Últimas indefectivações

quinta-feira, 30 de junho de 2022

Este assunto tem que ser definitivamente encerrado pela FPF


"1️⃣ Emitir um comunicado onde constem todos os vencedores das competições nacionais, explicitando cada uma delas e colocando o total de títulos de cada clube em cada uma das provas.
2️⃣ Em seguida, informar os clubes que todas as menções a títulos que não confiram com o que foi decidido e deliberado serão objeto de sanções severas.
3️⃣ Por último, impedir competições em recintos desportivos cuja informação não respeite a verdade histórica, como é o caso do Sporting que ostenta 23 campeonatos pendurados na cobertura do Estádio de Alvalade.
Há que fazer alguma coisa. Chega de barrinhas e revisionismos históricos sem qualquer sustentação ou verdade."

𝗔 𝘃𝗲𝗿𝗱𝗮𝗱𝗲 𝗽𝗿𝗲𝘃𝗮𝗹𝗲𝗰𝗲𝘂. 🏆


"𝗣𝗼𝗻𝘁𝗼 1️⃣:
Depois do resultado da decisão de ontem que pôs termo definitivo à mentira propagada pelo Sporting, as instâncias do futebol deviam obrigar o Sporting a retirar todas as menções ao número faccioso de campeonatos ganhos.
Estão a usar a visibilidade e a publicidade inerentes a competições organizadas por essas instâncias para divulgar e ampliar informação enganosa. No limite, isto interfere com possíveis contratos publicitários, investidores, merchandising e outros.
𝗣𝗼𝗻𝘁𝗼 2️⃣:
O Canal 11, canal oficial da Federação, contribuiu para que a mentira dos 23 campeonatos se propagasse quando aceitou publicitar o relógio comemorativo do “23º 𝘊𝘢𝘮𝘱𝘦𝘰𝘯𝘢𝘵𝘰 𝘥𝘰 𝘚𝘱𝘰𝘳𝘵𝘪𝘯𝘨”. Enquanto canal oficial da instituição que tutela o futebol português, jamais deveriam ter permitido que tal propaganda fosse difundida sob a sua alçada, porém decidiram compactuar com a fraude.
𝗣𝗼𝗻𝘁𝗼 3️⃣:
O Sporting querer ganhar títulos de Campeão Nacional por ter vencido Taças de Portugal no tempo dos dinossauros não surpreende ninguém.
Falamos do mesmo clube que publicou no seu jornal oficial, em 1964, que eram “𝘊𝘈𝘔𝘗𝘌𝘖̃𝘌𝘚 𝘋𝘈 𝘌𝘜𝘙𝘖𝘗𝘈”… na Taça das Taças.
Uma vez ridículos, para sempre ridículos."

Tradução do comunicado do Sporting:


""𝗢 𝗦𝗽𝗼𝗿𝘁𝗶𝗻𝗴 𝗖𝗹𝘂𝗯𝗲 𝗱𝗲 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹 𝗳𝗲𝗹𝗶𝗰𝗶𝘁𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗱𝗲𝘀𝗳𝗲𝗰𝗵𝗼 [...] mas não respeita o resultado. Por isso exigimos que a Federação Portuguesa de Futebol ignore a decisão da esmagadora maioria e nos faça a vontade, dando-nos 23 campeonatos e retirando 3 ao Benfica. Vamos continuar a chorar até que a nossa vontade seja correspondida.""

𝗢 𝗺𝗶𝗹𝗮𝗴𝗿𝗲 𝗱𝗮 𝗺𝘂𝗹𝘁𝗶𝗽𝗹𝗶𝗰𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗳𝗮𝗹𝗵𝗼𝘂. 🙏


"Enquanto Jesus caminhava, viu um homem que era cego de nascença. “Mestre”, perguntaram-lhe os discípulos, “porque foi que este homem nasceu cego? Por causa dos seus pecados ou dos pecados de seus pais?”
“Nem uma coisa nem outra”, disse Jesus, “nasceu sportinguista”, concluiu."

O melhor onze encarnado para 2022/2023


"Concordas Com As Escolhas?

A pré-época do SL Benfica já está em marcha, mas na verdade a preparação já começou há algum tempo. Houve quem saísse do clube, rumo a outros destinos, e houve quem viesse reforçar o plantel para a próxima temporada.
Com tantos jogadores, é mais do que óbvio que não podem jogar todos, no entanto, nesta pré-época, cada um vai dar o seu melhor para tentar convencer Roger Schmidt. Enquanto não vemos os verdadeiros frutos desta preparação, decidi eleger o melhor 11 do SL Benfica, contando com os jogadores que foram confirmados até ao momento.
Posto isto, e deixando de fora deste 11 inicial os rumores e a especulação de possíveis vindas, para mim estes seriam os jogadores em quem o técnico alemão deveria apostar: Vlachodimos, Vertonghen, Otamendi, Grimaldo, Alexander Bah, Weigl, João Mário, David Neres, Rafa, Gonçalo Ramos e Musa.
Passando agora às explicações, começando pela baliza. Muito se falou que Vlachodimos ia sair do SL Benfica, no entanto, uma vez que o grego ainda faz parte da equipa, deverá ser o dono e senhor das redes encarnadas, tendo como principal substituto Helton Leite.
No que diz respeito aos centrais, inicialmente a aposta inicial deve recair sobre o argentino e o belga, porque Lucas Veríssimo ainda está na fase final da recuperação da grave lesão sofrida na época transata.
Grimaldo será o protagonista da ala esquerda, sem esquecer que tem como potencial substituto Ristic, reforço contratado em maio. Já o lado direito poderá ser mais disputado.
Apesar de que, a meu ver, Roger Schmidt deverá apostar em Alexander Bah (foi contratado com esse propósito), Gilberto conquistou muito os benfiquistas. Também há a hipótese remota de jogar André Almeida, mas ao mesmo tempo que me parece ser um cenário quase impossível, também penso que não seria de todo favorável para os objetivos da equipa.
O meio campo talvez seja a zona do terreno de jogo que mais dúvidas poderá suscitar. Se Weigl não sair tem de ser aposta do técnico, porque é o melhor jogador para cumprir aquela posição. Meïté será colocado de lado em detrimento do alemão.
No entanto, temos ainda João Mário, que foi perdendo espaço ao longo da época passada, mas que vai tentar agarrar novamente o lugar; Paulo Bernardo, que faz parte da formação e, assim sendo, deverá ter direito a minutos (Rui Costa afirmou que apostar na formação era essencial); Pizzi, que ainda não rumou a outra liga e até mesmo Enzo Fernández, que só chegará em dezembro. Para estes lugares há opções com fartura.
Na parte dianteira do terreno, surgem então David Neres e Rafa. Atitudes extra jogo à parte, o português foi aposta indiscutível nos últimos tempos, tendo proporcionado momentos de cortar a respiração aos adeptos encarnados, dentro de campo.
Por essa razão, Diogo Gonçalves poderá ficar como segunda opção. Já o brasileiro David Neres, que veio com o propósito de render a Everton, ficará com o corredor esquerdo, sem esquecer que Gil Dias também faz parte do plantel. A juntar a isto temos também aquela opção que pode ser considerada a maior novela de verão das águias – “Ricardo Horta vem ou não?”. Se vier é um forte concorrente para o lugar.
Por fim, no ataque há várias opções. A posta inicial deveria ser Musa (reforço desta época) juntamente com Gonçalo Ramos (que teve bastantes minutos na temporada passada ao lado de Darwin), no entanto não podemos esquecer que Seferovic já tem muitos anos de SL Benfica e que Henrique Araújo, a pérola da formação encarnada, sempre que teve oportunidades, deu provas de que estava preparado para assumir o papel de titular.
Yaremchuk também já conhece os cantos à casa e até foi jogando no ano anterior e Rodrigo Pinho ainda está a recuperar de lesão.
Estes são os nomes que poderão preencher a lista de convocados da equipa da Luz para a próxima época. Não obstante, importa frisar que há muitos miúdos da formação que podem ter oportunidades e ainda há saídas e chegadas de jogadores em cima da mesa."

