pelo menos um golo em Anfield o debate teria contornos diferentes. Faltou também, dirão uns, uma pontinha de sorte.
E por falar em sorte, agora que entramos no tramo final dos vários campeonatos europeus e alguns deles serão decididos por detalhes quer na luta pelo título, quer na luta pela sobrevivência, nós estaremos cá para falar da bola que bate no poste, do corte em cima da linha, do pé preso na relva, da bola que escorregou das mãos do guarda-redes. Os sportinguistas ainda hoje têm pesadelos com o remate de Bryan Ruiz. Os bracarenses sentem que se Mossoró tem marcado a Hélton na final de Dublin talvez hoje tivessem uma competição europeia na vitrine. E os benfiquistas recordam o final da época 12/13 como uma maldição. Sinto-vos a sussurrar “a sorte procura-se” ou “há mérito em provocar o erro do adversário”. Pois tomai lá, não do O’Neill, mas do Nélson Rodrigues: “o que marca o campeão é a sorte, ou seja – uma virtude sobrenatural”."

O elo mais fraco

"4 jornadas, é o que falta para o final da Liga Portuguesa 2018/19. 
E na frente... tudo na mesma.
Benfica e FC Porto não desarmam, não escorregam e mantêm uma teimosa igualdade pontual, na qual os encarnados levam a melhor graças à vantagem no confronto directo que obtiveram em campo frente aos dragões, tanto em casa como fora.
Agora, a quatro jornadas do final da Liga, a maratona aproxima-se da meta e ambos os candidatos estão «livres» de compromissos externos. A equipa orientada por Sérgio Conceição deixou de se preocupar com a Liga dos Campeões e a de Bruno Lage com a Liga Europa. Agora a concentração pode ser assim total no que resta da Liga Portuguesa.
O Benfica tem passado com distinção pelos desafios que tem encontrado: não perde desde o início de 2019 e já soma 12 goleadas que proporcionam o melhor ataque da prova, com 87 golos nos 30 jogos até agora realizados.
O FC Porto, por outro lado, revela-se claramente menos exuberante. No entanto, e apesar de apenas ter conseguido três goleadas nos mesmos 30 jogos, conta com a defesa menos batida da Liga, com apenas 17 golos sofridos. No fundo, e como é habitual os protagonistas dizerem no mundo do futebol, os três pontos são os mesmos quer se ganhe por um, por quatro ou por 10 golos.
Por isso mesmo, agora é o tudo ou nada para ver quem cede nos metros finais da maratona, com o Benfica a ter já no próximo domingo a grande prova de fogo dos quatro jogos que lhe restam, na visita à «Pedreira» para defrontar o Sp. Braga, que continua a lutar pelo terceiro lugar com o Sporting.
Os encarnados entram em campo já com o conhecimento do resultado dos dragões, na curta deslocação, já nesta sexta-feira, a Vila do Conde, para jogar com um Rio Ave, esta época, de meio da tabela.
O jovem João Félix e o suíço Seferovic são os principais homens-golo do Benfica nesta fase final, enquanto no emblema da Invicta o maliano Moussa Marega e o brasileiro Tiquinho Soares revelam-se protagonistas de vitórias por números menos expressivos que os rival lisboeta, é verdade, mas ainda assim que mantêm vivo, jogo após jogo, o sonho da revalidação do título.
A quatro jornadas do final da Liga sobem assim de tom as responsabilidades de encarnados e azuis e brancos com timoneiros e marinheiros sem margem para falhar... e, agora, sem outro tipo de compromissos que coloquem em causa a preparação das quatro finais de que tanto se fala: Braga, Portimonense, Rio Ave e Santa Clara são os obstáculos que o Benfica tem pela frente até 19 de Maio, quando o pano cai na Liga.
Já o FC Porto encontra até final Rio Ave, Desp. Aves, Nacional e Sporting.
Quatro finais, quatro jogos para confirmar quem leva a melhor nesta luta, há já algum tempo a dois, pela conquista da Liga.
Quatro finais, quatro jogos para confirmar quem será, afinal, o elo mais fraco?