Atitude e suor, não foram suficientes... mais uma vitória dos Porcos!

Corruptos 3 - 2 Benfica

Existem impossíveis, e impossíveis... vencer hoje, nas condições existentes, era um daqueles impossíveis, mesmo impossíveis!!! Sem o Nicolia e sem o Lucas, não só nos roubou os dois nossos dois criativos, como nos retirou capacidade de rotação...

O jogo reforçou ainda mais a convicção que temos melhor equipa, porque mesmo com todas as condicionantes, lutámos até ao último minuto, e mais uma vez, foram os apitadeiros que acabaram por decidir o jogo! Quando o Benfica marcou o 2-2, era evidente que a 10.ª falta seria assinalada segundos depois... E foi mesmo, numa jogada onde o jogador dos Corruptos tenta fazer um bloqueio em movimento (ilegal), provoca o contacto com o defesa do Benfica, e atirar-se para a 'piscina'! Portanto faz duas faltas... mas como é óbvio, o apitadeiro, marcou falta contra o Benfica! E na sequência do lance, os Corruptos fizeram o resultado final, que ditou o título de campeão...
Isto já para não falar do resto do jogo, do Azul ao Pol, dos dois penalty's por assinalar a nosso favor (visíveis mesmo com a tentativa descarada da realização em esconder os lances)...

Aquilo que o Nicolía escreveu antes da partida, deveria deixar o dirigentes da modalidade preocupados, mas no Tugão, quando leram, até devem ter ficado orgulhosos!

Esta é sem dúvida a modalidade mais corruta em Portugal, título extremamente difícil de conseguir, perante a corrupção instalada nas outras!!!

Se existem coisas que não podemos mudar, outras dependem de nós! Uma das coisas que me incomoda, é como é que os jogadores do Benfica, após estes espetáculos vergonhosos, continuam a cumprimentar, a dar os parabéns e até a fazer guardas de honra (no futsal), a adversários, que têm a perfeita consciência de são levados ao colo, pelas arbitragens corruptas jogo, após jogo...!!!

A FPF, após pressão do Sporting, pediu dois pareceres independentes


"Num parecer foi concluído que os Campeonatos de Portugal eram equivalentes a Taças de Portugal, portanto, sem qualquer influência no número de campeonatos. No outro parecer foi concedido que seriam equiparado a campeonatos, com exceção dos quatro anos em que houve as primeiras quatro edições da Liga, onde seriam considerados apenas como taças de Portugal.
Ora, o Sporting não ficou satisfeito com a esmola de mais dois campeonatos e pretende anular as quatro ligas para poder retirar três campeonatos ao Benfica e acrescentar mais dois ao seu palmares.
A pergunta que se impõe é:
Por que carga de água a FPF aceitou que a proposta do Sporting vá a votação depois de ter pedido dois pareceres independentes? É evidente que há aqui vigarice preparada.
Terminamos dizendo duas coisas:
1. Qualquer adepto benfiquista que olhe para isto com indiferença está a desrespeitar a história do clube e das competições nacionais, pois nem os gloriosos atletas que vão ficar sem os títulos conseguem respeitar.
2. A Direção do Benfica deverá avançar para os tribunais, impugnado a decisão, e cortar terminantemente relações com a FPF. Não podemos, de modo algum, ser coniventes com a destruição do palmarés e história do Benfica.
Este assunto é demasiado sério para ser tratado com leviandade."

Focados em vencer


"A nossa equipa de hóquei em patins discute hoje, na negra, o título nacional. Só ganhar interessa. Este é o tema em destaque na News Benfica.

1
O apito inicial está agendado para as 20h00. Benfica e FC Porto defrontam-se no Dragão Arena para um jogo de tudo ou nada, o vencedor sagra-se Campeão Nacional. O nosso adversário conta com a vantagem de jogar em casa, mas todos nos recordamos que foi no mesmo pavilhão frente ao mesmo clube que vencemos a nossa primeira Liga Europeia. Sem medo, é no título que estamos focados.

2
Pablo Álvarez foi o porta-voz do plantel na antevisão ao jogo decisivo: "Vai ser um jogo espetacular, duro e muito bonito. É um jogo em que todos os jogadores querem estar. É um privilégio para nós e vamos dar tudo, por nós e pelos Benfiquistas. Queremos terminar da melhor maneira."

3
Domingo há treino aberto na Luz. Venha ao estádio apoiar a nossa equipa. O início da sessão está agendado para as 17h00.

4
Está definida a data em que os bilhetes para a Eusébio Cup estarão à venda. É a 18 de julho, no dia seguinte à conclusão do período de venda e renovação dos Red Pass. O jogo é no dia 26 e o adversário é o Newcastle.

5
A equipa B também já trabalha. Veja a reportagem da BTV sobre o dia do regresso à atividade.

6
Já são conhecidos os possíveis adversários do Benfica na Liga dos Campeões de voleibol. Na 2.ª ronda de qualificação, o Benfica defronta o vencedor do confronto entre Strumica Strumica, da Macedónia, e Dynamo Apeldoorn, dos Países Baixos."

Falar Benfica #69

quarta-feira, 29 de junho de 2022

Precisa-se: um Benfica de têmpera!


"De vez em quando tenho privilégio de almoçar com benfiquistas que sofrem o Clube/SAD tanto ou mais do que eu, vivendo apaixonadamente os sucessos e os (recentes e sucessivos) insucessos, discutindo razões e dirimindo argumentos explicativos da atual situação a que chegámos, em que nos vemos a "esfregar as mãos" com a perspetiva de uma época diferente, por outras palavras… de sucessos!
Curiosamente, noto o ceticismo da chegada de um novo treinador, estrangeiro, disciplinador, com uma mentalidade diferente. As críticas vão-se ouvindo em surdina, sempre a preparar "as facas" para o dia seguinte, se infelizmente correr mal: "não conhece o futebol português, não conhece as equipas nacionais", como se a valia do futebol nacional fosse de uma categoria ímpar no futebol mundial. Em todas as discussões vou defendendo que o encetar de novos projetos começa exatamente pela mudança de mentalidades e que, na minha opinião, é tempo de mudar de paradigma, pelo que a escolha de um novo treinador se insere exatamente nestas novas opções.
Onde esses benfiquistas me conseguem embatucar, é mesmo na necessidade da mudança da estrutura. Referem, com indiscutível razão, que sendo a estrutura basicamente a mesma, mudando apenas uns rostos, como a promoção de Lourenço Coelho que estava "na prateleira", bem pode mudar o treinador que depois a estrutura não o acompanha. Se calhar, têm razão objetiva e, se não for possível uma profunda alteração até porque estamos a começar a época, no mínimo, algo mais deveria ter sido mudado.
Por exemplo, a continuidade de Rui Pedro Braz (RPB) é incompreensível (e não discuto a pessoa que nem a conheço). Apenas o cargo que lhe é atribuído, em que não se percebe se complementa Lourenço Coelho ou atua de forma independente. É, contudo, inquestionável que não faz parte da Comissão Executiva da SAD. Se assim é, porque bulas terá sido ele o escolhido para andar a fazer contratações, ao invés de ser alguém que dela faça parte? Este delegar de responsabilidades faz sentido?
Além disso, esta ida de RPB a Buenos Aires para adquirir Enzo Fernandez suscita uma questão elementar: como é possível que tendo recaído a opção do Benfica na aquisição deste jogador, porque alguém acredita que possa trazer uma mais-valia à qualidade do futebol jogado, fiquemos à espera que ele jogue a Libertadores? Se formos eliminados do acesso à Champions e/ou se o início do campeonato for titubeante, a pergunta seguinte é mais do que pertinente: que sucederia se ele aqui estivesse? Ou ainda: se chegar a seguir ao Mundial, quase de certeza que virá sem férias, autenticamente "de gatas". Quanto tempo será preciso para se adaptar? Resumindo: se foi mesmo adquirido o seu passe, já devia estar no avião para Lisboa.
Voltemos à estrutura – será capaz de responder aos desafios que um treinador exigente e de mentalidade diferente irá colocar no dia-a-dia? Gostaria de responder inequivocamente que sim, mas tenho fundamentadas dúvidas pelas características de quem compõe a Comissão Executiva… Vou ser claro: a única pessoa com "track record" para acompanhar um treinador que vem de um futebol com outro nível de organização é Domingos Soares de Oliveira (DSO) – porque "fala a mesma linguagem" (se alguém tiver dúvidas, é constatar o nível da atual organização interna do SLB e isso tem um nome: DSO).
Tendo este Benfica, no papel, 2 (dois) CEO, como é do conhecimento público – Rui Costa (a fazer um percurso de mudança e aprendizagem) e DSO, veremos como se processará no futuro o equilíbrio entre ambos. No entanto, é inequívoco, para mim, que RC seria mais Presidente, se deixasse DSO liderar literalmente a SAD. Obviamente que, para tal, algumas das suas atuais funções teriam de ser delegadas, sempre com um pensamento estratégico de futuro, quiçá para um CFO a recrutar.
Estou perfeitamente ciente dos engulhos que DSO causa no Benfica, até porque fui o único a votar "contra" a sua entrada na Administração da SAD, numa Assembleia Geral que se realizou há muitos anos e apenas porque, reconhecendo a sua competência, sabia ser adepto do Sporting, conforme expressei "alto e bom som". Mas já passaram tantos anos, durante os quais demonstrou a sua competência profissional, que até acho que já se entronizou benfiquista e, depois de 2 eleições em 2020 e 2021, precisamos de parar com guerras internas que só nos enfraquecem e divertem os nossos rivais e… seguir em frente.
Ainda mais uns temas que gostaria de referir: a necessidade de se devolver ao futebol profissional o nível de exigência que já foi apanágio do Clube, em que os jogadores, quando perdiam ou sequer empatavam, o ambiente na cabina era literalmente de "funeral". Atualmente, a impressão que colhemos para quem está de fora como eu, é que "encolhem os ombros e siga para outro jogo". O Benfica tinha "artistas a solo na orquestra do futebol", mas também tocadores de tambor, alguns mesmo "carregadores de piano", sendo esta mescla liderada, dentro da cabina, por jogadores com "mau feitio", os tais para quem ganhar é a única opção, sem condescendência para os que fingiam que corriam, no fundo "se encostavam"... Assim se constrói a mística, com vitórias que saem do balneário e levam as bancadas ao rubro.
Por fim, é tempo de acabar com a mania da perseguição, do permanente "chorar" sobre as arbitragens de que somos alvo e/ou dos organismos da Liga e FPF. Que tal, ter melhor plantel, jogar e correr mais do que os outros? Ou acham mesmo que para o Benfica que todos ansiamos, o não ganhar ao Nacional, Paços de Ferreira ou Marítimo por causa de um off-side ou de um penalti em que o árbitro erra, é suficiente desculpa? Eu não me revejo neste carpir próprio de um conjunto de desculpas que mais não são do que confissões de falta de categoria, de que realmente temos um Benfica menor e de pouca exigência.
Começaram os treinos e daqui a cerca de 1 mês é a doer, em jogos que podem marcar completamente a época. Há 36 jogadores no plantel, um emagrecimento para fazer, no fundo, tarefas elementares cujo atraso nas decisões pode minar o balneário. Veremos as decisões que Schmidt vai tomar e veremos a capacidade da organização em "despachar" os excedentários. Este o primeiro desafio que se coloca no imediato. Os outros desafios, como contratar jogadores que fazem falta, sobretudo com perfil para jogar num Benfica de máxima exigência e "cara feia", virão a seguir, mas tão essenciais para um Benfica de têmpera que nos permita fazer renascer a mística que nos conduzirá às vitórias."

BI: Taça de Portugal 1969

Visão: Enzo...

terça-feira, 28 de junho de 2022

Henrique Araújo...

O milagre de Pietra

 

José Manuel Delgado, in A Bola

Manual 🅿🅰🅻🅷🅰 🅿🅰🆁🅰 🅱🆄🆁🆁🅾🆂 concebido pelo FC Porto


"Todos os dias são dias do FC Porto recusar propostas milionárias pelos seus jogadores.