P.S.: Este artigo de opinião surge no Maisfutebol no dia 25 de Abril, dia da Liberdade. Parece que hoje em dia cada vez menos se olha para a real importância, mas também para a responsabilidade, de vivermos em democracia. A mesma democracia, que desde o dia 25 de Abril de 1974 nos permite expressar opiniões sem censura (nem quero pensar o que passaram os meus avós ou os meus pais, a viver sem ser desta forma) mas uma democracia que devia merecer de muitos uma auto-censura positiva. Poder expressar opiniões não pode ser permissão para ofender ou manter activa uma qualquer necessidade que não olha a classes, raças ou credos. Viva a Liberdade!"

Benfiquismo (MCLXI)

Farmácia Franco, marca registada!!!

Vitória moralizadora...

Oliveirense 79 - 84 Benfica
15-25, 27-25, 19-13, 18-21

Vitória importante... o 1.º lugar na fase regular está longe, mas é muito importante manter o 2.º lugar. E como se viu hoje, mesmo com todos os problemas, ainda vamos a 'tempo'!!!
A Oliveirense jogou sem o Coleman, mas a 'grande' diferença na minha opinião, esteve no 'nosso' Suarez que fez quase 20 pontos, voltando a acertar nos Triplos, algo que já não acontecia, quase desde Dezembro!!!

Esclarecimentos sobre empréstimo obrigacionista

"Na sequência da divulgação, no dia de ontem, do prospecto relativo ao empréstimo obrigacionista Benfica SAD 2019-22, foram hoje publicadas diversas notícias em alguns meios de comunicação que, sendo imprecisas, incorrectas ou falsas, importa esclarecer para benefício de todos os Benfiquistas e Obrigacionistas da Benfica SAD.
1. O empréstimo obrigacionista Benfica SAD 2019-22, cujo período de subscrição decorrerá de 3 a 16 de maio de 2019, é uma única operação e consiste na emissão de obrigações no valor global inicial até 25 milhões de euros, o qual poderá ser aumentado por decisão da Benfica SAD;
2. A adesão a este empréstimo obrigacionista Benfica SAD 2019-22 poderá ser efectuada por 2 formas:
a) Ordens de subscrição das obrigações;
b) Ordens de troca das obrigações Benfica SAD 2017-20 pelas obrigações Benfica SAD 2019-22. 
3. O empréstimo obrigacionista Benfica SAD 2016-19, no valor de 50 milhões de euros, irá ser reembolsado no próximo dia 3 de maio de 2019;
4. Foi hoje referido que os direitos económicos e desportivos (“passes”) de 8 Jogadores estavam penhorados, o que é falso e não é descrito no referido prospecto:
a) O que é verdade é que foi dado em penhor, para garantia de um empréstimo bancário, os direitos económicos e desportivos desses 8 Jogadores;
b) A prestação de garantias é uma prática normal e corrente neste tipo de operações, em qualquer Empresa.
5. Foi hoje referido que a alienação do jogador Talisca gerou um “encaixe” de 11 milhões de euros, dando a entender que esse será o valor que efectivamente será recebido pela Benfica SAD, o que é falso e não é descrito no referido prospecto:
a) O que é verdade é que a alienação do jogador Talisca por 19,2 milhões de euros gerou um ganho (ou seja, mais-valia contabilística) de 11 milhões euros;
b) A diferença deve-se à dedução do valor contabilístico do Atleta, dos compromissos com terceiros e dos gastos com serviços de intermediação;
6. Foi hoje referido que a dívida da Benfica SAD, em 31/Dez/2018, ascende a 367,6 milhões de euros, o que é falso e não é descrito no referido prospecto:
a) A dívida da Benfica SAD, reflectida na rubrica de empréstimos obtidos, ascendia a 168,5 milhões de euros, o que representa uma diminuição de 104,5 milhões de euros face a 31/Dez/2017;
b) O valor total do Passivo é que ascende a 367,6 milhões de euros;"