É fascinante como um clube que apresenta capitais próprios negativos há uma década seguida, esteve intervencionado pela UEFA e vende o seu melhor jogador a meio da época, Luís Diaz, por €45M, se dá ao luxo de negar todas e quaisquer propostas pelos seus jogadores. Isto, claro, segundo a comunicação social desportiva. Na realidade, o caso é bem diferente. Vejamos:

• Pepê à prova de saldos, mas, entretanto, o melhor avançado do clube e que rende 20 grandes penalidades por época, Taremi, está disponível por apenas €20M. Pegar ou largar! ✅

• Crucial recusar tudo por Vitinha que seja abaixo da cláusula de rescisão! €40M a pronto ou nada feito! Vá, pode ir por €25M a pronto e os restantes €15M pagam para o ano que vem. ✅

• Evanilson com proposta de €60M? Estão todos doidos, só sai por €100M! Entretanto tanto os clubes visados como o seu agente negam interesse no jogador ou qualquer proposta. ✅

• Fábio Vieira intocável! Só sai pela cláusula de €50M! Tomem 35 milhões e um queijo. ✅

• Proposta do Aston Villa por Otávio? Recusado! Jogador só sai por €60M. A menos que seja o Liverpool a apresentar proposta inferior. Aí aceitamos. ✅

• Rui Pedro por €15M? Quem?!? Recusado. Acaba no Vitória de Guimarães num negócio clandestino. ✅

• Danilo por €30M? Nunca! Sai por €20M, que é para aprenderem! ✅

• Ricardo Pereira blindado! Cláusula de rescisão de €25M já não chega para comprar o jogador, agora têm de desembolsar €37.5M se o quiserem levar! Alguns meses depois? Sai por 20M. ✅

• Brahimi, estrela, só sai por €30M! Tudo o que seja abaixo disso será recusado... exceto se o interesse vier do Qatar. Aí já oferecem o jogador e ainda incluem um postal comemorativo. Por quanto foi? Custo zero! Pumba! ✅


O clube azul e branco só sabe dizer que não. Negam com tanta frequência que poderiam virar negacionistas."


Aí está a “Justiça” que esta gente pretende e a que faz continuamente menção


"Joaquim Pinto e Pedro Figueiredo nomeados para a finalissima de amanhã.
Dois árbitros fanáticos Andrades para a final entre Calor da Noite e o Benfica. Dois árbitros com um histórico vergonhoso na modalidade, onde não têm qualquer pejo em roubar à grande e à francesa, sempre em benefício do clube do coração.
Está bem assim? Pretendem mais alguma coisa? Tipo começar com 3 golos de vantagem ou assim?
A Imparcialidade que eles gostam é isto. Juntou-se a fome com a vontade de comer, e Senica responde assim à expulsão do Pavilhão da Luz no passado fim de semana. Não chega, meus caros. Algo mais tem que ser feito a este senhor.
Um misto de cobardia, com corrupção, juntando-lhe uma pitada de fanatismo. É isto o Hóquei em Patins em Portugal!"

Hop, step, jump!


"A exigente prova do triplo salto teve peso na história do atletismo do Benfica e de Portugal

O triplo salto surgiu na primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna, em 1896, num tempo em que se assistia a um renovado interesse pela Antiguidade Clássica. No feminino, a prova só se tornaria olímpica em 1996.
A sua concepção baseou-se em textos da Grécia Antiga que mencionaram atletas e dar longos saltos de 15 metros. De forma a se atingir essa marca, a prova foi constituída em três saltos (hop, step e jump).
Devido à sua exigência física, o triplo salto só apareceu em competições portuguesas em 1926. No Benfica, a prova surgiu em 3 de Julho de 1927, nos Campeonatos Regionais do Sul de Atletismo, com Américo Antunes e o eclético José Prazeres. A exigência para o triplo salto era tanta que Prazeres, campeão nos 100 metros, desistiu da corrida dos 200 metros por ter 'os músculos maçados' e os adversários apresentavam 'distensões nos músculos das pernas que os impediu da entrarem em outras provas'.
Nos anos 40, o Benfica evidenciou-se com os saltos de Luís Alcide, que foi oito vezes campeão e três vezes recordista nacional e, ainda, o primeiro atleta do triplo salto de Portugal a apurar-se para os Jogos Olímpicos. A exigência da prova mantinha-se como uma dura realidade para os atletas portugueses, pois o triplista encarnado teve a sua prestação condicionada nos Jogos Olímpicos de 1948 por se encontrar 'ainda incompletamente restabelecido' de uma lesão. Com um salto de 13,92m, Alcide ficou em 22.º lugar, falhando a final.
O novo milénio trouxe Nelson Évora para o Benfica. Dez vezes campeão nacional, Évora deu, em 2008, a primeira medalha olímpica de ouro, de sempre, no triplo salto a Portugal. Num salto histórico de 17,67m, fez juz à sua promessa de 'fazer um salto kamikaze e saltar para o infinito'. Quem ficou infinitamente agradecido ao atleta foi o adversário cubano Arnie David Girat, que sofrera uma pequena lesão. Ao saber disso, Nelson Évora mandou vir de Lisboa uma palmilha especial, possibilidade ao cubano competir e ficar em 4.º lugar na final.
Também de Cuba chegou Pedro Pichardo. Dadas as condições políticas do país insular, o atleta aproveitou uma deslocação à Europa em 2017 e desertou, ingressando no Benfica pouco depois, sendo reconhecido como um dos melhores e mais promissores triplistas da atualidade. Naturalizando-se português em 2018, pôde representar o país e, com um salto de 17,98m, dar o segundo ouro olímpico a Portugal.
Conheça mais sobre a história do atletismo encarnado na área 3 - Orgulho Eclético, no Museu Benfica - Cosme Damião."

Pedro S. Amorim, in O Benfica

Neres


"“Se não fosse pela eliminação da Liga dos Campeões na época passada, o Benfica seria agora o segundo clube preferido dos adeptos do Ajax”. Foi com esta mensagem que o meu cunhado, fervoroso adepto do Ajax portador de bilhete de época, me felicitou pela recente contratação do Benfica, David Neres.
Se entusiasmado estava, mais entusiasmado fiquei. E embora os muitos anos a ver futebol já me tenham ensinado que as expectativas elevadas geradas nas pré-épocas se esgotem no início das competições, podendo ou não serem correspondidas depois, há uma diferença fundamental do Neres para outras aquisições entusiasmantes, no passado, de jogadores brasileiros: o desempenho no Ajax, em particular na Liga dos Campeões. O talento já testado em circunstâncias extremas de ordem táctica, o que mitiga o risco de inadaptação.
No entanto, não se leia das minhas palavras a convicção de que Neres, por si só, transformará a equipa do Benfica. Mas que é uma grande contratação, disso não tenho a mínima dúvida. Gosto de extremos rápidos, sobredotados tecnicamente que, de cabeça levantada, arrisquem no um contra um e saibam, ultrapassados os defesas, o que fazer com a bola. Neres tem este perfil, assim jogue ao nível do que o vi fazer no Ajax.
E é um perfil cada vez mais em desuso no futebol estereotipado do primado da posse de bola inconsequente, dos equilíbrios, do horror às bolas perdidas, da estranheza em relação à área, quanto mais às balizas, e da estapafúrdia comparação da percentagem de acerto de passes entre defesas e avançados ou dos quilómetros percorridos, como se passar a bola, sem oposição, para o lado e para trás valha o mesmo que um passe vertical açucarado numa nesga de relvado junto da área contrária ou correr muito seja sinónimo de correr na direcção e velocidade certas.
Claro que o futebol já não é mesmo de uma das minhas primeiras memórias futebolísticas, em que um endiabrado Chalana ridicularizava defesas atrás de defesas no europeu de França, em 1984. Mesmo com o decréscimo acentuadíssimo da violência em campo, os esquemas defensivos são hoje muito mais eficazes no objetivo de parar ou manietar adversários.
No presente, é muito mais difícil ser um jogador como, por exemplo, Neres, e é por isso que os artistas devem ser estimados, algo que no Benfica demora a acontecer, salvo se aos dribles estonteantes que teimam em aparecer com regularidade anteceda a chamada garra, por mais improdutiva que seja... Aliás, deveria mesmo ser caso de estudo o tempo que Di María e Gaitán, entre outros, levaram a cair no goto da generalidade dos benfiquistas, e também a intolerância para com jogadores que arriscam e falham, contrastando com a paciência para tantos que, por não arriscarem, não falham, talvez acertem, mas nada acrescentam.
Contudo, nem tudo está perdido -perdoem-me este tique de velhice. Vejo Diego Moreira a despontar e sorrio…"

João Tomaz, in O Benfica

Bancadolândia


"Ver à frente na melhor das 'ressacas'
Querer foi mesmo poder, nada nem ninguém susteve a marcha de sucesso da equipa feminina de futsal do Benfica, que, numa final de Campeonato disputada ao detalhe, consumou a conquista do quinto título nacional seguido, um Penta inédito no Clube e em Portugal. E foi arrepiante, tudo! Pelas dificuldades criadas pela pandemia e por outras contrariedades incontroláveis que surgiram no caminho das campeãs, 'parabéns' talvez seja palavra demasiado singela para retratar e acomodar um (mais do que) justo tributo. Porém, acima de procurar ricos termos para reconhecer e qualificar tanto o trabalho como os êxitos, neste momento de absorção da melhor das 'ressacas' desportivas será pertinente lembrar o anunciado reforço da aposta do Clube nas modalidades e, nesse contexto, ressaltar que a hegemonia nacional no futsal feminino (para continuar e estender no tempo...) 'pede' complemento externo, isto é, necessita de ser vincada além-fronteiras, numa frente europeia na antecâmara da Champions League feminina (que um dia há de chegar). O futuro é uma página em branco para ser escrita.

Trunfo omnipresente na retoma do gigante
Ganhar ou dispor de condições reais, e não apenas de boca ou potenciais, para entrar em cada jogo com o intuito de discutir a vitória são pilares que proporcionam uma força inabalável para aproximar e ligar adeptos e equipas. No pós-pandemia e nefasto confinamento, o Benfica com nova orientação política na gestão de prioridades desportivas e na valorização da matriz eclética que diferencia o Clube, vive uma fase de retoma de mobilização, alegria, entusiasmo e efervescência nos pavilhões. É um inevitável 'regresso ao passado', que se saúda, num presente sustentado pelo desenvolvimento nas mais diversas áreas de um Benfica que tem na imensa massa adepta o poderoso, inesgotável e omnipresente trunfo para vencer de forma continuada e repetida nas cinco modalidades de pavilhão. O que se viu (e sentiu) no passado domingo tem de ser realçado: numa tarde, no espaço de poucas horas, os benfiquistas empurraram as equipas no Pavilhão Fidelidade (hóquei em patins masculino), em Fafe (futsal feminino) e no Pavilhão João Rocha (hóquei em patins feminino). E foram três vitórias na 'hora da verdade'."

João Sanches, in O Benfica

Campeonatos há muitos


"Daquilo que li e ouvi sobre o assunto, a questão da atribuição dos títulos relativos ao antigo Campeonato de Portugal parece-me óbvia: como prova antecessora da Taça de Portugal, com idêntico formato e com idêntico troféu, esses títulos devem ser somados ao palmarés da competição que imediatamente lhes sucedeu. Qualquer decisão que vier a ser tomada noutro sentido estará a subverter a História.
Não é a única prova a ter mudado de nome. O próprio Campeonato Nacional já se designou Primeira Divisão, Primeira Liga, Superliga, ou simplesmente Liga, sem contar com os sufixos comprados pelos patrocinadores.
Era aquela a prova mais importante da altura? Não duvido, tal como o era a Taça de Inglaterra, que antecedeu em cerca de 15 anos o Campeonato Inglês. Nem por isso os vencedores desse período se intitulam campeões de uma competição que ainda não existia.
Chamava-se 'Campeonato'? É verdade, mas se formos pelo caminho da semântica, o União de Paredes acabou de vencer o Campeonato de Portugal de 2022.
Já apelidar de 'experimentais' as Ligas disputadas entre 1934 e 1938 não foi mais do que uma das muitas fantasias do ex-presidente do Sporting.
Com a soma, o Benfica perde uma Taça de Portugal na correlação com os rivais (mais três para nós, mais quatro para cada um deles). Paciência. Há que ganhar a próxima para repor a diferença.
O que não se percebe é que a Federação tenha agendado uma Assembleia Geral para tratar deste tema. Há assuntos mais importantes e urgentes no futebol português, e os votantes, para além da pouca credibilidade que merecem, são, em alguns casos, parte interessada."

Luís Fialho, in O Benfica

Saibamos acolher


"Felizmente, é para todos nós difícil perceber em toda a sua extensão o drama de um refugiado. Tempos houve, e ainda há, em que os países mais ricos construíram uma narrativa de imigração ilegal encapotada pela fuga em busca de refúgio e em que essa narrativa parcial se tornou praticamente a única para a opinião pública. É que a guerra, o totalitarismo e os efeitos da mudança climática eram realidades distantes que fazíamos por esquecer por entre os dias passados a correr e os efeitos globais da pandemia.
Hoje, infelizmente também, não há telejornal que não inunde com violência e guerra e recato das nossas noites em família. Não há telejornal que nos diga que a energia vai baixar ou que não nos diga que a inflação sobe sem parar e arrasta as taxas de juros, os rendimentos, as famílias, as empresas e os países para a destruição de riqueza e o empobrecimento coletivo.
Sim, hoje entendemos melhor o drama dos refugiados porque o sentimos bem perto de nós e arcamos com os seus efeitos. Por isso olhemos de olhos mais abertos ainda para estas pessoas que, como nós, tinham famílias, empregos, casas, amigos, lugares e que agora distam deles milhares de quilómetros, separações forçadas, mortes e destruições totais. Saibamos acolher e ser solidários. É isso que move os benfiquistas, que sempre o fora, e é essa a missão da Fundação Benfica."

Jorge Miranda, in O Benfica

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"0
Os preços dos Red Pass não sofreram quaisquer alterações relativamente a 2019/20. O período de venda e renovação começa hoje, dia 24; A nossa equipa feminina sub23 de polo aquático, já tricampeã nacional, terminou o campeonato sem qualquer derrota;

1
Estamos a um triunfo do eneacampeonato de hóquei em patins (feminino). Pode acontecer já amanhã, na Luz. A conseguirmos este título, a nossa equipa igual o recorde de 9 títulos consecutivos do Benfica em modalidades de pavilhão (voleibol feminino de 1967 a 1975);

5
Somos pentacampeões nacionais de futsal feminino – um feito inédito – e que extraordinário foi ver o nosso pavilhão cheio no jogo 3 da final com o Nun’Álvares. Ao longo destas 5 edições do campeonato disputámos 137 jogos, com 126 vitórias, 6 empates e 5 derrotas (mais 19 jogos e 19 vitórias em 2019/20, suspensa devido à pandemia). Ana Catarina, Inês Fernandes, Maria Pereira, Raquel Santos e Sara Ferreira fizeram parte de todo o percurso;

7
São 7, para já, as equipas seniores do Benfica campeãs nacionais em 2021/22. Masculinos: basquetebol e voleibol; Femininos: andebol, basquetebol, futebol, futsal e polo aquático. Um pecúlio a que acrescem as notáveis conquistas europeias no andebol e futebol de formação (além do título nacional nos sub19 de futebol e outros da formação das diversas modalidades);
Futebolistas do Benfica convocadas, por Portugal, para o Campeonato da Europa. Catarina Amado, Carole Costa, Sílvia Rebelo, Lúcia Alves, Andreia Faria, Kika Nazareth e Jéssica Silva são as eleitas;

10
Pentacampeonato e 10º título nacional no futsal feminino para o Benfica. Depois do tetra de 2005 a 2008 e do título em 2010, 5 triunfos consecutivos na principal prova do modelo competitivo nacional."

João Tomaz, in O Benfica

Amanhã, dia 29, poderá acontecer a maior vergonha do desporto mundial


"Pela primeira vez em qualquer país deste mundo, irá votar-se a história, irá votar-se factos, irá deturpar-se o que realmente aconteceu há praticamente 100 anos e reescrever a verdade de acordo com os interesses de cada um.
O mote está dado pelo Sporting e pelo Marítimo. Cada um irá votar no que mais lhe convém e não no que verdadeiramente aconteceu."

David Neres | Futebol de rua na capital


"Achas Que Vai Brilhar Na Luz?

O Sport Lisboa e Benfica tem estado bastante ativo no mercado e chegou a Lisboa um jogador que transpira futebol pelos pés. David Neres, ex-Ajax e Shakthar Donetsk assinou pelo SL Benfica a troco de 15,3 milhões de euros e promete ser um dos jogadores a ter em atenção na próxima temporada.
Já foi visto como um jovem prodígio, mas, sem nunca conseguir corresponder àquilo que realmente se esperava dele, chega ao Benfica com o desejo de relançar a sua carreira e almeja a voos maiores.
Com 25 anos, David Neres promete irreverência e futebol de qualidade. Pode vir a ser o extremo que tem faltado ao Benfica nos últimos anos. A saída de Everton abre ainda mais espaço no plantel e Neres será o seu substituto natural.
O extremo formado no São Paulo assinou com os encarnados um contrato válido por cinco temporadas e fica blindado por uma cláusula de rescisão na ordem dos 100 milhões de euros.
A qualidade de Neres é inegável. Até Mourinho o chegou a elogiar: “Reflete tudo o que é um jogador brasileiro (…) o melhor desta nova geração”, contudo, o que aconteceu para que nunca se tenha conseguido afirmar no futebol mundial?
David Neres é um talento nato, capaz de tirar adversários da frente como poucos, contudo, não se consegue perceber muito bem como é que a chama se foi apagando. Após uma temporada de afirmação, na época 2018-19, o jogador nunca mais conseguiu replicar essa sua versão de si mesmo, até que saiu para o Shakthar Donetsk.
Em terras ucranianas, e tudo à conta da guerra que assola este país, não jogou sequer um minuto. David Neres vê no Benfica uma oportunidade de voltar à ribalta, e ainda há tempo. Com 25 anos, é agora um jogador mais maduro, mais experiente, mas sempre com o futebol de “menino de rua”, e é isto que mais me encanta neste jogador.
A sua adaptação à liga portuguesa e a Portugal não deverá ser muito complicada e isso certamente ajudará no processo de “reabilitação” do jogador. Primeiro, a língua, que é a mesma e será sempre um fator abonatório, depois já está familiarizado com o futebol europeu e, em terceiro, terá muitos colegas da mesma nacionalidade a quem recorrer.
Lisboa e o SL Benfica em específico podem ser o sítio e o clube ideal para Neres. À chegada ao Estádio da Luz, o brasileiro prometeu que nunca faltará entrega e vontade de ajudar o clube a vencer títulos.
Bastante irreverente e particularmente veloz, David Neres é fortíssimo no drible. É um jogador fantasia, drible curto e rápido, é especialista no um contra um. Pode atuar nos dois corredores, sendo que pela direita tem a benesse de puxar a bola para a sua canhota e alvejar a baliza.
Acredito bastante neste jogador e creio que está mentalmente preparado para finalmente mostrar o seu valor. O aspeto mental sempre foi o principal fator para que não se conseguisse projetar para outro contexto, mas com a maturidade, acredito que seja capaz."

Uma nova oportunidade para Florentino


"Achas Que O Português Vai Conseguir Assegurar O Seu Lugar Na Luz?

O Sport Lisboa e Benfica acabou de iniciar os trabalhos de pré-temporada, com vista a preparar a nova época desportiva. E Florentino Luís foi uma das caras novas a apresentar-se no Seixal, com o objectivo de convencer o novo treinador Roger Schmidt a atribuir-lhe um lugar no plantel na temporada 2022/23.
O médio-defensivo nascido em 1999 vem de uma das gerações mais prolíficas que o Seixal já produziu, sendo campeão nacional em todos os escalões e tendo ainda sido um dos jogadores que conseguiu a proeza de se sagrar campeão europeu de sub-17 e de sub-19 pela selecção nacional.
Florentino Luís foi lançado na equipa principal por Bruno Lage em Fevereiro de 2019, na célebre vitória por 10-0 sobre o Nacional da Madeira. Até final dessa temporada, seria opção regular na equipa principal, tendo bons desempenhos que contribuíram para a conquista do campeonato.
No entanto, em meados da temporada seguinte, Florentino Luís deixaria subitamente de ser opção, e a sua carreira começaria aí a entrar em declínio. Nas duas últimas temporadas, seria emprestado ao AS Mónaco e ao Getafe, respectivamente, onde também não teve a competição regular de que necessitava para se afirmar (11 jogos em 20/21 e 24 jogos em 21/22).
Apesar disso, o médio internacional sub-21 português já reconheceu publicamente que estas suas experiências no estrangeiro contribuíram para o seu desenvolvimento enquanto jogador, reconhecendo que no futebol francês teve uma grande evolução a nível físico, e no futebol espanhol evoluiu bastante a nível táctico.
No seu modelo de jogo, Roger Schmidt gosta mais de ter um seis de perfil mais clássico, ou seja, um médio-defensivo que possua características de um trinco puro, que tenha grande disponibilidade física, agressividade sem bola e um bom sentido posicional. Dos médios que fazem atualmente parte do plantel principal do Benfica, Florentino é de longe, aquele que mais se aproxima desse perfil.
Com isto, há razões para acreditar que esta será a melhor oportunidade que Florentino Luís tem para se afirmar no plantel principal do Benfica. Regressa mais experiente e mais maduro e irá trabalhar com um treinador que gosta de apostar em jovens e tem um perfil que encaixa no seu sistema e na sua ideia de jogo.
Resta saber se o jovem jogador formado no Seixal terá as capacidades mentais necessárias para agarrar esta oportunidade com unhas e dentes e se conseguirá convencer o novo treinador encarnado de que tem qualidade para fazer parte desta equipa."

Fura Redes: Roger...

Benfica no feminino


"Entre 1966 e 1975, o desporto português testemunhou um feito único. As 'Marias', nome pelo qual era conhecida a equipa de voleibol feminina do Sport Lisboa e Benfica, sagraram-se eneacampeãs da modalidade, perdendo apenas um jogo ao longo de nove temporadas. O legado das 'Marias' parecia inigualável até que, neste fim-de-semana, a equipa de hóquei em patins feminina do Benfica se sagrou, também ela, campeã pela nona vez consecutiva.
Este feito histórico das hoquistas benfiquistas reflete uma temporada inesquecível para as modalidades femininas, em que o Benfica se sagrou campeão nacional de andebol, basquetebol, futebol, futsal e hóquei em patins, confirmando assim, uma vez mais, o seu estatuto de clube mais eclético de Portugal. Como assinalou o presidente Rui Costa, o Benfica é hoje o único clube que participa em seis modalidades femininas, para além do projeto olímpico e ainda do râguebi.
Segundo dados do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), na última década o número de praticantes do desporto cresceu mais entre as mulheres do que entre os homens. O desporto feminino já não pode ser visto como um mero ato de responsabilidade social, praticamente como se tratasse de um privilégio que é concedido às atletas. O Benfica tem a obrigação de continuar a investir nestas atletas, que tanto fazem por amor à camisola, dando-lhes todas as condições necessárias para dignificar o emblema que envergam ao peito. O futuro do desporto joga-se no feminino e a maior instituição desportiva nacional não pode faltar à chamada.
Também fora de campo existe ainda um longo caminho a percorrer. Segundo os últimos dados oficiais disponíveis, um em cada quatro sócios do Benfica são mulheres. Apesar dessa realidade, a participação feminina na vida interna do clube continua a ser uma raridade.
O Benfica tem vindo a tomar passos importantes para tornar o clube mais inclusivo, como os 'Red Pass' com preços distintos e também as linhas de merchandising dedicado, mas ainda resta muito por fazer. Um dia, muito em breve, o clube terá tantas sócias como sócios e, até lá, precisaremos da participação ativa das mulheres benfiquistas na vida do clube, tanto dentro como fora dos relvados. A bola está do lado das nossas consócias. Contamos convosco para construir o futuro do nosso clube!"

Ver Ganso, recordar Sócrates, lembrar Riquelme


"Ver jogar Ganso, Paulo Henrique Ganso, é perceber como se acelera pausando, como o jogo se torna melhor quando ele o influencia, quando o pensa. Porque PH Ganso é sobretudo pensamento. E arte. A bola anda ali entre correrias e encontrões, como carrinhos de choque em romaria, até que lhe chega, ao 10 do Flu, esquerdino, longilíneo sempre de cabeça levantada, parece que nunca se dobra, como se desprezasse o esforço que tantos valorizam em excesso, faz tudo com a naturalidade dos que aprendem a ler antes da escola, ele já nasceu compêndio de receção, drible e passe, sem adornos, ou então com adorno permanente, que nenhuma bola sai dele como lhe chega, sai melhor. Todos o procuram, qual farol, farol é uma boa metáfora, parece mais alto que o 1,84m que lhe atribuem os sites, parece que vê o jogo com uma spidercam incorporada, talvez por esse jogar sem que se curve, identifica os atalhos certos e sobretudo sabe indicar à bola o melhor destino: Como faziam Schuster, Redondo ou Xavi: entre as 2 ou 3 opções de passe que lhe surgem descobre uma quarta, a que mais se recomenda. Com Fernando Diniz, no futebol bonito do actual Fluminense, tendo ali ao lado um miúdo chamado André que joga muito, todos procuram o farol e Ganso ilumina de novo um coletivo, organiza com os pés e as mãos, gesticula, exaspera que os companheiros demorem a ver o que ele anteviu, são assim os maiores craques, únicos, imensos. Tem em exagero o que mais gosto num futebolista: a compreensão do jogo e a intuição natural que conduz à decisão mais certa. Ganso é isso. Dizem que falhou na Europa. Estou convencido de que a Europa é que falhou com ele. Com ele como com Riquelme, o maior génio que o velho continente não identificou a nível superior (só no Villarreal, que lhe pedia que fosse apenas o melhor nas decisões e não nas estatísticas). Num Barcelona de alguns anos depois Riquelme teria sido o que foi no Submarino Amarelo, mais que um craque naquele que é més que un club. Já no Boca Juniors, e apesar dos descaminhos como dirigente, Ídolo é palavra curta para ele. Na escala de divindade da Bombonera consideram-no a par ou ainda um degrau acima de Maradona, imagine-se. Também Riquelme desprezava a aceleração inútil, mas era imbatível numa velocidade ainda mais relevante que a de pernas, que é a de raciocínio. Um pouco como Ganso e muito como Sócrates.
Sim, há qualquer coisa que os liga, Ganso, Riquelme, Sócrates. Sócrates é o génio diferente na história do país que mais génios deu ao jogo: Garrincha, Pelé, Zico, Ronaldinho, Ronaldo, mais Didi, Tostão, Rivelino, Falcão, Romário, Rivaldo, a lista seria interminável mas Sócrates entra em qualquer galeria. Também ele bem alto, gigante mesmo, médio e avançado conforme as necessidades, organizador raro e goleador efetivo, é difícil imaginar alguém com mais classe de chuteiras calçadas, imortais aqueles golos de 82, à União Soviética pleno de crença e explosão, o primeiro à Itália na tarde fatídica do Sarriá, momento mágico e máximo da parceria que o une eternamente a Zico, tantos golos pelo Corinthians, menos na Fiorentina, falhou na Europa ou a Europa falhou com ele? A pergunta repete-se. Não, não era rápido de pernas nem capaz de carrinhos e hoje teria a genialidade questionada pelo escasso contributo defensivo e contrariada pelo GPS. Incrivelmente também médico e ativista político em paralelo a uma carreira futebolística de topo, qualquer pretexto é bom para lembrar o Doutor, o rei magrinho dos toques de calcanhar. Procurem-nos nos vídeos – felizmente há muitos – e vão sentir um pouco do que me ocorre quando vejo o Flu, que há ali um elemento que se diferencia, que tem luz própria mas também faz melhores os que o acompanham. Vejo o Fluminense com mais prazer porque Ganso existe, o jogador vindo do passado mas que não pode desaparecer do futebol do futuro. A menos que o queiramos pior. E mais feio e triste."

Silly season todo o ano


"A generalização do disparate ou da estupidez está a ir ao tutano do sentido dos princípios, valores e regras que norteiam o funcionamento da sociedade portuguesa.

Houve um tempo em que Verão era considerado a silly season, tantos eram os desmandos verbais e de ação que tomavam conta das instituições e dos protagonistas, mas o mundo mudou. Agora, a silly season assumiu vocação anual, pavoneia-se pelos 365 dias do ano, com aparente comiseração cívica e displicência de quem assume funções públicas pela conjugação da vontade política com o mandato popular.
O problema é que a generalização do disparate ou da estupidez, em português, está a ir ao tutano do sentido dos princípios, valores e regras que norteiam o funcionamento da sociedade portuguesa. Com complacência geral, há conceitos que estão em mutação, moldados à medida dos poderes vigentes, sem a sanção adequada e com perigosas derivas que caracterizaram outros regimes, noutras latitudes e longitudes. Vejamos o caso da responsabilidade política.
A responsabilidade política, pela ação ou omissão, sempre transportou consigo um juízo ético sobre o exercício e as consequências do exercício, mas agora não. Munidos de uma certa impunidade, os titulares de cargos políticos, desde logo, o líder do executivo, têm ensaiado a tese de que responsabilidade política é resolver os problemas, é trabalhar nas respostas, que acabam por ser quase sempre menos que soluções. O remendo é a resposta da responsabilização política perante um problema, um acontecimento ou uma situação.
Portanto, não importa se houve possibilidade de antecipação, se houve planeamento para evitar ou potenciar uma ideia, nem mesmo se as opções foram as adequadas para o que é estrutural, circunstancial ou emergente. Não há nenhum juízo sobre o exercício até à situação concreta ou à consequência. O que importa quase sempre é o futuro. O tempo que está para vir ou o que vai ser feito em reação à atualidade é a cenoura dos quotidianos políticos, sem ideia para o país, sem rasgo e sem coragem para as reformas e decisões que se impõem.
Governar é muito mais do que ter uma lista de tarefas para responder no dia-a-dia aos problemas que vão surgindo, porque não se fez, porque as dinâmicas nacionais são assim ou porque a conjuntura internacional afeta as realidades nacionais em função dos níveis de resiliência e exposição. Infelizmente, emerge uma certa perceção de incómodo com a maioria absoluta, primeiro na presidência da República, e cada vez mais no governo. Um governo que não sabe o que fazer com a maioria absoluta acaba a correr atrás do prejuízo, desfocado do que importa.
Houve um tempo em que a desculpa era o passado de Passos Coelho e Paulo Portas, depois a desculpa poderia ser as tentações do Bloco e do PCP, agora, ainda que havendo as sequelas da pandemia e da guerra, há cada vez menos desculpas para que se cumpra o potencial maior de uma maioria absoluta, com alguns recursos: fazer. Por agora, evidencia-se uma dificuldade em saber o que fazer com a maioria absoluta, mas esta debilidade de liderança facilmente se transforma no problema estrutural de “o que fazer”, mesmo com guiões de PRR e afins.
É o que acontece quando a responsabilidade política se dilui ou é absolvida pela tese da validação eleitoral. Se os eleitores aprovam o exercício pelo voto, não é preciso haver responsabilização política durante o exercício. A ética, a responsabilização consequente e o escrutínio passam a ser dispensáveis durante os exercícios políticos.
O drama maior é o da sinalização destas atitudes para os cidadãos e para a sociedade. O problema é o exemplo dado. E começa a assistir-se à generalização de situações, nos diversos setores da sociedade portuguesa.
Quando temos a Federação Portuguesa de Futebol a montar um esquema de fuga ao fisco para contratar o selecionador nacional e se considera que, pela liquidação do valor devido ao Estado como qualquer contribuinte, a atitude de promoção de uma ilegalidade por uma instituição de utilidade pública está resolvida, é uma expressão da desresponsabilização que se instala na sociedade portuguesa. Desde que resolvas o incumprimento detetado, tudo é possível. Se ninguém der por ela, temos pena. Convenhamos que esta deriva, em generalização, não pode ser a referência da República.
É claro que se pode sempre dizer que a ética da República é a que consta da lei e até se pode alterar as normas legais para ser mais favorável como já aconteceu várias vezes aos longo dos últimos anos, mas, num tempo de incertezas e dúvidas, caminharemos todos para a selvajaria social, com o triunfo da geometria variável. Tudo é possível, em função do protagonista, com a complacência das instituições e dos cidadãos. Basta corrigir o que é detetado ou anunciar que se vai corrigir a situação, com as propostas futuras resultantes de um qualquer plano, comissão ou grupo de trabalho.
Por muito que custe a alguns, responsabilidade e responsabilização política não são isso. Se não planeou ou antecipou, devia tê-lo feito. Se aconteceu e decorre da inação, desajustamento das opções ou da não resolução de problemas de sempre, alguma coisa consequente deveria ter sido feita. Tudo o resto é conversa para entreter a pouca exigência cívica e mediática vigente em Portugal que, conjugada com a volatilização da ética, senso e sentido de serviço, conduzem à instalação da silly season nos diversos dias do ano.
Sem reforço do sentido de responsabilização, com extrapolação consequente dos resultados, e maior exigência cívica, as derivas persistirão no sentido de fragilizar os pilares e as regras da sociedade portuguesa. Cada vez mais desigual e arbitrária. É o triunfo do vale tudo, pelo menos, para alguns, desde que mitiguem ou corrijam os incumprimentos quando detetados. Os outros, já eram.

Notas finais
Nova variante dos portugueses piegas.
Já lá vão 10 anos. O país sob intervenção da troika indignou-se com as palavras de Pedro Passos Coelho, “Devemos persistir, ser exigentes, não sermos piegas...”. Agora surgiu uma nova variante. Graça Freitas pede aos “portugueses esforço para não ficarem doentes” porque “agosto não é um bom mês para ter acidentes ou doenças”. Portanto, num país com fragilidades no planeamento, os portugueses piegas, têm de agendar as doenças. Marcelo Rebelo de Sousa corrobora com um “cada qual fará um esforço para não estar doente, por si mesmo e para não pressionar o cuidado de saúde dos outros”. É silly e não é da season. O “não ir lá, ao SNS” nestes dois anos de pandemia, está provavelmente a evidenciar-se nos índices de mortalidade que se registam, mas a preocupação não é reforçar a resposta, é apelar ao alívio da pressão, como se estar doente fosse um gosto, um desporto ou ocupação dos tempos livres. Miséria.

Burnout institucional.
Há uma série de instituições e serviços públicos sem condições para responder às necessidades em que a solução não é pedir para não ampliar a pressão. O foco é mobilizar recursos e meios para planear, agir e antecipar, mas o Estado prefere desmantelar o que só não funcionava melhor por falta de recursos, como acontece com o SEF. E com isso abre novas frentes de disputas de áreas e territórios nas forças de segurança e órgãos de polícia criminal. Desfoca e amplia as quintinhas. Enfim, disparates."